Os motores Cosworth conquistaram treze títulos do Campeonato de Pilotos e dez do Campeonato de Construtores na Fórmula 1.[1]
A história dos motores Cosworth na Fórmula 1 começou em 1963.[2] Porém, o sucesso começou em 1967 após a empresa, com a ajuda de Colin Chapman, convencer a Ford a adquirir os direitos do projeto de seu motor e assinar um contrato de desenvolvimento — incluindo uma versão de oito cilindros, que resultou no DFV, que dominou a Fórmula 1 por muitos anos.[2][3] A partir desta época, a Cosworth foi apoiada pela Ford por vários anos, e muitos dos projetos Cosworth eram propriedade da Ford e nomeados como motores Ford sob contratos similares. Após mais de três décadas de parceria, a Ford comprou a Cosworth em 1998, mas acabou vendendo a empresa em 15 de novembro de 2004 para os donos da extinta Champ Car.[4]
História
A Cosworth forneceu motores durante dois períodos distintos na Fórmula 1.
Primeira fase
Quando a Ford decidiu fazer suas primeiras investidas na Fórmula 1, que já era o maior laboratório tecnológico do automobilismo. Ainda era uma época em que os motores eram construídos por pequenas oficinas — quase laboratórios — com pouca participação de grandes empresas. Com isso, a gigante estadunidense preferiu não entrar sozinha na categoria e decidiu se associar a um desses pequenos laboratórios para adaptar seu trabalho na Fórmula 1. Esse trabalho foi feito pela Cosworth, que foi fundada pela dupla de engenheiros britânicosMike Costin e Keith Duckworth em 1958.[2]
As primeiras iniciativas foram tímidas e apenas a título de pesquisa. Em 1963, quando o regulamento da categoria restringia a capacidade do motor a até 1.500 cc, a empresa esteve presente no GP dos Estados Unidos. No ano seguinte disputou a corrida da Grã-Bretanha e em 1965 teve mais uma participação, no GP da África do Sul.[2][5]
Em 1966, a Ford decidiu financiar o desenvolvimento pela Cosworth de um novo motor para a Fórmula 1, o Ford Cosworth DFV 3.0 V8 (405 hp), para a equipe Lotus na temporada 1967, que conquistou o segundo lugar no campeonato de construtores, chamando a atenção de outras equipes para os poderosos motores. Já na temporada seguinte (1968) conquista o Título de Pilotos, com Graham Hill e o Título de Construtores com a Lotus. Os motores DFV conquistam todos os títulos até a temporada 1974 (460 hp).
Após seu auge na Fórmula 1, conquista mais seis Campeonatos de Pilotos (1976, 1978, 1980, 1981, 1982, 1994 (ZETEC-R com 750 hp)) e três campeonatos de Construtores (1978, 1980, 1981) (nessa época com potência em torno de 490 hp).[3]
Segunda fase
A Cosworth retorna a Fórmula 1 na temporada 2010 fornecendo o Cosworth CA2010 2.4 V8 (aproximadamente 730 hp) para quatro equipes: Williams, Lotus Racing, Hispania e Virgin, sem nunca conquistar bons resultados.
Coube à equipe de Grove o único momento de sucesso da temporada. E foi o estreante Nico Hülkenberg o responsável. Com uma performance assombrosa no tumultuado e chuvoso treino classificatório para o GP do Brasil ― o penúltimo daquele ano ―, o alemão conseguiu a posição de honra do grid para a corrida brasileira, a bordo do Williams FW32, empurrado pelo Cosworth CA2010. Foi também a primeira e única pole da história da fábrica desde que entrou na F1 de forma independente, em 2005[6].
Para a temporada 2012 forneceu motores para duas equipes: Hispania e Marussia.
Em 2013, a fabricante inglesa forneceu apenas para a Marussia, o última ano da era dos motores V8.
Apesar dos esforços em tentar construir o V6Turbo que representa a grande virada no regulamento da Fórmula 1 para 2014, a Cosworth se viu impedida de levar o projeto adiante em meio a rumores de complicações financeiras e venda. Os acionistas da empresa também não encontraram parcerias comerciais suficientemente seguras para justificar o grande investimento no próximo ano. Além disso, o evidente alto orçamento para o desenvolvimento contínuo do propulsor foi a principal justificativa da marca, que acabou por desistir de permanecer na categoria[6].