O elenco de O Primeiro Amor sofreu um duro golpe em 18 de agosto de 1972, faltando 28 capítulos do final da novela: Sérgio Cardoso, o protagonista da novela, faleceu vítima de um ataque cardíaco. A morte do ator gerou comoção nacional. Para substituí-lo, foi convocado Leonardo Villar. Sua primeira cena foi ao ar no capítulo 200, com uma singela homenagem a Sérgio Cardoso. A imagem no vídeo foi congelada após o ator deixar um aposento. Reunido com o resto do elenco no palco do Teatro Fênix, o ator Paulo José leu um texto anunciando a mudança e relembrando a trajetória de Sérgio Cardoso no teatro e na televisão, e explicou que, a partir daquele momento, Leonardo Villar, amigo pessoal de Sérgio, dos tempos do Teatro Brasileiro de Comédia, passaria a substituir o colega, até como forma de homenageá-lo. Em seguida, a cena prosseguiu e, quando a porta do aposento se abriu novamente, Leonardo entrou em cena, já como o professor Luciano.[2]
Os principais destaques do humor da telenovela são Shazan e Xerife, que rapidamente conquistaram o público infanto-juvenil. Juntos, os personagens fizeram tanto sucesso que, com o encerramento da telenovela, ganharam um seriado próprio, Shazan, Xerife e Cia. (1972). Além disso, retornaram numa participação especial em Era uma Vez... (1998), também de Walther Negrão e também ambientada na cidade fictícia de Nova Esperança.
A primeira dupla escolhida por Negrão para viver Shazan e Xerife foram Paulo José e Armando Bógus, porém mudou de ideia pelo argumento de que os dois atores tinham características semelhantes. Flávio Migliaccio acabou sendo o escolhido para viver Xerife.[4] Além de excelente química diante das câmeras, Paulo José e Flávio Migliaccio reuniam outras qualidades que se complementavam e que ajudaram a estabelecer o estilo de interpretação e a apresentação visual de Shazan e Xerife. Ambos exerciam outras atividades no teatro (Paulo dirigia e Flávio escrevia), o que facilitava o trabalho de direção, bem como desenvolviam os próprios figurinos da dupla.[4]
Luciano também encontra dificuldades para lidar com o colégio. Seu primeiro amor, a professora de inglês Maria do Carmo (Tônia Carrero), faz de tudo para se apossar do cargo de diretora. Paralelamente, uma turma de alunos rebeldes e desajustados, chefiada pelo motoqueiro Rafa (Marcos Paulo), tumultua o ambiente escolar e incomoda os outros estudantes.[5] Rafa é inconsequente e desperta a atenção de Helena (Nívea Maria), jovem estudante a quem não dá importância.
Nesse cenário de tumulto no colégio aparece a psicóloga Giovana (Aracy Balabanian), contratada por Luciano para lidar com os alunos transgressores. A profissional também se apaixona pelo professor, formando um triângulo amoroso com Paula e este.[5]
Temos também a história de Shazan (Paulo José) e Xerife (Flávio Migliaccio), amigos de infância que trabalham na oficina de bicicletas de Nova Esperança. Shazan é filho de seu Quim (Sadi Cabral) e dona Júlia (Elza Gomes), já Xerife é irmão de Astúria (Zezé Macedo). A dupla de trapalhões é inventora de objetos estranhos como a Camicleta - cruzamento de caminhão com bicicleta. Além disso, tem como maior objetivo buscar uma peça mágica para construir uma bicicleta voadora.[6]
A novela começou a ser reprisada na faixa da tarde enquanto estava no ar entre 18 de maio de 1972 a 28 de março de 1973 substituindo Meu Pedacinho de Chão e sendo substituída por Uma Rosa com Amor.
Todos os capítulos de O Primeiro Amor foram perdidos no incêndio ocorrido nos estúdios da TV Globo no Rio de Janeiro, em 1976, restando apenas chamadas de estreia e as fotos de bastidores.[carece de fontes?]
Música
O Primeiro Amor foi a primeira novela das sete a ter sua trilha sonora internacional lançada em disco.