Renan Filho foi alvo de ameaças de morte em um áudio feito por um empresário de Maceió por suas ações de enfrentamento à pandemia de coronavírus. Segundo o governador, a Delegacia Geral da Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar a origem da ameaça e punir o autor conforme a lei. O empresário se justificou afirmando que estava de cabeça quente e não pretendia atentar contra a vida do governador.[6][7]
Trajetória política
Renan Filho iniciou sua trajetória política em 2004, então com 25 anos de idade, ao eleger-se prefeito do município de Murici, na Zona da MataAlagoana, conseguindo reeleger-se ao cargo em 2008.[8][3]
Em outubro de 2014, foi eleito Governador de Alagoas pela primeira vez com a soma de 670.310 votos (52,16% dos votos válidos), tornando-se o mais jovem governador da história do Estado.[3][11] Quatro anos depois, em outubro de 2018, conseguiu reeleger-se ao governo do Estado, angariando 1.001.053 votos (77,30% dos votos válidos).[12]
Controvérsias
Delação da Odebrecht
Com base nas delações dos ex-executivos da Odebrecht, Renan Filho foi um dos três governadores que passaram a ser investigados pela PGR mediante autorização do ministro Edson Fachin. Em um dos inquéritos, Renan Filho e seu pai, Renan Calheiros (PDB-AL), são suspeitos de terem recebido cerca de R$ 800 mil da Odebreht (atual Novonor) na campanha para governador de Alagoas em 2014 em troca da aprovação de legislação favorável aos interesses da empresa, que teria se concretizado na conversão da MP 677/2015 em Lei 13.182/15, o que beneficiou a Braskem S/A, empresa controlada pelo grupo Odebrecht, podendo se configurar corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Renan Filho afirmou todas as doações recebidas na campanha foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Renan Calheiros disse que os inquéritos serão arquivados por falta de provas.[13] No final de 2019, em um relatório de 53 páginas enviado ao STF, a Polícia Federal concluiu que não há elementos concretos de autoria e materialidade contra a família Calheiros nesse inquérito, com delatores da Odebrecht desmentindo ou afirmando não ter conhecimento sobre tais ações.[14]
No segundo inquérito, as suspeitas são de acordo de mercado entre as empresas que participariam da obra canal do sertão alagoano, com solicitação de pagamento de propina a diversos agentes públicos, entre eles Renan Filho, Renan Calheiros, o então ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o então governador do Estado de Alagoas, Teôtonio Vilela. Segundo a PGR, neste segundo inquérito podem existir os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica e fraude em licitações. Fernando Bezerra afirmou que sempre esteve à disposição das autoridades a fim de prestar quaisquer esclarecimentos que elas possam necessitar.[13]
Grampos Ilegais
O Ministério Público Federal acusou o governo de Renan Filho de realizar interceptações telefônicas ilegais. Elas seriam feitas através da Assessoria Integrada de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e das policiais militares, sendo solicitado pelo MPF que tais órgãos sejam impedidos de realizar os grampos e que o Estado de Alagoas realoque o equipamento e a estrutura tecnológica de monitoramento de interceptações telefônicas para a Polícia Judiciária, a seus servidores e Delegados de Polícia Civil, exclusivamente.[15] O Ministério Público diz ainda que as interceptações telefônicas ilegais violam direitos humanos e compromissos assumidos em tratados internacionais, o que pode levar a responsabilização da República Federativa do Brasil em âmbito internacional.[16][17]
Tenório, Elisana (2017). «Entre Amores e Paixões». Gazeta de Alagoas. Consultado em 21 de agosto de 2019. Arquivado do original em 21 de agosto de 2019
Precedido por Marcelo Sampaio(enquanto Ministro da Infraestrutura)