O nome genérico é derivado da palavra latinataxus, que significa "teixo", e da palavra gregaεἶδος (eidos), que significa "semelhante".[2] No contexto da família Cupressaceae, o género Taxodium está filogeneticamente mais próximo dos géneros Glyptostrobus (o cipreste-chinês) e Cryptomeria.
As espécies do género Taxodium ocorrem na parte sul da América do Norte, sendo caducifólias no norte e semi-perenifólias a perenifólias no sul. São grandes árvores, atingindo 30-50 m de altura e 2-3 m (excepcionalmente 11 m) de diâmetro do tronco.
As folhas são semelhantes a agulhas, com 0,5-2 cm de comprimento, com filotaxia em espiral nos rebentos, rodadas na base, de modo a formar duas filas planas de cada lado do caule.
As pinhas (ou cones) são globosas, com 2-3,5 cm de diâmetro, com 10-25 escamas, cada escama com 1-2 sementes. Amadurecem 7–9 meses após a polinização, altura em que as escamas se separam para liberar as sementes. Os estróbilos masculinos (produtores de pólen) são produzidos em racemos pendulares e liberam seu pólen no início da primavera.
As espécies de Taxodium produzem pneumatóforos radiculares, os joelhos de cipreste, quando crescem dentro ou ao lado da água em solos encharcados (ou solos hídricos). A função desses joelhos é atualmente objecto de investigação.
Usos
A madeira destas árvores é especialmente apreciada por ter o cerne extremamente resistente à podridão e ao ataque por térmitas. O cerne contém um sesquiterpeno chamado cipresseno,[3] que atua como uma conservante. Demora décadas para que o cipresseno se acumule significativamente na madeira, pelo que a madeira retirada de árvores antigas é mais resistente ao apodrecimento do que a madeira de florestas secundárias.[4] No entanto, a idade da árvore também aumenta a suscetibilidade ao fungo Stereum taxodii, causador de podridão, que ataca o cerne e faz com que algumas árvores danificadas se tornem ocas e, portanto, inúteis para a produção de madeira.
A madeira de cipreste calvo era muito usada antigamente no sudeste dos Estados Unidos para cobertura de telhados com telhas de madeira (roof shingle).[5] A casca moída destas árvores é usada como cobertura morta.
Filogenia e sistemática
Em períodos geológicos anteriores, o género Taxodium foi muito mais difundido no Hemisfério Norte do que no presente. Os fósseis mais antigos foram encontrados em depósitos do Cretáceo Superior da América do Norte. As árvores persistiram na Europa até cerca de 2,5 milhões de anos atrás, desaparecendo durante o Plioceno.[6]
Espécies extantes
Os três táxonsextantes de Taxodium são geralmente tratados como espécies distintas, embora alguns bbotânicos os tratem em apenas uma ou duas espécies, com os restantes sendo considerados como subespécies de alguma das espécies consideradas. Os três táxons são morfologicamente distintos e apresentam ecologia diversa, crescendo em ambientes diferentes, mas hibridizam onde a sua distribuição se sobreponha.
Ocorre na região inferior da bacia do Rio Grande, estendendo-se para sul até às terras altas da Guatemala. Difere das outras duas espécies por ser substancialmente perene. Um espécime em Santa María del Tule, Oaxaca, a Árbol del Tule, tem 43 m de altura e tem a maior espessura de tronco de todas as árvores conhecidas, com 11,42 m de diâmetro. É uma árvore ripária, ocorrendo nas margens de riachos e rios, mas não em pântanos como as restantes espécies deste género.
↑Eckenwalder, James E. (14 de novembro de 2009). Conifers of the World. [S.l.]: Timber Press. p. 591. ISBN978-0-88192-974-4
↑«GRIN Species Records of Taxodium». Germplasm Resources Information Network. United States Department of Agriculture. Consultado em 30 de novembro de 2010
Ligações externas
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