Skyline da cidade, Centro histórico, Praça Vigário Antônio Joaquim (marco zero da cidade), com a estátua de Dix-Sept Rosado e, ao fundo, a Catedral de Santa Luzia, Igreja de São Vicente e vista aérea da cidade a noite.
Localizado entre duas capitais, Natal e Fortaleza, ambas ligadas pela BR-304, que contorna o município, Mossoró é uma das principais cidades do interior nordestino e vive um intenso crescimento econômico e de infraestrutura,[7] sendo uma das cidades brasileiras de médio porte mais atraentes para investimentos no país.[8] O município é um dos maiores produtores nacionais de petróleo em terra e sua economia tem como destaque a fruticultura irrigada, voltada em grande parte para a exportação.
Separado de Assu em 1852, o município possui sua história marcada por fatos notórios, dentre os quais a abolição da escravidão (1883), cinco anos antes da Lei Áurea, o primeiro voto feminino e a resistência histórica ao bando de Lampião (1927). Reduto cultural do Rio Grande do Norte, Mossoró se destaca também pelo turismo de negócios. As festividades realizadas na cidade anualmente atraem uma enorme quantidade de turistas, como o Mossoró Cidade Junina, um dos maiores arraiás do Brasil, e o Auto da Liberdade, o maior espetáculo brasileiro em palco ao ar livre.[9]
Toponímia
Não se sabe ao certo a origem do topônimo "Mossoró", mas existem várias versões contadas a respeito desse assunto. Conta-se que o nome provém de "Monxoró", nome atribuído aos primeiros indígenas que habitavam a região. Outros dizem que o nome vem de "Mororó", árvore resistente e flexível.[10]
De acordo com as atuais regras de ortografia da língua portuguesa, a grafia correta é Moçoró, pois prescreve-se o uso da letra "ç" para palavras de origem tupi. O nome vem do tupi e quer dizer erosão, corte, ruptura. Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para mo-so-'roka, mossoró e finalmente para moçoró. Do mesmo vocábulo vem moçoroense, que é o natural do município.[11][12]
História
Origens e emancipação
Por volta de 1600, por meio de cartas e documentos que faziam referência às salinas existentes na região, acredita-se que, pela primeira vez, o território que hoje corresponde ao município de Mossoró teria sido povoado. De acordo com Luís da Câmara Cascudo, historiador potiguar experiente e notório, os holandeses Gedeon Morris de Jonge e Elbert Smiente extraíam o sal existente na região até meados de 1644.[13]
Fernando Martins Mascarenhas, que era governador de Pernambuco, concedeu, em 1701, terras em Paneminha ao Convento do Carmo de Recife, com sesmarias de entrada em volta, que ainda hoje pertencem ao município de Mossoró. Do mesmo modo, foram sendo concedidas mais terras a brasileiros e portugueses.[13] Durante o século XVIII, às margens de um rio, várias fazendas instaladas por proprietários vindos de outras regiões. A população desses lugares era restrita somente aos vaqueiros, criadores e procuradores da fazenda, uma vez que seus donatários moravam geralmente fora de suas propriedades, como em Natal ou em outras províncias vizinhas, como a Paraíba e o Ceará. Acredita-se que as primeiras pessoas a se instalarem de forma definitiva em suas propriedades foram as famílias Gamboa, Guilherme e Ausentes, que habitavam locais situados às margens do Rio Mossoró, e foram se espalhando para outros lugares até chegarem a Apodi.[14]
Ainda no século XVIII, mudou-se para o mesmo lugar o sargento-mor português Antônio de Souza Machado e sua família, em meados de 1760, com anseio de povoar aquele lugar. Ele foi proprietário da fazenda Santa Luzia e mandou construir uma capela de Santa Luzia, um dos marcos fundamentais ao surgimento de Mossoró. A capela foi fundada oficialmente no dia 5 de agosto de 1772.[13][14]
Em 1842, o pequeno povoado tornou-se uma freguesia, cuja população se restringia a um quadro em frente à capela de Santa Luzia.[14] Em 15 de março de 1852, a lei n° 246 concedeu autonomia ao povoado de Mossoró, que foi elevado à categoria de vila, desmembrando-se de Assu (na época "Princesa") e tornando-se um novo município do Rio Grande do Norte. Dez anos depois, a capela de Santa Luzia foi reconstruída e tornou-se uma matriz. Mais tarde, em 9 de novembro de 1870, a vila de Mossoró foi elevada à categoria de cidade.[13]
A capela de Santa Luzia foi demolida e reconstruída para se tornar uma igreja matriz, em 1862. Ela foi reconstruída novamente entre os anos de 1878 e 1880. Tempos depois, o povoado de Mossoró foi experimentando um crescimento, quando a viúva do sargento-mor Antônio de Souza Machado doou terras para o povoamento do município.[14]
Denomina-se "motim das mulheres" o movimento liderado por Anna Floriano,[15][16] cujo principal palco foi a sede do jornalO Mossoroense, que ocorreu em 30 de agosto de 1875, quando cerca de trezentas mulheres saíram pelas ruas da cidade em passeata com o objetivo de protestar contra a obrigatoriedade do alistamento militar.[16] As mulheres fizeram de refém o escrivão de paz e em praça pública rasgaram o livro e os papéis que recrutavam os homens mossoroenses para lutar na Guerra do Paraguai.[17] Revoltadas, mulheres nordestinas invadiram repartições públicas e delegacias, armadas com pedras e pedaços de pau, para rasgar documentos que convocavam seus maridos para o Exército ou para a Marinha.[17] Atualmente, o Motim das Mulheres é apresentado em um espetáculo encenado no Auto da Liberdade.[18]
A abolição da escravatura ocorreu em 30 de setembro de 1883, cinco anos antes da lei Áurea. A luta para a libertação dos escravos do intenso trabalho e dos castigos físicos começou muito tempo antes. Mossoró foi, em geral, o primeiro município potiguar a abolir a escravidão. O estado do Rio Grande do Norte não chegou a ser uma unidade da federação dependente da mão de obra escrava para que pudesse ocorrer o desenvolvimento.[17]
Em 1º de setembro de 1848, um deputado geral do Rio Grande do Norte fez um discurso geral durante uma assembleia. Em suas palavras, ele destacou e afirmou:[17]
“
Concorda em que o trabalho do escravo não é necessário. No Rio Grande do Norte há poucos escravos, e quase toda a agricultura é feita por braços livres. Conhece muitos senhores de engenho que não têm quatro ou cinco escravos, entretanto que têm 20, 25 e 40 trabalhadores livres, e se não os têm em maior número, é pelo pequeno salário que lhes pagão. Disto se convenceu o orador quando ali foi presidente, porque em consequência de elevar o salário a 400 reis por dia, nunca lhe faltarão operários livres para trabalharem na estrada que teve de fazer.
”
Em 1862, a população total de Mossoró era de 2 493 pessoas, entre os quais 153 eram escravos.[17] Um dos pontos que teria justificado o movimento de abolição do movimento escravista teria sido a grande seca devastadora ocorrida no Brasil de 1877 e 1878, onde milhares de pessoas sofreram, inclusive os donos e proprietários dos escravos. A partir daí, esses donatários começaram a mandar seus escravos para serem vendidos, em municípios litorâneos. Além disso, o comércio escravista também estava sendo estabelecido em Mossoró. Ao todo, várias casas de comércio foram lugares destinados à comercialização dos escravos, como, por exemplo, a Mossoró & Cia, pertencente ao Barão de Ibiapaba. Esses escravos, ao serem vendidos, eram mandados para Fortaleza, capital do Ceará, e depois enviados para províncias do sul. A ideia de abolir a escravidão ocorreu por volta de 1881, na capital cearense.[17]
Finalmente, em 30 de setembro de 1883, o principal objetivo do movimento abolicionista foi alcançado e a escravidão foi oficialmente abolida. Essa data é considerada importante na história de Mossoró e, desde 1913, é considerado como feriado municipal.[17] Em homenagem a este acontecimento, o município foi, entre 28 e 30 de setembro de 2011, capital do Rio Grande do Norte, sendo o governo estadual transferido temporariamente de Natal para Mossoró, instalado no Casarão Lili Duarte.[19][20]
Resistência ao bando de Lampião e primeiro voto feminino
Mais um importante ato libertário ocorrido em Mossoró, ano de 1927, foi a resistência ao bando do cangaceiro mais famoso do nordeste brasileiro: Virgulino Ferreira da Silva, popularmente conhecido como "Lampião". Nesse mesmo ano, o município experimentava um notável crescimento econômico, tanto no comércio e na indústria. O bando entrou no Rio Grande do Norte pelo município de Luís Gomes, entre os dias 9 de 10 de junho, percorrendo várias cidades do oeste do Rio Grande do Norte, até chegarem a Mossoró, onde Lampião sofreu sua única derrota desde o seu início de vida como cangaceiro.[17][22]
No dia 12 de junho, o cangaceiro e seus companheiros chegaram ao distrito de São Sebastião, atual município de Governador Dix-Sept Rosado, na época um distrito de Mossoró, hoje. De lá, enviou um telegrama à população de Mossoró, avisando sobre o ataque do bando, fazendo com que a cidade entrasse em desespero. O prefeito Rodolfo Fernandes resolveu organizar um êxodo, montando trincheiras para conter os invasores.[17][22]
Jararaca, um dos cangaceiros integrantes do bando de Lampião, preso e cercado por dois soldados da polícia militar
Celina Guimarães, primeira mulher mossoroense a tirar o título de eleitor, votando onde atualmente funciona a Biblioteca Municipal de Mossoró, em 1928
Em 13 de junho, Lampião e seu bando chegaram ao Sítio Saco, onde enviou um bilhete exigindo uma quantia total de 400 réis em dinheiro para não invadir a cidade, que foi negada pelo prefeito. O ataque a Mossoró só começou de fato às quatro horas da tarde, quando o líder do bando dividiu seus cangaceiros em três grupos diferentes, cada um com a função de atacar um local diferente: o primeiro grupo atacou a casa do prefeito; o segundo invadiu e atacou a estação ferroviária de Mossoró, enquanto o terceiro teve a função de atacar o que hoje é o Cemitério São Sebastião. Uma hora depois, o bando recuou, deixando Colchete (morto no momento do confronto) e Jararaca para trás. Este último foi ferido, preso e morto poucos dias depois do ataque[23] e encontra-se enterrado no mesmo cemitério que havia sido invadido pelo bando, sendo considerado depois um elemento de culto pelos mossoroenses.[17][22]
No ano seguinte, o município fez novamente história por ser o local onde ocorreu o primeiro voto feminino do Brasil. Este é um episódio considerado de grande relevância no mundo, uma vez que a maioria dos países também proibia o voto feminino. Na época, a constituição brasileira, datada de 1891, permitia apenas aos ricos o direito ao voto. As mulheres, escravos, analfabetos e pobres não tinham esse direito. Foi em 1928 que Celina Guimarães Viana, professora e árbitra de futebol, obteve o primeiro título eleitoral e o primeiro voto feminino do país. Isso levou mulheres potiguares e de outros nove estados brasileiros a fazerem um grande movimento nas ruas das cidades para reivindicarem o direito ao voto, que já havia sido conquistado no Rio Grande do Norte. No Brasil, as mulheres só ganharam o direito ao voto somente seis anos depois, em 1934, durante o governo do presidente Getúlio Vargas.[17]
Formação administrativa
Em 27 de outubro de 1842, por resolução provincial, foi criado o distrito de Mossoró, inserido no município de Assu (na época chamado de "Princesa"), sendo, em 15 de março de 1852, desmembrado e elevado à categoria de vila por lei provinicial. Somente em 9 de novembro de 1870 fora elevada à categoria de cidade dezoito anos depois (1870).[13] No final do século XIX, foi desmembrada e elevada à categoria de vila o povoado de Areia Branca, hoje município.[24]
Em 10 de setembro de 1908, por lei estadual, o município passou a contar com os distritos de Porto de Santo Antônio e São Sebastião, extintos em 1933, sendo o último recriado em 1938 e, em 1943, tendo sua denominação alterada para "Sebastianópolis" e depois "Governador Dix-Sept Rosado" (1948), elevado à condição de município em 31 de março de 1963. Em 17 de novembro de 1953, Mossoró ganha o distrito de Baraúna, desmembrado em 15 de dezembro de 1981.[13] Em maio de 1988, Mossoró teve mais uma parte do seu território desmembrado para a criação do município de Serra do Mel, com partes também desmembradas de Areia Branca, Assu, Carnaubais, sendo instalado oficialmente em 1º de junho de 1989.[25] Desde então, Mossoró é formado apenas pelo distrito sede.[13]
A cidade nos dias atuais, vista parcialmente do Centro Empresarial Caiçara
O relevo do município, com altitudes predominantes abaixo de cem metros, é formado pela Chapada do Apodi (que abrange terrenos cortados pelos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu e com tendência ligeiramente elevada), Depressão Sertaneja-São Francisco (terrenos entre a Chapada do Apodi e o Planalto da Borborema), depressão sublitorânea (terrenos de transição entre os tabuleiros costeiros e o Planalto da Borborema) e planícies fluviais (localizadas às margens dos rios).[32][33] O ponto culminante do município é a Serra Mossoró, a dezesseis quilômetros da cidade,[34] cujo pico está a uma altitude de 268 metros.[35]
O município possui todo o seu território situado na Bacia Hidrográfica do Rio Apodi/Mossoró. Os principais rios que cortam o município são o Apodi/Mossoró e do Carmo. Os principais riachos são o Bonsucesso, do Cabelo Negro, de São Raimundo e do Pai Antônio. Os maiores reservatórios, com capacidade igual ou superior a cem mil metros cúbicos de água (m³) são o Açude Favela (500 000 m³), as barragens Lagoa de Paus (264 000 m³), de Baixo (250 000 m³), Mossoró e Santana dos Pintos (ambos com capacidade para 100 000 m³).[32][33]
A biodiversidade no município de Mossoró pode ser observada tanto na flora, quanto na fauna, especialmente nesta última em virtude de ter sido descoberta neste município a espécie Hypsolebias bonita, uma espécie de peixe anual (killifish) que é conhecida na região como "peixe das nuvens", que recebeu esse nome em homenagem à cangaceira Maria Bonita.[36][37]
Os tipos de solo predominantes são o cambissolo eutrófico, que possui alto nível de fertilidade, textura de argila e drenagem de boa a moderada; a rendzina, semelhante ao cambissolo, mas com drenagem moderada a imperfeita; e o latossolo, do tipo vermelho amarelo eutrófico, com nível fertilidade entre médio a alto, textura média e drenagem de boa a extrema. Há ainda os solos podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico, o solonchak e o vertissolo.[33][38]
Esses solos são cobertos pela caatinga hiperxerófila, vegetação formada por espécies de baixo porte adaptadas à seca, como o faveleiro, a jurema-preta e o mufumbo, além da vegetação halófila, com espécies adaptadas ao alto grau de salinidade (entre os quais o bredo e o pirrixiu), e dos carnaubais, vegetação que possui a carnaubeira e a palmeira como espécies predominantes.[32][33] Parte do território mossoroense está inserido no Parque Nacional da Furna Feia, área de preservação ambiental com 8 494 hectares de área (a maior parte no município de Baraúna e o restante em Mossoró), criado por decreto presidencial em 5 de junho de 2012, nas comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, com o objetivo de preservar o bioma da caatinga local.[39]
Mossoró, com seu climasemiárido do tipo Bsh, é um dos municípios mais quentes do Rio Grande do Norte,[40] com temperaturas podendo chegar aos 38 °C em algumas ocasiões, e a sensação térmica passar dos 40 °C. As precipitações se concentram no primeiro semestre do ano e ocorrem sob a forma de chuva, mais raramente de granizo,[41] podendo também virem acompanhadas de raios e trovoadas e ainda serem de forte intensidade.[42] Durante a tarde, em especial na estação seca, a umidade do ar despenca, muitas vezes para abaixo dos 30%, bem abaixo dos 60% considerados ideais pela Organização Mundial da Saúde (OMS).[43] Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), de 1970 a 2008, e da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), a partir de março de 2021, a menor temperatura registrada em Mossoró foi de 16 °C em 7 de junho de 1996 e a maior atingiu 39,6 °C em 14 de outubro de 1979, ambas registradas pelo INMET.[44] O maior acumulado de precipitação alcançou 203,5 mm em 22 de abril de 2013. O recorde de mensal de precipitação pertence a abril de 1985, com 677,2 mm acumulados.[45]
Ainda segundo o mesmo censo, 49,91% dos habitantes se autodeclararam pardos, 42,09% brancos, 6,32% pretos, 1,61% amarelos e 0,07% indígenas, além de outros 0,01% sem declaração.[52] Quase toda a população era brasileira nata (99,94%), a maior parte natural do próprio município (67,31%), havendo também brasileiros naturalizados (0,02%) e estrangeiros (0,04%).[53][54] Dos brasileiros natos, 97,96% eram naturais no Nordeste, 1,06% do Sudeste, 0,32% do Norte, 0,25% do Centro-Oeste e 0,16% do Sul, além de 0,19% sem especificação. Dentre os naturais de outras unidades da federação, os estados com maior percentual de residentes eram o Ceará (3,6%), a Paraíba (3,01%) e São Paulo (0,71%).[55]
O Índice de Desenvolvimento Humano do município (IDH-M) é considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Segundo dados do relatório de 2010, divulgados em 2013, seu valor era de 0,720, sendo o terceiro maior do Rio Grande do Norte, atrás somente de Parnamirim (1º) e Natal (2º), e o 1 301 ° do Brasil. Considerando-se apenas o índice de longevidade, seu valor é de 0,811, o valor do índice de renda é de 0,694 e o de educação 0,663.[5] De 2000 a 2010, o índice de Gini caiu de 0,57 para 0,52 e a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 140 reduziu em 60,6%, passando de 35,4% para 14%. Em 2010, 86,05% da população mossoroense viviam acima da linha de pobreza, 9,09% entre as linhas de indigência e de pobreza e 4,86% estava abaixo da linha de indigência. No mesmo ano, o índice de Gini era de 0,52 e a participação dos 20% da população mais rica da cidade no rendimento total municipal era de 57,6%, valor quase quinze vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 3,85%.[56]
Religião
No censo de 2010 o catolicismo romano era a religião da maioria da população mossorense: 70,69% dos habitantes declararam-se católicos. Em seguida vêm os evangélicos (18,46%), espíritas (0,62%), testemunhas de Jeová (0,47%) e mórmons (0,24%); outras denominações, 0,92%. Outros 8,6% não tinham religião, incluindo ateus (0,19%) e agnósticos (0,02%); 0,12% não tinham religião determinada ou múltiplo pertencimento e 0,02% não souberam.[57]
A administração municipal se dá através dos poderes executivo e legislativo. O primeiro é representado pelo prefeito, auxiliado seu gabinete de secretários.[61] O primeiro prefeito constitucional de Mossoró foi o padre Antônio Freire de Carvalho, em 1853,[62] e o atual é Allyson Leandro Bezerra Silva, do Solidariedade (SD), deputado estadual de 2019 a 2020, quando foi eleito prefeito de Mossoró com 47,52% dos votos válidos, sendo empossado em 1 de janeiro de 2021. O vice é João Fernandes de Melo Neto, do Partido Social Democrático (PSD).[63][64] O legislativo, por sua vez, é representado pela câmara municipal,[61] que funciona no Palácio Rodolfo Fernandes e possui 23 vereadores,[65] cabendo à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias).[61]
Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também alguns conselhos municipais em atividade: Antidrogas, Assistência Social, Conselho Tutelar, Cultura, Defesa do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico Sustentável, Direitos da Mulher, Educação, FUMAC, FUNDEF, Saúde, Trabalho Comunitário e Turismo.[33] O município se rege pela sua lei orgânica, promulgada em 3 de abril de 1990,[61] e abriga de uma comarca do poder judiciário estadual, de terceira entrância, localizada no Fórum Dr. Silveira Martins, tendo como termo o município de Serra do Mel.[66] Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o município possuía, em dezembro de 2020, 175 169 eleitores (7,181% do eleitorado potiguar),[67] distribuídos em duas zonas eleitorais (33ª e 34ª).[68]
Palácio da Resistência (prefeitura), sede do poder executivo municipal
Palácio Rodolfo Fernandes (câmara de vereadores), a sede do legislativo
Fórum Dr. Silveira Martins, sede da comarca de Mossoró, do poder judiciário estadual
Economia
O Produto Interno Bruto (PIB) de Mossoró é o segundo maior do Rio Grande do Norte e o maior da região oeste do estado. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2013, o PIB do município era de R$ 6 538 346 mil, dos quais R$ 2 648 585 mil do setor de serviços, R$ 1 988 062 mil da indústria, R$ 1 028 608 mil da administração municipal (excluindo-se a arrecadação de impostos), R$ 731 678 de impostos e R$ 141 413 mil da agropecuária. O PIB per capita é de R$ 23 325,08.[69]
Em 2010, considerando-se a população municipal com idade igual ou superior a dezoito anos, 64,1% eram economicamente ativas ocupadas, 25,8% economicamente inativa e 10,1% economicamente ativa desocupada. Ainda no mesmo ano, levando-se em conta população ativa ocupada a mesma faixa etária, 43,71% trabalhavam no setor de serviços, 19,72% no comércio, 9,78% na construção civil, 8,52% em indústrias de transformação, 5,67% na agropecuária, 4,5% em indústrias de extração e apenas 0,76% na utilidade pública.[51] Conforme a Estatística do Cadastro de Empresas de 2014, Mossoró possuía 5 891 unidades (empresas) locais, 5 577 delas atuantes.[71]
No setor primário do município, o destaque é a fruticultura irrigada. Mossoró forma, com os municípios vizinhos Assu e Baraúna, o Polo Mossoró/Baraúna/Assu, o maior produtor de melão do Brasil, seguido pela região do Médio Jaguaribe, no vizinho estado do Ceará. O polo chegou, no ano de 2007, a produzir um total aproximado em 254 mil toneladas (t) da fruta, a maior parte (204 mil toneladas) exportadas para o mercado externo.[72][73] A região polarizada por Mossoró é, desde 1990, conhecida pelo Ministério da Agricultura como "Mosca da Fruta" ou "área livre da praga Anastrepha Grandis, condição que proporciona e facilita a entrada de produtos mossoroenses em outros mercados consumidores, entre os quais Estados Unidos, Japão e União Europeia.[74]
Segundo dados do IBGE, em 2015 o município produziu, na lavoura temporária, melão (187 600 t), melancia (56 000 t), milho (264 t), mandioca (240 t), feijão (190 t), cebola (1 170 t) e sorgo (19 t),[75] enquanto na lavoura permanente foram produzidos coco-da-baía (54 mil frutos), mamão (3 900 t), banana (1 100 t), manga (1 000 t), castanha de caju (829 t), laranja (54 t) e maracujá (38 t).[76] Na pecuária, o município também possuía um rebanho de 846 621 galináceos, 35 912 ovinos, 28 100 codornas, 24 108 caprinos, 19 102 bovinos, 18 900 e 3 812 equinos, tendo também produzido 23 800 dúzias de ovos de galinha, 7 750 mil litros de leite, 6 800 mil dúzias de ovos de codorna e 5 680 quilogramas de mel de abelha.[77]
Na indústria, Mossoró é tanto o maior produtor nacional de sal quanto de petróleo em terra, com uma produção diária de 47 mil barris e mais de 3 500 poços. Destacam-se ainda a produção de cimento e de cerâmica, sendo encontradas várias filiais de empresas de grande porte. O município é um dos principais polos industriais do Rio Grande do Norte, ao lado de Natal, abrigando uma grande concentração de indústrias têxteis, de confecção e de artigos essencialmente voltados ao turismo.[74][78] Nos últimos anos, a construção civil também tem ganhando força na economia de Mossoró.[74]
O comércio mossoroense é um dos mais dinâmicos do estado do Rio Grande do Norte.[79] A cidade possui alguns centros comerciais, entre os quais o Partage Shopping Mossoró, antigo Mossoró West Shopping, primeiro shopping center do município, inaugurado em 2007 e o maior centro de compras da região oeste do Rio Grande do Norte,[70] administrado, desde 2011, pelo grupo paulista Partage;[80] o Atacadão,[81], Maxxi Atacado[82] e o Big Hiper Bompreço,[83] além das micro e pequenas empresas. Também há o Mercado Público de Mossoró, o mais antigo centro comercial da cidade, que foi construído no século XIX, por volta de 1875, tendo seu acabamento final dois anos depois e sendo reconstruído três décadas mais tarde, localizado no Centro da Cidade, sendo um dos espaços comerciais mais frequentados diariamente em Mossoró.[84]
O código de área (DDD)[92] de Mossoró é 084[93] e o Código de Endereçamento Postal (CEP) varia na faixa de 59600-000 a 59649-999.[1] Em 2010, de acordo com o IBGE, 68,43% dos domicílios do município tinham apenas telefone celular, 20,37% celular e telefone fixo, 1,59% apenas o fixo e 9,57% não possuíam nenhum.[94] A cidade também é sede da InterTV Costa Branca, afiliada da Rede Globo, inaugurada em março de 2015.[95] Dentre os jornais em circulação, destaca-se O Mossoroense, um dos mais antigos da América Latina, fundado em 17 de outubro de 1872[96] e, desde 2016, disponível apenas na versão online na internet.[97]
Mossoró é sede da II Unidade Regional de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (II URSAP).[102] O Hospital Regional Dr. Tarcísio Maia, inaugurado em 10 de maio de 1986, é o maior e principal hospital do município, considerado referência para a região do oeste potiguar, prestando serviços em várias especialidades.[103] Também se destaca o Hospital Rafael Fernandes.[104] Outros hospitais de Mossoró são: Almeida Castro (hospital maternidade), da LMECC, de Oftalmologia, de Olhos, do Rim, São Camilo de Léllis, da Polícia Militar, São Luiz Ltda, Unimed e Wilson Rosado.[105] Até 2016 havia o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, fechado pelo governo estadual.[106]
Educação
O fator "educação" do IDH no município atingiu, em 2010, a marca de 0,663,[51] ao passo que a taxa de alfabetização da população acima dos dez anos indicada pelo último censo demográfico do mesmo ano foi de 87% (85,1% para os homens e 88,9% para as mulheres).[107] As taxas de conclusão dos ensinos fundamental (15 a 17 anos) e médio (18 a 24 anos) erma de 84,7% e 47,5%, respectivamente, e o percentual de alfabetização da população entre 15 e 24 anos de 96,7%.[108]
Ainda em 2010, Mossoró possuía uma expectativa de anos de estudos de 9,97 anos, valor superior à média estadual (9,54 anos). O percentual de crianças de cinco a seis anos na escola era de 96,6% e de onze a treze anos cursando o fundamental de 87,18%. Entre os jovens, a proporção na faixa de quinze a dezessete anos com fundamental completo era de 57,96% e de 18 a 20 anos com ensino médio completo de 45,68%. Considerando-se apenas a população com idade maior ou igual a 25 anos, 51,55% tinham ensino fundamental completo, 37,84% o médio completo, 17,33% eram analfabetos e 9,89% possuíam ensino superior completo.[51]
Em 2015, a defasagem entre alunos do ensino fundamental, ou seja, com idade superior à recomendada, era de 11,4% para os anos iniciais e 30,6% nos anos finais, sendo esse índice de 35,5% no ensino médio.[108] No mesmo ano o município possuía uma rede de 164 escolas de ensino fundamental (com 1 832 docentes), 123 do pré-escolar (385 docentes) e 37 de ensino médio (594 docentes).[109]
Colégio Diocesano Santa Luzia, fundado em 2 de março de 1901[117]
Criminalidade e segurança pública
Segundo o Mapa da Violência de 2014, com dados relativos a 2012, divulgados pelo Instituto Sangari, dos municípios com mais de vinte mil habitantes, a taxa de homicídios no município foi de 60,0 para cada 100 mil habitantes, ficando na quinta posição a nível estadual e na 162ª a nível nacional.[118] O índice de suicídios naquele ano para cada 100 mil habitantes era de 9,4, sendo o oitavo a nível estadual e o 289° a nível nacional.[119] Já em relação à taxa de óbitos por acidentes de trânsito, o índice foi de 43,5 para cada grupo de 100 mil habitantes, o primeiro a nível estadual e o 203° a nível nacional.[120]
Dados mais recentes da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte (SESED/RN) mostram que 2016 foi o ano mais violento da história do município, com 217 homicídios,[121] sendo Santo Antônio o bairro mais violento da cidade.[122] Segundo o Atlas da Violência 2016, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Mossoró possui uma taxa 71,5 homicídios para cada grupo de cem mil habitantes, sendo o nono município mais violento do país e o segundo a nível estadual, depois de Macaíba, na Região Metropolitana de Natal.[123]
Para tentar reduzir essas taxas de criminalidade, o 2.º e o 12.º batalhões da polícia militar do Rio Grande do Norte, sediados em Mossoró, junto com o poder público, buscam tomar medidas inerentes à segurança pública.[124] O município abriga uma penitenciária federal, inaugurada em 2009,[125] e possui uma guarda civil municipal, instituída pela lei complementar 37, de 14 de dezembro do mesmo ano, com o intuito de colaborar na segurança pública.[126]
Transporte
A frota municipal em 2018 era de 162 639 veículos, sendo 59 267 automóveis, 51 782 motocicletas, 16 810 motoneta, 10 661 ciclomotores, 9 160 caminhonetes, 4 196 caminhões, 3 075 utilitários, 2 549 camionetas, 1 883 utilitários, 1 543 semirreboques, 907 caminhões-trator, 387 ônibus, 293 micro-ônibus, 96 triciclos, vinte tratores de rodas, três sidecar e um chassi plataforma, além dez em outras categorias.[127] Desde 2009, o trânsito de Mossoró é municipalizado[128] e gerido pela Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito.
O município é cortado pelas seguintes rodovias federais: a BR-405, que se inicia em Mossoró começa atravessa toda a região oeste potiguar, estendendo-se até o Marizópolis, no sertão da Paraíba; a BR-304, que interliga Natal e Fortaleza e a BR-110, que tem início em Areia Branca, passa pela sede municipal e se estende até Catu, na Bahia. As rodovias estaduais que atravessam o território mossoroense são: a RN-013, que liga Mossoró a Tibau, recentemente duplicada;[129] a RN-015, que liga Mossoró a Baraúna;[130] e a RN-117, que liga a Mossoró a diversos municípios do oeste potiguar.[131]
Mossoró era atravessado pela ferrovia da Estrada de Ferro Mossoró-Sousa, projetada no século XIX e inaugurada em 15 de março de 1915, inicialmente ligando o município a Porto Franco (atual Areia Branca). Com o passar do tempo, a ferrovia foi se expandindo até que, em 1950, a estrada de ferro chegou ao município Sousa, no sertão da Paraíba. Desde a década de 1970, a estrada de ferro foi desativada, embora os trens destinados ao transporte de passageiros continuassem circulando no ramal de Mossoró até 1991. Nos dias atuais, parte dos trilhos desta ferrovia não existe mais e a antiga estação ferroviária foi transformada na atual Estação das Artes Elizeu Ventania.[135]
Cultura
É notório que, apesar de ser um polo cultural, a cidade ainda não possua um centro histórico definido. A ONG Salv'Art - Instituto de Serviço e Apoio a Arte, Cultura, Cidadania e Meio Ambiente - tem buscado apoio junto aos poderes públicos para que ele se instale na antiga praça da Redenção, hoje praça Dorian Jorge Freire, visto que ali se encontram ainda intactos muito da arquitetura antiga na cidade.[136]
Mossoró conta com alguns espaços culturais, dentre museus e teatros. Existem dois teatros, sendo o mais antigo deles o Teatro Lauro Monte Filho, no centro da cidade, com capacidade para 483 pessoas. O teatro funciona no mesmo prédio onde funcionou um antigo cinema de Mossoró, o Cine Cid, inaugurado em 22 de julho de 1964. Posteriormente sediou um templo da Igreja Universal do Reino de Deus e, somente, em 1999, quando o governo estadual comprou o prédio, passou à condição de teatro. Foi fechado em 2008 devido a problemas estruturais e reaberto somente em 2018.[139][140][141]
Somente em 2003 viria a ser inaugurado o Teatro Municipal Dix-Huit Rosado, o principal da cidade, construído pela prefeitura em parceria da Petrobras com capacidade para 740 lugares. Nele ocorrem diversas apresentações culturais, como danças folclóricas, encenações de peças teatrais, bem como assembleias e outros eventos.[142][143] Entre os museus, destaca-se o Memorial da Resistência Mossoroense possui exposições que destacam o tema do cangaço e a resistência ao bando de Lampião durante sua invasão em 1927.[21][144]
A Estação das Artes Elizeu Ventania, antiga estação ferroviária, abriga o Museu do Petróleo, com uma exposição diversa de materiais sobre a história do petróleo em Mossoró e no Rio Grande do Norte.[145] O Museu Municipal Jornalista Lauro Escócia já abrigou uma antiga cadeia pública e foi criado em 1948, sendo hoje um dos monumentos pertencentes ao centro cultural do município, abrangendo exposições referentes à história de Mossoró, além de documentos históricos.[146] O Museu de Paleontologia Vingt-Un Rosado, por sua vez, reúne espécies de fósseis da antiga ESAM (Escola Superior de Agricultura de Mossoró), hoje UFERSA.[147]
Principal cidade do Polo Costa Branca, Mossoró é um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte.[148] Dentre os pontos turísticos estão a Capela de São Vicente, a Catedral de Santa Luzia, o Cemitério São Sebastião, o Mercado Municipal e o Mercado do Bode, além dos museus, do Teatro Dix-Huit Rosado e da Estação das Artes.[149]
O Mossoró Cidade Junina, uma das maiores festas juninas do Nordeste brasileiro, chegando a atrair mais de um milhão de turistas,[150] acontece desde 1996 na estação das artes, ao longo do mês de junho. Conta com apresentações de quadrilhas e apresentações musicais, além de barracas com comidas típicas e projetos culturais.[151] Durante o evento acontece um espetáculo teatral, a Chuva de Bala no País de Mossoró, que lembra a trajetória do cangaceiro Lampião e seu bando na cidade (1927), é realizado desde 2003 em frente à capela de São Vicente, local dos confrontos entre o bando e a população local.[152]
A festa da padroeira Santa Luzia é um dos principais eventos religiosos do Rio Grande do Norte e acontece no mês de dezembro, em frente à catedral, começando no dia 3 com a missa de abertura e prosseguindo durante nove noites de novena. Ao longo da festa acontece o Oratório de Santa Luzia, uma encenação teatral que conta a história de Santa Luzia e acontece logo após o término das novenas. Também realizados diversos outros eventos, como a cavalgada de Santa Luzia, a pedalada da Luz e a Moto Romaria da Luz, além de apresentações musicais.[153] Os festejos se encerram no dia 13 de dezembro com missas e a tradicional procissão, chegando a atrair até cem mil fiéis de Mossoró e outros lugares. Através da lei estadual 10 114, de 7 de outubro de 2016, a festa passou a ser considerada patrimônio cultural, histórico e imaterial do Rio Grande do Norte.[154]
Outros eventos importantes do calendário cultural de Mossoró são:[155] a Festa do Bode, realizada no Parque de Exposição Armando Buá pelo governo do Rio Grande do Norte, em parceria com a prefeitura municipal e associações locais, cuja programação inclui exposições de bovinos, caprinos, ovinos e suínos, bem como de produtos artesanais, além de um festival gastronômico, apresentações artísticas, entre outras atrações;[156][157] a Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO), que acontece desde 1987 e é promovida pela Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM);[158] a Feira do Livro de Mossoró, evento de incentivo à leitura que ocorre desde 2005, com exposições de livros e uma vasta programação;[159] a Feira Internacional de Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit), o principal evento da fruticultura irrigada do Brasil, contando com a participação de diversas empresas nacionais e internacionais[160] e o Auto da Liberdade, principal espetáculo teatral realizado dentro da Festa de Liberdade, no final de setembro, que recorda três dos quatro atos libertários de Mossoró: o motim das mulheres (1875), a abolição da escravidão (1883) e o primeiro voto feminino (1927), contando também desfiles e apresentações musicais.[161][162]
Anualmente acontecem diversos eventos no setor esportivo em Mossoró, entre os quais a Prova Ciclística Governador Dix-Sept Rosado, disputada desde 1949, em categorias, sendo uma das mais antigas do Brasil na modalidade ciclismo, inicialmente realizada em um trajeto de Governador Dix-Sept Rosado (à época distrito e depois município) e Mossoró, e hoje sendo realizada apenas em ruas da zona urbana,[166][167] assim como os Jogos Escolares Municipais (JEM's), que reúnem diversas modalidades e ocorre entre estudantes de várias escolas do município, com o objetivo de incentivar a prática de esportes.[166][168]
A prefeitura ainda costuma fechar o Corredor Cultural aos domingos para a prática de atividades esportivas como a caminhada, o ciclismo, o patinismo e o skatismo,[169] bem como adaptou várias praças para a prática de atividades esportivas, como a Praça do Inocoop [170] e a Praça do Rotary Club.[171]
O município ainda conta com o Ginásio de Esporte Engenheiro Pedro Ciarlini Neto (poliesportivo),[172] a Praça dos Esportes (poliesportiva) [173] e a Praça dos Skates,[174] além da pista de Bicicross, na Praça Maria de Lourdes Fernandes Moreira, no Ulrick Graff,[175] da pista de Motocross, no Alto da Pelonha [176] e da pista de Kart, no Loteamento Cidade Nova,[177][178] bem como várias estruturas voltadas para o Society e Academias, ambas espalhadas pelas mais diversas partes da cidade.[179][180]
Áreas de lazeres
O município de Mossoró conta com algumas estruturas voltadas para o lazer, como a AABB,[181] o Assec,[182] o CEPE Mossoró (ASPETRO),[183] o Clube da Caixa, o Clube da Cosern, o Garbos Trade Hotel,[184] o Hotel e Resort Thermas,[185] o Hotel VillaOeste,[186] o Parque Municipal Professor Maurício de Oliveira,[187] a Praça das Crianças,[188] o SESC,[189] o SESI,[190] o SEST,[191] o Sindicato dos Bancários [192] e o SINDPREVS,[193] bem como várias praças públicas espalhadas por todo o município, como a Praça do Rotary Club, além de que todos os anos durante as festas de Santa Luzia (que ocorrem no mês de dezembro), a cidade recebe um Parque de Diversão, que nos últimos anos tem ficado instalado pelo Corredor Cultural.[194]
↑DIAS, Gutemberg Henrique et al. Extração de Atributos Morfométricos da Serra Mossoró (Mossoró-RN) a Partir do Modelo de Elevação Digital (MDE). Revista Brasileira de Geografia Física, v. 12, n. 06, p. 2239-2248, 2019.
↑FERNANDES, Paula Rejane. Macondo do Oeste Potiguar: urbanização e viver moderno em Mossoró - RN (1872-1930). In: I Colóquio Internacional de História da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Brasil e Portugal: nossa história ontem e hoje, 2007, Recife. I Colóquio Internacional de História da Universidade Rural de Pernambuco - Brasil Portugal: nossa história ontem e hoje, 2007.