Foi um dos filhos do casal Salvador Furtado de Mendonça e Amália de Meneses Drummond.[1] Quando tinha apenas cinco anos seu pai morreu, o que forçou a diáspora dos irmãos, com um novo casamento da mãe.
Na Faculdade é suspenso por dois anos, por haver participado de um protesto.[1] Este período foi-lhe de suma importância: vai para o Rio de Janeiro onde, junto ao irmão, trabalha na redação de um jornal republicano, onde conhece diversos escritores já renomados, dentre os quais Machado de Assis, que o brinda com o prefácio de seu primeiro livro então lançado: "Névoas Matutinas".
Formando-se, em 1878, volta para São Gonçalo de Sapucaí, onde se casa e ensaia a vida pública como vereador.[3] Colabora em diversos jornais, realizando intensa campanha republicana - período em que escreve diversos contos.[4]
Continua a escrever - agora sob pseudônimo - para os jornais. Propõe a fundação da Academia, neste período.
Nomeado procurador-geral da República em 7 de janeiro de 1897,[5] vê-se forçado a aposentar-se por estar ficando cego - a doença afastou-o completamente da vida social.[4]
Obras publicadas
Além de traduções, publicou Lúcio de Mendonça:
Névoas matutinas - poesia - 1872
Alvoradas - poesia - 1875
O marido da adúltera - crônica - 1882
Visões do abismo - poesia - 1888(?)
O escândalo - panfleto (com Valentim Magalhães) - 1888 ou 1989
Esboços e perfis - contos - 1889
Vergastas - poesia - 1889
Canções de outono - poesia - 1896
Horas do bom tempo - memórias e fantasias - 1901
Murmúrios e clamores - poesias completas - 1902
Páginas jurídicas - trabalhos jurídicos - 1903
A caminho - propaganda republicana - 1905
O "Pai" da Academia Brasileira de Letras
Proclamada a República, frequenta Lúcio de Mendonça a redação da "Revista Brasileira". Ali, junto ao amigo Machado de Assis e a Joaquim Nabuco - já então consagrados escritores - revela a ideia de fundar-se a Academia.
Participa das reuniões preparatórias, da comissão encarregada de elaborar o Regimento Interno e o distintivo e, depois de sua fundação, de outras comissões.
Ocupou Lúcio de Mendonça a cadeira 11, cujo patrono é Fagundes Varela.