Celso Sabino de Oliveira (Belém, 29 de agosto de 1978) é um administrador, advogado e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO)[2][3] e atual ministro do Turismo do Brasil.[4] É deputado federal pelo Pará, encontrando-se licenciado.
Biografia
Nascido na capital paraense, filho de Cipriano Sabino de Oliveira e Fátima Sabino de Oliveira, Celso Sabino trabalhou, desde os 14 anos de idade, na empresa Sabino Oliveira Comércio e Navegação (Sanave), fundada e presidida por Cipriano, que foi gerente de navegação e operações durante os anos de 1996 e 2002. Passou em diferentes cargos pela empresa, como office boy, almoxarifado, atendente de compras, na própria navegação e no serviço de embarque e desembarque.
Pai de cinco filhos, o deputado casou-se pela segunda vez com Érika Sabino de Oliveira[carece de fontes], declarando-se como cristão e evangélico praticante.
Concluiu o ensino médio no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, elegendo-se presidente do Grêmio Estudantil com aproximadamente 1 300 votos. Nesta mesma época, também chegou a presidente da Juventude do Partido Progressista.
Graduou-se em administração pela Universidade da Amazônia (UNAMA), e em direito pelo Centro Universitário do Pará (CESUPA). Além disso, possui pós-graduação em Controladoria, Auditoria e Gestão Financeira, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e concluiu o curso de aperfeiçoamento em Gestão Pública Tributária, pela Escola de Administração Fazendária (ESAF). Foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e finalizou, em 2017, o doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais, na Universidad del Museo Social Argentino (UMSA), na Argentina.
Aos 22 anos, foi aprovado no concurso para auditor fiscal na Secretaria da Fazenda do Estado do Pará (SEFA/PA) e recebeu licença para exercer o cargo de deputado federal em 2018.
Trajetória política
Em 2010, elegeu-se como deputado estadual suplente em Belém e obteve 19.140 votos nas eleições daquele ano, assumindo sua posição em fevereiro de 2011 pelo Partido da República (PR), com a nomeação de Júnior Hage na Secretaria Estadual na Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda na gestão de Simão Jatene. Em março de 2012,[7] assumiu o cargo de Secretário Estadual na Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (Seter) no lugar de Hage,[8] obtendo o reconhecimento de sua gestão pela conquista do recorde de cursos ofertados; pela proposição de encaminhamento à novos empregos; e pela melhora na agilidade do atendimento, com a redução do tempo de espera nas filas para protocolar o seguro-desemprego; além disso, também participou da criação da Feira do Artesanato Mundial (FAM) e da implantação do projeto “Seter nos bairros”, que levou todos os serviços da secretaria para mais perto do cotidiano civil. Permaneceu no cargo até junho de 2013.[10]
Em 2013, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). No mesmo ano, também assume a presidência do Instituto de Metrologia do Pará (IMETROPARA).
Em 2014 foi eleito Deputado Estadual pelo PSDB, exercendo novo mandato entre 2015 e 2018.
Em 2018, Celso Sabino foi eleito deputado na Câmara Federal, em Brasília, com 146 288 votos pelo PSDB e atuava, de março de 2019 até janeiro de 2021, como vice-líder do partido no Pará.
Em 2021, anuncia sua saída do PSDB após desavenças entre algumas alas do partido, principalmente por ser o relator da chamada "PEC da Impunidade".[13] Até então, o parlamentar já havia se envolvido em polêmicas dentro do próprio partido, sobretudo em se alinhar as políticas do Governo Jair Bolsonaro, levando a abertura do processo de expulsão do partido.[14] Em julho de 2023, Sabino negou ser bolsonarista.[15]
Em 2022, foi eleito, por aclamação no dia 04/05, o novo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) na Câmara dos Deputados. Celso Sabino é o primeiro paraense a presidir a Comissão de Orçamento.
Em 14 de julho de 2023, foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro do Turismo,[16] sendo empossado no dia 3 de agosto.[17]
Posicionamentos
Em 2011, Celso Sabino foi um dos principais atuantes no processo de discussão sobre a separação do estado do Pará. O deputado, que se posicionou contra a divisão paraense entre os estados do Novo Pará, Tapajós e Carajás, presidiu a frente contra os Tapajós.
Aqueles que lutam pela separação alegam um abandono social por parte do governo, proveniente da distância física e política de regiões distantes de Belém. Em contrapartida, políticos contrários a divisão reiteram que a falta de qualidade nos índices da sociedade também são um problema em localidades próximas a capital, não sendo esse um argumento plausível e suficiente para separação. Além disso, os favoráveis também alertam para o sucesso da separação de outros estados, como o Tocantins, que apresenta bons índices sociais, como por exemplo, na educação. Celso Sabino rebate tal argumentação apontando as diferentes realidades entre os estados e dando exemplos de regiões como o Amapá, que apesar da separação, progrediu pouco em relação a qualidade de vida da sociedade.
Os políticos que se posicionaram contra a separação do Pará colocam, ainda, o aumento dos custos e salários que seriam gerados pela estruturação de novos governos; a parcialidade do mapa proposto em plebiscito, que não cumpre critérios técnicos ou culturais, estando sobre influência direta de interesses econômicos das grandes empresas de mineração, madeireiras e pecuaristas; e, a mudança que se estabeleceria no equilíbrio de poder entre as regiões do Brasil, já que os representantes de tais estados passariam a exercer maior influência no Congresso, mesmo que correspondessem a um número menor da população.
Diante de tais embates, o plebiscito sobre a divisão do estado do Pará, aprovado pelo Congresso em maio de 2011, levou a população paraense às urnas, com resultado positivo contrário à divisão. O resultado foi comemorado abertamente por Sabino e sua atuação em tais disputas resultou em uma movimentação negativa nas redes sociais durante a campanha eleitoral de 2018.
Controvérsias
Filiado ao PSDB, o nome de Celso Sabino apareceu na lista de receptores de verba da organização Odebrecht (atual Novonor), investigada na operação Lava-Jato, referente às campanhas eleitorais de 2012 e 2014. Neste sentido, questionou-se a transparência das contas do partido, as quais não corroboraram para a identificação da proveniência do dinheiro, se concedido de forma legal ou como parte de propina.
Em 2021, foi um dos relatores da polêmica "PEC da Impunidade", que dificulta a prisão de políticos em crimes pegos em flagrante.[24]
Desempenho eleitoral
Ano
|
Eleição
|
Candidato a
|
Partido
|
Coligação
|
Votos
|
%
|
Resultado
|
2010
|
Estadual no Pará
|
Deputado estadual
|
PR
|
sem coligação[25]
|
19.140
|
0,56
|
Não eleito (suplente)[26]
|
2014
|
Estadual no Pará
|
Deputado estadual
|
PSDB
|
Pra frente Pará[27] (PSDB, PSD, PTB, PP)
|
39.929
|
1,08
|
Eleito[28]
|
2018
|
Estadual no Pará
|
Deputado federal
|
Todos pelo Pará[29] (PSDB, DEM, PSB, PDT, Solidariedade, PPS, PMN)
|
146.288
|
3,70
|
Eleito[30]
|
2022
|
Estadual no Pará
|
Deputado federal
|
UNIÃO
|
sem coligação[31]
|
142.326
|
3,14
|
Eleito[32]
|
Notas
- ↑ Licenciado do mandato de deputado federal durante o exercício do cargo de ministro do Turismo.
Referências
- ↑ «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Edição extra | Nº 225-A , quinta-feira, 1 de dezembro de 2022». Imprensa Nacional. 1 de dezembro de 2022. p. 1. Consultado em 4 de fevereiro de 2024
- ↑ «Deputado Federal Celso Sabino». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ Soares, Benigna (6 de junho de 2022). «Celso Sabino lança sua pré-candidatura a reeleição para Deputado Federal». Rede Pará. Consultado em 5 de julho de 2022
- ↑ «Lula confirma Celso Sabino para Ministério do Turismo; nomeação sai nos próximos dias». G1. 13 de julho de 2023. Consultado em 13 de julho de 2023
- ↑ «Deputado Celso Sabino se despede e Junior Hage reassume mandato». Jusbrasil. 20 de março de 2012. Consultado em 7 de julho de 2023
- ↑ «Página 5 da Caderno 1 do Diário Oficial do Estado do Pará (DOEPA) de 20 de Março de 2012». Jusbrasil. 20 de março de 2012. Consultado em 7 de julho de 2023
- ↑ «Página 5 da Caderno 1 do Diário Oficial do Estado do Pará (DOEPA) de 11 de Junho de 2013». Jusbrasil. 11 de junho de 2013. Consultado em 7 de julho de 2023
- ↑ «Após atritos com a direção, deputado Celso Sabino deixa o PSDB». Poder360. 15 de março de 2021. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «PSDB abre processo de expulsão de Celso Sabino; Aécio fala em "caças às bruxas"». Congresso em Foco. 20 de agosto de 2020. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «Ministro do Turismo nega ser bolsonarista e diz que não votou no 2º turno». Uol. 20 de julho de 2023. Consultado em 21 de julho de 2023
- ↑ «Sabino é nomeado ministro do Turismo; Daniela é exonerada 'a pedido'». Uol. 14 de julho de 2023. Consultado em 14 de julho de 2023
- ↑ «Lula dá posse a Celso Sabino como ministro do Turismo». Uol. 3 de agosto de 2023. Consultado em 3 de agosto de 2023
- ↑ «'Não aumenta em nada a impunidade', diz relator sobre PEC da imunidade parlamentar». Jovem Pan. 25 de fevereiro de 2021. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Celso Sabino (2010)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2010. Consultado em 23 de julho de 2022
- ↑ «Apuração de votos e candidatos eleitos (1º turno) - UOL Eleições 2010». Consultado em 23 de julho de 2022
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Celso Sabino (2014)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2014. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ «Resultado das Apurações dos votos do 2º turno das Eleições 2014 no Pará para Governador, Senador, Deputados Federais e Deputados Estaduais». G1. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Celso Sabino (2018)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2018. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ «Senadores e deputados federais/estaduais eleitos: Apuração e resultado das Eleições 2018 PA». UOL Eleições 2018. Consultado em 23 de julho de 2023
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais - Celso Sabino (2022)». Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais. 2022. Consultado em 22 de julho de 2023
- ↑ «Apuração das Eleições 2022 para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais». noticias.uol.com.br. Consultado em 23 de julho de 2023
Bibliografia
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- Calixto, Bruno; Turco, Pedro; Tanigawa, Renato (2011). «Criação de novos Estados divide os paraenses». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 13 de fevereiro de 2019
- Câmara dos Deputados (2019). «Biografia Celso Sabino». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 19 de junho de 2019
- Diego, San (2018). «Celso Sabino anunciado como candidato a deputado federal do Pará pelo PSDB». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 19 de junho de 2019
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- Gazeta do Povo (2018). «Resultado da Apuração - Eleições 2018». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 19 de junho de 2019
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- Pinheiro, Ana Célia (2016). «Odebrecht doou quase R$700 mil a Jatene». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 19 de junho de 2019
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- Piran, Adécio (2018). «Candidato a deputado da ex prefeita Madalena de Novo Progresso é alvo de critica nas redes sociais». Consultado em 9 de junho de 2019. Arquivado do original em 22 de setembro de 2018
- Sabino, Celso (2019). «Quem é Celso Sabino». Consultado em 19 de junho de 2019. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2018
- Portal da Câmara dos Deputados (2022). https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-mistas/cmo/noticias/Celso-Sabino-eleito-novo-Presidente-da-CMO
- SINDUSCONPA (2012). «Celso Sabino assume a Seter». Consultado em 19 de junho de 2019. Arquivado do original em 19 de junho de 2019
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