Reconhecido como um dos grandes especialistas brasileiros acerca da questão racial, presidiu o Instituto Luiz Gama e é autor dos livros Racismo Estrutural (Polén, 2019),[3]Sartre: Direito e Política (Boitempo, 2016).[4]
Formação e vida pessoal
Almeida é filho do casal Verônica e Lourival.[5] O pai foi goleiro de futebol, tendo ficado conhecido como Barbosinha em sua carreira e por sua atuação no Sport Club Corinthians Paulista.[6][7] Na juventude, fez parte de uma banda de rap metal chamada Delito, juntamente com Tuca Paiva, futuro baixista de Velhas Virgens.[8]
Foi entrevistado pelo programa Roda Viva da TV Cultura em junho de 2020.[15] A participação de Silvio Almeida no programa inspirou um "clube do livro" nas redes sociais.[16]
Foi presidente do Instituto Luiz Gama, organização de direitos humanos voltada à defesa jurídica da minorias e de causas populares.[17][18]
Em 2020, tornou-se colunista de política da Folha de S.Paulo,[19] atuação que foi interrompida em 2022.
Em junho e novembro de 2023, foi admitido pelo presidente ao último grau das ordens do Mérito da Defesa e de Rio Branco, respectivamente.[21][22]
Acusações de assédio sexual e demissão
No dia 5 de setembro de 2024, a coluna de Guilherme Amado no portal Metrópoles publicou que Silvio Almeida era alvo de acusações de assédio moral e sexual, que chegaram à ONGMe Too Brasil.[23][24] Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em 2023.[25][26] A professora da Fundação Santo André Isabel Rodrigues também relatou ter sofrido assédio de Almeida durante uma reunião em 2019.[27] Almeida negou as acusações e pediu uma investigação.[28][29] O presidente Lula demitiu-o do ministério no dia seguinte.[30] As acusações contra o ex-ministro serão investigadas pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética da Presidência da República.[31][27]
Obra
Em suas obras, trabalha com conceitos de autores como Jean-Paul Sartre e György Lukács. Em seus textos, trata de questões como direito, política, filosofia, economia política e relações raciais. Foi responsável por popularizar o conceito de racismo estrutural (proposto desde os primeiros estudos raciais críticos ainda nos anos 1960), em que racismo que é concebido como decorrente da própria estrutura da sociedade. Em seu livro, que leva o mesmo nome do conceito que aborda, Almeida aplica essa noção às mais diversas áreas, como o direito, a ideologia, a economia e a política.[32]
Bibliografia
O Direito no Jovem Lukács: A Filosofia do Direito em História e Consciência de Classe. São Paulo: Alfa Ômega, 2006.
Sartre - direito e política: ontologia, liberdade e revolução. São Paulo: Boitempo, 2016.