Maior economia da Região Bragantina em termos de Produto Interno Bruto (PIB), sua população, conforme censo do IBGE de 2022, é de 158 647 habitantes.[2]
No entanto, segundo o IBGE, a cidade trata-se de uma Conurbação com Bom Jesus dos Perdões, devido sua proximidade, que a torna a maior aglomeração urbana da Região Bragantina, com mais de 180 mil habitantes.
Atibaia é um dos doze municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
Já antes da fundação do atual município de Atibaia, este era o nome dado ao sítio onde hoje se encontra o município. Larga controvérsia tem havido entre os tupinólogos que têm procurado definir o verdadeiro significado desta palavra. Segundo frei Francisco dos Prazeres Maranhão, em seu glossário de palavras indígenas, o nome Tybaia significa "rio da feitoria".
Para João Mendes de Almeida, em seu Dicionário Geográfico da Província de São Paulo, teve origem no rio que lhe empresta o nome, concluindo: "Atibaia, corruptela de Tipai, "rio alagado". Por isso, os antigos diziam Tipaia e não Atibaia, de Ti, "rio"; Pa, aférese de iupá, "lagoa, alagadiço" e I, preposição significando "em", alusiva a correrem várzeas extensas por entre alagadiços".
Devido à presença de uma serra em Atibaia, a origem do nome pode estar na corruptela Tipai, "morro dependurado". De ti, "montão" e pai, "dependurado".
Teodoro Fernandes Sampaio diz que Atibaia, antigamente Tibaya, como escreveu Manuel Aires de Casal, significa "água saudável" (ty-b-aia), podendo ainda ser "água trançada, revolta ou confusa". O mesmo autor ainda aponta os significados possíveis de "pomar saudável" (atyb-aia) e "sítio saudável" (tyb-aia).[5]
Plínio Ayrosa, em valiosa colaboração para o jornal O Estado de S. Paulo, conclui que "Tibaia significa "água salobra, acre, ruim, poluída". Mas esse mesmo tupinólogo, em seu livro Primeiras Noções de Tupi, define: "Atibaia – (Ty-Baio) – o "rio manso de águas tranquilas, de água agradável ao paladar".
O Vocabulário na Língua Brasílica, obra de um jesuíta do século XVI publicada por Plínio Ayrosa em 1938,[6] aponta, como origem, o termo tupi atybaîa, com o significado de "madeixa de cabelo que os índios têm sobre as orelhas".[5]Eduardo de Almeida Navarro se posiciona a favor dessa explicação, especulando que, talvez, os índios da região tivessem essa característica física.[7]
Hoje, se escreve e se diz "Atibaia". As formas "Tybaia", "Thibaya", "Atubaia" etc. já estão fora do domínio de nosso povo.
História
A origem de Atibaia está diretamente ligada aos bandeirantes, pelo fato de o município estar localizado nas rotas de passagem desses exploradores paulistas, que procuravam indígenas para escravizar e pedras preciosas. Uma dessas rotas era a que ligava a Minas Gerais.[8]
Entre 1653 e 1660, os irmãos bandeirantes Marcelino de Camargo e Jerônimo de Camargo fizeram várias entradas pelos sertões e, nessa época, Jerônimo se instalou nas margens do Rio Atibaia em uma fazenda e nela ergueu uma capela em louvor a São João Batista, em cujos arredores se formou o povoado de Atibaia. Tradicionalmente, fala-se que tal templo foi erigido em 24 de junho de 1665, data considerada a de fundação do município, mas alguns historiadores falam que ele foi erigido por volta de 1654.[9]
A primeira menção escrita ao povoado de Atibaia data de 3 de julho de 1665, quando a Câmara de São Paulo ordenou que o Padre Mateus Nunes de Siqueira deixasse indígenas guaramomis ou guarus conquistados em uma bandeira naquela povoação. Em 9 de novembro de 1666, a Câmara de São Paulo enviou dois oficiais de Justiça a Atibaia, para “ver se estão os índios goaramimis na paragem donde deles tomaram lista o ano passado”.[9]
Aos poucos, o pequeno núcleo de Atibaia foi se desenvolvendo, sendo parada obrigatória para quem seguia em direção a Minas Gerais, sendo capela curada em 1679 e paróquia em data ignorada, provavelmente em 1701. O povoado foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de São João de Atibaia, por meio de alvará de 13 de agosto de 1747, subordinado à cidade de São Paulo.[9][10]
Jerônimo de Camargo faleceu em Jundiaí, no início de 1707, porém seu trabalho teve sequência por meio de seus descendentes nas fazendas de gado, inclusive em relação à luta pela emancipação do vilarejo. O povoado foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de São João de Atibaia, por meio de alvará de 13 de agosto de 1747, subordinado à cidade de São Paulo.[9][10]
Em 27 de junho de 1769, por meio de portaria do então governador da Capitania de São Paulo, o Morgado de Mateus, a Freguesia de São João de Atibaia foi elevada à condição de vila, desmembrando-se de São Paulo, sendo a nova vila instalada em 19 de fevereiro de 1770, com a posse da primeira Câmara Municipal. A partir daí, já independente e com administração própria, a vila pode começar o seu progresso. De fato, em pouco tempo tornou-se uma espécie de celeiro da capital paulista, graças ao grande desenvolvimento da pecuária e da cultura de cereais, em especial de trigo.[9][10]
Além da prosperidade econômica, a vila de São João de Atibaia participou ativamente de episódios que marcaram a História do Brasil, como ter tido representação na chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808, ter jurado lealdade às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa (1820-1821) e ter abraçado à causa da independência do Brasil, com a Câmara Municipal reconhecendo-a em 7 de outubro de 1822. Mais tarde, nas revoltas liberais de 1842, Atibaia pôs-se ao lado de Rafael Tobias de Aguiar, escolha que gerou muitos tumultos na vila, com a Câmara local recusando-se a obedecer a ordens imperiais, sendo cassada em 4 de maio de 1842 e restaurada após anistia imperial em 24 de junho de 1844. Em 22 de abril de 1864, a Lei Provincial n° 26 dá a São João de Atibaia o título de cidade.[10]
No final do período colonial e ao longo do Império, Atibaia perdeu território para a criação das vilas de Bragança (1797), Nazaré (1850) e Santo Antônio da Cachoeira (1859).[9]
A causa abolicionista teve uma grande repercussão em solo atibaiense, tendo como exemplos a fazendeira local D. Delfina das Pedras, que alforriou seus escravos muitos anos antes da Lei Áurea (1888), ou o vereador Olímpio da Paixão e o juiz municipal Antonio Bento de Souza e Castro, que trabalharam arduamente para o fim da escravatura.[10]
A causa republicana também encontrou muitos adeptos na cidade. Nesse período de final do Império, destacaram-se as inflamadas reuniões de militantes republicanos de Américo Brasiliense e o envio de um representante atibaiense ao 1º Congresso Republicano Provincial. Por ocasião deste encontro, Atibaia disputou com São Paulo, Itu, Campinas e outras localidades o direito de sediar o evento, numa competição que foi vencida por Itu.[10]
Uma sequência de grandes melhorias — como a instalação de redes de água, esgoto e luz elétrica, as inaugurações do Grupo Escolar José Alvim e do Hotel Municipal, a criação da primeira indústria têxtil, o alargamento das ruas, o ajardinamento das praças — vieram com a proclamação da república, com o início de uma fase de grande desenvolvimento de Atibaia, que mudaram significativamente o perfil da pobre vila de São João do Atibaia e deram origem à Atibaia que conhecemos hoje. Em 20 de dezembro de 1905, o nome do município foi simplificado de São João de Atibaia para Atibaia, por meio da Lei Estadual nº 975.[10]
Segurança, violência e criminalidade
Atibaia é considerada a 2ª cidade mais segura do Brasil, de acordo com o Atlas da Violências[11] de 2017 e em 2015.
O Estado de São Paulo teve a menor taxa entre os estados, com 13,5 homicídios para cada 100mil habitantes, Atibaia teve o valor de 6,4 casos[12]. A média nacional ficou em 37,6. O município mais violento do Brasil, com mais de 100 mil habitantes, é Maracanaú, no Ceará com 159 homicídios para cada 100mil.
O clima de Atibaia é tropical de altitude, tendo invernos relativamente frios e secos e verão quente e chuvoso. Segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO/SP), desde dezembro de 2000 a menor temperatura registrada em Atibaia foi de 2,1 °C em 3 de setembro de 2002 e a maior atingiu 37,9 °C em 18 de outubro de 2014, seguido por 37,8 °C em 8 de outubro de 2020. O maior acumulado de chuva em 24 horas alcançou 105,7 mm em 11 de janeiro de 2011.[13]
A cidade era atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP),[18] que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica,[19] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[20] para suas operações de telefonia fixa.
Em 1º de outubro de 2021, Daniel Dias, o maior medalhista paralímpico brasileiro, assumiu a Secretaria de Esportes de Atibaia.[22]
Bairros
Zona Urbana
Jardim Imperial, um dos mais Populosos bairros de Atibaia com cerca de 25 mil habitantes e em crescimento a cada dia destacado por ser um dos bairros com mais investimento público de Atibaia , o bairro possui toda infraestrutura social e comercial em expansão ,possui duas saídas para a Rodovia Fernão Dias, Escolas primárias e secundárias e um Terminal Rodoviário municipal.[carece de fontes?]
Jardim Cerejeiras, um dos Bairros mais populosos de Atibaia ,tendo como avenida principal a Avenida Copacabana movimentada via de acesso interligando os bairros Cerejeiras, Caetetuba, Casas populares, Jardim Imperial, Chácaras Fernão Dias, Condomínio Palavra da Vida , Jardim Maracanã e o Nova Atibaia. O Bairro possui uma ETEC (Centro Paula Souza), Supermercados, Escolas primárias e área comercial no curso da Avenida Copacabana e um restaurante popular.[carece de fontes?]
Caetetuba, o Bairro Caetetuba é um dos bairros mais antigos da Cidade de Atibaia , sendo referência no passado por possuir uma estação ferroviária da extinta Estrada de Ferro Bragantina, tendo seus extremos periféricos é um bairro com arquitetura contemporânea. O Acesso principal é feito pela extensa e movimentada Avenida Jerônimo de Camargo que interliga Leste a Sul da Cidade.[carece de fontes?]
Jardim Paulista, bairro estritamente residencial, privilegiado com uma bela vista da Pedra Grande.[carece de fontes?]
Vale das Flores, o Bairro Vale das Flores, é um bairro antigo de Atibaia , próximo ao Caetetuba e citado em fontes históricas como area de quilombo , situado ao lado dos Bairros Jardim Colonial e Parque São Pedro , é um bairro sem atividades comerciais e composto por Casas,Chales, Chacaras, Sitios e Fazendas.[carece de fontes?]
Alvinópolis, o Bairro do Alvinópolis é um bairro bonito e agradável de passear com grande atividade residencial e se destacando por possuir uma enorme atividade comercial principalmente na conhecida Avenida Dona Gertrudes.[carece de fontes?]
Alvinópolis II, bairro residencial as margens Oeste da Rodovia Fernão Dias e ao leste do Jardim Cerejeiras é um bairro novo e ainda em pleno desenvolvimento com acesso a Avenida Flávio Pires de Camargo.[carece de fontes?]
Recreio Estoril', este bairro foi fundado por Aniceto Tavares Rodrigues, imigrante português que loteou a região e deu o nome de Recreio Estoril (lugar onde nasceu no país europeu). Na região noroeste do bairro, existe um terreno que antigamente era conhecido como "Lagoa do Aniceto" e está situada em frente a rua Aniceto Tavares Rodrigues. Bairro Conhecido por possuir um dos melhores Hospitais da Cidade: Albert Sabin. O Bairro em si é uma área industrial dividindo em seus extremos habitações residenciais e poucos comércios varejistas, também conhecidos por suas casas de música e dança (forró), e alguns outros bares em geral. Bairro as Margens da Pista Sul da Fernão Dias.[carece de fontes?]
Jardim Maristela I, bairro Residencial de Atibaia[carece de fontes?]
Jardim Maristela II, bairro residencial de Atibaia.[carece de fontes?]
Estancia Lynce, estancia comercial. Conhecida pela sua extensa e principal, Avenida Lucas Nogueira Garcez, uma referência em Atibaia , tanto em comércio quanto em entretenimento cultura e lazer ,tendo início na Rodovia Fernão Dias e finalizando no centro histórico da cidade. Possui bares e estabelecimentos diversos para compras, tour e entretenimento como os referenciados McDonald's e Burger King, e suas luxuosas casas noturnas, hotéis e restaurantes.[carece de fontes?]
Zona Rural
Bairro da Usina, bairro Rural com alto padrão e ótimos condomínios e pousadas situado na Estrada da Usina de Atibaia que interliga-se a Rodovia Dom Pedro II a Atibaia pela Avenida Flávio Pires de Camargo, possui a Usina Hidroelétrica um dos pontos turísticos de Atibaia com uma linda represa.[carece de fontes?]
Bairro Maracanã, a Cerca de 8 km pela Avenida Copacabana ou pela Estrada Velha de Campo Limpo é um bairro composto por chácaras e casas de campo tendo no centro do bairro escola e pequena área de lazer (uma praça) possui pouca atividade comercial local.[carece de fontes?]
Bairro Chácaras Fernão Dias, bairro residencial com mínima atividade comercial composto por chácaras.[carece de fontes?]
Ponte Alta, bairro que também dá acesso ao Centro Empresarial Atibaia, além de inúmeras indústrias localizadas na região, e um hotel localizado na Rodovia Dom Pedro I.
Portão, localizado no km 51 da Rodovia Fernão Dias na divisa com Mairiporã, possui atividade comercial local, escolas, pequenas indústrias, chácaras e condomínios fechados na estrada do Água Espraiada.
Pau Arcado, Em uma região afastada, é um Bairro Intermunicipal, pertencente em uma parte ao Município de Campo Limpo Paulista, e na outra parte ao Município de Atibaia,[23] Faz divisa também com o Município de Francisco Morato. É Uma região com predominância de chácaras e sítios, Um ponto de destaque é a Serra do Botujuru, que se localiza na divisa.[24]
Itapetinga, bairro rural composto por condomínios fechados e chácaras de veraneio. Também dá acesso a famosa "Pedra Grande" de Atibaia, além do "Rádio Observatório do Itapetinga" (bola branca).