Designa-se como zona ripária, zona ripícola (do latimripa: 'margem', 'ribanceira') ou zona ribeirinha um bioma que se distingue pela interação entre vegetação, solo e um curso d'água. Sua extensão é, horizontalmente, até o alcance da área de inundação do curso d'água e, verticalmente, do regolito (abaixo) até o topo da copa da floresta (acima). Na região do leito ativo (molhado) do canal, a zona ripária estende-se, verticalmente, desde a superfície livre de água até o fundo da zona hiporreica (zona de transição entre a água subterrânea e a água superficial, normalmente constituída pelos sedimentos transportados pelas massas de água superficial[1]). Tecnicamente, as zonas ripárias são tratadas como biomas, ou seja, conjuntos de ecossistemas.[2]
Uma floresta ou mata ripícola é aquelas cujas plantas crescem principalmente ao longo de um curso de água ou cujas raízes alcançam a franja capilar, que é uma zona estreita na qual a água está em movimento constante pela ação da capilaridade (movimento ascendente) ou pela força da gravidade (movimento descendente).
↑Kobiyama, M. (2003). Conceitos de zona ripária e seus aspectos geobiohidrológicos. Anais do I Seminário de Hidrologia Florestal: Zonas Ripárias, Alfredo Wagner-SC, 2003, p. 1-13.