Irmgard Eilenstein, Waldtraut von Bohlen und Halbach, Arnold von Bohlen und Halbach, Claus von Bohlen und Halbach, Berthold von Bohlen und Halbach, Harald von Bohlen und Halbach, Eckbert von Bohlen und Halbach
Após a guerra, o Governo Militar Aliado investigou o uso de trabalho escravo pela Krupp. Alfried foi condenado por crimes contra a humanidade e sentenciado a 12 anos de prisão, além do confisco de todos os seus bens. No julgamento Krupp, a promotoria alegou que os acusados (Alfried Krupp e outros onze associados) tinham cometido crimes contra a Paz, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade, além de participar de conluio ou conspiração, tudo conforme definido na Lei nº 10 do Conselho de Controle de 20 de dezembro de 1945.[2]
O Julgamento Krupp foi o décimo de uma série de doze tribunais militares (conhecidos como Julgamentos de Nuremberg) que julgou a responsabilidade de membros da liderança da Alemanha nazista por crimes de guerra. As alegações da promotoria contra os 12 acusados foram organizadas em quatro categorias:
Planejamento, preparação e execução de guerra agressiva
Pilhagem e espoliação
Crimes envolvendo prisioneiros de guerra e trabalho escravo
Conluio ou conspiração
Todos os acusados, exceto um, foram considerados culpados de ter contrariado disposições do direito internacional, empregando prisioneiros de guerra, civis estrangeiros e prisioneiros de campo de concentração, sob condições desumanas, em trabalho ligado à condução da guerra. Os atos e a conduta dos acusados, segundo a promotoria, foram cometidos de forma ilegal, consciente e deliberada.[2]
Krupp foi condenado a doze anos de prisão. Ele não admitiu, entretanto, qualquer culpa, e declarou, em 1947:
"A economia precisava de um desenvolvimento estável ou crescente. Em razão das rivalidades entre os muitos partidos políticos da Alemanha e da desordem geral, não havia oportunidade para a prosperidade. ... Pensamos que Hitler nos daria esse ambiente saudável. De fato, ele fez isso. ... Nós, os Krupps, nunca nos preocupamos muito com as idéias [políticas]. Queríamos apenas um sistema que funcionasse bem e nos permitisse trabalhar sem obstáculos. A política não é o nosso negócio."[3]
Alfried Krupp, detido em 1945, passou seis anos na prisão.[4] Em 1951, John J. McCloy, o Alto Comissário Aliado para a Alemanha, conseguiu que ele fosse indultado,[5] e que o confisco dos seus bens fosse revertido, embora uma parte desses bens tenha sido destinada a reparações.[6] Também foram impostos limites às atividades comerciais de Krupp.[7][8][9]
Após a morte de Alfried Krupp, de câncer de pulmão, em 30 de julho de 1967, seu assistente, Berthold Beitz foi o executor de seu testamento. Foi Beitz quem realizou a transferência dos bens de Krupp para a Fundação Alfried Krupp von Bohlen und Halbach (Alfried Krupp von Bohlen und Halbach-Stiftung), conforme estipulado em seu testamento.[10] Seu filho Arndt von Bohlen und Halbach renunciou a qualquer reivindicação sobre o negócio familiar, bem como sobre o notório nome da família, optando por receber um estipêdio anual.[4][11]
↑Manuscrito de Golo Mann, publicado pela primeira vez em FRIZ, D. M. (1988). Alfried Krupp und Berthold Beitz—der Erbe und sein Statthalter (em alemão). Zürich: Orell-Füssli. ISBN 3-280-01852-8
Lothar Gall: Krupp im 20. Jahrhundert. Die Geschichte des Unternehmens vom Ersten Weltkrieg bis zur Gründung der Stiftung. Siedler, Berlin 2002, ISBN 3-88680-742-8.