Neste ano, com os novos regulamentos para assoalhos que baniram o efeito-solo e reduziram a "downforce", os motores turbo se tornaram essenciais. Além disso, ao desenvolver uma equipe de boxes que sabia como reabastecer rapidamente, a equipe Brabham pôde começar as corridas com metade de seu tanque de combustível, ganhando grandes vantagens no que se refere a velocidade e desgaste de pneus.
Na equipe Williams, com o atual campeão de 1982 Keke Rosberg e Jacques Laffite, o novo carro com motores Honda não estavam prontos e a equipe teve que começar a temporada com seus motores Ford Cosworth DFV. A equipe McLaren conseguiu o patrocínio da TAG para ter motores V6 Porsche e, até que eles estivessem prontos, Niki Lauda e Watson estavam limitados aos motores Ford Cosworth DFV.
Colin Chapman deu um jeito de garantir motores Renault para sua equipe Lotus. Apesar de sua morte repentina, a escuderia continuou: Elio de Angelis teve o carro novo já para a segunda corrida, enquanto Nigel Mansell usou o Ford Cosworth DFV até meados da temporada.
Das equipes já com o turbo, a equipe Brabham de Piquet e Patrese tinha fechado com os motores BMW, enquanto Arnoux deixou a Renault para se juntar a Tambay na Scuderia Ferrari, sendo substituído por Eddie Cheever, que tinha se mudado da Ligier, com o time francês que contou com Jean-Pierre Jarier e Raul Boesel, que veio da equipe March. A equipe Toleman tinha desenvolvido um carro bem melhor para Warwick e Giacomelli. As outras equipes ficaram com os motores Ford Cosworth DFV, sendo elas Ligier, Arrows, Tyrrell, Theodore, enquanto que a equipe Fittipaldi não ficou para 1983.
Nelson Piquet venceu no Rio de Janeiro, mas Rosberg chamou toda a atenção. Ele largou na pole-position, mas na 29ª volta no GP do Brasil, assim que fazia o reabastecimento, o carro de Keke Rosberg tem um princípio de incêndio. Rapidamente, o piloto deixou o carro para que os bombeiros apagassem o fogo. Sanado o problema e aparentemente como a chama não danificou o carro, a equipe autoriza o finlandês a voltar ao cockpit. O piloto retorna ao circuito na 9ª posição; com 24 voltas, ele fez uma grande corrida com várias ultrapassagens e termina-a em 2º lugar. Após a prova, o piloto foi desclassificado, porque os mecânicos empurraram seu carro para retornar à pista logo que apagaram o fogo. A sua colocação da prova não teve benefício posterior. A colocação ficou vaga.[1][2]
Em Long Beach, John Watson e Niki Lauda largaram na 22.° e 23.° posição, mas ajustaram bem os seus carros e fizeram uma ótima corrida, teminando em 1.° e 2.° lugar, com Arnoux em terceiro.
Excepcionalmente, a temporada europeia começou em Paul Ricard e a Renault continuou seu hábito de vencer em casa, com Prost chegando em primeiro.
Tambay venceu para a Ferrari em Imola.
Em Monaco, Rosberg largou em sexto, atrás dos turbos, mas choveu e ele optou por iniciar com pneus slicks. Ele chegou a liderança na segunda volta e isolou-se na dianteira, vencendo a prova.
Após uma pausa de 13 anos, o Grande Prêmio da Bélgica voltou à Spa-Francorchamps. O circuito foi reconstruído muito menor do que o original. De Cesaris assumiu a liderança, mas saiu com problemas no motor. Prost venceu.
Em Detroit, Alboreto marcou sua segunda vitória para Tyrrell, assumindo a liderança quando Piquet teve que ir aos boxes com um pneu furado. Esta foi a vitória 155 para o motor Ford Cosworth DFV.
No Canadá Arnoux dominou com a Ferrari, à frente de Cheever e Tambay.
Prost venceu em Silverstone. Piquet acabou na segunda, com Tambay em terceiro.
Arnoux marcou mais uma vitória em Hockenheim, embora tenha desafiado as ordens da equipe no início, quando ele deveria deixar Tambay ficar à frente. Tambay abandonou, enquanto Piquet perdeu com um incêndio de grandes proporções e de Cesaris teve um segundo lugar.
Prost teve que trabalhar duro para vencer na Áustria, passando Arnoux, com seis voltas do fim. Piquet manteve viva as esperanças de seu título com o terceiro lugar, e a vantagem de Prost era agora 14 pontos.
O mesmo Prost errou na Holanda, batendo em Piquet, colocando ambos para fora. Arnoux venceu a prova.
Monza trouxe o pior resultado possível para Prost: Quebrou, enquanto Piquet venceu e Arnoux foi segundo.
Grã-Bretanha recebeu o Grande Prémio da Europa, em Brands Hatch. Piquet venceu novamente, mas Prost manteve a esperança viva com o segundo lugar.
A última prova da temporada foi disputada na África do Sul. Piquet foi rápido no início, enquanto Arnoux parou cedo e Prost ficou preso em uma batalha para o terceiro lugar, mas seu motor turbo estava falhando e ele teve que abandonar. Patrese venceu a prova e de Cesaris chegou em segundo, com Piquet em terceiro lugar, garantindo os pontos vitais necessários para o seu segundo título mundial de Fórmula 1.