Telecomunicações de São Paulo (TELESP) foi a empresa operadora de telefonia do sistema Telebras[1] no estado de São Paulo, sucessora da CTB e da COTESP,[2] permanecendo em atividade de maio de 1973 até o processo de privatização em julho de 1998. Dos atuais 645 municípios do estado de São Paulo a Telesp só não operava em 43 municípios, atendidos pelas empresas CTBC Borda do Campo, CTBC Brasil Central e CETERP.[3]
Origem
Antecedentes
Desde as décadas de 40 e 50 as cidades brasileiras, principalmente os grandes centros urbanos, estavam com alta demanda reprimida de telefones, pois um conjunto de fatores de ordem técnica e econômica faziam com que as operadoras privadas de telefonia do país deixassem de investir na ampliação e na modernização dos sistemas telefônicos, provocando sérios atritos com os poderes concedentes.[4]
Empresa que deu origem à Telesp, através de sua Diretoria de Operação São Paulo (DOSP). Atendia São Paulo, Campinas, Santos e mais cerca de 180 cidades por todo o estado.[13] Incorporou as seguintes empresas: S.T.M. Paulínia, S.T.M. Tabatinga, S.T.M. São José dos Campos, S.M.T.A. Araraquara, S.M.T.A. Taubaté, S.M.T.A. Guarujá, Soc. Telefônica da Estância (Serra Negra), S.T.M. Aguaí, S.T.M. Porto Ferreira, S.M.T.A. Rio Claro e Telefônica Lemense.
Criada em 1964 pelo governo do estado de São Paulo com a compra das ações da antiga Companhia Telefônica Tupi, atendia cerca de 170 cidades.[14] Incorporou o serviço telefônico da Estrada de Ferro Campos do Jordão, a Central Telefônica de Cachoeira Paulista, a Telefônica Salto de Pirapora e diversos sistemas telefônicos municipais (entre eles o S.M.T.A. Aparecida e a Telefônica Municipal de Caraguatatuba). Suas concessões foram transferidas nos anos de 1973 e 1975 através de convênio.[15][16]
S.T.M. / S.M.T.A.
Muitas cidades tinham seus próprios Sistemas Telefônicos Municipais (S.T.M.), quase todos com centrais manuais obsoletas. Algumas cidades de maior porte tiveram condições de obter centrais automáticas, sendo criados para isso os Serviços Municipais de Telefones Automáticos (S.M.T.A.).
A Telesp foi credenciada como empresa-pólo no estado pela Portaria nº 369 de 31 de maio de 1973, de acordo com as diretrizes e a política de unificação do sistema de telefonia adotada pelo Ministério das Comunicações, uma vez que o sistema telefônico era concedido na época para diversas operadoras, tanto privadas como públicas.[41][42]
Expansão
Integração da telefonia estadual
Após sua criação em abril de 1973, os processos de incorporação, desapropriação, aquisição de acervo ou transferência de concessão das demais operadoras existentes no estado foram gradativos a partir de junho de 1973 até o início de 1980, restando por último a Teleoesp, que teve a sua concessão cassada em julho de 1987.[43]
Nos casos de incorporação de empresa a Telesp primeiro adquiria o controle acionário ou se tornava acionista para depois incorporá-la. A única exceção foi a Companhia Telefônica da Borda do Campo, que a Telesp adquiriu o controle acionário mas manteve uma administração separada sem incorporação.[44]
Incorporação: Empresa Telefônica Paulista,[45]Cia Telefônica Rio Preto,[46]Cia Telefônica Média Mogiana e S.T.M. Porto Ferreira,[47]Cia Telefônica de Vinhedo e Telefônica Jacareí,[48]Cia Telefônica de Atibaia[49]
Aquisição de acervo: Empresa Telefônica Monte Mor, Telefônica Águas de São Pedro, S.T.M. Charqueada e S.T.M. Embu-Guaçu,[47]S.M.T.A. São João da Boa Vista, S.T.M. João Ramalho e S.T.M. Ribeirão do Sul,[48]Empresa Telefônica Sumaré, S.T.M. Vargem Grande do Sul, S.T.M. Monte Alto, Empresa Telefônica Dourado e S.T.M. Anhumas[49]
Transferência de concessão: S.T.M. Elias Fausto,[50]S.T.M. Ariranha,[51]S.T.M. Marabá Paulista,[52]S.T.M. Pirangi,[53]S.T.M. Santo Expedito,[54]S.T.M. Morungaba,[55]S.T.M. Cabreúva,[56]S.T.M. Santo Antônio do Jardim,[57]S.T.M. Mairiporã,[58]S.T.M. Ipeúna,[59]COTESP (serviços urbanos de 89 localidades),[60]S.T.M. Paraíso,[61]S.T.M. Luiz Antônio,[62]S.T.M. Dumont,[63]S.T.M. Alfredo Marcondes e S.T.M. Nazaré Paulista
Incorporação: Telefônica Fartura,[65]Telefônica Jundiaí e Cia Telefônica de Guarulhos,[66]Empresa Telefônica de Cosmópolis, Empresa Telefônica Cammarosano e Empresa Telefônica Santa Cruz da Conceição
Aquisição de acervo: S.T.M. Artur Nogueira e S.T.M. Rio das Pedras,[65]Telefônica Botelhos, S.T.M. Conchal, S.T.M. Divinolândia e S.T.M. São Sebastião da Grama,[67]S.M.T.A. Lins, S.T.M. Araçoiaba da Serra, S.M.T.A. Guaratinguetá, S.T.M. Itaí e S.T.M. Taquarituba[68]
Transferência de concessão: S.T.M. Bofete,[69]S.T.M. Borborema,[70]S.T.M. Iperó eS.T.M. Taiaçu
Incorporação: Telefônica Barbarense e COTESP,[82][83]Cia Telefônica do Litoral Paulista e Empresa Telefônica de Americana,[84]Telefônica Pirassununga,[85]Telefônica de Limeira, Cia Telefônica Santa Rita, Cia Telefônica Suburbana Paulista e Empresa Melhoramentos de Andradina,[86]Cia Telefônica de Ourinhos,[87]Cia Telefônica de Itanhaém, Cia Telefônica de Pindamonhangaba, Cia Telefônica de Valinhos e Empresa Telefônica Ararense,[88]Telefônica Central Paulista, Empresa Telefônica Irmãos Camargo e Cia Rede Telefônica Sorocabana[89]
Aquisição de acervo: Telefônica Anhanguera,[84]Cia Telefônica de Caieiras, Telefônica de Nova Odessa, Telefônica Patrocínio Paulista, Empresa Telefônica Paulista (Bariri) e Empresa Telefônica Tapiratiba[90]
Extinção indireta: Empresa Telefônica Coração de Jesus[90]
Como o Ministério das Comunicações estabeleceu como política básica para realização dos grandes planos de expansão a integração operacional nos estados, e ao mesmo tempo a COTESP, através do governo estadual, estava dificultando essa política, oferecendo resistência à sua integração à TELESP, empresa-pólo da Telebrás no estado e sucessora da CTB,[104] deu entrada na Câmara Federal em junho de 1973 um projeto de lei para desapropriar as ações da COTESP e incorporá-la a Telebrás.[105]
Em 25 de outubro de 1973, através de um convênio firmado entre a Telesp (representada pelo presidente Antonio Salles Leite) e a COTESP (representada pelo presidente Vicente Marques), com a interveniência do governo estadual (representado por Laudo Natel) e da Telebrás (representada pelo presidente Euclides Quandt de Oliveira), o processo de incorporação começou a se concretizar.[106][107]
Pelo convênio foram transferidos imediatamente para a TELESP todo seu serviço interurbano e as concessões dos serviços urbanos de 89 localidades, não podendo mais assumir serviços telefônicos municipais no estado de São Paulo.[105]
Também foi elaborado em conjunto o Plano Diretor Estadual de Telecomunicações, sob a coordenação da Telebrás, pelo qual até o ano de 1980 a média de telefones no estado deveria ser de 12 por 100 habitantes e que cidades com mais de 10 mil habitantes deveriam estar interligadas ao DDD.[105]
Somente permaneceram com a COTESP os serviços urbanos das 86 localidades que faziam parte de seu plano de expansão e automatização aprovado pelo governo do estado em dezembro de 1972,[108][109][110] e que após o término da execução desses serviços seria efetivada a unificação gradual da COTESP com a TELESP no prazo máximo de 480 dias a contar da data de assinatura do convênio.[105]
A partir de janeiro de 1974, devido a permutas feitas entre a Telesp e a CTBC, inicia-se o processo de transferência das cidades da região do Alto Tietê para a operação da CTBC, a fim de racionalizar a utilização do sistema interurbano e acelerar a integração operacional na Grande São Paulo.[111]
Em 1975 Cubatão passa a ser atendida pela Telesp pela conveniência de uma solução técnica global para a Baixada Santista.[113]
Em setembro de 1979 as operações dos serviços telefônicos das cidades de Jacareí, Santa Branca e Salesópolis retornaram à Telesp por razões de facilidades operacionais,[114][115] sendo que na década de 90 a cidade de Salesópolis voltou a ser atendida em definitivo pela CTBC.
Permutas com outras operadoras
Já as cidades de Paraty e Sapucaí-Mirim (antiga concessão COTESP) foram transferidas para a Telerj e para a Telemig respectivamente. A Telesp também operava em Fronteira, cidade que não possuía central telefônica própria, sendo seus telefones ligados a central de Icém. Em 1997 passou a ser atendida pela Companhia Telefônica do Brasil Central.
Operadoras não incorporadas
Algumas operadoras não foram adquiridas pela Telesp ou pelas suas incorporadas, caso da Cia Telefônica Alta Mogiana (Orlândia), Cia Telefônica de Franca, Empresa Telefônica de Buritizal, Empresa Telefônica de Cajuru, Empresa Telefônica de Ituverava, S.T.M. Guaíra, S.T.M. Jardinópolis e Telefônica Intermunicipal (Batatais), todas incorporadas pela Companhia Telefônica do Brasil Central, e da Telefônica Mogi das Cruzes, incorporada diretamente pela Companhia Telefônica da Borda do Campo.[12][11]
Devido a empresa atuar em todo o estado, para administrá-la havia uma estrutura hierárquica descentralizada, com sua sede administrativa na capital. Para a comercialização dos serviços e assistência ao usuário, a Telesp dividia-se em seis gerências regionais, duas na Grande São Paulo e quatro no interior.
No ano de 1975 foi inaugurado o novo edifício-sede da empresa na Rua Martiniano de Carvalho, 851 - Paraíso, com 22 andares.[118][71] Sua construção foi iniciada em 1972 pela CTB, após a demolição do antigo centro telefônico Avenida, instalado no local em 1920 e desativado em 1969.[119][120]
Depois da mudança os edifícios da Rua Sete de Abril e Rua Basílio da Gama, que formam o Complexo Sete de Abril,[117] continuaram sendo utilizados como centro de atendimento aos assinantes. Atualmente é o segundo na cidade de São Paulo a receber o alvará para realizar um retrofit dentro das normas da lei do programa Requalifica Centro. Após ficar mais de uma década fechado, será reinaugurado com o nome de "Basílio 177", como um condomínio de apartamentos com uma galeria aberta de lojas e restaurantes.[121]
Presidentes
1973-1979: A primeira diretoria da Telesp tomou posse em abril de 1973, tendo como presidente Antônio Salles Leite, que até então era o diretor econômico-financeiro da CTB, permanecendo durante os governos Médici e Geisel[122]
1979-1985: No governo Figueiredo toma posse em abril de 1979 uma nova diretoria, tendo como presidente Carlos de Paiva Lopes, que era o vice-presidente na gestão anterior[123]
1985-1990: Nova diretoria toma posse em março de 1985 durante o governo Sarney, tendo como presidente Antônio Ignácio de Jesus, que era o diretor econômico-financeiro na gestão anterior
1990-1992: Oswaldo Lopes do Nascimento Filho e Marco Antonio Castello Branco, durante o governo Collor[124]
1995-1998: Ainda no governo Fernando Henrique toma posse em julho de 1995 a última diretoria da Telesp, tendo como presidente Carlos Eduardo Sampaio Doria[125]
Gerências regionais
A finalidade da gerência regional era comercializar e operar os serviços de telecomunicações, além de administrar, operar, manter e controlar sistemas de telecomunicações e respectivas atividades de apoio.
As seis gerências regionais eram a São Paulo Leste (OL) e a São Paulo Oeste (OW),[126] criadas em 1979 através da divisão da regional com sede em São Paulo, a Centro-Sul (OA) criada em 1976 com sede em Campinas, a Centro-Oeste (OB) criada em 1977 com sede em Bauru, a Norte (OT) criada em 1978 com sede em São José do Rio Preto e a Sudeste (OS) criada em 1979 com sede em Santos.[127]
As gerências regionais eram divididas em setores, chamados distritos operacionais, cada qual possuía uma área de abrangência composta por uma ou mais áreas terciárias. Nas cidades mais importantes de cada distrito haviam os Postos de Serviços Telesp, onde se podia fazer ligações, comprar fichas e cartões telefônicos, receber e transmitir fac-símile, consultar listas telefônicas, etc.[128]
Haviam também as Lojas de Atendimento Telesp, instalações estrategicamente distribuídas pelas principais cidades do estado e que eram estruturadas e organizadas para oferecer todo tipo de atendimento que não podia ser feito através do atendimento telefônico.[129]
Gerências regionais e distritos
Gerência regional
Distrito
Área terciária
Localidades com atendimento (Posto de Serviços/Loja)
São Paulo Leste
OL1 - Consolação
11
Centro, Zona Leste, Zona Norte, Guarulhos
OL2 - Penha
OL3 - Ipiranga
OL4 - Anhangabaú
OL5 - Vila Gustavo
OL6 - Cumbica
São Paulo Oeste
OW1 - Vila Mariana
11
Zona Oeste, Zona Sul
OW2 - Campo Belo
OW3 - Jabaquara
OW4 - Lapa
OW5 - Palmeiras
OW7 - Campo Limpo
OW6 - Osasco
11
Osasco; Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi e São Roque
Centro-Sul
OA1 - Campinas
192
Campinas, Águas de Lindóia, Indaiatuba, Paulínia, Serra Negra e Valinhos
OA2 - Jundiaí
11
Jundiaí, Atibaia, Bragança Paulista, Itatiba, Itu, Mairiporã e Salto
OA3 - Rio Claro
195
Rio Claro, Araras, Leme, Pirassununga e Porto Ferreira
OA4 - Sorocaba
152, 155
Sorocaba, Itapetininga, Porto Feliz e Tatuí; Itapeva, Apiaí, Capão Bonito e Itararé
OA5 - Piracicaba
194
Piracicaba, Águas de São Pedro, Americana, Capivari, Limeira, Nova Odessa, Rio das Pedras, Santa Bárbara d'Oeste e São Pedro
OA6 - São João da Boa Vista
192, 196
Itapira, Mogi Guaçu e Mogi Mirim; São João da Boa Vista, Casa Branca, Espírito Santo do Pinhal, Mococa e São José do Rio Pardo
Centro-Oeste
OB1 - Bauru
142, 146, 147, 149
Bauru, Agudos, Lençóis Paulista e Pederneiras; Jaú e Barra Bonita; Avaré; Botucatu e São Manuel
OB2 - Presidente Prudente
182, 183
Presidente Prudente, Presidente Epitácio e Presidente Venceslau; Assis e Paraguaçu Paulista
OB3 - Marília
143, 144, 145
Ourinhos, Piraju e Santa Cruz do Rio Pardo; Marília, Garça e Tupã; Lins e Promissão
Sudeste
OS1 - Santos
132
Santos, Bertioga, Cubatão, Guarujá e Vicente de Carvalho
OS2 - Praia Grande
132, 138
Praia Grande, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe e São Vicente; Registro e Iguape
OS3 - São José dos Campos
123, 124
São José dos Campos e Jacareí; Caraguatatuba, São Sebastião e Ubatuba
OS4 - Taubaté
122, 125
Taubaté, Caçapava, Campos do Jordão e Pindamonhangaba; Guaratinguetá, Aparecida e Cruzeiro
Norte
OT1 - São José do Rio Preto
172, 173, 175
São José do Rio Preto; Barretos e Bebedouro; Catanduva
OT2 - Araçatuba
186, 187, 188, 189
Araçatuba, Birigui e Penápolis; Andradina e Ilha Solteira; Dracena; Adamantina
OT3 - Araraquara
162, 163, 166, 167
Araraquara e São Carlos; Jaboticabal; Sertãozinho
OT4 - Votuporanga
174, 176
Votuporanga e Fernandópolis; Jales
Localidades atendidas
Até o ano de 1992 sua área de operação abrangia um total de 532 cidades. Após a criação de novos municípios a área de operação passou a ser de 583 cidades em 1993 e de 602 cidades em 1997, atendendo cerca de 30 milhões de pessoas no estado de São Paulo.[37][130]
Discagem Direta Gratuita (DDG): serviço 0800, implantado na década de 80[134]
Facilidades das Centrais CPA: implantadas gradativamente a partir de 1982, oferecendo ao usuário novas facilidades de serviço telefônico até então inéditas: transferência de chamadas, atendimento simultâneo, teleconferência, discagem abreviada, bloqueador de interurbano, linha direta e serviço não perturbe[133][135]
Telecard: lançado em 1982, cartão que permitia que se fizessem ligações sem fichas ou cartão telefônico, não tendo que pagar nada na hora, com as despesas debitadas numa conta telefônica designada pelo assinante[133]
Disque 200: serviço inaugurado em 1983, servia para receber informações variadas sobre diversos temas[136]
Modem: serviço inaugurado em 1984, equipamento que transformava qualquer telefone numa central de recebimento e transmissão de dados de computador através de um terminal de vídeo[136]
Áreafone: serviço inaugurado em 1984, voltado à assinantes de alto tráfego para economia nas ligações[137]
Chamadas locais para cidades conurbadas: serviço inaugurado em 1986 nas áreas de São Paulo, Campinas e Santos[138][139]
No início os telefones públicos disponibilizados pela Telesp eram os orelhões amarelos (com aparelhos telefônicos na cor vermelha que funcionavam com fichas telefônicas locais), utilizados para a realização de chamadas locais ou interurbanas para cidades e localidades da mesma área de tarifação. Esses orelhões começaram a ser instalados em 1972 pela CTB.
Em 1975 surgem os orelhões azuis (com aparelhos telefônicos na cor azul que funcionavam com fichas telefônicas DDD), utilizados para a realização de chamadas interurbanas diretas para todas as cidades e localidades já integradas ao sistema DDD, ou com o auxílio da telefonista para as demais.[140][141]
Haviam também os telefones semipúblicos, que instalados em estabelecimentos credenciados como bares, restaurantes, hotéis e padarias, funcionavam como telefone público e como telefone comum, graças a uma chave seletora no aparelho.[142]
Nos bairros periféricos das grandes cidades, assim como em bairros rurais que não dispunham de telefonia, haviam os chamados vilafones, aparelhos que faziam e recebiam chamadas locais e interurbanas, instalados em estabelecimentos comerciais de fácil acesso ao público.[143][144]
Para atender as populações de baixa renda a Telesp iniciou em 1981 a instalação de orelhões em conjuntos habitacionais. Também em 1981 começaram a ser instalados os primeiros telefones públicos para deficientes físicos.[143] O primeiro orelhão comunitário, telefone público que fazia e recebia chamadas, foi instalado em agosto de 1982 na favela de Vila Prudente.[145]
Outro tipo de telefone público era o Falefácil, uma alternativa aos semipúblicos, pois era uma telefone sem disco ou teclas que somente possuía um indicador de minutos conversados, pois quem fazia a ligação era o responsável pelo estabelecimento onde o aparelho estava instalado. Implantado a partir de 1986.[146]
Posteriormente muitos orelhões começaram a ser substituídos por cabines de concreto e vidro temperado incolor. As cabines foram testadas inicialmente nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, São Vicente e Campinas, e depois instaladas por todo o estado, mas não tiveram boa aceitação.
Em 1973 foi cedido pelo Ministro das Comunicações Hygino Corsetti e instalado pela Telesp na Praça da Matriz de Itu o famoso Orelhão de Itu, que possui sete metros de altura. É um dos principais pontos turísticos da cidade e um dos responsáveis pela fama de "cidade onde tudo é grande", pois o ministro, homenageado com um banquete na inauguração, encerrou seu discurso com as seguintes palavras: O Brasil é grande, mas eu sei que Itu é maior.[148]
Publicidade
Em 1979 a Telesp lançou o comercial para TV "Vandalismo", mais conhecido como "Morte do Orelhão", devido aos altos índices de vandalismo contra os orelhões, sendo considerado um dos grandes marcos da publicidade brasileira.[149]
Foi criado pela renomada agência DPZ, tendo um impacto cultural e social significativo, além de ter rendido prêmios importantes para a agência e seus criadores Neil Ferreira e José Zaragoza,[150] como o Ouro no Festival do 5º Anuário do Clube de Criação de São Paulo em 1980,[149] melhor Projeto Especial na 3ª Edição do Prêmio Profissionais do Ano da Rede Globo em 1980,[151] e o prêmio de melhores efeitos especiais pela entidade Hollywood Radio and Television Society NYC, por causa dos efeitos especiais idealizados por Domingos Utimura, obtendo assim reconhecimento internacional.[152]
Instituído através da Portaria nº 107 de 26/05/1980 do Ministério das Comunicações, onde a Telesp foi encarregada de elaborar estudo de viabilidade para a implantação de sistema destinado a transmissão de informações através de rede telefônica, com saída em televisor ou outras alternativas, autorizando a instalação na cidade de São Paulo de um serviço para avaliação da viabilidade e respectivos testes operacionais.[153]
O contrato para fornecimento do equipamento necessário a implantação piloto do videotexto foi assinado em 1981, iniciando-se a fase experimental no primeiro semestre de 1982.[143] O serviço foi inaugurado oficialmente em dezembro de 1982, sendo a primeira experiência do Brasil neste campo[133]
Inicialmente uma superintendência dentro da Telesp, começou as operações em 06 de agosto de 1993 no sistema analógico, época em que a telefonia celular ainda estava se instalando no país, sendo designada para a implantação e operação do sistema de telefonia celular numa área de concessão que envolvia 620 municípios.[154][155]
Permaneceu como subsidiária da Telesp até o processo de privatização realizado em julho de 1998.
Pouco antes da privatização, a Telesp Celular consagrou-se como a maior operadora da América Latina, implantando em tempo recorde a telefonia celular no estado, atendendo na época cerca de 1,141 milhão de assinantes em 371 municípios.[156]
O Museu do Telefone de São Paulo,[157] inaugurado em 13 de abril de 1977 por ocasião dos festejos de aniversário da Telesp, surgiu do desejo do presidente Antônio Salles Leite de que houvesse em São Paulo um museu destinado ao aparelho que revolucionou a comunicação mundial.[158] Para divulgá-lo o museu foi a capa da lista telefônica de assinantes da capital no ano seguinte.[159]
O acervo foi constituído de objetos pertencentes à Telesp e principalmente pela aquisição do acervo particular do gaúcho Carlos Becker, considerada na época a quarta maior coleção particular de telefones do mundo. Somando-se os acervos o museu era um dos mais importantes do mundo, sendo constituído por cerca de 3 mil objetos (entre os quais inúmeros telefones), 100 mil fotos em preto e branco, 6 mil fotos digitalizadas, listas telefônicas, cartões telefônicos e diversos documentos.[160]
Localizado no andar térreo do edifício sede da Telesp e ocupando uma área de mais de 700 metros quadrados, se consagrou como uma grande atração cultural da cidade. Mas encontra-se fechado há anos e inacessível ao público.[160]
Para o interior as listas eram publicadas pela LTB[165] (Vale do Paraíba, Norte Paulista, Litoral Santista, Leste Paulista[166] e Sul Paulista), pela LTP-Listas Telefônicas Paulista[167] (Região Paulista, Região Sorocabana, Região Alta Paulista e Região Litoral[168]) e pela LTN-Lista Telefônica Nacional (Região Araraquarense[169] e Região Noroeste).[170]
E para as empresas ainda não incorporadas pela Telesp eram publicadas por várias editoras listas telefônicas locais, como as de Sorocaba, Osasco, Guarulhos, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Espírito Santo do Pinhal, entre outras.[167][171]
Mas o relacionamento da LTB com a Telesp começou a deteriorar-se sobremaneira a partir de 1977 por diversos fatores, entre eles a queda sensível da qualidade e confiabilidade das listas publicadas a partir de 1975, culminando com a péssima qualidade da edição 1977 da Lista de Assinantes de São Paulo, e a não distribuição de milhares de exemplares dessa edição para os assinantes, decorrente do fato da LTB estar com graves problemas financeiros.[172]
As listas telefônicas da Telesp a partir da edição 1977 - 77/78 passaram a divulgar séries temáticas estampadas nas capas, começando com figuras e locais relacionados aos Bandeirantes.[165]
Edições 1978-78/79 à 1983-83/84
A partir da edição 1978 - 78/79 as listas telefônicas oficiais foram padronizadas, cada uma com código nacional da Telebras[159] e abrangência baseada nas áreas terciárias. Para essa finalidade as áreas terciárias do estado foram agrupadas em 12 regiões, sendo elas São Paulo/Guarulhos, Osasco/Jundiaí, Santos, Baixada Santista, São José dos Campos, Campinas, Piracicaba, Bauru, Sorocaba, Araçatuba, São José do Rio Preto e Araraquara.[173]
Mesmo a Telesp enfrentando problemas com a LTB o presidente da Telebras mandou prorrogar até 1983 o contrato com esta empresa, pois ela obteve ajuda do governo através de empréstimos como solução para suas dificuldades financeiras.[174]
Dessa forma as listas telefônicas com a respectiva abrangência passaram a ser as seguintes:
LTP: Lista 115 (área 11),[196] Lista 131 (áreas 132 e 138),[197][198] Lista 150 (áreas 194, 195 e 196)[199]
LTN: Lista 175 (áreas 182, 183, 186, 187, 188 e 189), Lista 180 (áreas 172, 173, 174, 175 e 176)[200]
Nesse período continuaram estampadas nas capas as séries temáticas, dentre as quais os museus na edição 1978 - 78/79,[159] o roteiro do café na edição 1979 - 79/80, os três milhões de telefones instalados na edição 1982 - 82/83, e a comemoração aos dez anos da empresa na edição 1983 - 83/84.[201]
Período sem publicação
Para atender a nova regulamentação sobre edição de listas telefônicas (Decreto nº 88.221 de 07/04/1983 e Portaria nº 189 de 20/10/1983) a Telesp teria que abrir licitações para publicá-las após o término dos contratos em vigência.[202]
Mas em junho de 1983, antes do seu término, a LTB rescindiu unilateralmente o contrato com a Telesp, por considerá-lo lesivo à empresa, embora tendo inúmeros privilégios que as outras editoras não tinham. Com isso deixou de publicar as listas da edição 1984 que faziam parte do contrato, além de não distribuir milhares de exemplares da edição 1983 da Lista de Assinantes de São Paulo/Guarulhos.[203]
A rescisão comprometeu a edição de novas listas, com sensíveis prejuízos a toda a população do estado de São Paulo.[137] A LTB quis voltar atrás, mas a Telesp já tinha aceitado a rescisão do contrato, por não concordar com as imposições que a editora queria para ser favorecida ainda mais.[174][204]
Ao mesmo tempo a EBID, outra empresa do Grupo Gilberto Huber, começou a publicar guias sob a marca registrada Páginas Amarelas, distribuindo-os paralelamente às listas oficiais,[174][205] criando uma longa disputa judicial com a Telesp que durou quase oito anos (de setembro de 1983 à junho de 1991), com a justiça garantindo no final o direito da editora publicá-los.[206][207]
Assim, a exigência de licitação para novos contratos e os problemas judiciais com a LTB provocaram a suspensão da publicação das listas edições 1984 - 84/85 e 1985.[208][209][210]
Edições 85/86 e 1986-86/87
Em conformidade com a nova regulamentação, foi utilizado para as licitações o sistema de carta-convite, mas somente para editoras cadastradas na Telebras.[211][212][213]
As listas telefônicas foram reorganizadas em 14 regiões: a Lista 130 foi suprimida, e as Listas 115, 150 e 160 foram desmembradas, surgindo as Listas 155-Jundiaí e região, 145-Rio Claro e região e 165-Marília e região. Além disso as áreas terciárias de Jaú, Avaré e Botucatu deixaram de ser abrangidas pela Lista 170 para integrar a Lista 160.
A Telesp iniciou em janeiro de 1984 o processo licitatório para as listas de São Paulo/Guarulhos,[214] sendo contratada em agosto de 1984 a OESP Gráfica.[215] A execução do contrato, com vigência de cinco anos, foi suspensa devido a medidas judiciais interpostas pela Editora de Guias LTB.[216][137]
O atraso na publicação de novas listas levou aquelas que estavam em circulação, elaboradas em 1982 e distribuídas em 1983, a uma desatualização que chegou a 70%. A fim de encontrar uma solução, ainda nos termos da nova regulamentação a Telesp solicitou e obteve do Ministério das Comunicações a permissão de ser contratada com a mesma editora, por um ano, a impressão das listas, que deveriam ser distribuídas em meados de 1985. Mas em novembro de 1984 novamente o processo foi sustado por medidas judiciais.[137][217]
Reconhecendo a gravidade do problema gerado e visando minimizar os prejuízos para os usuários, em janeiro de 1985 o Ministério das Comunicações autorizou a Telesp contratar a OESP Gráfica para publicar as listas de São Paulo/Guarulhos.[218] A LTB entrou com nova ação judicial, mas em junho de 1985 a Telesp obteve parecer favorável dado em definitivo pela justiça.[219][220]
Enquanto isso os usuários dessas cidades sofreram a falta de listas atualizadas até a situação ser normalizada, com a entrega da Lista de Assinantes edição 1986[221][222] em dezembro de 1985[223][224] e da Lista Classificada edição 86/87[225][226] em julho de 1986,[227] significando o fim de uma desatualização de listas que já perdurava por três anos.[228]
Com relação ao interior em dezembro de 1984 foram contratadas emergencialmente várias editoras, pelo período de um ano, para a publicação das listas edições 85/86 e 1986 de 11 regiões.[212][229][230]
Assim cumpriu-se a promessa de distribuição de listas nas regiões de Campinas[231] (OESP Gráfica); São José dos Campos[232] (ABC LISTEL); Bauru (ECTB-Editora de Catálogos Telefônicos do Brasil); Santos,[233] Rio Claro, Piracicaba[234][235] e Jundiaí (LTP-Listas Telefônicas Paulista); Osasco, Marília, Sorocaba[236] e Araraquara[237] (LTN-Lista Telefônica Nacional). As listas do interior começaram a ser distribuídas em julho de 1985.[238][239][228]
Para a impressão das listas de São Paulo/Guarulhos, Osasco e Campinas foi implantado o sistema de transferência de dados para as editoras através de arquivos magnéticos. Com a implantação desse sistema, o índice de reclamações dos assinantes baixou para 0,2%.[139]
Outra novidade implantada em caráter experimental pela Telesp em maio de 1986 foi o serviço de lista telefônica eletrônica no videotexto.[240]
Ediçōes 1987-87/88 e 1988-88/89
Em junho de 1986 foram solucionados de vez os problemas judiciais com relação as listas de São Paulo/Guarulhos, sendo contratadas pelo período de cinco anos as seguintes listas telefônicas:[241][242]
Ao final de 1985 concluíram-se as negociações com as editoras para a publicação de novas edições para o interior,[228] sendo contratadas durante o ano de 1986, pelo período de quatro anos, as seguintes listas telefônicas:[139]
LTP:[251] 131-Santos e região,[252][253] 145-Rio Claro e região,[254] 150-Piracicaba e região,[255][256] 155-Jundiaí e região,[257] 160-Bauru e região, 165-Marília e região
LTN:[258] 115-Osasco e região,[259] 170-Sorocaba e região,[260][261] 185-Araraquara e região
Para a impressão das listas de Sorocaba, Piracicaba, Santos, São José dos Campos, Araraquara e Marília passa a ser utilizado o sistema de transferência de dados às editoras por arquivos magnéticos.[139]
E para a edição 88/89 a Lista 131 foi desmembrada e suprimida, surgindo as Listas 132-Santos e região e 133-Registro e região.[267]
Ainda em 1986 foi contratada emergencialmente pelo período de um ano a publicação das listas edição 87/88 das regiões de Presidente Prudente e São José do Rio Preto,[268] sendo depois contratadas no ano de 1987, pelo período de quatro anos, as seguintes listas telefônicas:
LTN:[258] 175-Araçatuba e região, 176-Presidente Prudente e região, 180-São José do Rio Preto e região,[269] 181-Votuporanga e região[269]
Ediçōes 1989-89/90 à 1995-95/96
Mais uma vez as listas foram reorganizadas: para a edição 1989 a Lista 105 foi dividida, surgindo as Listas 104-São Paulo Classificada Consumidor e 105-São Paulo Classificada Empresa, e a Lista 135 foi desmembrada e suprimida, surgindo as Listas 136-Litoral Norte, 137-Alto Vale do Paraíba e 138-Vale do Paraíba e Região Serrana.
Também houve mudança no quadro de editoras: a LISTEL incorporou a LTP em outubro de 1988 e ampliou consideravelmente sua cobertura no estado, passando a publicar a partir da edição 1989 as listas dessa editora,[270][271] e em 1994 a LTN passou a chamar-se EPIL - Editora Pesquisa e Indústria.
Relação das editoras e listas oficiais:
OESP: 100-São Paulo Assinantes,[272][273] 104-São Paulo Classificada Consumidor,[274][275][276] 105-São Paulo Classificada Empresa,[274][275][277] 107-Guarulhos
LISTEL: 132-Baixada Santista,[278][279] 133-Litoral Sul e Vale do Ribeira, 136-Litoral Norte,[280] 137-Alto Vale do Paraíba,[280] 138-Vale do Paraíba e Região Serrana,[280][281] 140-Campinas e região,[281] 145-Rio Claro e região, 150-Piracicaba e região,[281] 155-Jundiaí e região,[281] 160-Bauru e região, 165-Marília e região[281]
LTN (EPIL): 115-Osasco e região, 170-Sorocaba e região,[282] 175-Araçatuba e região, 176-Presidente Prudente e região, 180-São José do Rio Preto e região, 181-Noroeste Paulista, 185-Araraquara e região
Edições 1996-96/97 à 1999
Houve ainda uma última reorganização nas listas: para a edição 1996 as Listas 115, 170 e 180 foram desmembradas, surgindo as Listas 124-Barueri, São Roque e região, 125-Cotia, Itapecerica da Serra e região, 173-Região Sul Paulista e 182-Barretos, Bebedouro, Catanduva e região, e para a edição 1997 a Lista 100 foi dividida, surgindo as Listas 100-São Paulo Assinantes Empresariais e 102-São Paulo Assinantes Residenciais.
As editoras e listas oficiais passaram a ser:[283]
OESP:[284] 100-São Paulo Assinantes Empresariais,[285][286] 102-São Paulo Assinantes Residenciais,[285][287] 104-São Paulo Classificada Consumidor, 105-São Paulo Classificada Empresa, 107-Guarulhos
LISTEL:[288][289] 132-Baixada Santista (área 132),[290] 133-Litoral Sul e Vale do Ribeira (áreas 132 e 138), 136-Litoral Norte (área 124), 137-Alto Vale do Paraíba (área 125), 138-Vale do Paraíba e Região Serrana (áreas 122 e 123), 140-Campinas e região (área 192), 145-Rio Claro e região (áreas 195 e 196), 150-Americana, Limeira, Piracicaba e região (área 194),[291] 155-Jundiaí e região (área 11), 160-Bauru e região (áreas 142, 146, 147 e 149), 165-Marília e região (áreas 143, 144 e 145)
EPIL:[292] 115-Osasco (área 11), 124-Barueri, São Roque e região (área 11), 125-Cotia, Itapecerica da Serra e região (área 11), 170-Sorocaba e região (área 152),[293][294] 173-Região Sul Paulista (área 155),[293][295] 175-Araçatuba e região (áreas 186, 187, 188 e 189), 176-Presidente Prudente e região (áreas 182 e 183), 180-São José do Rio Preto e região (área 172), 181-Noroeste Paulista (áreas 174 e 176), 182-Barretos, Bebedouro, Catanduva e região (áreas 173 e 175), 185-Araraquara e região (áreas 162, 163, 166 e 167)
Por fim as listas telefônicas da Telesp chegaram à internet em julho de 1997,[296] e a edição 1999 foi a última a ser publicada pela Telesp,[297] com a edição 2000 já publicada pela Telefônica.
Endereços
A primeira lista de endereços oficial da Telesp para a cidade de São Paulo foi a edição 80/82,[298][299][300] publicada pela LTB, já que a última edição havia sido publicada em 1972,[301] quando a capital ainda era atendida pela CTB, sendo então descontinuada sua publicação devido aos altos custos de produção.
A LTB também publicou a edição 82/84,[302][201] quando a lista foi descontinuada novamente. Voltou a ser publicada a partir da edição 88/89,[303][304] desta vez pela OESP Gráfica, e a partir de então a lista de endereços de São Paulo passou a ser publicada regularmente a cada biênio.[305]
No interior as listas de endereços eram publicadas junto com as listas de assinantes e classificada. A partir da edição 85/86 passaram a ser publicadas separadamente e somente para as principais cidades, conforme determinava a regulamentação.[306] Mas havia exceções, como a Lista 107-Guarulhos, que reunia no mesmo volume as listas de assinantes, endereços e classificada.
Eram publicadas as listas 130-Santos,[307] 134-São José dos Campos, 141-Campinas, 151-Piracicaba, 152-Limeira, 153-Americana, 154-Santa Bárbara d'Oeste,[308] 156-Jundiaí,[309] entre outras.
Terminais telefônicos
Planos de expansão e ações
Na política do governo brasileiro de expansão do sistema telefônico os usuários antecipavam recursos financeiros para financiá-lo, através do esquema de autofinanciamento das linhas telefônicas, adotado em 1967 e que foi único em todo o mundo. Assim, o usuário recebia ações da empresa concessionária do serviço público de telecomunicações, ou seja, ele não estava apenas adquirindo a linha, mas também se tornando acionista da companhia.[4]
Esse era o processo de expansão das empresas de telefonia: elas aumentavam o capital emitindo ações que eram compradas pelos interessados em ter um telefone. Depois, o dinheiro era usado para ampliar a rede de telefonia e instalar as linhas compradas. Entre a venda do plano de expansão e a instalação da linha o processo podia demorar dois anos ou mais.
Aqueles que adquiriram planos de expansão de janeiro de 1973 a dezembro de 1974 e de janeiro de 1996 a junho de 1997 se tornaram acionistas da Telesp, enquanto aqueles que adquiriram planos de expansão de janeiro de 1975 a dezembro de 1995 se tornaram acionistas da Telebras.[4]
Somente quem comprou telefones em planos de expansão tinha direito às ações. Quem comprou a linha de terceiros, o que era muito comum na época, não recebia as ações mas o que se transferia era apenas o direito de uso da linha, pois as ações não eram associadas ao número da linha telefônica e sim atribuídas ao primeiro titular com base no número de inscrição do plano de expansão efetuado diretamente pelo sistema de autofinanciamento da Telesp, que possuía dados de identificação do promitente-assinante. Sendo assim os usuários que vendiam suas linhas continuavam sendo acionistas, só que eles também podiam vender suas ações, o que ocorria com grande frequência.
Essa forma de financiamento foi extinta em 30 de junho de 1997, conforme Portaria nº 261 de 30 de abril de 1997 do Ministério das Comunicações, mas os assinantes que receberam ações e não as venderam continuaram acionistas de outras empresas depois da reorganização ocorrida no sistema. Quem era acionista da Telesp também recebeu ações da Telesp Celular, uma vez que a empresa passou por cisão. Quem era acionista da Telebras também recebeu ações das novas companhias após sua cisão, tais como Telesp e Embratel. Desde 1998 novas mudanças ocorreram, e quem ainda era acionista da Telebras em maio daquele ano tornou-se também acionista da Telefônica Brasil, Oi, Embratel, TIM e outras.[310]
Telefones instalados
Plano de um milhão de telefones
Logo que iniciou as operações, a primeira ação da Telesp foi dar prosseguimento ao plano de um milhão de telefones (P1M) aprovado pelo Ministério das Comunicações e iniciado pela Companhia Telefônica Brasileira em outubro de 1971,[311] onde 375 mil terminais telefônicos eram destinados a capital[312] e 175 mil destinados ao interior,[313] para serem instalados até 1976.
Desse total já tinham sido contratados 240 mil terminais telefônicos pela CTB e a Telesp finalizou em 1973 as contratações que esgotaram a parcela desse plano atribuída ao estado de São Paulo, sendo a marca de um milhão de telefones em serviço atingida no ano de 1975.[314][315][316]
No planejamento global dessa expansão mereceram destaque, além da capital, duas cidades de grande importância econômica em sua área de atuação:[42]
Campinas - com 28.610 terminais em 1973, foram contratados mais 40.800 terminais, sendo 10.200 da estação "31" (Cidade), 10.200 da estação "41" (Castelo), 5.100 da estação "42" (Castelo), 10.200 da estação "51" (Cambuí) e 5.100 da estação "52" (Cambuí), e substituídos os 8.400 terminais da estação "9" (Cidade), que foi desativada[316][317]
Santos - com 28.400 terminais em 1973, foram contratados mais 44.000 terminais,[318] dos quais 10.200 da estação "32" e 10.200 da estação "33" (ambas da central Washington Luís),[319][320] 10.200 da estação "34" e 10.200 da estação "35" (também da central Washington Luís),[321][322] e substituídos os 8.400 terminais da estação "2" (Brás Cubas), que foi desativada[323][324]
A partir de então a Telesp estabeleceu seus próprios planos de expansão.[325]
Plano adicional
Ação emergencial iniciada em julho de 1973 que, diferente dos planos de expansão, consistiu primeiro na implantação de centrais telefônicas automáticas em localidades definidas como prioritárias pela Telesp, para logo após o término das obras de implantação da central serem comercializadas e instaladas as linhas telefônicas.[326]
Plano de dois milhões de telefones
Os altos níveis de evolução do desenvolvimento do estado na época indicaram a necessidade de iniciar a execução de novos planos visando atingir a meta fixada no convênio firmado em outubro de 1973 entre a Telesp e a COTESP através do Plano Diretor Estadual de Telecomunicações, pelo qual até o ano de 1980 a média de telefones no estado deveria ser de 12 por 100 habitantes e que cidades com mais de 10 mil habitantes deveriam estar interligadas ao sistema DDD.[60]
Nesse convênio foi anunciado o plano de dois milhões de telefones (P2M), oficializado em janeiro de 1974,[42][327][328] sendo a marca de dois milhões de telefones em serviço atingida no ano de 1978.[329][330]
Expansões posteriores
A partir de então as inscrições para planos de expansão passaram a ser abertas de forma constante, com a Telesp firmando todos os anos contratos com os principais fornecedores de equipamentos telefônicos.[331][332][333]
Assim em 1982 foi atingida a marca de três milhões de telefones em serviço,[334][335] e em 1986 é atingida a marca de quatro milhões de telefones em serviço.[336]
Número de terminais telefônicos (milhares)
Ano
Acréscimo de terminais
Terminais instalados
Terminais em serviço
Telefones em serviço
1973
83,7
597,1
530,0
827,0
1974
66,5
677,0
585,0
926,6
1975
134,0
824,0
695,0
1.112,9
1976
237,8
1.085,0
902,0
1.398,8
1977
207,6
1.314,1
1.077,0
1.684,5
1978
279,5
1.593,6
1.320,0
2.012,2
1979
206,7
1.800,3
1.531,0
2.365,4
1980
69,4
1.869,7
1.702,6
2.678,1
1981
92,0
1.960,3
1.806,8
2.938,8
1982
135,0
2.095,0
1.969,9
3.221,4
1983
135,0
2.229,9
2.111,7
3.470,8
1984
184,9
2.414,8
2.284,5
3.731,8
1985
118,8
2.533,6
2.417,6
3.991,3
1986
140,3
2.673,9
2.508,7
4.196,1
1987
119,9
2.793,8
2.567,1
4.466,4
1988
125,4
2.919,2
2.695,6
4.506,2
1989
192,0
3.111,0
2.814,9
4.533,4
Plano comunitário de telefonia
Em novembro de 1990 foi regulamentado pelo Ministério da Infraestrutura o Programa Comunitário de Telefonia (PCT), onde as subsidiárias da Telebras foram autorizadas a transferir para companhias privadas a tarefa de expandir as redes de telefonia, tornando-as responsáveis pela comercialização e instalação dos telefones com prazo máximo de 18 meses. Com isso os telefones se popularizaram, sendo mais acessíveis.[337]
Enquanto houve uma expansão de 97,9 mil terminais em 1990[338] e de 241,2 mil terminais em 1991,[339] quando essas empresas passaram a implantar os PCT's para a Telesp em 1992 foram instalados 334 mil terminais. No ano de 1993 foram instalados 236 mil terminais[147] e em 1994 foram 221 mil terminais, totalizando cerca de 4,2 milhões de terminais telefônicos instalados e cerca de 3,9 milhões de terminais telefônicos em serviço.[340]
Últimas expansões
No ano de 1995 o número de terminais telefônicos instalados era de 4,5 milhões, com 4,2 milhões de terminais telefônicos em serviço, e em 1996 o número de terminais instalados era de 4,9 milhões, com 4,6 milhões de terminais em serviço.[341]
Em 1997 o número de terminais instalados chegou a 5,4 milhões, com percentual de digitalização de 55% da planta instalada, sendo que 94% dos terminais instalados estavam em serviço, chegando a 5 milhões. Destes terminais 67% eram residenciais (3,4 milhões), 20% não residenciais (1 milhão), 10% troncos (500 mil) e 3% terminais de uso público (150 mil). O número de terminais por 100 habitantes - teledensidade - nesse ano era de 16,64.[342][343]
Principais cidades da área de operação (exceto a capital)
Também haviam casos de cidades cujo sistema telefônico estava abandonado, como Queiroz,[344] que tiveram o sistema telefônico extinto, como Caiabu, ou que eram atendidas por empresas que estavam paralisadas, caso da Empresa Telefônica Mogiana de Santo Antônio de Posse.[345][346]
A finalização da implantação de sistemas telefônicos nas cidades que eram desprovidas dos serviços urbanos da Telesp foi em 1979, sendo Rifaina a última cidade a ter sistema telefônico,[347] inclusive a Telesp lançou o comercial para TV "Rifaina",[348] que recebeu o prêmio de melhor Projeto Especial na 2ª Edição do Prêmio Profissionais do Ano da Rede Globo em 1979.[349]
Centrais manuais
A maioria das cidades que possuíam sistemas telefônicos eram atendidas por centrais manuais com mesas operadas por telefonistas. A Telesp continuou implantando centrais manuais em sedes de município somente até o ano de 1979 e de forma emergencial.
As últimas cidades a serem implantados sistemas telefônicos através de centrais manuais foram:
Adolfo, Flora Rica,[350] Guarani d'Oeste, Itapura, Lagoinha, Mendonça, Mirassolândia, Sagres, São João das Duas Pontes e Sebastianópolis do Sul (1975)[71]
Barra do Turvo, Estrela do Norte, Gabriel Monteiro, Narandiba, Palmares Paulista, Sandovalina, Santa Clara d'Oeste, Tarabaí e União Paulista (1976)[81]
Pontes Gestal, Rubinéia e São Francisco (1977)[91]
Mariápolis, Marinópolis, Nova Guataporanga, Paulicéia, Pedranópolis, Pinhalzinho, Platina, Santa Mercedes, Santana da Ponte Pensa e São João do Pau d'Alho (1978)[351]
Pedra Bela (1979)
Por serem obsoletas, as centrais manuais foram substituídas gradativamente pela Telesp por centrais automáticas até o ano de 1985, quando terminou a automatização das centrais telefônicas de todas as sedes de municípios de sua área de cobertura.
Mas as centrais manuais continuaram a ser instaladas em distritos na década de 80, inclusive em alguns que se emanciparam na década de 90, como Nova Castilho[352] e São João de Iracema.[353]
Quando passou a ser atendida pela Telesp a cidade de São Paulo era servida por 48 centrais automáticas instaladas em 24 centros telefônicos. Logo após foi assinado o primeiro contrato para ampliação da rede telefônica da capital.[354]
A Telesp deu prosseguimento, sem solução de continuidade, às obras em andamento iniciadas pela CTB, sendo o centro telefônico Guarani (inaugurado em 1973) e os centros telefônicos projetados Jaguaré, Tremembé e Vila Gustavo (inaugurados entre os anos de 1977 e 1978).[355]
Através de planejamento próprio, inaugurou novos centros telefônicos, sendo os primeiros Parelheiros (inaugurado em 1978)[356] e Ceagesp (inaugurado em 1981),[357] além de ampliar os prédios dos centros telefônicos inaugurados pela CTB entre 1968 e 1970, e construir prédios anexos aos centros telefônicos mais antigos (Benjamin Constant, Brás, Campo Belo, Guarulhos, Ipiranga, Jardins, Palmeiras, Perdizes e Vila Mariana),[358][359] sempre utilizando como equipamento as centrais crossbar.[360][361][362][363][364]
Em dezembro de 1977 foi inaugurada de forma experimental a primeira central telefônica digital do país (as chamadas CPA - centrais controladas por programa armazenado). Foi utilizado equipamento da série PRX (Philips), e a central foi instalada na Vila Mariana (prefixo “544”).[365][366]
Mas foi outra tecnologia digital, da série AXE-10 (Ericsson), que começou a ser implantada em definitivo, com a primeira central inaugurada também na Vila Mariana (prefixo “572”) em abril de 1982,[367][368] iniciando de forma gradual a implantação de centrais digitais em São Paulo.[369]
Conforme a necessidade de ampliação de terminais as centrais passo-à-passo e rotativas iam sendo substituídas por barras-cruzadas. Nas cidades que já possuíam as centrais barras-cruzadas podia-se ampliar a quantidade de terminais sem necessidade de mudança do equipamento.
As centrais automáticas inauguradas pela CTB entre 1970 e 1972 e que faziam parte do primeiro plano de expansão foram mantidas, das quais algumas tiveram os prédios ampliados ou substituídos:[382]
Já em convênio firmado no ano de 1973, para a COTESP coube a parte referente a construção dos prédios, fornecimento de força, engenharia e supervisão de novas centrais telefônicas, que foram instaladas em prédios especiais de arquitetura brutalista, dos quais o arquiteto Ruy Ohtake, um dos mais conceituados do Brasil, fez dois projetos (Campos do Jordão[399] e Ibiúna[400]), enquanto a Telesp se encarregou da instalação e ativação dos equipamentos telefônicos.[401]
Para as novas centrais planejadas pela Telesp foram utilizados vários tipos de prédios padrão, entre eles o PTC-1, de apenas um único pavimento:[313][332][333]
Franco da Rocha (março de 1974),[428][426] Monte Aprazível, Teodoro Sampaio e Tremembé (setembro de 1974),[429] José Bonifácio e Tanabi (novembro de 1974),[430] Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba[428] (1974)
Fernandópolis, Mairiporã,[432] Quiririm e Sousas (1976)
Adamantina, Águas de Lindóia, Agudos, Bernardino de Campos, Cafelândia, Campo Limpo Paulista, Cerquilho, Dois Córregos, Duartina, Fartura, Itapevi,[409] Jandira,[428] Olímpia, Pederneiras, Pirapozinho, Presidente Venceslau, Rancharia e Vera Cruz (1977)
Barão Geraldo, Bariri, Cândido Mota, Cravinhos, Francisco Morato, Guararapes, Itapecerica da Serra, Itápolis, Junqueirópolis, Mairinque, Nova Odessa, Novo Horizonte, Palmital, Paraguaçu Paulista, Pedreira, Presidente Epitácio, Santa Cruz do Rio Pardo, Santa Rosa de Viterbo, São Pedro, Socorro e Taquarituba (1978)
Bertioga,[433] Lucélia, Mongaguá,[434] Monte Azul Paulista[98] e Tupi Paulista (1979)
Alphaville,[435][436] Bastos, Embu-Guaçu,[408] Jaguariúna[437] e Parque Petrópolis (1980)
Em 1983 é inaugurada a primeira CPA fora da capital, em Osasco (prefixo “803”).[439] As CPA's passaram a substituir as centrais barras-cruzadas, sendo que algumas cidades permaneceram com as obsoletas centrais passo-à-passo até elas serem substituídas pelas CPA's.
Antes de ser incorporada, a COTESP implantou em 1974 centrais automáticas de pequeno porte em cidades que ainda não tinham sido transferidas para a Telesp. Elas eram decádicas do tipo UD (Philips-Inbelsa), instaladas em prédio padrão pré-fabricado de construção modular,[441] cujas características principais eram o seu baixo custo e a facilidade de instalação à curto prazo, que proporcionavam solução rápida a problemas de comunicação em locais de baixa densidade populacional:[442][443]
Cananéia, Clementina,[444] Eldorado, Estrela d'Oeste, Gastão Vidigal, General Salgado, Getulina, Indiaporã, Iporanga, Itariri, Juquitiba, Macaubal, Meridiano, Miracatu, Pedro de Toledo, Populina, Ribeira, Salto de Pirapora, Santa Rita d'Oeste e Sud Mennucci
A implantação de centrais automáticas de pequeno porte nas cidades integrantes do plano adicional é considerada a primeira realização da Telesp. A maior parte foi instalada em prédio padrão do tipo PLAD, caracterizado por possuir uma estrutura de alvenaria bem simples.[326] Ao mesmo tempo começaram a ser implantadas as centrais das cidades que já faziam parte do plano de expansão da CTB.[313]
Ajapi, Analândia, Bom Jesus dos Perdões,[444] Canas, Herculândia, Itapuí, Maracaí, Nazaré Paulista,[446] Oriente, Quintana,[444] Roseira, Santana de Parnaíba, Severínia[447] e Várzea Paulista (março de 1974)[426]
Avaí, Cajobi,[447] Charqueada, Fernando Prestes, Guaraçaí,[446] Guaraci, Ibirá, Itirapina, Neves Paulista, Potirendaba,[447] Pradópolis, Serra Azul, Serrana, Silveiras e Tabapuã (setembro de 1974)[429]
Altair, Avanhandava, Cabrália Paulista, Cedral[447] e Lavrinhas (novembro de 1974)[430]
Barrinha, Cesário Lange,[447] Pereiras,[448] Santa Maria da Serra e São José da Bela Vista (1974)
Areias,[449] Cabreúva,[449] Guaiçara, Guararema, Ibaté, Jaborandi, Jarinu, Manduri, Maristela,[431] Mineiros do Tietê, Monte Alegre do Sul, Oscar Bressane,[449] Pitangueiras,[431] São José do Barreiro,[449] São Simão[431] e Torrinha (1975)
Alfredo Marcondes, Boituva,[449] Elias Fausto, Ipeúna,[449][444] Jeriquara, Joanópolis, Pardinho,[449] Rafard, Santo Expedito,[449] Taiúva, Terra Roxa e Uchoa (1976)
Iperó,[450] João Ramalho,[449] Jordanésia, Lindóia,[450] Morungaba,[449] Pirapora do Bom Jesus, Queiroz e Redenção da Serra (1977)
Também entre 1976 e 1977 foram implantadas as centrais automáticas do tipo UDK (Philips-Inbelsa), a maioria instaladas em prédio padrão pré-fabricado de construção modular:[451]
Águas de Santa Bárbara, Campos Novos Paulista e Monte Castelo (1976)[452]
Alvinlândia, Américo de Campos, Apiaí, Aparecida d'Oeste, Barão de Antonina, Biritiba Mirim, Bofete,[444] Braúna, Caiabu, Capela do Alto, Colina, Coronel Macedo, Cosmorama, Cunha, Floreal, Guareí,[444] Guzolândia, Iacanga,[444] Igaratá, Iguape, Itaberá, Itaí, Jaci, Jambeiro, Júlio Mesquita, Macatuba, Macedônia, Mombuca, Monteiro Lobato,[444] Murutinga do Sul, Natividade da Serra, Panorama, Paranapuã, Poloni,[453] Pongaí, Reginópolis, Ribeirão Branco, Riversul, Sabino, Salmourão, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Lourenço da Serra,[447] São Pedro do Turvo, Sarapuí[444] e Tapiraí (1977)[452]
Dolcinópolis, Guaimbê, Lupércio, Magda, Mira Estrela, Ouro Verde[444] e Timburi (1977)
Entre 1978 e 1984 as centrais de pequeno porte implantadas foram instaladas em um novo tipo de prédio padrão, com estrutura em alvenaria:
Águas de São Pedro,[449] Araçoiaba da Serra, Artur Nogueira, Buritama,[454] Ipaussu, Pontal, Porangaba,[448] Queluz, Santo Antônio de Posse e Valparaíso (1978)
Borborema, Cordeirópolis,[467] Ilha Comprida, Paraíso,[458][447] Paranapanema, Pindorama e Santo Antônio do Jardim[437] (1980)
Álvares Machado, Areiópolis, Barbosa, Castilho,[468] Chavantes, Coroados, Cristais Paulista, Echaporã, Gália, Glicério, Guarantã, Iacri, Irapuã, Irapuru, Massaguaçu,[446] Nova Aliança, Parapuã, Pedra Bela, Pilar do Sul, Piratininga, Porto Cubatão, Quatá, Regente Feijó, Rinópolis, Rosana, Samaritá, Santa Albertina, Urânia e Urupês (1981)[461][462][464][465][466][469]
Álvares Florence, Anhembi, Boa Esperança do Sul, Dourado,[460] Indiana, Itupeva, Mendonça, Nova Granada, Orindiúva, Paulo de Faria, Piracaia, Santa Cruz da Conceição, Santa Ernestina e São Sebastião da Grama (1981)
Bento de Abreu, Cruzália, Euclides da Cunha, Flórida Paulista, Gavião Peixoto, Ibitiúva, Inúbia Paulista, Itaporanga, Lagoinha, Lavínia, Luiziânia, Palmares Paulista, Pedrinhas, Piacatu, Planalto, Pontes Gestal, Praia da Lagoinha, Riolândia, Sales, Santópolis do Aguapeí, Sarutaiá, Taiaçu, Tapiratiba, Taquaral e Vista Alegre do Alto (1982)[461][462][463][464][465][466][469]
Adolfo, Álvaro de Carvalho, Arealva, Boracéia, Divinolândia, Mariápolis, Nova Guataporanga,[470] Paulicéia, Pinhalzinho, Porto Primavera, Praia do Juqueí, Presidente Alves, Salto Grande,[448] Santa Mercedes, São João do Pau d'Alho, São Luiz do Paraitinga[444] e Ubirajara (1982)
Restinga e Três Fronteiras (1983)
Catiguá, Piquerobi, Polvilho[471] e Ribeirão do Sul (1984)
Em 1985 foram implantadas centrais automáticas nas últimas 38 cidades que ainda eram atendidas por centrais manuais, sendo instaladas em prédio padrão do tipo PTC-600:
Alto Alegre, Balbinos, Barra do Turvo, Borá, Caiuá, Estrela do Norte, Flora Rica, Gabriel Monteiro, Itaju, Itapura, Lucianópolis, Marinópolis, Mirassolândia, Monções, Narandiba, Nipoã, Nova Independência, Nova Luzitânia, Ocauçu, Óleo, Onda Verde, Pedranópolis, Platina, Rubiácea, Rubinéia, Sagres, Sandovalina, Santa Clara d'Oeste, Santana da Ponte Pensa, São Francisco, São João das Duas Pontes, Sebastianópolis do Sul, Tarabai, Tejupá, Turiúba, Turmalina, União Paulista e Uru
A partir do final da década de 80 começaram a ser implantadas as centrais digitais de pequeno porte das séries TRÓPICO-R (Promon e PHT) e CPR (Equitel), que eram moduladas e instaladas em contêineres transportáveis.[447][448][446][453][460]
A Telesp utilizava diversos tipos de prédios padrão, que eram projetados com a finalidade única de abrigar as centrais telefônicas, de acordo com seu porte:[472]
Para as centrais de maior porte eram utilizados diversos tipos de prédios em alvenaria, como os prédios padrão PTC1, PTC2, PTC4, 10KT, 20KT, 40KT, 50KT, 80KT, etc.[473][474][475][476][477]
Para as centrais de menor porte eram utilizados contêineres, prédios modulados ou em alvenaria, como os prédios padrão PLAD, PTC, PTRI, 4KT, etc.
Os prédios das centrais telefônicas são utilizados até hoje pela Vivo, mas são bens imóveis passíveis de reversão (bens reversíveis).[478][479][480]
Cortes de área
À medida em que ocorria a expansão da planta de telecomunicações, a capacidade para ampliação das centrais telefônicas se esgotava nas áreas de maior demanda telefônica, sendo necessária a construção de novas centrais para atender ao número crescente de usuários.
Dessa forma, quando se construía uma nova central telefônica no espaço de atendimento de uma única, os clientes mais distantes da antiga e próximos da nova eram remanejados para ela, liberando terminais para novos clientes próximos da antiga, aumentando a capacidade de atendimento dentro da área.
A esse remanejamento de terminais telefônicos de uma central telefônica para outra dava-se o nome de corte de área. Quando haviam os cortes, os telefones remanejados para a nova central tinham seu prefixo e milhar do número alterados.
Na capital, considerando a sua enorme demanda por telefones, os cortes de área eram frequentes. Nas demais cidades, antes da Telesp ser criada, eles somente haviam sido feitos em Santos. A maioria dos cortes de área foram feitos na década de 90, devido a grande expansão telefônica ocorrida, sendo inauguradas centenas de novas centrais para atender a demanda existente por telefones.
Relação dos primeiros cortes de área nas principais cidades atendidas pela Telesp (exceto a capital):
Santos - com impossibilidade de ampliação da primeira central automática da cidade, a CTB inaugurou a central Tocantins em 1948 e depois inaugurou a central Washington Luís em 1971,[481] para onde foram remanejados posteriormente os telefones das duas centrais mais antigas.[373] A Telesp fez novos cortes de área,[482][320][321][483] com a inauguração das centrais José Menino e Ponta da Praia em 1977,[484][485] e Areia Branca em 1982[486][487]
Campinas - cidade onde a Telesp fez os primeiros cortes de área no interior, com a inauguração das centrais Cambuí e Castelo em 1976,[316][317][406] e Campos Elíseos em 1984[488]
Das principais cidades atendidas pela Telesp, somente em Limeira não houve cortes de área, devido à grande capacidade do prédio da central telefônica.
Algumas cidades possuíam mais de uma central telefônica, só que não eram cortes de área e sim atendimento à regiões que não possuíam sistemas telefônicos, como as centrais Hortolândia[456] e Nova Veneza[388] em Sumaré.
Também haviam cidades que já possuíam mais de uma central instalada pela operadora anterior em áreas que não possuíam atendimento, sendo que elas foram substituídas pela Telesp por novas centrais, como a central Granja Viana[409] em Cotia, as centrais Enseada[503] e Vicente de Carvalho[504] em Guarujá,[505] e as centrais Cidade Ocian,[506][507] Solemar[508] e Vila Caiçara,[509] em Praia Grande.
Também houve corte de área no caso das cidades que compartilhavam a central telefônica de outra próxima por facilidade técnica, como no caso de Barueri, que compartilhou a central de Carapicuíba até ser feito o corte de área, com a inauguração da central telefônica Alphaville em 1980,[510] além de Igaraçu do Tietê que compartilhou a central de Barra Bonita até 1988, e Vargem Grande Paulista que compartilhou a central de Cotia até 1989.
Cooperativas rurais
Após a iniciativa pioneira da Cooperativa Rural de Telecomunicações de Mogi das Cruzes (área de operação da Companhia Telefônica da Borda do Campo), quando foram inauguradas duas centrais telefônicas rurais automáticas no ano de 1975, foi aberto o caminho para que surgissem cooperativas rurais de telecomunicações por todo o estado com a mesma iniciativa para solucionar o problema das comunicações entre os seus cooperados através da implantação de sistemas de telefonia rural.[511][512]
A Telesp começou a assumir a operação desses sistemas a partir do final da década de 70,[518] a maioria em 1981 (8 centrais) e 1982 (15 centrais), até que em 1985 foi lançado o Plano Diretor de Telecomunicações Rurais para a atuação na área.[228]
Das centrais telefônicas rurais instaladas destaca-se a do antigo núcleo rural Holambra, na época pertencente aos municípios de Jaguariúna e Artur Nogueira, e que em 1993 se tornou município.
Cooperativa rural
Central rural
Cortemc - Coop. Rural Telecom. Mogi das Cruzes[519][520]
Cetersj - Coop. Eletrif. Telef. Rurais São João da Boa Vista[542]
Capituba
Cortevalp - Coop. Rural Telecom. Vale do Rio Pardo[543][458]
Canoas
Morro do Cruzeiro
Faz. Varginha (desativada)
Visor (desativada)
Cotersc - Coop. Telef. Rural Região São Carlos[544][545]
Babilônia
Varjão
Corterc - Coop. Rural Telecom. Região Central Est. São Paulo[546]
Faz. Santa Cruz
Coteralp - Coop. Telef. Rural Alta Paulista[547][548]
União (desativada)
Numeração telefônica
Formatos numéricos
Antes da implantação do sistema DDD as ligações interurbanas eram feitas quase em sua totalidade via telefonista, não havendo necessidade dos números telefônicos possuírem prefixos, exceto nas cidades com mais de uma central. Na área de operação da Telesp números de telefone sem prefixo existiram até 1989 nas sedes de municípios e até 1994 nas demais localidades.
Centrais manuais
Nas centrais manuais os números telefônicos não possuíam prefixo e variavam da seguinte forma: entre 01 e 099 e entre 100 e 999 nas centrais da antiga concessão Cia. Telefônica Alta Paulista, entre 1 e 999 na maioria das centrais, e somente em alguns casos específicos entre 1000 e 9999.
Centrais automáticas (sem prefixo)
Nas centrais automáticas que não possuíam prefixo os números telefônicos variavam da seguinte forma: entre 20 e 99 nas menores localidades, entre 200 e 999 na maioria das cidades e entre 1000 e 9999 nas cidades de médio e grande porte.
Centrais automáticas (com prefixo)
Até 1969 a cidade de São Paulo possuía centrais com prefixos de dois dígitos (as mais antigas) e com prefixos de três dígitos, inauguradas a partir de 1967, sendo as primeiras do país nesse formato (foram também as primeiras do estado a serem integradas ao DDD, em 1970).[549][550] Na Grande São Paulo além da capital somente possuíam centrais com prefixos as cidades do Grande ABC, de Guarulhos e de Osasco (prefixos de dois dígitos iniciados por 4x). Essas mesmas cidades formaram posteriormente a área terciária de São Paulo.
Tendo em vista a realidade da implantação do DDD a partir de 1970 todas as centrais automáticas inauguradas pela CTB no interior passaram a ter prefixos de um dígito[382]. A COTESP passou a utilizar prefixos de um dígito nas centrais automáticas de maior porte inauguradas a partir de 1971 e em todas as centrais, inclusive as de pequeno porte, a partir de 1973.
Logo começaram a ser substituídos pela Telesp por prefixos de dois dígitos para o que o sistema telefônico pudesse ser ampliado,[551][552][553][554] sendo que os últimos substituídos foram o prefixo "8" de Campinas alterado para "34" (1993),[555] o "2" também de Campinas alterado para "36" (1994)[556] e o "4" de Santos alterado para "284" (1995).
Os números telefônicos nas centrais com prefixos de um dígito variavam entre 2-0000 e 9-9999.
A Telesp logo que assumiu as operações já começou a utilizar prefixos de dois dígitos nas centrais automáticas de médio e grande porte que iam sendo ativadas no interior. Marília foi a única exceção, mesmo recebendo o sistema DDD em 1973 seus números telefônicos continuaram sem prefixo até a nova central ser inaugurada em 1978 (prefixo "33").
Entre 1976 e 1977 todas as centrais automáticas, inclusive as de pequeno porte, como já eram preparadas para o DDD foram ativadas com prefixos de dois dígitos, inclusive algumas centrais nas áreas de Sorocaba e Itapeva foram ativadas com prefixos de três dígitos (alterados posteriormente para dois dígitos).[452] Mas a partir de 1978 as centrais telefônicas de pequeno porte passaram a ser ativadas sem prefixos telefônicos, só recebendo prefixos de dois dígitos com a implantação do DDD.
Os números telefônicos nas centrais com prefixos de dois dígitos variavam entre 20-0000 e 99-9999.
Na Grande São Paulo e entorno (que abrangia as áreas terciárias de São Paulo, Cotia, Jundiaí e Mogi das Cruzes), cuja demanda telefônica era muito maior, as centrais automáticas já eram ativadas com prefixos de três dígitos e código de área (011), a fim de racionalizar o sistema interurbano e realizar a integração operacional da Grande São Paulo.
Na área de São Paulo foram utilizados prefixos iniciados por 2xx no Centro, Zona Norte e em Guarulhos, por 5xx na Zona Sul, por 8xx na Zona Oeste e em Osasco[557] (posteriormente substituídos por 70x em Osasco) e por 9xx na Zona Leste e em Guarulhos (posteriormente substituídos por 6xx). Já na área de Cotia[557] foram utilizados prefixos iniciados por 42x, 49x, 72x e 79x e na área de Jundiaí iniciados por 40x, 43x, 48x, 73x e 78x.
No nordeste do estado onde a Telesp possuía concessões nas áreas de Ribeirão Preto e Franca juntamente com a CETERP e CTBC o padrão seguido inicialmente era o de prefixos de dois dígitos, mas depois passou a ser de três dígitos para padronização com aquelas operadoras.
Os números telefônicos nas centrais com prefixos de três dígitos variavam entre 201-0000 e 999-9999.
Na década de 80, para a implantação dos sistemas de Discagem Direta a Cobrar (DDC) e de Discagem Direta Gratuita (DDG), as centrais que possuíam prefixo "90" e também prefixos iniciados por "80x" tiveram seus prefixos alterados. E no início da década de 90, para a implantação do sistema de telefonia celular, as centrais que possuíam prefixo "97", algumas com prefixo "98" e também prefixos iniciados por 9xx tiveram seus prefixos alterados.
A partir de 1995 a Telesp começou a alteração na numeração telefônica em todo o estado para ampliação da rede.[558] Na área (011) começou a ser implantado os prefixos de quatro dígitos, quando em julho desse ano o prefixo "61" da central Campo Belo foi alterado para "5561", sendo o primeiro prefixo telefônico com quatro dígitos no Brasil.[559]
Os prefixos foram substituídos gradativamente, na capital sendo utilizadas as séries 3xxx, 5xxx e 6xxx (os prefixos iniciados por 6xxx foram depois substituídos por 2xxx), e nas demais cidades a série 7xxx e depois a série 4xxx (os prefixos iniciados por 7xxx foram depois substituídos por 4xxx, exceto em Osasco, onde os prefixos iniciados por 70xx e 720x foram substituídos por 36xx).[560]
As demais áreas passaram a seguir a padronização nacional de DDD com três dígitos (012 à 019) e prefixos de três dígitos também. O acréscimo do quarto dígito nos prefixos telefônicos dessas áreas iniciou-se no ano 2000 e foi finalizado em dezembro de 2005.
Sistemas DDD/DDI
No início da década de 70 o sistema de Discagem Direta à Distância (DDD) começou a ser implantado em todo o país. Nesse começo várias cidades receberam primeiramente o DDD de entrada, ou seja, somente recebiam chamadas interurbanas via DDD de outras cidades mas não podiam fazer as ligações por DDD, estas tinham que ser via telefonista. Posteriormente é que receberam o DDD de saída, passando também a realizar chamadas interurbanas via DDD para outras cidades através de sua central telefônica, sem necessidade da telefonista. Mas a grande maioria das cidades recebeu de uma vez o sistema completo de entrada e saída.
Ainda na década de 70 o Brasil integra-se ao sistema de Discagem Direta Internacional (DDI), por meio da estação terrena de Tanguá da Embratel. O sistema de comunicações por satélite foi ampliado em 1976 com a inauguração da Estação de Monitoramento de Satélites, também situada em Tanguá.
Áreas terciárias e de tarifação
O Ministério das Comunicações criou o Plano Nacional de Telefonia, que foi aprovado e começou a ser implantado em 1972, pelo qual os estados seriam divididos em Distritos Operacionais, cujo objetivo entre outros era facilitar o controle e as ligações.[561]
Em cada um desses distritos haveria pelo menos uma Central de Trânsito, que permitiria ligações nacionais através do sistema de Discagem Direta à Distância. Também em cada Distrito Operacional as cidades mais importantes da região estariam ligadas às Centrais de Trânsito, formando um enlace entre elas.[561]
Os distritos operacionais eram compostos por uma ou mais áreas terciárias, que são um conjunto de cidades agrupadas numa região de numeração fechada, e cada uma delas corresponde a um código nacional do sistema de Discagem Direta à Distância (DDD).[562][563]
A divisão do estado em áreas terciárias foi realizada com fins operacionais, visando um plano de numeração específica para cada área. A numeração dos códigos de área (DDD) seguiu o Plano Nacional de Numeração Telefônica do Ministério das Comunicações[562]
A formação de cada área dependeu de uma série de fatores de planejamento, como interesses de tráfego telefônico, traçado de plano adequado de comutação e a própria economia do sistema. As áreas terciárias apresentaram duas vantagens imediatas: rapidez e facilidade nas ligações telefônicas.[562]
As cidades de uma mesma área terciária integravam o DDD Regional,[564] onde as chamadas entre essas cidades podiam ser feitas diretamente sem a necessidade de se discar o código de área antes do número telefônico.[565] Caso a central telefônica de uma cidade já tivesse prefixo telefônico, que se constituía no código regional da cidade, mesmo que o sistema DDD ainda não estivesse implantado nessa central, as chamadas também podiam ser feitas diretamente, mas somente no âmbito regional da área terciária.[566]
Já o sistema de tarifação interurbana área-a-área começou a ser elaborado a partir de 1972,[567] com estudos efetuados pela Telebras em conjunto com as empresas pólo de integração de cada estado e a Embratel,[568] sendo implantado em 1976 pelo Ministério das Comunicações, dividindo os estados em áreas de tarifação tendo como base as áreas terciárias.[569][570]
A principal cidade de cada área de tarifação é chamada de centro de área, sendo a referência geodésica das demais para o cálculo das tarifas de ligações interurbanas de longa distância. Nas cidades de uma mesma área de tarifação, que integravam o DDD Regional, as chamadas interurbanas entre elas tinham um custo menor.[565]
O sistema de tarifação sofreu várias atualizações, que incluiu modificações relativas à coordenadas geográficas, compatibilização das numerações das áreas de tarifação com o plano nacional de numeração telefônica, criação de novas áreas, fusão de algumas áreas, mudança de localidades centro de área e deslocamento de uma localidade de determinada área de tarifação para outra:[571][572]
as áreas de tarifação de Cotia (133), de Jundiaí (134) e de Mogi das Cruzes (136) foram integradas na área de tarifação de São Paulo (11) em 1978, seguindo o plano de numeração que já havia adotado o código DDD (011) para essas áreas, mas as respectivas áreas terciárias continuaram a existir[573]
A área terciária de Registro foi alterada de (158) para (138) em 1979, seguindo o plano de numeração que havia adotado o código DDD (0138) para a área[574]
Auriflama integrava a área de Jales (176), mas na implantação do DDD em 1978 passou a integrar a área de Votuporanga (174)
Itariri e Pedro de Toledo integravam a área de Registro (138), mas na implantação do DDD de entrada em 1979 passaram a integrar a área de Santos (132)[575]
Juquitiba integrava a área de Registro (138), mas na implantação do DDD em 1981 passou a integrar a área de Cotia com código DDD (011)
Salesópolis integrava a área de São José dos Campos (123), mas na década de 90 passou a integrar a área de Mogi das Cruzes com alteração do código DDD para (011)
Fronteira integrava a área de São José do Rio Preto (172), mas na década de 90 passou a integrar a área de Frutal (344)
As áreas terciárias de Ribeirão Preto (166)[nota 7] e de Franca (167)[nota 8] tiveram o código DDD alterado para (016), e a área de São Joaquim da Barra (168) teve o código DDD implantado como (016), mas apesar do mesmo código DDD as áreas terciárias continuaram sendo distintas.
Nas áreas de Mogi das Cruzes (11) e de São Joaquim da Barra (168) a Telesp não operava em nenhum município. Já nas áreas de São Paulo (11), de Ribeirão Preto (166), de Franca (167) e de Barretos (173) a Telesp operava em parte dos municípios.
E apesar do código DDD (0176) ser implantado em algumas cidades do Mato Grosso do Sul, elas não faziam parte da área de Jales (176) mas sim das áreas de Paranaíba (176-A) e de Cassilândia (675-A).
Integração telefônica da Grande São Paulo
A integração telefônica da Grande São Paulo teve início em 1958 quando, para as comunicações interurbanas com a capital, a CTBC introduziu o sistema de discagem direta automática através de cabos coaxiais, sem auxílio de telefonistas, ligando as cidades do ABC a estação IU da capital, localizada no Edifício Sete de Abril, tratando-se de um sistema semelhante ao usado de Santos para São Paulo, inaugurado no mesmo ano pela CTB.[576][577]
No início as ligações diretas só podiam ser feitas diretamente do ABC para a capital, pois no sentido inverso ainda necessitava do auxilio de telefonista, através do código (07).[577]
Os prefixos das estações telefônicas da "linha 4" entre 1972 e 1973 foram substituídos por prefixos de três dígitos, onde foi adicionado mais um dígito 4 no início de cada prefixo, exceto em Guarulhos, padronizando com o sistema que já vinha sendo adotado na capital.[579]
Foram as cidades da "linha 4" que constituíram a área terciária de São Paulo (11), e por consequência, na implantação do sistema de Discagem Direta à Distância (DDD) foram as primeiras que receberam o código de área (011) após a capital. Já no entorno da área terciária de São Paulo foram criadas as áreas terciárias de Santos (132), de Cotia (133), de Jundiaí (134) e de Mogi das Cruzes (136).[569]
Com exceção a área terciária de Santos, que recebeu o código de área (0132), todas as cidades das áreas terciárias de Cotia, Jundiaí e Mogi das Cruzes receberam o código de área (011) no processo de implantação do sistema DDD, seguindo o Plano Nacional de Numeração Telefônica, aumentando de forma considerável o número de cidades da "linha 4",[580] visando a integração telefônica da região.[581]
Outro problema a ser resolvido era o número de operadoras atuando na Grande São Paulo.[582] A fim de racionalizar a utilização do sistema interurbano e acelerar a integração operacional na Grande São Paulo, a operação telefônica da região seria dividida entre a CTB e a CTBC.
Por Decretos Federais em 1969 a cidade de Suzano tem a concessão transferida para a CTBC,[583] e em 1970 as cidades de Poá, Carapicuíba, Pirapora de Bom Jesus, Santana de Parnaíba, Jandira, Itapevi, Barueri e Itapecerica da Serra passam para a concessão da CTB.[584] Em 1973 as concessões da CTB passam para a Telesp,[38] empresa-pólo no estado que incorpora as demais operadoras.
A partir de 1974 inicia-se o processo de transferência das cidades da área terciária de Mogi das Cruzes sob concessão da Telesp para a administração da CTBC,[585] enquanto Mogi das Cruzes passa a ser atendida pela CTBC em 1975.[586] Já as cidades das áreas terciárias de Cotia e Jundiaí continuaram sob operação da Telesp.
Em 1974 a cidade de Guarulhos é integrada na rede urbana de São Paulo. Dessa forma suas ligações para a capital passaram a ser diretas, sem auxilio de telefonista, e consideradas locais, não sendo interurbanas como as demais cidades da "linha 4", por isso suas centrais telefônicas passam a seguir a sequência de numeração da capital.[587][588] O mesmo aconteceu com Osasco, que deixou de fazer parte da "linha 4" em 1978 e foi integrada na rede urbana de São Paulo.[25]
As principais formas de comunicação interurbana eram as seguintes:[589]
a central IU da capital era conectada por cabos coaxiais à estação repetidora Tucuruvi, fazendo conexão com todo o Brasil através dos troncos microondas da Embratel
a central IU da capital era conectada por cabos coaxiais à estação terminal instalada no terraço do Edifício Copan[590][591]
a região do ABC, através da central trânsito de São Caetano do Sul,[592] e a área de Santos eram conectadas à central IU da capital e entre si por cabos coaxiais
a cidade de Suzano era conectada à central trânsito de São Caetano do Sul por microondas[593]
a cidade de Guarulhos e a área de Mogi das Cruzes eram conectadas à central IU da capital e entre si por cabos coaxiais
a área de Cotia era conectada à central trânsito de Osasco por cabos coaxiais, que era conectada à estação terminal Copan por microondas[591]
a área de Santos era conectada à estação terminal Copan por microondas, através da estação repetidora Paranapiacaba[591]
a área de Jundiaí era conectada à estação repetidora Tucuruvi por microondas, através da estação repetidora Serra do Japi
a área de Campinas era conectada à estação repetidora Tucuruvi por microondas, através da estação repetidora Cabreúva
As cidades foram integradas ao sistema DDD nos seguintes anos:[94][96]
1969 - implantado somente o DDD de entrada em São Paulo
1970/1971 - implantado o DDD de saída em São Paulo, com inauguração oficial em julho de 1970 transmitida ao vivo para o país pela TV Tupi[594]
1973 - Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Rudge Ramos e Suzano (fevereiro),[595] Santo André (junho),[596][597] Osasco (julho),[598] São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul (outubro)[599]
1974 - Santa Terezinha (janeiro),[600] Itatiba - "entrada" (setembro),[429] Itu - "entrada", Salto - "entrada" e São Roque - "entrada" (novembro)[601]
1975 - Guarulhos (março), São Roque - "saída" (novembro), Franco da Rocha - "entrada"
1976 - Bragança Paulista (janeiro),[602] Poá (outubro), Ferraz de Vasconcelos (novembro), Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Itaquaquecetuba e Jundiaí (dezembro)
1977 - Jandira e Salesópolis[603][604] (julho), Embú (setembro), Itu - "saída" (outubro), Cotia e Itapevi (dezembro),[409] São Lourenço da Serra
1978 - Mogi das Cruzes (janeiro),[605] Arujá (fevereiro),[606] Guararema (março),[607] Atibaia,[608] Santa Isabel[609] e Várzea Paulista (abril), Campo Limpo Paulista, Itatiba - "saída" e Taboão da Serra (maio), Itapecerica da Serra (junho),[610] Franco da Rocha - "saída" (julho), Mairinque (agosto), Francisco Morato (setembro), Mairiporã (outubro)
1981 - Bairro do Jacaré, Cabreúva, Campos de Mairiporã, Itupeva, Jardim Cinco Lagos, Joanópolis, Juquitiba, Piracaia,[614] Santana de Parnaíba, Terra Preta
1982 - Bom Jesus dos Perdões,[615] Jarinu, Parque Suísso, Pinhalzinho, Pirapora do Bom Jesus
1983 - Nazaré Paulista, Vargem Grande Paulista
1984 - Morungaba
1988 - Pedra Bela
Possuindo o mesmo código de área (011) todas as cidades passaram a fazer parte do DDD Regional, que permitia ligações diretas e sem códigos. Apesar dessa facilidade as ligações da área da capital (São Paulo, Guarulhos e Osasco) com as cidades da "linha 4", e dessas cidades entre si ou para a área de São Paulo eram interurbanas.[616][580]
O sistema de Discagem Direta Internacional (DDI) foi inaugurado em fevereiro de 1976 na cidade de São Paulo e nas cidades que já estavam integradas ao DDD.[617][602] Nas demais cidades o DDI foi instalado juntamente com o DDD.
DDD de entrada: Itapetininga,[630] Itapeva,[630] Sertãozinho, Tatuí, Votorantim
Durante 1976 foram integradas ao sistema nacional de DDD:[81]
Águas da Prata,[602] Barretos, Caraguatatuba,[406] Ilhabela,[406] Jaboticabal, Paulínia,[602] Quiririm, São Francisco da Praia, São João da Boa Vista,[602] São José do Rio Preto, São Sebastião,[406] Taquaritinga, Ubatuba[631]
No ano de 1977 entraram em DDD as seguintes localidades:[91]
Como pelo convênio firmado em outubro de 1973 sob a coordenação da Telebras as cidades com mais de 10 mil habitantes deveriam estar interligadas ao DDD até 1980,[60] as últimas cidades de grande e médio porte que receberam o sistema foram Americana e Sumaré (1978), Limeira, Praia Grande e Santa Bárbara d'Oeste (1979), e São Carlos (1980).
No ano de 1978 entraram em DDD as seguintes localidades:[351][633]
Adamantina, Águas de Lindóia, Americana,[408][634] Assis, Auriflama, Bariri, Barra Bonita, Birigui, Cafelândia, Catanduva,[635] Colina, Cosmópolis, Cravinhos,[636] Cunha, Descalvado, Dracena,[637] Duartina,[638] Espírito Santo do Pinhal, Estrela d'Oeste, Guararapes, Guariba, Ibitinga, Icém, Igaraçu do Tietê, Ipaussu, Itapetininga (saída), Itapira, Itápolis, Jaú,[639] Junqueirópolis, Lins,[638] Mococa, Monte Alto, Novo Horizonte, Ourinhos, Panorama, Paraibuna, Pedreira, Pindamonhangaba, Piraju, Pirajuí,[638] Pirassununga, Pompéia, Porto Ferreira, Promissão,[638] Registro,[404] Rubião Júnior, Santa Cruz do Rio Pardo, Santa Rita do Passa Quatro, São Simão, Sumaré, Taquarituba, Tatuí (saída), Tupã,[640] Valinhos, Valparaíso,[641] Vera Cruz, Vinhedo
No ano de 1979 entraram em DDD as seguintes localidades:[347]
Aguaí, Águas de São Pedro, Américo Brasiliense, Angatuba, Aparecida,[642] Araçoiaba da Serra, Bernardino de Campos, Bertioga,[433] Bocaina, Boqueirão,[643] Buritama,[632] Cândido Mota, Capão Bonito,[644] Capivari,[645] Cerquilho, Cidade Ocian,[506] Conchal, Fartura, Getulina, Holambra II, Hortolândia,[456] Iacanga, Ibiúna, Itaí, Itanhaém,[646] Itapeva (saída), Itararé, Jurumirim, Laranjal Paulista, Leme, Limeira,[647] Louveira, Lucélia,[632] Mogi Guaçu, Mongaguá,[434] Monte Azul Paulista,[98] Moreira César, Nova Odessa,[648] Nova Veneza,[388] Osvaldo Cruz, Palmeira d'Oeste, Palmital, Paraguaçu Paulista, Peruíbe,[403] Piedade, Pirapozinho, Pitangueiras,[540] Pontal, Porto Feliz, Praia do Lázaro, Presidente Epitácio, Ribeirão Bonito, Salto de Pirapora, Santa Bárbara d'Oeste,[649][650][651] Santa Branca,[611] Santa Rosa de Viterbo, São José do Rio Pardo, São Pedro,[652] Socorro,[653] Solemar,[508] Teodoro Sampaio, Tietê,[654] Tupi Paulista,[632] Vila Caiçara,[509] Votorantim (saída)
DDD de entrada: Ariranha, Capela do Alto,[655] Ibirá, Itariri,[656] Pedro de Toledo,[656] Santa Lúcia, Tapiraí
Nesse ano 200 das 203 cidades integradas ao DDD também já estavam integradas ao DDI. A partir de então todas as cidades integradas ao sistema DDD eram simultaneamente integradas ao sistema DDI.
No ano de 1980 entraram em DDD/DDI as seguintes localidades:[153]
Apiaí,[657] Bastos,[658] Brotas, Conchas, Cordeirópolis,[467] Igarapava,[659] Iracemápolis,[660] Itajobi, Jaguariúna,[437][661][613] Mineiros do Tietê, Monte Alegre do Sul,[662] Monte Mor, Nova Europa, Pedregulho,[545] Pirangi, Praia Grande,[663] Rio das Pedras,[664] Santa Adélia, São Bento do Sapucaí,[458] São Carlos,[665][417] Tabatinga,[470] Tambaú[666]
Além disso houve a integração ao DDI de Ribeirão Bonito,[657] que já estava em DDD
No ano de 1981 entraram em DDD/DDI as seguintes localidades:[143]
Álvares Machado, Artur Nogueira, Boa Esperança do Sul, Caconde, Cananéia (saída), Castilho,[468] Chavantes, Dourado,[674] Echaporã, Elias Fausto, Gália, Ibaté, Iguape (saída), Irapuru, Itapuí,[675] Itirapina, Macatuba, Massaguaçu, Miracatu (saída), Mirante do Paranapanema, Nova Granada, Pacaembu, Parapuã, Paulo de Faria, Piratininga,[676] Quatá,[677] Regente Feijó, Rinópolis,[678] Santa Albertina, Santa Cruz das Palmeiras,[679] Santa Fé do Sul, Santo Antônio de Posse, São Francisco da Praia (saída), São Sebastião da Grama, Serrana, Urânia, Urupês, Vargem Grande do Sul
No ano de 1982 entraram em DDD/DDI as seguintes localidades:[133]
Águas de Santa Bárbara, Analândia, Boituva (saída),[681] Borborema, Cajati, Carapiranga (rural), Casa Branca,[682] Cedral, Cerqueira César, Charqueada,[683] Divinolândia, Dumont, Flórida Paulista, General Salgado,[684][685] Guapiaçu,[683] Ibirá (saída), Icém (DDI), Iepê,[686] Iperó (saída), Itaberá (saída), Juquiá, Lindóia, Maracaí, Mirassol, Neves Paulista,[615] Paranapanema, Patrocínio Paulista,[687] Pilar do Sul, Pindorama, Poloni, Porto Primavera, Potirendaba,[686] Pradópolis, Praia da Lagoinha, Presidente Bernardes, Riolândia, Roseira, Saltinho, Salto Grande, Santa Gertrudes, São Luís do Paraitinga, São Miguel Arcanjo, Tabapuã, Valparaíso (DDI), Vila Engenheiro Coelho, Viradouro
DDD de entrada: Dobrada, Iporanga, Palmares Paulista, Ribeira, Sales, Taiaçu, Vista Alegre do Alto
No ano de 1983 entraram em DDD/DDI as seguintes localidades:
Barrinha,[615] Buri (saída),[470] Eldorado (saída), Itaporanga, Itariri (saída), Jacupiranga (saída), Pedro de Toledo (saída), Rafard,[199][688] Rincão (saída), Taiúva
DDD de entrada: Arandu, Bofete, Coronel Macedo, Guareí, Pardinho, Sarapuí
No ano de 1984 entraram em DDD/DDI as seguintes localidades:[137]
Catiguá, Ilha Solteira, Pariquera-Açu (saída), Piquerobi, Praia do Juqueí
No ano de 1985, entraram em DDD/DDI as seguintes localidades:[228]
Adolfo, Altair, Avanhandava, Bady Bassitt, Bálsamo, Braúna, Cesário Lange, Clementina, Guaraçaí, Guaraci, Ibirarema, Itatinga, Jaborandi, Jeriquara, Macaubal, Orindiúva, Palestina, Paraíso, São José da Bela Vista,[689] Severínia, Taguaí, Terra Roxa, Torrinha, Uchoa
Em 1986 foram integrados ao sistema DDD/DDI os 40 municípios abaixo, que no final do ano totalizaram 392:[139]
Américo de Campos, Aparecida d'Oeste, Bananal, Bilac, Coroados, Cosmorama, Cristais Paulista, Floreal, Glicério, Guaiçara, Guaimbê, Herculândia, Indiaporã, Inúbia Paulista, Itirapuã, Luiziânia, Mariápolis, Mendonça, Mombuca, Nova Aliança, Nova Guataporanga, Oriente, Oscar Bressane, Ouro Verde, Paranapuã, Paulicéia, Piacatu, Planalto, Pontes Gestal, Populina, Queiroz, Queluz, Quintana, Sabino, Santa Mercedes, Santópolis do Aguapeí, São João do Pau d'Alho, São Pedro do Turvo, Serra Azul, Três Fronteiras
Em 1987 foram integrados ao sistema DDD/DDI mais 10 municípios, a seguir listados, elevando-se assim para 402, representando 76% dos 531 municípios do Estado operados pela TELESP:[100]
Alfredo Marcondes, Areias, Bento de Abreu, Gastão Vidigal, Lagoinha, Lavrinhas, Monte Castelo, São José do Barreiro, Silveiras, Tapiratiba
No ano de 1988, o sistema DDD/DDI foi estendido a mais 80 municípios, listados abaixo, elevando o total para 482 municípios, ou 90,6% dos 532 municípios atendidos pela companhia:[690]
Alto Alegre, Alvinlândia, Anhembi (saída), Arealva, Areiópolis (saída), Ariranha (saída), Avaí, Barra do Turvo, Boraceia, Cabrália Paulista, Caiabu, Caiuá,[691] Cajobi, Campos Novos Paulista, Cândido Rodrigues, Capela do Alto (saída), Corumbataí, Cruzália, Estrela do Norte, Fernando Prestes, Flora Rica, Gabriel Monteiro, Guarani d'Oeste, Guareí (saída), Iacri, Indiana, Ipeúna, Iporanga (saída), Itaju, Itapura, Itobi, Jaci, Jales, Jambeiro, João Ramalho, Júlio Mesquita, Lucianópolis, Lupércio, Manduri, Marabá Paulista,[691] Mirassolândia, Monteiro Lobato, Narandiba, Natividade da Serra, Nipoã, Ocauçu, Onda Verde, Palmares Paulista (saída), Pardinho (saída), Pereiras, Pongaí, Presidente Alves, Redenção da Serra, Reginópolis, Restinga, Ribeirão Branco (saída), Ribeirão do Sul, Rubinéia, Sagres, Sales (saída), Salmourão, Sandovalina, Santa Clara d'Oeste, Santa Cruz da Conceição, Santa Ernestina, Santa Maria da Serra, Santa Rita d'Oeste, Santana da Ponte Pensa, Santo Antônio do Jardim, Santo Antônio do Pinhal, Santo Expedito, Sarutaiá, Sete Barras (saída), Taciba, Taiaçu (saída), Tarabai, Timburi, Turiúba, Ubirajara
Durante o ano de 1989 foram integrados ao sistema DDD/DDI os últimos 50 municípios - dos 532 operados pela TELESP - que ainda não dispunham desse serviço:[692]
Álvares Florence, Álvaro de Carvalho, Anhumas, Arandu (saída), Balbinos, Barão de Antonina (saída), Barbosa, Bofete (saída), Borá, Coronel Macedo (saída), Dobrada (saída), Dolcinópolis, Florínea, Guapiara (saída), Guarantã, Guzolândia, Irapuã (saída), Lavínia, Luiz Antônio, Lutécia, Macedônia, Magda, Marinópolis, Meridiano, Mira Estrela, Monções, Murutinga do Sul, Nova Independência, Nova Luzitânia, Óleo, Pedranópolis, Platina, Porangaba, Ribeira (saída), Rifaina, Riversul (saída), Rubiácea, Santa Lúcia (saída), São Francisco, São João das Duas Pontes, Sarapuí (saída), Sebastianópolis do Sul, Sud Mennucci, Tapiraí (saída), Tejupá, Turmalina, União Paulista, Uru, Valentim Gentil, Vista Alegre do Alto (saída)
Implantação do sistema DDD completo por área terciária (cidades/ano)
Área terciária
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
11-São Paulo
1
1
1
11-Cotia
1
2
4
3
1
2
1
1
11-Jundiaí
4
5
1
4
3
1
1
1
122-Taubaté
1
2
1
1
2
1
3
123-São José dos Campos
1
2
1
1
1
2
124-Caraguatatuba
4
125-Guaratinguetá
2
3
1
1
2
4
132-Santos
1
3
4
2
138-Registro
1
3
1
2
1
1
142-Bauru
1
1
2
2
1
3
8
3
143-Ourinhos
4
2
1
1
2
1
4
2
144-Marília
1
1
3
1
5
7
1
145-Lins
3
1
3
146-Jaú
1
4
1
2
1
1
1
147-Avaré
1
1
1
3
2
149-Botucatu
2
1
1
4
1
152-Sorocaba
1
2
10
4
1
2
3
155-Itapeva
3
1
1
2
3
4
162-Araraquara
1
1
1
2
2
3
3
1
1
3
2
163-Jaboticabal
1
2
1
1
1
166-Ribeirão Preto
1
2
3
1
2
1
1
1
167-Franca
2
1
2
2
1
1
172-São José do Rio Preto
1
4
1
2
7
9
2
4
1
173-Barretos
1
1
1
1
1
1
2
174-Votuporanga
4
2
1
1
5
1
1
11
175-Catanduva
2
2
1
3
1
1
4
1
176-Jales
2
3
4
4
5
182-Presidente Prudente
1
4
3
3
2
1
1
11
1
183-Assis
1
3
2
1
1
4
186-Araçatuba
2
3
1
3
7
1
3
3
187-Andradina
3
1
1
1
3
188-Dracena
3
1
2
5
1
1
189-Adamantina
1
2
2
1
2
2
192-Campinas
1
1
4
7
4
3
3
1
194-Piracicaba
1
1
6
2
1
1
1
1
195-Rio Claro
1
1
4
1
1
1
2
3
196-São João da Boa Vista
2
2
2
1
4
2
1
2
Vários distritos que se emanciparam na década de 90 foram integrados ao sistema DDD em centrais próprias, como São Lourenço da Serra (1977), Holambra (1978), Bertioga e Hortolândia (1979), Cajati, Engenheiro Coelho e Saltinho (1982), Ilha Solteira (1984), Ilha Comprida, Pratânia, Jumirim e Gavião Peixoto (1985), Pedrinhas Paulista (1988), Novais (1991), etc.
As cidades que compartilhavam a central telefônica de outra cidade próxima por facilidade técnica foram integradas ao DDD antes de terem suas próprias centrais, assim como os distritos que compartilhavam a central da cidade-sede, vários deles através de PABX, como Alumínio, Arco-Íris, Canitar, Suzanápolis,[693] Trabiju, etc.
Alguns desses distritos que se emanciparam eram atendidos somente por "vilafones", sendo integrados posteriormente ao DDD, como Barra do Chapéu, Bom Sucesso de Itararé, Itaoca, Itapirapuã Paulista e Nova Campina.[694]
Alteração dos códigos de área
Nos anos de 1995 e 1996 os códigos de área (DDD) foram alterados de quatro para três dígitos:
Após a alteração dos códigos DDD as áreas terciárias de numeração deixaram de existir, mas para o sistema de chamadas interurbanas as áreas de tarifação continuam até os dias atuais, de acordo com a Resolução n° 424 de 6 de dezembro de 2005 da Anatel.[719]
Interiorização de sinais de televisão
Para cumprir a interiorização de sinais de TV contido na Portaria 725 do Ministério das Comunicações, a Telesp preparou o seu sistema de transmissão de microondas para esta finalidade.[720][721] Foi iniciada em 1980 a contratação pela Telesp para o estado de São Paulo de equipamentos para retransmissão de sinal de TV através de enlace de microondas nas seguintes rotas:[153]
São Paulo - Japi - Campinas
São Paulo - Cabreúva - Campinas
Campinas - Araraquara
Araraquara - Avaré
Araraquara - São José do Rio Preto
São José do Rio Preto - Santa Fé do Sul
São José do Rio Preto - Araçatuba
Araçatuba - Andradina
Araçatuba - Presidente Prudente
Presidente Prudente - Assis
Mirante da Lajinha (São João da Boa Vista) - Ribeirão Preto
Ainda em julho de 1981 foi firmado contrato entre a Telesp e a Rádio e Televisão Bandeirantes (TV Bandeirantes - Canal 13),[723] para a interiorização de seus sinais de TV, com a Telesp entregando o sinal de TV em 6 localidades, a partir das quais a TV Bandeirantes fazia sua distribuição. Assim 212 localidades eram servidas por sinal de TV através do sistema de transmissão da Telesp.[143]
Em 1982, utilizando as rotas de microondas da Telesp, as duas emissoras de televisão transmitiam através de 36 estações retransmissoras sinais de TV para 501 municípios.[133]
↑1973: cidades com mais de 4 mil terminais 1975: cidades com mais de 5 mil terminais 1977: cidades com mais de 6 mil terminais 1978: cidades com mais de 7 mil terminais 1979-1980: cidades com mais de 8 mil terminais 1982: cidades com mais de 9 mil terminais 1984-1987: cidades com mais de 10 mil terminais 1989: Principais cidades em quantidade de terminais telefônicos instalados, com quantidade de centrais telefônicas instaladas e entre parênteses número de centros telefônicos existentes
↑Incluindo Rafard que deixou de compartilhar a central de Capivari
↑Incluindo Barueri que deixou de compartilhar a central de Carapicuíba
↑Incluindo Igaraçu do Tietê que deixou de compartilhar a central de Barra Bonita
↑Incluindo Vargem Grande Paulista que deixou de compartilhar a central de Cotia
↑Somente alguns municípios receberam o código 0166 (inclusive Ribeirão Preto), os demais municípios dessa área receberam diretamente o código 016 pois foram integrados ao DDD após 1980
↑Somente o município de Franca recebeu o código 0167, os demais municípios dessa área receberam diretamente o código 016 pois foram integrados ao DDD após 1977
↑Incluindo Jacareí, Salesópolis e Santa Branca, municípios reincorporados pela Telesp em 1979
↑Incluindo Vargem Grande Paulista, município criado em 1983
↑Incluindo Jales, município incorporado pela Telesp em 1987
↑ abcdefghijklmnEm vermelho, quantidade estimada de terminais
↑ abcdefghijklmnCorresponde às principais centrais automáticas instaladas até 1989
↑ abcdefghijklmnRefere-se ao número de terminais telefônicos em serviço de todas as centrais telefônicas instaladas no município