O censo demográfico do Brasil de 2010 foi a 12.ª operação censitária realizada em território brasileiro. Realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve o objetivo de retratar a população brasileira, suas características socioeconômicas e ao mesmo tempo, a base para todo o planejamento público e privado da década 2010-2020.
A fase preparatória teve início em 2007 e seus trabalhos foram intensificados em 2008. A fase principal da coleta de dados foi realizada nos meses de agosto, setembro e outubro de 2010. Mais de 190 mil recenseadores visitaram 67,6 milhões de domicílios nos 5.565 municípios brasileiros. O início da divulgação dos dados foi em dezembro de 2010.[2]
Para este recenseamento foram utilizadas novas tecnologias, possibilitando a realização do primeiro censo demográfico digital do mundo. Por este trabalho, o IBGE recebeu em 2011 da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization - UNESCO) o prêmio NetExplorateur.[3]
Os resultados finais revelaram que a população brasileira havia chegado aos 190 755 799 habitantes, 51% eram mulheres e 84,4% residiam em área urbana.[4]
A proporção de brancos havia diminuído de 53,7% em 2000 para 47,7% em 2010,[5][6] além de a população brasileira ter ficado mais velha. O índice de envelhecimento da população havia saltado de 19,8% em 2000 para 30,7% em 2010.[6][7]
Religião
O censo de 2010 revelou também que o número de evangélicos no Brasil representava 22,2% da população (42,3 milhões de pessoas), um aumento de 6,8% em relação ao censo realizado em 2000. A população católica permanecia a de maior número no país (64,6% ou 123,2 milhões de pessoas), tendo diminuído 9% em relação a 2000.[6][8]Gráf.37
Pessoas com deficiência
O censo de 2010 procurou retratar o universo de brasileiros com pelo menos um dos tipos de deficiência definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que são: deficiências físicas (visual, auditiva, motora) e mentais ou intelectuais. Os critérios utilizados para a pesquisa foram os definidos pelo "Grupo de Washington sobre Estatísticas das Pessoas com Deficiência" (Washington Group on Disability Statistics).[9]
Os resultados revelaram que 23,9% da população brasileira (45,6 milhões de pessoas) eram portadores de pelo menos uma das deficiências investigadas.[6]Tabela 8
População recenseada por estado
O Censo demográfico de 2010 revelou que mais de 42% da população brasileira ainda encontrava-se concentrada na Região Sudeste do país, o que já havia sido descoberto no censo de 2000.