Os seus dialectos são o ginga / jinga (njinga), quimbamba[9] (kimbamba) / bambeiro / bamba (mbamba; pode ser uma língua separada), ambaca[10] / ambaquista (mbaka), dongo (ndongo) / quindongo (kindongo) e angolar / negola (ngola).[11] É uma língua relacionada às línguas songo, sama, bolo, bali.[4]
Contribuições lexicais
Ao português angolano
Banzo (de lubanzu, "saudade", ou (ku)banza, "ponderar, pensar"),[12] calema (de kalemba),[13] calundu (de kilundu),[14] camba (de dikamba, "amigo"),[15] cambuta (de kambuta, "baixo")[16] candongueiro (candonga + eiro; deriva de ka- + ndonge, ou seja, "fraco amor", ou do castelhanocandonga),[17] cassule (de ki suluka, "ficar livre"),[carece de fontes?] cassuneira (de ku-nsuna', "ter carranca").[18]
Ao português brasileiro
Moleque (de mu'leke, "menino"),[20] cafuné (de kifunate, "entorse, torcedura"),[21] quilombo (de kilombo, "capital, povoação, união"),[22] quibebe (de kibebe),[23] quenga (de kienga, "tacho"),[24] bunda (de mbunda),[25] cochilar (de kukoxila),[26] marimbondo (de ma [prefixo de plural] + rimbondo, "vespa"),[27] camundongo (de kamundong),[28] tungar (de tungu, "madeira, pancada"),[29]muamba (de mu'hamba, "carga"), mucama (de mu'kaba, "amásia escrava"),[30] banza (de mbanza), banzar (de kubanza),[31]cachimbo e cacimba (ambos, de kixima),[32] fubá (de fu'ba),[33] caçula (de kusula e de kasule), cacumbu (de ka, pequeno + kimbu, machado), cacunda (de kakunda),[34] bundo (de mbundu, negros),[25] matumbo (de ma'tumbu, "montículos"),[35]tutu (comida) (de ki'tutu), tutu (bicho-papão) (de kitu'tu),[36]samba (de semba, "umbigada"),[37]jiló (de njilu), jibungo (de jibungw), jimbo (de njimbu), jimbongo (de jimbongo),[38]jongo (de jihungu),[39] quitute (de kitutu, "indigestão"),[40]maxixe (de maxi'xi),[41] xingar (de kuxinga, "injuriar, descompor"),[42] quitungo (de kitungu), quitanda (de kitanda, "feira, venda")[40] etc.
Fonologia
Consoantes
Abaixo, há uma tabela com as consoantes do quimbundo.[43]
As vogais médias [e] e [o] podem aparecer por causa da fusão de /a/ e /i/ e /a/ e /u/ respetivamente. /i/ e /u/ podem se semivocalizar em [j] e [w] respetivamente. A língua tem 2 tons, um crescente e outro decrescente, e ocorre sândi tonal. Outros fenómenos que ocorrem são a elisão, em que duas vogais de tom baixo em uma palavra contraem-se apenas uma, e a degeminação, em que duas vogais iguais pronunciam-se como apenas uma.[48]
↑Pode manifestar-se como [ɾ] ou [d]. Também pode ser pronunciada, quando imediatamente antes da vogal [i], como [dʲ]. Duas dessas pronúncias, [ɾ] e [dʲ], são de pouco prestígio e estigmatizadas, em contraste com a [d].[44]
Amaral, Ilídio do (1996). O reino do Congo, os Mbundu (ou Ambundos), o reino dos "Ngola" (ou de Angola) e a presença portuguesa de finais do século XV a meados do século XVI. Lisboa: Ministério da Ciência e da Tecnologia, Instituto de Investigação Científica Tropical
Rego, António da Silva (1961). Lições de missionologia. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar, Centro de Estudos Políticos e Sociais
Ribas, Óscar (1994). Dicionário de regionalismos angolanos. Matosinhos: Contemporânea
Voegelin, C. F.; Voegelin, F. M. (1977). Classification and index of the world’s languages. Nova Iorque: Elsevier North HollandA referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
Weisenfeld, Lori P. (1999). World almanac and book of facts. Mahwah, Nova Jérsei: World Almanac Books
Xavier, Francisco da Silva (2010). Fonologia segmental e supra-segmental do Quimbundo. variedades de Luanda, Bengo, Quanza Norte e Malange (Tese de Doutorado em Semiótica e Linguística Geral). Universidade de São Paulo. doi:10.11606/T.8.2010.tde-20102010-091425