Cursou humanidades no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e, entre 1858 e 1862, estudou na Faculdade de Direito de São Paulo, período em que escreveu suas primeiras peças teatrais. Após exercer a advocacia, residiu por um período na Bahia, onde foi nomeado secretário de governo do presidente daquela província.
Por volta de 1880 retorna ao Rio de Janeiro e aprende a desenhar com o aquarelista alemão Benno Treidler. Entusiasmado com a descoberta da nova arte, frequenta como assistente a Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionava Georg Grimm. Desligando-se este da Academia, acompanha o mestre que acabara de formar o Grupo Grimm para pintar ao ar livre e ao natural.[1] Mas pouco durou esta ligação com o grupo do paisagista alemão. Concentra-se mais na sua vocação jornalística e literária.
Publicou vários folhetins e escreveu diversas comédias teatrais que alcançaram enorme sucesso popular. Personalidade de escola e multifacetada, não tinha como prioridade a pintura. Porém, a obra que deixou, além de não ser pequena, tem boa qualidade e faz parte da nascente paisagística brasileira.
Entrei para o Clube Jácome (comédia em um ato - 1877)
Como se Fazia um Deputado (comédia em três atos - 1882)
De Petrópolis a Paris (comédia de costumes em três atos, com canções, coros e dança - 1882)
Caiu o Ministério! (comédia original de costumes em três atos - 1882)
Dois Proveitos em um Saco (peça teatral em um ato - 1883)
A Lotação dos Bondes (comédia em um ato - 1885)
As Doutoras (peça teatral - 1889)
Peças cujo texto não se preservou ou é desconhecido:
A República Modelo (comédia em um ato - s/d)
O Beijo de Judas (comédia em quatro atos - s/d)
Três candidatos (comédia em um ato - s/d)
O Trunfo às Avessas (opereta com música de Henrique Mesquita - s/d)
Bendito Chapéu (comédia em um ato - s/d)
Duas pragas familiares (comédia em cinco atos - s/d)
Portugueses às Direitas (comédia de costumes em três atos representada no grande festival em benefício do batalhão patriótico que seguiu para Zambézia - 1890)
Um Carnaval no Rio de Janeiro ("comédia cintilante de espírito e verve"[3] - 1882)
As peças de França Júnior foram reunidas em 1980 em O teatro de França Júnior, em dois volumes.