Elétricos de Lisboa: articulado (esq.) e remodelados: em serviço regular (med.) e turístico (d.ta).
No seu auge, em finais da década de 1950, a rede de elétricos da Carris tinha um total de 76 km de rede (145 km de via dupla sendo 15 km para manobras nas três estações), e uma frota de 405 carros motorizados e 100 reboques sem motor (grande parte da qual de construção própria).[3]
História
Carros americanos
A rede eletroviária lisboeta foi desenvolvida pela Companhia dos Carris de Ferro de Lisboa, que desde 1878 se tornara de longe a mais importante das concessonárias de transportes públicos de passageiros na capital portuguesa, assegurando as carreiras que explorava com veículos de tração muar rodando sobre os epónimos carris — os “carros americanos”.[4] A rede de elétricos da cidade iria desenvolver-se a partir destas linhas, que se estendiam à época já a Algés, Xabregas, e Benfica, numa extensão de 38,6 km em 1884.[5]
Eletrificação
Tração elétrica por baterias a bordo
Uma primeira tentativa de substituição da tração animal por elétrica decorreu em 1887. Circularam experimentalmente dois carros equipados com baterias do sistema Julien, entre Santo Amaro e Algés; a imprensa foi convidada para o evento, no dia 15 de setembro. Apesar do desempenho satisfatório exibido na experiência, o negócio previsto com a empresa belga L’Eléctrique acabou por não se realizar, permanecendo a tração animal em uso até ao final do século.[6][7][8]
Tração elétrica por fiação
Em 1900 instalaram-se os cabos aéreos, e construiu-se a “Geradora”, uma central termoelétrica a carvão, que fornecia energia para a operação da rede. Em 31 de Agosto de 1901 foi inaugurada a primeira carreira eletromotorizada, do Cais do Sodré a Algés[9][10] (atual 15E).
Consolidação
Com exceção da empresa Chora, que subsistiu até 1917,[11] a Carris absorvera, desde a sua fundação até ao virar do século XX, todas as companhias de ónibus com carreiras concessionadas da capital, e também as que detinham meios mecanizados e infraestruturas sobre carris — nomeadamente a Casa Rippert, a Empresa de Viação Urbana a Vapor, e a Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa.[11] Assim, a rede ferroviária herdada dos “americanos” foi sendo alargada, nela se integrando por desmontagem também os dois “ascensores” de cabo desta última empresa (Estrela e Graça); os seus funiculares — Glória, Bica, e Lavra — foram mantidos sem alterações técnicas (devido à especificidade dos seus percursos, de grande inclinação), funcionado em intermodalidade, tal como, naturalmente, os seus elevadores verticais (Santa Justa, Biblioteca, e Chiado).
Expansão (1901-1957)
Vou num carro elétrico, e estou reparando lentamente, conforme é meu costume, em todos os pormenores »(…)« Os bancos do elétrico, de um entre-tecido de palha forte e pequena, levam-me a regiões, distantes, multiplicam-se-me em indústrias, operários, casas de operários, vidas, realidades, tudo. Saio do carro exausto e sonâmbulo. Vivi a vida inteira.
Entre 1901 e 1907 a rede cresceu rapidamente, uma vez que parte da infraestrutura já existia da época dos “americanos”. A expansão da rede de elétricos continuou até à década de 1930:em 1926 a rede chegou ao Alto de São João, em 1927 à Ajuda e em 1930 a Carnide. Construíram-se também novos segmentos, entre os quais se destacam a ligação entre a Graça e a Avenida Almirante Reis, em 1925, e o percurso entre a Praça Luís de Camões e a Rua da Conceição, que é o que tem maior inclinação (13,5%) em toda a rede. Em 1936, expandiu-se até aos Prazeres e construiu-se uma ligação entre Campolide e São Sebastião e em 1941 inaugurou-se o ramal do Bairro do Arco do Cego. Em 1957 terminou o ciclo de expansão da rede, com a inauguração do troço Alto de S. João - Madre Deus, atingindo a rede o seu apogeu. Nesta época, a maioria das carreiras terminava no Rossio, na Praça do Comércio, no Martim Moniz ou nos Restauradores, e daí divergiam para toda a cidade.[carece de fontes?]
Na década de 1950, um terminal (ou paragem importante) da rede de elétricos da Carris esteve previsto para o local onde se situa hoje a estação Alto dos Moinhos do Metropolitano de Lisboa, aparentemente ligado ao resto da rede na linha da Estrada da Luz (carreiras 13 e 13A, para Carnide) via R. Francisco Baía; ter-se-ia situado aproximadamente onde é hoje a junção das ruas Freitas Branco e Alçada Batista, servido o então planeado Estádio da Luz.[12]
No seu apogeu existiram cerca de 30 carreiras, como lista o quadro abaixo:
* Rossio ⇆ Conceição ⇆ Largo Luís de Camões ⇆ Estrela ⇆ Prazeres
(*) A designação adicional "E" data já do século XXI. (**) Corresponde parcialmente ao atual 25E
Retração da rede na década de 60
A 9 de abril de 1944 entraram em serviço os primeiros autocarros da Carris, que faziam serviços de e para o Aeroporto. Em 1959 foi inaugurado o Metropolitano de Lisboa. Estes dois fatores contribuíram para o decréscimo da rede de elétricos. O Metro, por um lado, motivou o fecho das carreiras nos eixos Restauradores - Marquês - Saldanha, Marquês - São Sebastião, e, mais tade, Chile-Areeiro. Esta redução da capacidade de circulação motivou, já nos anos 1970, o encerramento das carreiras para Benfica, Carnide e Lumiar — apesar destas localidades não serem, à época, servidas pelo metropolitano. Nos anos que seguiram mais troços da rede foram sucessivamente abandonados. Em 1970, a Carris anunciou que os elétricos na capital veriam o seu fim até 1975.[14]
Esta extinção anunciada inseria-se na tendência generalizada no século XX de favorecimento do transporte particular/individual sobre o público/coletivo, com enfoque consequente na valorização da rodovia sobre a ferrovia, e especificamente na supressão do modo ferroviário ligeiro urbano.[15][16] Em Portugal este tipo de transporte não era visto diferentemente,[17] e a época do pós-Guerra testemunhou localizadamente a sua retração (Porto e Sintra) e mesmo extinção (Coimbra e Braga) — numa tendência que só abrandaria já no século XXI, com reampliações (incl. em Lisboa) e mesmo novas redes (Porto e Almada). Veja-se a título de exemplo o projeto (não concretizado) de Faria da Costa para a frente ribeirinha entre o Cais do Sodré e o Cais das Colunas publicado em 1947, que preconizava a supressão do elétrico na Baixa bem como na Av. 24 de Julho e Rua de São Paulo, a substituir por uma única linha na Rua D. Luís I ligando à Rua do Arsenal, e a desentrelaçar do término “em raquete” da Rua do Alecrim.[18][19]
No entanto, com o aumento populacional na Grande Lisboa causado pela chegada dos “retornados” após a descolonização de 1975[14], bem como as crises petrolíferas de 1973 e de 1979, a extinção dos elétricos de Lisboa foi adiada, tendo-se inclusivamente registado uma ligeira ampliação em carreiras e horários.[20] Marca deste encerramento atalhado subsistiu por alguns anos nos veículos de caixilharia de madeira, que se apresentava pintada de branco, ao invés de envernizada — revestimento menos durável mas mais económico utilizado em trabalhos de manutenção de frota efetuado na vigência desse encerramento anunciado e previsto.[20]
Retração da rede na década de 90
Devido ao aumento crescente do tráfego em Lisboa, os elétricos não eram capazes de cumprir horários,[carece de fontes?] o que motivou uma nova série de encerramentos. Durante esta década, as carreiras 3, 10, 16, 17, 20, 25[carece de fontes?], 26, 27, 29, e 30 foram suprimidas. Encerraram também as estações das Amoreiras e do Arco do Cego. Já em 2000, esteve também pendente a supressão da carreira 18E, que não se concretizou depois de o anúncio ter causado revolta por entre a população local.[14]
(*) A designação adicional "E" data já do século XXI.
Modernização de 1995
Em Fevereiro de 1995, a companhia Carris recebeu o primeiro dos 10 elétricos modernos articulados; os primeiros seis veículos foram encomendados pela empresa espanhola CAF, sendo os restantes quatro fabricados pela Sorefame.[21] Nesta altura, planeava-se que os primeiros serviços a serem assegurados por estes veículos ligariam a Praça da Figueira a Algés, passando pelo Palácio de Belém e pelo Mosteiro dos Jerónimos (15E), com um intervalo entre composições, em hora de ponta, de 3 minutos.[21] Também se previu, para mais tarde, estender os serviços destes veículos até Santa Apolónia e Cruz Quebrada, o que totalizaria cerca de 13 quilómetros.[21] Previa-se que, com a sua capacidade, poderiam transportar até cerca de 4000 passageiros por hora, nas horas de ponta.[21] Para a entrada dos novos veículos, e permitir maiores velocidades comerciais, a operadora Carris realizou vários trabalhos de modernização e preparação da via, como a substituição de carris, travessas e dos fios aéreos, e introduziu novos sistemas de semáforos; elevou, igualmente, a altura das plataformas, para facilitar o trânsito dos passageiros.[21] A utilização de elétricos rápidos nos corredores com destino a Loures e à Expo’98, foi considerada, mas definitivamente preterida em 1997 pela opção de prolongar a rede do Metropolitano de Lisboa.[22] Outros eixos para a circulação de elétricos rápidos articulados estavam porém ainda a ser considerados em finais de 1997,[22] alargamento que acabou por não se verificar.
Com o objetivo de modernizar a restante rede “das colinas”, a Carris decidiu remodelar 45 veículos das séries 200 e 700, que foram renumerados 541 a 585. Estes elétricos são designados por “remodelados” e prestam serviço em todas as seis carreiras. O projeto de remodelação da autoria da firma Vossloh Kiepe conservou a carroçaria antiga com o design original Brill aperfeiçoado pela Carris até à década de 1920 (o chamado standard), consequentemente este modelo de elétrico é o mais procurado pelos turistas. A receção dos elétricos remodelados decorreu gradualmente entre Abril de 1995 e Julho de 1996.[23] Para acompanhar a chegada dos elétricos remodelados e permitir a receção da corrente elétrica pelo hemipantógrafo, a Carris procedeu a obras de modernização da rede aérea em toda a extensão das carreiras 15E, 18E e 25E, e nas principais raquetes da rede.[20]
A rede é em bitola reduzida de 900 mm, uma medida invulgar, utilizada em muito poucos sistemas no mundo, sendo Linz a única rede urbana com bitola idêntica em funcionamento[24][25] — a rede de elétricos de Braga, encerrada em 1963, também utilizava esta bitola, bem como alguns pequenos sistemas cavernícolas, alpinos, portuários, rurais, e/ou turísticos atuais (Molli, termas de Borjomi, e monte Nova Athos) e extintos (em Detroit, em Florença, e na Pomerânia).
A alimentação é de 600 V em corrente contínua;[26] como habitual neste tipo de transporte, é feita por cabo metálico isolado e nu suspenso sobre a via.
Aspeto da via e da fiação aérea, com respetivos elementos de fixação (postes e ilhoses) e de sinalização — em via simples (Rua dos Cavaleiros, esq.) e em via dupla (Rua da Alfândega, dir.).
As seis carreiras de elétricos prestam serviço na zona urbana da Carris (Lisboa), mas a carreira 15E sai da cidade de Lisboa e serve a localidade de Algés, no concelho de Oeiras.
De acordo com declarações feitas em 1997 por Hélder Oliveira, presidente da Carris, os 45 carros remodelados seriam suficientes apenas para seis carreiras.[22] Desde então, a Carris teria por duas décadas apenas cinco carreiras (até à reabertura da 24E em 2018); durante este período, sete dos 45 remodelados, mais de 15%, foram convertidos em elétricos de turismo (n.os frota: 5-9+11-12).[carece de fontes?]
É uma carreira de carácter local, rodeando o monte do Castelo de São Jorge. Foi inaugurada em 1915 sobre o traçado do extinto Elevador da Graça e, após prolongada a São Tomé, manteve-se sem grandes alterações no seu percurso durante quase todo o século XX.[20] A atual configuração circular data do final de 1997, com passagem a via única e prolongamento de São Tomé ao Martim Moniz via Portas do Sol, Sé, Madelena, Rua da Prata, e Praça da Figueira.
É uma carreira que serve a zona ribeirinha de Lisboa ligando Algés à Praça da Figueira. Foi a primeira carreira da rede de elétricos de Lisboa, inaugurada em 1901.[27] Em 1995 sofreu uma modernização da sua infraestrutura e da sua frota com a entrada em circulação dos elétricos articulados.[28] Em 2019, no âmbito da aquisição dos 15 novos elétricos, foram anunciadas as expansões à Cruz Quebrada, por um lado, e ao Parque das Nações.[29]
Finalmente reaberta em 2018, a atual carreira 24E (Camões-Campolide) foi um caso único entre as linhas abandonadas da rede de elétricos de Lisboa: Apesar de encerrada em 1995, na última grande retração da rede, parte do percurso foi mantido funcional, sendo a reabertura repetidamente ventilada mas sempre adiada durante mais de duas décadas.[carece de fontes?]
Carreira que serve os bairros de Santos, Lapa e Madragoa; partilha desde 1995 o terminal do Cemitério dos Prazeres com a carreira 28E, sendo o outro terminal, com várias alterações desde 1995, a Praça da Figueira.[30]
É a carreira mais procurada pelos turistas, já que promovida quase em exclusivo junto dos operadores. Tem um percuso longo, servindo várias zonas da cidade, sendo desde 1995 a única que utiliza a linha Graça-S.Vicente e da Calçada de São Francisco, bem como o canal do antigo Elevador da Estrela.[carece de fontes?]
Transporte turístico
Tram Tour
Em finais de maio de 2015[31] foi inaugurado o Chiado Tram Tour,[32] um serviço eletroviário turístico da subsidiária Carristur. Este circuito usa parte da linha Carmo-Campolide, com partidas do Camões subindo até ao Príncipe Real, onde inverte a marcha: Por isso são usados veículos bidirecionais, das séries 701-735 e 737-746 (não remodelados). Entre 2015 e 2018, este segmento de 900 m foi o único troço da rede com uso exclusivamente turístico.
Esta modalidade de serviço foi alvo de críticas por parte de diversas entidades, nomeadamente da Junta de Freguesia da Misericórdia, que em comunicado questionou a «instalação deste serviço, que em nada beneficia os residentes, contrariamente ao que aconteceria se fosse reativado nesta linha o elétrico 24»,[33] e de várias associações locais que lançaram uma petição intitulada "Pela reactivação do Eléctrico 24, em Lisboa".[34][35]
Este circuito foi suspenso provisoriamente em Outubro de 2015 ou seja 6 meses depois da inauguração. Segundo a CarrisTur o circuito era sazonal e por isso "era natural a sua suspensão" [na época baixa]. A reativação ficou prometida para 2016, tal aconteceu mas sob uma outra forma: o Castle Tram Tour e o Chiado Tram Tour foram agregados e deram origem a um único circuito turístico Tram Tour.[36][37]
No verão de 2018, este circuito sofreu alterações, passando a chamar-se "Belém Tram Tour". Efetua o percurso entre a Praça do Comércio e o Mosteiro dos Jerónimos, em Belém.
Frota
Tradicionais e articulados: Os dois tipos da frota pós-1995.
A frota atual é bastante reduzida em comparação com épocas anteriores, tal como a rede. Além do número de veículos, muito menor, é de notar a ausência de unidades não-motorizadas (reboques); quase desapareceram igualmente os modelos equipados com lanternim (ou clerestório: zona central elevada do tejadilho, ladeada por uma fiada de pequenas janelas, presente apenas em dois dos carros turísticos), bem como as unidades mais longas, “salões”, que dispunham de dois bogies (com quatro rodas = dois eixos, cada) e de duas varas de contacto — reconhecíveis também pelas suas dez janelas de cada lado, em oposição das seis da restante frota histórica.
A alienação da frota, ainda que já praticada anteriormente,[45][62] foi mais acentuada nos anos 80 e 90, no âmbito da retração da rede e do serviço planeada pela direção da Carris.[24] Em 1994, quatro elétricos foram vendidos ao quilo para sucata pela empresa,[24] o que suscitou a crítica de entusistas e especialistas, levando esta reação a uma política mais cuidada.
Entre 1995 e 1996, foram vendidos veículos a clientes de seis países (Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Argentina, Países Baixos, e Japão).[24] Em 1995, previa-se que os carros elétricos números 734,[53] 807 e 332 fossem restaurados e transferidos para os Caminhos de Ferro de Sóller, em Maiorca, Espanha;[39] nos finais de 2001, esta empresa já tinha 4 antigos carros elétricos de Lisboa em funcionamento, tendo mais um sido posteriormente, adicionado.[38] Estes veículos receberam os números 20 a 24, e foram adaptados para a bitola de 914 mm.[63]
Em finais de 1996, a Carris anunciava 30 veículos disponíveis para venda a preços entre os cem mil e quinhentos mil escudos.[24] Com efeito, em 1997 foram colocados à venda, na estação do Arco do Cego, 24 unidades (não remodeladas) a preços oscilando entre cem mil e um milhão de escudos.[64] Os compradores incluíam colecionadores e museus estrangeiros, apostados na manutenção e recuperação, mas também interessados em transformar os veículos em equipamento de lazer estacionário.[24][64] Aquando desta iniciativa, a direção da Carris colocara parte da frota histórica de reserva para o então ainda futuro Museu da Carris.[64]
Em Dezembro de 1999, a Compañía de Tranvías de La Coruña, em Espanha, iniciou o processo de compra de um dos carros elétricos de Lisboa; em Dezembro do ano seguinte, foi adquirido o carro número 743, que foi transportado, por via rodoviária, até à cidade espanhola.[38] Sofreu, então, várias modificações, como a sua adaptação à bitola métrica, tendo sido apresentado no dia 18 de Julho de 2001, e entrado ao serviço três dias depois, com o número 100.[38]
Ainda que pontualmente crítica, e sempre atenta, a posição dos entusiastas dos elétricos tradicionais, na pessoa da APAC, foi favorável à ação da Carris durante o período de mais abundante alienação: mais do que lucrar com as vendas, a empresa procurou garantir a boa conservação deste património.[24] O elevadíssimo custo adicional do transporte terá de resto afastado muitos interessados, mas mesmo assim já em finais de 1996 a Carris esperava escoar rapidamente todos os seus excedentes.[24]
Elétricos “remodelados”
Pré- e pós-remodelação: O CCFL 281 em 1977 (à esq.), e (à dir.) ciculando em 2010, renumerado CCFL 567 em 1995.
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Em 1995-1996 quase toda a frota remanescente (45 veículos, renumerados 541 a 585) foi modernizada, mantendo a traça clássica Brill mas equipada com modernos sistemas de propulsão (Škoda / ALS 2480 LN) e travagem (Knorr), num projeto da Vossloh Kiepe. A estes elétricos “remodelados” foi retirada a bidirecionalidade, passando a apresentar o caraterístico farol central apenas numa das extremidades (e farolins de retaguarda vermelhos na outra, bem como indicadores de direção cor-de-laranja em ambas), apenas um posto de comando, à frente (o comando à retaguarda é possível, mas usado apenas em manobra), e bancos não-reversíveis. Foram ainda equipados com sistema dual de contacto com a fiação alimentadora, dispondo tanto de vara (trolley pole) como de hemipantógrafo, a utilizar complementarmente, erguendo-se um ou outro dispositivo consoante o tipo de intraestrutura aérea (sendo esta porém na sua maior parte passível de ser usada por ambos os sistemas de contacto). Esta remodelação custou 60 milhões de escudos por veículo,[22] valor intermédio na gamas dos preços praticados na venda de exemplares não remodelados.
Elétricos “ligeiros”
Elétrico ex-Carris 730, musealizado en Birkenhead (à esquerda) e Elétrico Carris 733, um “ligeiro” (à direita).
Os veículos não remodelados desta forma, mas ainda ao serviço constituem o tipo dos “ligeiros”, renumerados a partir de 700. Mantém-se com a motorização da montagem anterior (1936-1947), apenas com alterações pontuais (estofos, portas inteiras substuindo as de pantógrafo, farolins, et c.); em 2010 estavam ao serviço nove unidades desta série, numeradas 713, 717, 720, 732, 733, 735, 741, 742, e 744.[65] Os carros “ligeiros” são usados geralmente para viagens de aluguer e apenas entram ao serviço regular quando a disponibilidade dos outros veículos não é suficiente para as necessidades.
Distinguem-se prontamente pela ausência de hemipantógrafo e pelos sinais da bidirecionalidade original mantida: postos de comando em cada extremidade, bancos reversíveis e (especialmente) farol central branco anterior e farolins de retaguarda vermelhos em ambas as extremidades.
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Este artigo ou se(c)ção trata de um evento atual ou em curso. Nota: É desejável que indique um dos temas que constam da lista de temas padrão. A informação apresentada pode mudar com frequência. Não adicione especulações, nem texto sem referência a fontes confiáveis. Editado pela última vez em 11 de novembro de 2024.
Fabricados pela CAF, estes 15 eléctricos encomendados em 2021, da família CAF Urbos[66], representam o segundo modelo de articulados ao serviço da Carris, com cinco segmentos totalizando 28 metros de comprimento e uma capacidade para 220 passageiros.[67][68]
Irão reforçar a carreira 15E, onde as primeiras unidades – 601 e 608[67] – entraram ao serviço a 22 de Setembro.[68] Prevê-se que a entrega das viaturas à Carris – iniciada em Abril de 2023 – seja concluída durante 2024.[66][67][69]
Siemens (501-510)
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Estas dez unidades entraram ao serviço em 1995, sendo adjudicadas ao Depósito de Santo Amaro.[21] Desenhados pelas empresas Siemens e DÜWAG, na Alemanha, estes veículos são constituídos por três unidades articuladas, em caixa de aço inoxidável, totalizando 24 m de comprimento.[21] A velocidade máxima é de 70 km/h, sendo os sistemas de travagem do tipo eletrodinâmico, com recuperação de energia; os travões são de disco, estimulados de forma electro-hidráulica, e equipados com sistemas antipatinagem.[21] Em vez de trólei, utilizado pelos elétricos tradicionais, este veículo dispõe de um hemi-pantógrafo para captar a rede elétrica.[21] Cada veículo possui quatro portas de acesso, cada uma com uma largura de 1,30 m, com um mecanismo de abertura acionável pelos passageiros, no interior ou no exterior, e junto às portas encontram-se máquinas de bilhetes.[21] A altura do piso, no interior, em relação ao solo, é de apenas 30 cm, de forma a facilitar o acesso a utentes com dificuldades de locomoção.[21] A capacidade máxima é de 210 passageiros por veículo, dos quais 65 são sentados.[21] Cada elétrico conta com um equipamento de ar condicionado, e com o sistema integrado de informação "Sibas 16" a bordo, para o condutor.[21] Estes veículos são muito semelhantes aos que estavam a ser utilizados, à época, na cidade de Valência.[21]
Elétricos “caixote”
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Os elétricos da Carris tipo “caixote” foram construídos entre 1952 e 1964 nas oficinas da empresa, com base em diversos chassis preexistentes, e devem o seu nome ao seu perfil de linhas retas. Existiam modelos unidirecionais e bidirecionais, e, entre estes últimos, dois tamanhos: de seis e de dez janelas (respetivamente, de truck único e de dois bogies); existiam também unidades não-motorizadas (reboques) no mesmo figurino.
Menos procurados pelo turismo, todos os “caixotes” foram abatidos ao serviço durante a década de 1980, subsistindo à vista do público alguns exemplares de cada modelo no Museu da Carris, bem como o reboque CCFL 173, estacionado na “raquete” de Belém onde serviu de quiosque da Carris durante muitos anos, tendo sido reconvertido em café em maio de 2013.[3][70][71]
Em dados de 2018,[1] a Carris emprega 138 guarda-freios, aptos a tripular os seus 63 veículos — numa média ligeiramente superior a dois para cada um. Em décadas recentes, o número de mulheres guarda-freio ao serviço da Carris passou de zero a mais de metade dos novos efetivos.[72]
Além de guarda-freios, a Carris empregou historicamente ao serviço das suas carreiras também cobradores (situação análoga nos autocarros), perfazendo com aqueles uma tripulação de dois elementos que perdurou constante até à década de 1980 — quando este sistema foi substituído pelo de «agente único», associado à criação do passe social com consequente simplificação da bilhética.[carece de fontes?]
Ao serviço da frota de elétricos estão também numerosos funcionários dedicados à sua manutenção, por vezes envolvendo reconstruções profundas, e mesmo (entre 1912 e 1987) desenho e montagem de veículos novos.[carece de fontes?]
Expansões futuras
Em 2018, durante a cerimónia de reabertura da 24E, foram confirmadas, pelo Presidente da Câmara Fernando Medina, futuras expansões da rede de elétricos de Lisboa. Por um lado, o 24E será brevemente prolongado ao Cais do Sodré. Por outro, o 15E será prolongado, a oeste, à Cruz Quebrada, e a este, a Santa Apolónia e depois ao Parque das Nações.[73] Prevê-se também a criação de uma linha de elétricos rápidos a ligar Entrecampos à Alta de Lisboa.[74] Para tal, serão também adquiridos 30 novos elétricos (10 clássicos e 20 articulados).[75] Em 2019, no âmbito da aquisição dos 15 novos elétricos, foram anunciadas as expansões à Cruz Quebrada, por um lado, e ao Parque das Nações, por outro, estando também em estudo uma possível expansão a Loures.[29]
Eduardo Cintra TORRES: Cem Anos a Ranger nas Calhas : Antologia de textos e fotografias de Lisboa com eléctrico dentro. Assírio & Alvim (ISBN 972-37-0648-2).
↑OLIVEIRA, Fernando Correia de. Folheto Em Lisboa, à descoberta da Ciência e da Tecnologia: vagueando pelas ruas. Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva; Câmara Municipal de Lisboa, s.d.
↑«Lisboa e os seus transportes»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1530). Lisboa. 16 de Setembro de 1951. p. 287. Consultado em 12 de Fevereiro de 2024 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
↑Sete carros oriundos de Lisboa (incl. o ex-CCFL 247), de uma total de nove em uso sobre via segregada em meio urbano, reabilitada com fins turísticos, com cerca de 1600 m em bitola de 900 mm, em funcionamento entre 1976 e 2003: https://www.detroitmi.gov/?TabId=1263
↑Ex-CCFL 531adaptado para bitola local de 914 mm e alimentado por gerador diesel a reboque circulando desde 2000 como único material motor numa linha mista urbano-rural de cariz turístico, em via única, oriundo do museu de Duluth, onde se mantém o ex-CCFL 530 — ambos adquiridos à Carris em 1978. Vd. Carmel ECKER: “Whitehorse has a new claim to fame” Whitehorse Star Daily News (2000). (s/a): The Changing Whitehorse Waterfront. AFY / Miles Canton: Whitehorse, 2013.
↑Ex-CCFL 533 e ex-CCFL 910 (adquiridos em 1990; em circulação entre 1994 e 2009; ex-CCFL 910 exterior recarroçado irreconhecível, mas mantida a libré publicitária; retirado por incompatibilidade com novo sistema de bilhética); cp. 土佐電気鉄道910形電車.
↑ abEx-CCFL 734, de Sóller: truck retido para uso futuro e carroçaria exposta em Sa Pobla adaptada a reboque rodoviário (fotos de Jörg Seidel e KT4Daniel) até 2013.
↑“Background and history”, visitado em 2013.01.04: «mechanical and electrical equipment had to be obtained from almost every corner of the world»: «Controllers from Melbourne and Lisbon»
Linha Violeta (Odivelas e Loures) • LIOS - Linha Intermodal Sustentável Ocidental (Oeiras e Lisboa) • LIOS - Linha Intermodal Sustentável Oriental (Lisboa e Loures)
Legenda:bitolas: ²2140 mm • ᴮ1668 mm • ⁱ1435 mm • ¹1000 mm • ³920 mm • ⁹900 mm • ⁶600 mm +designações abreviadas quando possível (fonte para linhas da Infraestruturas de Portugal: [2]: pág. 54) °ferrovias pesadas (#) não geridas pela Infraestruturas de Portugal (e/ou empresas antecessoras) †extinta (totalmente) • ‡projectada • ††reaberta • †‡reabertura projectada • ‡†projecto abandonado • ‡‡projecto recuperado • ↑substituída mantendo traçado/canal
Rede IP (Notas: A itálico, séries com uso partilhado entre a C.P. e outras empresas, simult. ou não; a itálico sublinhado, séries usadas exclusivamente por outra empresa.)
Untuk kegunaan lain, lihat GU. Gu (wadah) Hanzi: 觚 Alih aksara Mandarin - Hanyu Pinyin: gū - Wade-Giles: ku1 Wadah gu dari Dinasti Shang terbuat dari perunggu dengan pigmen hitam. Gu adalah sejenis wadah perunggu ritual kuno Tiongkok yang diproduksi pada masa Dinasti Shang dan Dinasti Zhou (1600 - 256 Sebelum Masedhi). Wadah tersebut digunakan untuk minum anggur atau untuk sesajian. Gu memiliki bentuk yang tiggi dan ramping, dengan dasar yang sedikit melebar dan melangsing pada bagian teng...
Anglo-Irish government official Sir William JohnsonBtSir William Johnson in 1763, based on a lost portrait by Thomas McIlworth[1]Personal detailsBornc. 1715County Meath, IrelandDied11 July 1774 (aged 58–59)Johnstown, New YorkMilitary serviceAllegiance Great BritainBranch/service British ArmyYears of service1744–1774RankMajor-General Superintendent of Indian AffairsCommandsExpedition to Crown Point Expedition to Fort NiagaraBattles/wars King George's War French...
16th-century Bishop of Rochester For other uses, see John Fisher (disambiguation). SaintJohn FisherCardinalBishop of RochesterDepicted by a follower of Hans Holbein the YoungerChurchCatholic ChurchMetropolisCanterburyDioceseRochesterSeeRochesterAppointed14 October 1504Installed24 April 1505Term ended2 January 1535PredecessorRichard FitzJamesSuccessorNicholas HeathOther post(s)Cardinal-Priest of San VitaleOrdersOrdination17 December 1491by Thomas RotherhamConsecration24 November 1504by...
Music genre Not to be confused with Israeli hip hop. Jewish hip hopStylistic originsJewish music, hip hop, klezmer, reggae, world musicCultural originsEarly 2000s, North America, Israel, and EuropeTypical instrumentsRapping, turntabling, beatboxing, samplingOther topicsJewish rock, Israeli hip hop Jewish hip hop is a genre of hip hop music with thematic, stylistic, or cultural ties to Judaism and its musical traditions. Characteristics Jewish hip hop artists have come from a wide variety of c...
Musa al-Sadrموسى الصدر Pemimpin Gerakan Amal ke-1Masa jabatan6 Juli 1974 – 31 Agustus 1978PendahuluTidak adaPenggantiHussein el-HusseiniPresiden Dewan Tertinggi Syiah Islam ke-1Masa jabatan23 Mei 1969 – 31 Agustus 1978PendahuluTidak adaPenggantiMohammad Mehdi Shamseddine Informasi pribadiLahir(1928-06-04)4 Juni 1928[1]Qom, Iran[2]Orang tuaSadr al-Din al-Sadr (ayah)KerabatIsmail as-Sadr (kakek) Haydar al-Sadr (paman) Muhammad al-Sadr (sepupu) Sad...
Questa voce sull'argomento guerra è solo un abbozzo. Contribuisci a migliorarla secondo le convenzioni di Wikipedia. Segui i suggerimenti del progetto di riferimento. Il dragamine è una nave militare appositamente progettata per la bonifica dei tratti di mare minati. Sebbene sia spesso usata come sinonimo, in quanto i compiti sono analoghi, si distingue dal cacciamine, in quanto il compito di queste unità è la localizzazione e la distruzione di mine navali, con la priorità dell'ind...
烏克蘭總理Прем'єр-міністр України烏克蘭國徽現任杰尼斯·什米加尔自2020年3月4日任命者烏克蘭總統任期總統任命首任維托爾德·福金设立1991年11月后继职位無网站www.kmu.gov.ua/control/en/(英文) 乌克兰 乌克兰政府与政治系列条目 宪法 政府 总统 弗拉基米尔·泽连斯基 總統辦公室 国家安全与国防事务委员会 总统代表(英语:Representatives of the President of Ukraine) 总...
American college football season 2003 Michigan State Spartans footballAlamo Bowl, L 3–17 vs. NebraskaConferenceBig Ten ConferenceRecord8–5 (5–3 Big Ten)Head coachJohn L. Smith (1st season)Offensive coordinatorDave Baldwin (1st season)Offensive schemeSpreadDefensive coordinatorChris Smeland (1st season)Base defense4–3Home stadiumSpartan StadiumSeasons← 20022004 → 2003 Big Ten Conference football standings vte Conf Overall Team ...
إنذار بالطاعة الصنف دراما الموضوع قصة حب رومانسية بين شاب وفتاة لا يستطيعان الزواج بسبب الظروف المادية، ويتم زواجهم عرفياً وتقع كثيراً من المشاكل ، فهل يتحول الحب إلى صراع؟ تاريخ الصدور 14 مايو 1993 مدة العرض 105 دقيقة البلد مصر اللغة الأصلية العربية (العامية المصرية) ا�...
Political movement This article is part of a series onConservatismin South Korea Schools Authoritarian Ilminism Corporate Cultural Fiscal Libertarian Moderate Conservatism Liberal Conservatism Economic Liberalism Welfare State Paternalistic Warm Conservatism Progressive Conservatism Populist State-aligned nationalism Social Traditional Hongik Ingan neo-Confucian Principles Anti-communism Asian values Confucianism Communitarianism Economic interventionism Economic liberalism Liberal conservati...
Zionist non-profit organization established in 1929 This article has multiple issues. Please help improve it or discuss these issues on the talk page. (Learn how and when to remove these template messages) This article uses bare URLs, which are uninformative and vulnerable to link rot. Please consider converting them to full citations to ensure the article remains verifiable and maintains a consistent citation style. Several templates and tools are available to assist in formatting, such as r...
Nhà thương đổi hướng tới đây. Đối với triều đại lịch sử Trung Quốc, xem Nhà Thương. Một phòng hai giường trong bệnh viện Một đơn vị chăm sóc đặc biệt tiêu chuẩn (ICU) trong bệnh viện Uniklinikum Aachen ở Đức là bệnh viện lớn nhất thế giới, chiếm trọn trong một tòa nhà, với hơn 1200 giường. Viện Khoa học Y tế Ấn Độ tại Delhi, Ấn Độ Bệnh viện hay nhà thương là một tổ chứ...
Museum in Glasgow, Scotland For the museum in London, see Hunterian Museum (London). Hunterian Museum and Art GalleryMain hall of the Hunterian MuseumLocation within ScotlandEstablished1807TypeMuseum and Art GalleryWebsitehttps://www.gla.ac.uk/hunterian/ The Hunterian is a complex of museums located in and operated by the University of Glasgow in Glasgow, Scotland. It is the oldest museum in Scotland.[1] It covers the Hunterian Museum, the Hunterian Art Gallery, the Mackintosh House, ...
Species of mammal Flat-headed shrew Conservation status Data Deficient (IUCN 3.1) Scientific classification Domain: Eukaryota Kingdom: Animalia Phylum: Chordata Class: Mammalia Order: Eulipotyphla Family: Soricidae Genus: Crocidura Species: C. planiceps Binomial name Crocidura planicepsHeller, 1910 Flat-headed shrew range The flat-headed shrew (Crocidura planiceps) is a species of mammal in the family Soricidae. It is found in the Democratic Republic of the Congo, Ethiopia, Nigeria...
Pour les articles homonymes, voir Azusa. AzusaNom officiel (en) AzusaGéographiePays États-UnisÉtat CalifornieComté comté de Los AngelesBaigné par San Gabriel (fleuve)Superficie 25,04 km2 (2010)Surface en eau 0,13 %Altitude 186 mCoordonnées 34° 07′ 50″ N, 117° 54′ 25″ ODémographiePopulation 50 000 hab. (2020)Densité 1 996,8 hab./km2 (2020)FonctionnementStatut Cité aux États-Unis (depuis 1898)Jumelage Zaca...
Questa voce sull'argomento centri abitati del Grand Est è solo un abbozzo. Contribuisci a migliorarla secondo le convenzioni di Wikipedia. Ostwaldcomune Ostwald – Veduta LocalizzazioneStato Francia RegioneGrand Est Dipartimento Basso Reno ArrondissementStrasburgo-Campagna CantoneIllkirch-Graffenstaden AmministrazioneSindacoFabienne Baas TerritorioCoordinate48°33′N 7°43′E48°33′N, 7°43′E (Ostwald) Altitudine139 e 144 m s.l.m. Superficie7,11 km² Abitan...
Harry Potter and the Half-Blood PrinceTheatrical posterSutradaraDavid YatesProduserDavid HeymanDavid BarronSkenarioSteve KlovesBerdasarkanNovel:• J. K. RowlingPemeranDaniel RadcliffeRupert GrintEmma WatsonMichael GambonJim BroadbentAlan RickmanTom FeltonHelen McCroryPenata musikNicholas HooperTema:• John WilliamsSinematograferBruno DelbonnelPenyuntingMark DayPerusahaanproduksiHeyday FilmsDistributorWarner Bros.Tanggal rilis 15 Juli 2009 (2009-07-15) Durasi153 minutes[1]...
Language of Akan lands in Ghana AkanÁkánNative toGhanaEthnicity14 million Akan (2021 census)[1]Native speakersL1: 8.9 million (2013)[1]L2: 1 million (no date)[1]Language familyNiger–Congo? Atlantic–CongoVolta–CongoKwaPotou–TanoTanoCentral TanoAkanDialects Twi Ahafo Akuapem Wasa Fante Agona Anomabo Abura Gomoa Akyem Bosome Asen Denkyira Kwawu Asante Fante Writing systemLatinOfficial statusOfficial language inNone.— Government-sponsored languag...
v · mDélégation du Vermont au Congrès des États-Unis Sénateurs Peter Welch (D) Bernie Sanders (I) Représentante Becca Balint (D) Délégations par États Alabama Alaska Arizona Arkansas Californie Caroline du Nord Caroline du Sud Colorado Connecticut Dakota du Nord Dakota du Sud Delaware Floride Géorgie Hawaï Idaho Illinois Indiana Iowa Kansas Kentucky Louisiane Maine Maryland Massachusetts Michigan Minnesota Mississippi Missouri Montana Nebraska Nevada New Hampshire New Jersey...