Campina do Monte Alegre

Campina do Monte Alegre
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Campina do Monte Alegre
Bandeira
Brasão de armas de Campina do Monte Alegre
Brasão de armas
Hino
Gentílico campinomontealegrense[1]
Localização
Localização de Campina do Monte Alegre em São Paulo
Localização de Campina do Monte Alegre em São Paulo
Localização de Campina do Monte Alegre em São Paulo
Campina do Monte Alegre está localizado em: Brasil
Campina do Monte Alegre
Localização de Campina do Monte Alegre no Brasil
Mapa
Mapa de Campina do Monte Alegre
Coordenadas 23° 35′ 31″ S, 48° 28′ 37″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes (N) Paranapanema, (S) Capão Bonito, (L) Angatuba e Itapetininga, (O) Buri[2]
Distância até a capital 229 km
História
Fundação 19 de maio de 1991 (33 anos)
Administração
Prefeito(a) Tiago Ricardo Ferreira[3] (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [4] 184,077 km²
População total (estimativa IBGE/2021[5]) 6 088 hab.
Densidade 33,1 hab./km²
Clima subtropical (Cfb)
Altitude 612 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[6]) 0,742 alto
PIB (IBGE/2008[7]) R$ 65 312,082 mil
PIB per capita (IBGE/2008[7]) R$ 11 806,23
Sítio www.campinadomontealegre.sp.gov.br (Prefeitura)

Campina do Monte Alegre é um município brasileiro do estado de São Paulo. O município é formado pela sede e pelo distrito de Salto.[8][9] Está a uma altitude de 612 metros e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 6 088 habitantes.[5]

História

Por volta de 1870 morava às margens dos rios Paranapanema e Itapetininga as famílias Gomes e Libâneo, que eram proprietárias das terras. Onório Gomes tinha apenas cinco anos quando saiu de sua casa em busca de animais pelos campos e acabou encontrando a imagem de um Santo dentro de um cupim. Na segunda vez que foi ao local, Onório levou a imagem para casa. A imagem tinha mais ou menos 20 cm, estava envolvida por um manto vermelho e tratava-se da imagem de São Roque.

Tempos depois, as famílias Gomes e Libâneo decidiram construir uma Capela onde tinha sido achada a imagem. A capela de São Roque foi construída de pau à pique e coberta com folhas de indaiá. Com isso muitas pessoas começaram a mudar para a capelinha, como estava sendo chamado o local. Formou-se então ali um pequeno povoado. José Libâneo, Maria Martins Vieira, Domingos Soares Camacho, Manoel Antunes Rodrigues, Elias Seabra de Lima e Maria Theodoro de Arruda doaram as terras para formação do povoado em 1912. A partir daí o local passou a ser chamado de "Terras de São Roque". Havia também na região outra família, a família Aranha, que diziam ser os proprietários da Terra de São Roque, devido a isso o local recebeu o apelido de "Campina dos Aranhas".

"Campina dos Aranhas" foi rota do caminho ao sul, muitos tropeiros que por aqui passavam, acabavam por hospedar-se nos campos. Deixaram uma forte influência gaúcha.

Durante a Revolução de 1932, "Campina dos Aranhas" foi campo de batalha. Sendo o sineiro da igreja de São Roque, alvo de um dos bombardeios. As terras onde se fixaram os habitantes da Campina do Monte Alegre é banhado por dois rios, o rio Itapetininga e o rio Paranapanema, que estão entre os únicos rios não poluídos do estado de São Paulo. Dois lugares eram privilegiados: o encontro das águas e a queda d'água. O encontro das águas acontece quando o rio Itapetininga deságua no rio Paranapanema ao pé de um monte, que é um marco, pois é avistado de todos os pontos do povoado. Por isso os moradores decidiram mudar o nome da cidade e incluir o monte nesse novo nome, para eles o monte era motivo de grande alegria, embelezava a cidade: o nome de Campina do Monte Alegre.

Campina do Monte Alegre foi emancipada por uma comissão presidida por Jorge Alberto Ferreira em 19 de maio de 1991.

Fazenda Cruzeiro do Sul

Barracões da fazenda
O tijolo com a suástica

A fazenda Cruzeiro do Sul perto de Campina do Monte Alegre, comprada no começo do século passado pelo patriarca Luis Rocha Miranda e mantida pelos filhos, simpatizantes do movimento fascista brasileiro Ação Integralista Brasileira (AIB), foi palco de um esquema escravista e uma colônia assumidamente nazista nos anos 1930. Os irmãos Rocha Miranda empregaram cerca de 50 meninos órfãos negros batizadas por números como escravos, trazidos do orfanato Casa da Roda de Rio de Janeiro, poucos meses depois da Machtergreifung (tomada de poder de Adolf Hitler) em 1933.

Na fazenda foram descobertos diversos edifícios construídos com tijolos com a marca da suástica nazista. Depoimentos de sobreviventes, fotografias e documentos revelaram ainda símbolos e cerimônias tipicamente nazistas empregados na época, como a obrigação de fazer o "anauê", saudação oficial entre os simpatizantes do movimento integralista.

Depois da extinção da AIB após a instauração do Estado Novo em 1937 a fazenda foi limpada pela família Rocha Miranda e as crianças soltas. No começo dos anos 1960 a fazenda foi adquirida por Arndt von Bohlen und Halbach, herdeiro da dinastia industrial alemã Krupp AG e filho de Alfried Krupp von Bohlen und Halbach. Serviu como local de férias para o filho e a mãe Anneliese, mas acabou ser vendida poucos anos depois.[10][11][12]

Com a divisão dos municípios, atualmente a sede da fazenda (tem cerca de 300 alqueires paulista) fica no município de Itaí e uma boa parte da fazenda no município de Paranapanema e Itapeva. Inclusive a capela da sede que foi construída com tijolos com a suástica está na localização geográfica: 23º35'35,52" sul, 48º49'56,49" oeste e este ponto está no município de Itaí.[13]

Demografia

População

Crescimento populacional
Ano População Total
20005 209
20105 5676,9%
20225 9547,0%
Fontes:[14][15][16]
Censos Demográficos IBGE e Estimativas SEADE

Dados demográficos

Dados do Censo - 2021

População Total: 5.954

Densidade demográfica (hab./km²): 28,28

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 20,97

Expectativa de vida (anos): 68,71

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 3,15

Taxa de Alfabetização: 87,27%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,742

  • IDH-M Renda: 0,660
  • IDH-M Longevidade: 0,728
  • IDH-M Educação: 0,839

(Fonte: IPEADATA)

Geografia

Hidrografia

Rodovias

Infraestrutura

Comunicações

A central telefônica da cidade, utilizada até os dias atuais, assim como o sistema de discagem direta à distância (DDD) com o código de área (0152), foram implantados pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP).[17]

Na década de 90 o código DDD da cidade foi alterado para (015), para padronização do sistema telefônico com a telefonia celular que estava sendo implantada em todo o estado.[18]

Administração

Ver também

Referências

  1. [[1]]
  2. http://mapas.ibge.gov.br/divisao/viewer.htm  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. Tiago do Zé Dito, do PSDB é eleito prefeito de Campina do Monte Alegre Portal G1 - acessado em 5 de outubro de 2021
  4. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  5. a b «Estimativa populacional 2021 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  6. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  7. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  8. «Municípios e Distritos do Estado de São Paulo» (PDF). IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico 
  9. «Divisão Territorial do Brasil». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
  10. «Rede Record - Cruzeiro do Sul». Rede Record. Consultado em 25 de junho de 2009 
  11. «Nazi-Sklaven in Brasilien - einestages, 25.06.2009» (em alemão). Der Spiegel. Consultado em 25 de junho de 2009 
  12. «Jornal Cruzeiro do Sul: Marcas nazistas na região». www.cruzeirodosul.inf.br. Consultado em 25 de junho de 2009 
  13. http://WikiMapia.org/#lat=-23.596082&lon=-48.8323402&z=15&l=9&m=b
  14. «Censos Demográficos (1991-2022) | IBGE». www.ibge.gov.br 
  15. «Censos Demográficos (1872-1980) | IBGE». biblioteca.ibge.gov.br 
  16. «Biblioteca Digital Seade | Fundação Seade». bibliotecadigital.seade.gov.br 
  17. «Área de operação da Telesp em São Paulo». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 17 de agosto de 2024 
  18. «Telesp - Código DDD e Prefixos». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 17 de agosto de 2024 

Ligações externas

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