Motores Renault na Fórmula 1Os motores Renault na Fórmula 1 conquistaram doze títulos do Campeonato Mundial de Construtores (incluindo como equipe oficial) e onze títulos do Campeonato Mundial de Pilotos (incluindo como equipe oficial). A história dos motores Renault na Fórmula 1 começou em 1977, quando a Equipe Renault Elf fez sua estreia na categoria máxima do automobilismo mundial. Em 1985, a Renault retira sua equipe oficial da Fórmula 1, porém continuou fornecendo motores para as equipes Team Lotus, Ligier e Tyrrell até 1986. A montadora retornou a Fórmula 1 em 1989, fornecendo motores para a equipe Williams. Dessa união conquistaram cinco títulos de construtores (1992, 1993, 1994, 1996 e 1997) e 4 títulos de pilotos, com Nigel Mansell (92), Alain Prost (93), Damon Hill (96) e Jacques Villeneuve (97). A Renault forneceu motores também para as equipes Ligier (1992 a 1994) e Benetton (1995 a 1997), conquistando o mundial de pilotos com Michael Schumacher e o de construtores no ano de 1995, ambos com a Benetton. A fabricante francesa retirou seus motores mais uma vez das pistas no final de 1997. No início de 2000, a Renault anuncia a sua volta para a Fórmula 1, através da compra da equipe Benetton, mas mantendo o nome da equipe por mais duas temporada, voltando a fornecer motores para esta equipe em 2001. Dezessete anos depois, na temporada de 2002, a Fórmula 1 volta a ter uma equipe com o nome Renault. No final de 2010, a montadora francesa de automóveis cria uma divisão, a Renault Sport F1, destinada a supervisionar as atividades técnicas e esportivas na Fórmula 1.[1] O centro de suas atividades localiza-se em Viry-Châtillon, o centro técnico das atividades da Renault na Fórmula 1, que fica no sul de Paris. Em 8 de dezembro de 2010, a Renault anunciou publicamente que venderia seus 25% restantes de ações da sua equipe de Fórmula 1, para a Genii Capital, que já havia adquirido os outros 75% no final de 2009, tornou assim, a partir daquele momento, acionista única. O Grupo Lotus logo tornou-se parceiro da equipe, a qual foi renomeada de Lotus Renault GP Team.[2] Mas a montadora francesa permaneceu fornecendo motores para suas equipes clientes, que na época era a própria Lotus Renault GP, a Red Bull Racing e a Team Lotus. As equipes recebem motores idênticos, que contou com a manutenção de um grupo de seis especialistas em motores e técnicos por escuderia. Para a temporada seguinte, a Lotus Renault GP é renomeada para Lotus F1 Team. Mas após a Lotus F1 Team sofrer uma grave crise financeira, a Renault, em dezembro de 2015, comprou a equipe de volta para a disputa da temporada de 2016.[3][4][5] HistóriaA Renault forneceu motores durante três períodos na Fórmula 1. Primeira faseA Renault estreou na Fórmula 1 no Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1977 em Silverstone com o piloto francês Jean-Pierre Jabouille. Na temporada de 1978, marcou seus primeiros três pontos com Jabouille em Watkins no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1978. No ano de 1979, além de Jabouille, a equipe contou com outro francês: René Arnoux. Naquela temporada, a equipe conquistou a primeira vitória na Fórmula 1 em Dijon-Prenois no GP da França com Jabouille e para completar a festa com Arnoux em terceiro. No campeonato de 1981, a equipe mantém Arnoux e contrata Alain Prost. Em 1983, Prost e a equipe são vice-campeões. Naquela temporada, a Renault fornece os motores pela primeira vez e a equipe é a Team Lotus. Em 1984 é a vez da compatriota Ligier e em 1985 para a Tyrrell. A Renault permaneceu até o final daquela temporada (1985), mas continuou fornecendo para as equipes: Lotus, Ligier e Tyrrell até 1986, chegando a atingir a potência de 1200 HP. Segunda faseApós duas temporadas ausente da categoria, regressa em 1989 fornecendo motores para a equipe Williams. A união com o time britânico conquista cinco títulos de construtores: (1992, 1993, 1994, 1996 e 1997) e 4 títulos de pilotos, com Nigel Mansell (1992), Alain Prost (1993), Damon Hill (1996) e Jacques Villeneuve (1997). Além da Williams, a Renault forneceu também para as equipes: Ligier (1992-1994) e Benetton 1995-1997), conquistando o mundial de pilotos com Michael Schumacher e o de construtores no ano de 1995, ambos com a Benetton. A Renault se retirou novamente da Fórmula 1, de maneira oficial, no final de 1997. Mas as evoluções de seu último motor, o RS9, permaneceram sendo usadas por várias equipes nas temporadas seguintes.[6] No entanto, a Renault continuou trabalhando com sua antiga parceira, a Mecachrome, que fornecia, ou contribuía tecnicamente, os propulsores RS9 com os nomes de Mecachrome, Supertec e Playlife.[7][8][9] O Mecachrome GC37-01 foi a versão do RS9 usada pela Williams na temporada de 1998.[8] Em 1999, o Supertec FB01 foi montado pela Williams e pela BAR. Mesmo em 2000, uma segunda evolução do Supertec (o FB02) foram usados nos carros das setas.[9] Terceira faseNo início de 2000, a Renault anuncia a sua volta para a Fórmula 1, através da compra da equipe Benetton, mas mantendo o nome da equipe por mais duas temporadas. Em 2002, a Renault volta a ter uma equipe oficial na Fórmula 1. Na temporada de 2003 com o piloto espanhol Fernando Alonso, a primeira pole position e também a primeira vitória na carreira, após seu retorno a Fórmula 1, tornando o mais jovem piloto a primeira pole e também a primeira vitória na história da categoria até então. Na temporada de 2005 obtém 8 vitórias e 7 poles e conquista o título com Fernando Alonso e o inédito de construtores como equipe oficial.[10] 2006 obteve sete vitórias com o espanhol e um com Giancarlo Fisichella de um total de dezoito Grandes Prêmios, conquistando novamente o título de pilotos com Alonso e também de construtores. A partir da temporada 2007 passa a fornecer motores para a equipe Red Bull Racing.[11] No final de 2009, a Renault vende 75% da equipe para a Genii Capital.[12] mas, não ocorre alterações na equipe, que disputa a temporada de 2010 sob o nome Renault. Temporada esta, que o motor Renault conquista o título de construtores, com a Red Bull e o título de pilotos com Sebastian Vettel.[13] No final de 2010, os 25% restantes de ações da equipe foram adquiridos pela Genii Capital, que através de um acordo com o Grupo Lotus e a Renault, a equipe compete a temporada de 2011 sob uma licença britânica e com o nome comercial de "Lotus Renault GP",[14][15] mas mantém a nomenclatura "Renault" como seu nome de construtor.[16] Em 2011, a Renault passa a fornecer motores também para a equipe Team Lotus, uma equipe malaia que havia estreado na Fórmula 1 no ano anterior sob o nome "Lotus Racing" e que comprou o nome histórica "Team Lotus" para a disputa da temporada de 2011.[17] O motor Renault também conquista novamente o título de construtores, com a Red Bull e o título de pilotos com Sebastian Vettel. Na temporada de 2012, a Lotus Renault GP é rebatizada para Lotus F1 Team, com isso, a Renault oficialmente deixa de ser uma equipe de Fórmula 1, mas continua fornecendo motores para sua antiga equipe de fábrica e, também para a Caterham F1 Team (antiga Lotus Racing/Team Lotus). Em 2012, a montadora francesa também reedita a antiga parceria vitoriosa com a equipe Williams,[18][19] porém, apesar da Williams conquistar uma vitória com Pastor Maldonado no GP da Espanha, a nova parceria não alcança o sucesso do passado. O motor Renault conquista novamente o título de construtores, com a Red Bull e o título de pilotos com Sebastian Vettel. Na temporada de 2013, conquista, pela quarta vez consecutiva, os títulos de construtores com a Red Bull Racing e o de pilotos com Sebastian Vettel. Com o retorno dos motores turbo em 2014, permanece fornecendo motores para a Red Bull, Lotus e Caterham e, passando também, pela primeira vez, a fornece para a Toro Rosso. Porém, deixou de fornecer motores para a Williams, que mudou para os propulsores Mercedes. A Toro Rosso trocou os motores Renault pelos da Honda em 2018,[20] com a Red Bull fazendo o mesmo a partir de 2019,[21] e a equipe francesa passou a fornecer para a McLaren.[22] O acordo com a equipe inglesa deveria durar até 2021, mas em 2019, a McLaren anunciou que estava restabelecendo sua parceria com a Mercedes a partir de 2021, para aproveitar a mudança de regulamento.[23] Assim, a Renault passou a fornecer motores apenas para a sua equipe, que em 2021 foi renomeada para Alpine, em referência à marca de carros esportivos da fabricante francesa.[24] Foi como Alpine que os motores Renault tiveram sua última vitória na Fórmula 1, conquistada por Esteban Ocon no GP da Hungria deste mesmo ano.[25] A Andretti, equipe que compete em categorias como IndyCar e Fórmula E, tentou entrar na Fórmula 1 e fez um acordo com a Renault para usar os motores da equipe em 2025, mas a FIA impediu a entrada da equipe estadunidense, e as negociações com a Renault paralisaram.[26] Em setembro de 2024, a Renault anunciou o fim de projeto de motores após o término da temporada 2025 da F1. Descontentes, os funcionários da equipe tentaram protestar contra a decisão, erguendo faixas pedindo pela continuidade da Renault na categoria.[27] Fornecimento de motores![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]()
Não oficiaisApós se retirar da Fórmula 1 em 1997 algumas equipes continuaram utilizado motores Renault, mas com um nome diferente. Entre 2016 e 2018, a Red Bull Racing usou motores Renault rebatizados para TAG Heuer.
Títulos[28]Campeonato de Pilotos[29]Campeonato de Construtores[30]Campeonato como equipe oficialCampeonato de Pilotos[29]
Campeonato de Construtores[30]
Notas↑1 Motor limitado eletronicamente a 19000 RPM Números na Fórmula 1
Ver tambémReferências
Information related to Motores Renault na Fórmula 1 |