No sistema APG III de classificação das angiospérmicas, a família Ochnaceae foi definida de forma alargada, passando a ter uma circunscrição taxonómica que abrange 550 espécies,[6] passando a integrar os agrupamentos taxonómicos que alguns taxonomistas têm tradicionalmente tratado como as famílias separadasMedusagynaceae e Quiinaceae,[1] (agora geralmente consideradas como subfamílias). Num estudo de filogenética publicado em 2014, a família Ochnaceae foi reconhecida em sentido alargado (lato sensu),[7] mas pelo menos dois trabalhos publicados depois da adopção do sistema APG III mantiveram as famílias Medusagynaceae e Quiinaceae.[8][9] Estas famílias não foram aceites pelo sistema APG IV de (2016), pelo que o presente verbete utiliza o termo «Ochnaceae» para designar a circunscrição taxonómica alargada da família, agrupamento que nalgumas publicações aparece designado por «Ochnaceae sensu lato» ou por «ochnoides».[10]
A família compreende principalmente arbustos e pequenas árvores, já que apenas o género Sauvagesia inclui algumas poucas espécies herbáceas. A maioria são árvores de pequenas dimensões (microfanerófitos), com um único tronco curto e erecto. As Ochnaceae distinguem-se pelas sua folhas pouco usuais, frequentemente brilhantes, com nervuras paralelas pouco espaçadas, margens dentadas e estípulas foliares bem distintas. A maioria das espécies é polinizada por vibração.[11] Em oito dos géneros da triboSauvagesieae, a morfologia da flor é modificada após a ântese (abertura), através da proliferação celular que ocorre nos tecidos internos da flor.[12]
Morfologia
Os membros da família Ochnaceae são árvores de pequeno a médio porte, arbustos ou, raramente, herbáceas (com ocorrência restrita ao género Sauvagesia), hermafroditas, com folhas alternas, coreáceas, com margens conspicuamente serradas, simples ou raramente pinaticompostas (no género Krukoviella[3] e na subfamília Quiinoideae) ou pinadas (no género Rhytidanthera),[12] frequentemente com numerosas nervuras secundárias paralelas. Excepto no género Medusagyne, estão presentes estípulas foliares, frequentemente laciniadas.[8][13][14] Em múltiplas espécies ocorrem folhas compostas lobadas nas plântulas e nas plantas juvenis.
A venação paralela atrás referida é frequentemente de aparência escalariforme (em forma de escada), com nervuras secundárias e terciárias muito próximas entre si. O pecíolo foliar está ausente (folhas sésseis) ou é muito curto, por vezes assemelhando-se a um pulvino.[3]
As flores ocorrem em inflorescências axilares, ou rácemos, cimeiras ou panículas terminais. As flores são actinomorfas, com (2–) 3–5 (–10) sépalas livres, imbricadas ou raramente contortas, muitas vezes desiguais, por vezes acrescentes. As pétalas são 4–5 (–10), livres ou conatas apenas na base, imbricadas ou contortas, por vezes reflexas sobre as sépalas. Os estames férteis são 5-10 ou numerosos, raramente apenas 1, livres, com filamentos por vezes persistentes, frequentemente estreitados junto à antera.
As anteras são basifixas a ligeiramente dorsifixas, biloculares, com deiscência longitudinal latrodorsal ou poricida por um ou dois poros apicais ou subapicais. Por vezes estão presentes estaminódios livres ou ocasionalmente fundidos, inseridos em 1–3 verticilos, por vezes petaloides e envolvendo os estames férteis, ou fundidos e formando um tubo em torno do ovário.
O ovário é súpero, inteiro a profundamente lobado, 1–10 (–15)-locular, frequentemente sobre um receptáculo com base engrossada. No género Medusagyne e na subfamília Quiinoideae o ovário apresenta nervuras longitudinais, mas sem quaisquer nervuras em Ochnoideae. Os estiletes são simples ou por vezes ausentes (como no género Cespedesia), apicais ou ginobásicos, com 1-5 estigmas.[8][13][14] Nos géneros Medusagyne e na subfamília Quiinoideae ocorre um septo alargado a separar as tecas. Os carpelos são 2-15, ou até 25 em Medusagyne, completamente fundidos ou quase separados.
As flores não produzem néctar, sendo em geral a polinização feita por vibração.
Os frutos são cápsulas septicidas, por vezes aladas, raramente nozes ou carpelos que formam drupas carnudas separadas, semelhantes a bagas, geralmente negras na maturação, dispostas sobre um receptáculo acrescente alongado de coloração avermelhada. O número de sementes varia de apenas uma semente a numerosas sementes por fruto.[16]
Nesta família, especialmente nos géneros Ochna e Campylospermum, ocorrem árvores que acumulam matéria orgânica em decomposição em cavidades nos seus troncos e ramos (pelo que são por vezes designadas por trash basket trees).
A madeira de duas espécies arbóreas das florestas equatoriais da África Ocidental é comercializada nos mercados internacionais, quase sempre a partir de árvores silvestres abatidas nas florestas naturais. Essas espécies são:
Lophira alataBanksex CF Gaertn., cuja madeira é comercializada sob os nomes de Azobé e de Bongossi (em inglês Red Ironwood), uma espécie que produz árvores com mais de 30 m de altura e 1,5 m de diâmetro, cuja madeira do tipo tropical, isto é sem anéis de crescimento anuais, é considerada resistente a fungos e térmitas e usada como madeira de construção em obras externas, engenharia hidráulica e construção pesada;
Testulea gabonensisPellegr., cuja madeira é comercializada sob o nome de Izombe, uma madeira tropical muito apreciada pela coloração e durabilidade.
As folhas das espécies do género Cespedesia chegam a atingir 1,0 metro de comprimento, sendo usadas na construção de telhados de colmo.[19]
Até aos anos finais do século XX, as Ochnaceae eram consideradas uma família bastante estranha, difícil de colocar com elevado grau de certeza em qualquer das ordens de angiospérmicas. Mesmo nos anos iniciais do século XXI, alguns autores consideraram o género Strasburgeria como o parente mais próximo das Ochnaceae, e alguns até colocaram aquele género dentro desta família.[20] Apenas o advento das técnicas de filogenética molecular permitiram esclarecer as relações desta família com os grupos próximos, o que levou o sistema APG III a agrupar o género Strasburgeria com o género Ixerba para formar a família Strasburgeriaceae na ordem de rosídeasCrossosomatales.[21]
Embora com menor aceitação entre os sistematas, alguns autores consideraram que o género Diegodendron era próximo de Strasburgeria e Ochnaceae. Contudo, os estudos filogenéticos moleculares têm suportado fortemente a inclusão de Diegodendron na ordem Malvales, sendo aí por vezes tratado como um monoespecífico.[22] Presentemente aquele género está colocado na família Bixaceae, embora haja motivos para suspeitar que possa estar mais próximo de Sphaerosepalaceae.[21]
Todos os géneros mencionados acima, bem como os restantes membros das Ochnaceae, foram considerados por muito tempo como taxaanómalos de afinidade incerta. Todos foram colocados, uma vez ou outra, entre as Ochnaceae e perto das Theaceae, uma família agora incluída nas Ericales, uma ordem basal de asterídeas.[21]
Em 2012, uma análise do DNA dos cloroplastos resolveu as Ochnaceae como grupo irmão do grupo de 5 famílias conhecido como as «clusióides».[23] Este resultado tem apenas suporte fraco quando analisado em reamostragem e bootstrap. O agrupamento conhecido por «clusióides» foi durante muito tempo considerado como um grupo de 4 famílias,[24] mas a família Clusiaceae foi dividida em 2009[10] e o nome Calophyllaceae foi ressuscitado para designar uma das famílias então segregadas.[1][25]
Muitos géneros botânicos têm sido incluídos na família Ochnaceae.[27] Contudo, numa revisão taxonómica da família realizada em 2014,[12] a mesma foi decomposta em três subfamílias, nas quais foram integrados apenas 32 géneros: 1 género nas Medusagynoideae, que ficou assim reduzida a um táxon monotípico; 4 géneros nas Quiinoideae; e 27 géneros nas Ochnoideae (agrupamento correspondente às antigas Ochnaceae s.s.).[8] Nesse mesmo ano, um trigésimo terceiro género, Neckia, foi revalidado de modo a preservar a monofilia de outro género, Sauvagesia, elevando a 33 o total de géneros, 28 dos quais nas Ochnoideae.[12]
A família Ochnaceae é o grupo irmão do clado das clusioides, cujo táxon mais conhecido é a família Hypericaceae, com a qual partilha algumas características morfológicas.
A árvore filogenética que se segue foi adaptada da produzida em 2014 por Schneider et allii.[12] Ao longo da estrutura da árvore, os nodos com fraco suporte foram colapsados para formar politomias. Os nodos apresentam estimativas de máxima verossimilhança por reamostragem e bootstrap superior a 75%, excepto onde expressamente indicado. Os géneros Perissocarpa e Indosinia não foram amostrados nos estudos de filogenia tendo por base o DNA, pelo que a sua localização na árvore filogenética está apenas suportada pela anatomia e morfologia.
Na sua presente circunscrição taxonómica a família Ochnaceae está dividida em três subfamílias: Medusagynoideae, Quiinoideae e Ochnoideae.[12] As primeiras duas dessas subfamílias (Medusagynoideae e Quiinoideae) foram durante muito tempo tratadas pelos sistemas de classificação de base morfológica ao nível taxonómico de família, com posicionamento variado ao nível da ordem. Contudo, um estudo de filogenética molecular resolveu Medusagynoideae e Quiinoideae como grupos irmão entre si e do clado assim formado com as restantes Ochnaceae, embora estes resultados apresentem fraco suporte estatístico.[23]
Face a esses resultados moleculares, uma análise morfológica revela que as subfamílias Medusagynoideae e Quiinoideae apresentam flores polistémones e que, com a excepção do género Froesia, a maioria ou a totalidade das flores são unissexuais. Como característica comum adicional, as anteras destas espécies apresentam um septo massivo entre as tecas que persiste após a deiscência da antera. Nestas espécies o estilete projecta-se radialmente para o exterior a partir do ovário e, pelo menos aquando da ântese, o ovário é esculpido por estrias longitudinais.[33]
As principais características das subfamílias são as seguintes:
Quiinoideae compreende cerca de 48 espécies em quatro géneros: Froesia, Quiina, Touroulia e Lacunaria. A subfamília tem distribuição natural restrita às regiões de clima tropical das Américas.[35]Froesia é distingue-se dos restantes três géneros por apresentar flores que são sempre hermafroditas e um fruto que consiste em três estruturas que se assemelham a um folículo, excepto não serem inteiramente separadas entre si.
Ochnoideae é uma subfamília revista em 2014 com base na anterior família Ochnaceae sensu stricto.[8] Desse tratamento resultou a descrição de 27 géneros, com um género adicional, o género Neckia, a ser ressuscitado nesse mesmo ano com base nos resultados de um estudo de filogenética molecular que assim o exigiu para evitar a polifilia do género Sauvagesia onde aquele táxon fora integrado.[12] Amaral e Bittrich (2014) dividiram Ochnoideae em três tribos: Luxemburgieae, Sauvagesieae e Ochneae. O género Testulea, basal em relação aos restantes, foi incluído na tribo Sauvagesieae. Não foram reconhecidas subtribos.
Foi publicada em 2014 uma segunda reclassificação de Ochnoideae, com base na análise cladística de sequências de DNA, que levou os seus autores a propor a divisão das Ochnoideae em quatro tribos: Testuleeae, Luxemburgieae, Sauvagesieae e Ochneae. A circunscrição proposta para as tribos era a mesma de Amaral e Bittrich (2014), exceto que o género Testulea foi removido de Sauvagesieae para sua própria tribo, Testuleeae. A inclusão de Testulea em Sauvagesieae tornaria essa tribo parafilética sobre Luxemburgieae.[12]
O género Testulea consiste numa única espécie, Testulea gabonensis, que é endémica do Gabão. Distingue-se das restantes Ochnoideae, por apresentar folhas com um padrão de nervação broquidódroma e flores tetrâmeras. Além disso, apenas um dos estames é fértil, tendo os restantes modificados em estaminódios se unidos numa coluna até 2⁄3 do seu comprimento.
A tribo Luxemburgieae é composta por dois géneros: Philacra e Luxemburgia. O género Philacra é nativo da Venezuela e do norte do Brasil, enquanto o género Luxemburgia é nativo do Brasil.
A tribo Sauvagesieae tem distribuição pantropical e agrupa 16 géneros, a maior parte dos quais pequenos. O género mais numeroso, de longe, é Sauvagesia, com 38 espécies, 35 das quais com distribuição restrita à região Neotropical.[19] O género Sauvagesia é morfologicamente heterogéneo e poderá ser parafilético, mesmo após a segregação do ressuscitado género Neckia. As relações filogenéticas entre os taxa que compõem a tribo Sauvagesieae ainda não são bem compreendidas, e por essa razão não foi dividido em subtribos.[12]
A tribo Ochneae ocorre principalmente nos trópicos, sendo mais abundante em África e nas regiões tropicais das Américas. Os membros desta tribo distinguem-se das restantes Ochnoideae pela ocorrência de absorção do endosperma antes da semente atingir a maturidade. Os nove géneros que integram este táxon são frequentemente subdivididos em três subtribos: Lophirinae, Elvasiinae e Ochninae:[12]
A subtribo Lophirinae consiste num único género, Lophira, com apenas duas espécies, ambas confinadas às regiões tropicais da África. Os membros deste grupo produzem um fruto pouco usual, no qual duas das sépalas tornam-se acrescentes e grandemente engrossadas, formando asas que facilita a dispersão das sementes pelo vento.
A subtribo Elvasiinae consiste de dois géneros, Perissocarpa e Elvasia, ambos confinados às regiões tropicais das Américas. Escasseia a informação molecular sobre Perissocarpa.
Na subtribo Ochninae, e no género Froesia, os componentes do ovário (carpelos) apresentam uma curta fusão entre si na base. Nos restantes casos, os ovários da Ochnaceae são sincárpicos, formados por carpelos que se apresentam completamente fundidos.
No género Medusagyne e nas Quiinoideae, muitas das flores são unisexuais, excepto em Froesia, género em que são estritamente hermafroditas. Nas Ochnoideae, as flores unissexuais estão limitadas a um clado constituído pelos géneros Schuurmansia, Schuurmansiella e Euthemis.[12]
No género Medusagyne e nas Quiinoideae, tal como ocorre entre a maioria das angiospérmicas, as anteras abrem por fendas longitudinais. Nas Ochnoideeae, a deiscência da antera é ancestralmenteporicida, com várias reversões para fendas longitudinais. Os géneros Testulea, Philacra e Luxemburgia apresentam anteras que abrem por poros apicais. O mesmo ocorre nos três clados mais basais de Sauvagesieae, nomeadamente os géneros Blastemanthus e Fleurydora, e um clado de quatro géneros que apresentam cinco carpelos e múltiplos óvulos por carpelo (Godoya, Rhytidanthera, Krukoviella e Cespedesia). O género Poecilandra tem anteras com deiscência poricida, mas o seu género irmão, Wallacea, apresenta anteras que abrem por fendas longitudinais.
Nas restantes Sauvagesieae, a deiscência das anteras é variada. Nos géneros Schuurmansia, Schuurmansiella e Adenarake, a deiscência das anteras é apicalmente longicida. Isso significa que a fenda longitudinal é curta e não se estende para longe da extremidade apical da antera. Em algumas espécies de Sauvagesia, as anteras dividem-se longitudinalmente, mas todo o androécio é envolto em estruturas petalóides de modo que o pólen apenas pode ser libertado a partir do ápice da antera. Essa forma de libertação do pólen é classificada como sistema poricida, porque funciona como se as anteras fossem realmente poricidas.
Na tribo Ochneae, a deiscência das anteras por fendas longitudinais está restrita ao género Brackenridgea e algumas poucas espécies do género Ochna.
O género Testulea é peculiar por ter apenas um estame fértil cuja antera se abre por um poro apical. Os outros estames são modificados em estaminódiosestéreis que são fundidos numa estrutura colunar até dois terços do seu comprimento.
Nos géneros Froesia e Quiina, e na tribo Ochneae, o endosperma é completamente absorvido no início do desenvolvimento das sementes. Não está claro se a presença ou ausência de endosperma é o estado ancestral em Ochnaceae. Durante muito tempo, a subfamília Ochnoideae foi dividida em dois grupos com base apenas nessa característica. Nessa classificação, o grupo que contém endosperma seria parafilético sobre Ochneae porque conteria Testulea, Philacra e Luxemburgia.
O número de óvulos por carpelo varia amplamente em Ochnaceae: o género Medusagyne e o clado Quiinoideae apresentam dois óvulos por carpelo; em Testulea e num clado de quatro géneros de Sauvagesieae (Godoya, Rhytidanthera, Krukoviella e Cespedesia), o número de óvulos é de 100 a 200 por carpelo. Para os restantes géneros de Sauvagesieae, exceto Euthemis, e para Philacra e Luxemburgia, o número de óvulos por carpelo varia de 4 a 50. O género Euthemis tem dois óvulos por carpelo.
No grupop Ochneae, o género Lophira apresenta de 4 a 50 óvulos por carpelo. Nas subtribos Elvasiinae e Ochninae, ocorre apenas um óvulo por carpelo.
Os géneros Godoya e Sauvagesia eram conhecidos em 1811, quando de Candolle erigiu a família Ochnaceae, mas aquela autor optou por os colocar em outras famílias. No seu Prodromus, optou por colocar o género Godoya na família que viria mais tarde a ser conhecida por Clusiaceae.[42] Também considerou o género Lauradia (ou Lavradia) como separado de Sauvagesia, e colocou-os a ambos em Violaceae. Adicionou o género Castela às Ochnaceae, mas este é agora parte das Simaroubaceae.[43] De Candolle Acreditava que as Simaroubaceae estavam estritamente aparentadas com as Ochnaceae, mas estão presentemente incluídas na ordemSapindales.[21] Alguns autores colocaram Godoya, Sauvagesia e outros na família Sauvagesiaceae, até o início do século XXI.[20] Outros autores, como Adolf Engler, incluiu-os em Ochnaceae.
Em 1874, Engler dividiu as Ochnaceae em dois grupos com base na ausência ou presença de endosperma na semente ao atingir a maturidade.[44] O grupo sem endosperma corresponde ao conceito de Ochnaceae de De Candolle e à moderna tribo Ochneae. Sabe-se agora que o grupo com endosperma é parafilético e consiste nas tribos Testuleeae, Luxemburgieae e Sauvagesieae. Em 1876, numa flora do Brasil, Engler descreveu muitas novas espécies em Ochnaceae, especialmente as que integram o seu maior género, Ouratea.[45] Aquele autor descreveu 85 espécies de Ouratea, 17 das quais ele nomeadas como novas espécies à época. Também transferiu 63 espécies de outros géneros para Ouratea.
Em 1902, Philippe van Tieghem reconheceu 6 famílias entre os taxa que presentemente constituem a subfamília Ochnoideae.[54] Estas famílias eram: Luxemburgiaceae, Sauvagesiaceae, Wallaceaceae, Euthemidaceae, Lophiraceae e Ochnaceae. Três deles (Wallaceaceae, Euthemidaceae e Lophiraceae) eram monogenéricas e foram erectas por van Tieghem naquela época. A sua família Luxemburgiaceae incluía os elementos básicos do que hoje é a tribo Sauvagesieae. Van Tieghem nomeou muitos géneros em 1902, circunscrevendo-os muito estreitamente. Apenas no que é agora a subtribo Ochninae, ele delineou 53 géneros. A revisão mais recente desse grupo reconhece apenas 6 géneros.
Em 1925, para a segunda edição de DNP, Engler e Gilg expandiram em muito o seu tratamento das Quiinaceae e Ochnaceae, respectivamente, quando comparado com o que tinha sido publicado em 1893.[55][56] As Medusagynaceae foram cobertas no mesmo volume da DNP por Adolf Engler e Hans Melchior.[57]
Para a segunda edição do DNP, Engler reconheceu dois géneros (Quiina e Touroulia) em Quiinaceae. Os géneros Lacunaria e Froesia foram descritos mais tarde e nomeadas em 1925 e 1948, respectivamente.
Em 1968, o botânico australiano Andrias Kanis publicou um artigo científico que influenciou grandemente o trabalho subsequente sobre as Ochnaceae, até à revisão global realizada em 2014.[40]Claude H.L. Sastre descreveu várias novas espécies de Ochnaceae num conjunto de artigos publicados de 1970 a 2003.[12]
A seguinte lista de 33 géneros inclui o género Neckia, revalidado em 2014,[12] mais os 32 géneros descritos na revisão de 2014 das Ochnaceae.[8][13][14] Com a integração das anteriores famílias Medusagynaceae e Quiinaceae e a exclusão dos taxa que agora integram as famílias Diegodendraceae e Strasburgeriaceae, a sistematização da família Ochnaceae, segundo a classificação é de Schneider et alii (2014),[12] poderá ser a seguinte:
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↑John Gilbert Baker. 1877. Flora of Mauritius and the Seychelles: 16. L. Reeve & Co.: London, UK.
↑H.G.Adolf Engler and Ernest F. Gilg. 1924. Syllabus der Pflanzenfamilien: eine Übersicht · · · neunte und zehnte auflage: 280. (Syllabus of the Plant Families: an overview · · · editions 9 and 10, page 280.)
↑Ernest F. Gilg. 1893. "Ochnaceae", pp. 131-153. In: H.G. Adolf Engler & Karl A.E. Prantl (editores). 1895. Die Natürlichen Pflanzenfamilien 1st edition: Teil III, Abteilung 6 (volume 3, parte 6). Verlag von Wilhelm Engelmann: Leipzig, Germany.
↑H.G. Adolf Engler. 1893. "Quiinaceae". pp. 165-167. In: H.G. Adolf Engler & Karl A.E. Prantl (editores). 1895. Die Natürlichen Pflanzenfamilien 1st edition: Teil III, Abteilung 6 (volume 3, parte 6). Verlag von Wilhelm Engelmann: Leipzig, Germany.
↑H.G. Adolf Engler. 1897. Medusagyne. p. 250. In: H.G. Adolf Engler. 1897. "Guttiferae". pp. 247-250. In: H.G. Adolf Engler & Karl A.E. Prantl. 1897. Die Natürlichen Pflanzenfamilien: Nachträge [I] zum II-IV Teil. (The Natural Plant Families: First Supplement for volumes 2-4).
↑Philippe E.L. van Tieghem. 1902. "Sur les Ochnacées". Annales des Sciences Naturelles – botanique, séries 8 16:161-416.
↑H.G. Adolf Engler. 1925. "Quiinaceae". pp. 106-108. In: H.G. Adolf Engler & Karl A.E. Prantl (editores). 1925. Die Natürlichen Pflanzenfamilien: zweite auflage 21 Band. (The Natural Plant Families: 2nd edition, volume 21). Verlag von Wilhelm Engelmann: Leipzig, Germany.
↑ abErnest F. Gilg. 1925. "Ochnaceae". pp. 53-87. In: H.G. Adolf Engler & Karl A.E. Prantl (editores). 1925. Die Natürlichen Pflanzenfamilien: zweite auflage 21 Band. (The Natural Plant Families: 2nd edition, volume 21). Verlag von Wilhelm Engelmann: Leipzig, Germany.
↑Hans Melchior. 1925. "Medusagynaceae". pages 50-52. In: H.G. Adolf Engler & Karl A.E. Prantl (editores). 1925. Die Natürlichen Pflanzenfamilien: zweite auflage 21 Band. (The Natural Plant Families: 2nd edition, volume 21). Verlag von Wilhelm Engelmann: Leipzig, Germany.
↑Maria do Carmo E. Amaral. 1991. "Phylogenetische Systematik der Ochnaceae". Botanische Jahrbücher für Systematik, Pflanzengeschichte, und Pflanzengeographie113(1):105-196.
Peta menunjukkan lokasi Monreal Monreal adalah munisipalitas yang terletak di provinsi Masbate, Filipina. Pada tahun 2010, munisipalitas ini memiliki populasi sebesar 24.221 jiwa dan 4.286 rumah tangga. Pembagian wilayah Secara administratif Monreal terbagi menjadi 11 barangay, yaitu: Cantorna Famosa Macarthur Maglambong Morocborocan Poblacion Guinhadap Real Rizal Santo Niño Togoron Pranala luar Philippine Standard Geographic Code 1995 Philippine Census Information Diarsipkan 2011-06-24 di W...
Peta Texas yang menunjukkan Uvalde Uvalde adalah sebuah kota di Uvalde County, Texas. Berpenduduk 14.929 jiwa (2000). Kota ini dinamai menurut seorang jenderal berkebangsaan Spanyol Juan de Ugalde yang bekerja di daerah ini pada sekitar tahun 1790. Putera daerah John Nance Garner, WaPres ke-32 AS Matthew McConaughey, aktor Artikel bertopik geografi atau tempat Amerika Serikat ini adalah sebuah rintisan. Anda dapat membantu Wikipedia dengan mengembangkannya.lbs
Mountain in Alaska The MitreNorth aspect of The Mitre from Eklutna LakeHighest pointElevation6,651 ft (2,027 m)[1]Prominence1,751 ft (534 m)[1]Parent peakBenign Peak (7,235 ft)[2]Isolation2.37 mi (3.81 km)[2]Coordinates61°15′48″N 148°57′22″W / 61.26333°N 148.95611°W / 61.26333; -148.95611[1]GeographyThe MitreLocation of The Mitre in Alaska CountryUnited StatesStateAlaskaBoroughAnchor...
Untuk saluran televisi bahasa Inggris sebelumnya dikenal sebagai CCTV-9, lihat CGTN (saluran televisi). CCTV-9 DocumentaryLogo CCTV-9 sejak 1 Januari 2011Diluncurkan1 Januari 2011PemilikChina Central TelevisionFormat gambar576i (SDTV)1080i (HDTV)Negara TiongkokBahasaInggrisMandarinWilayah siarTiongkokMalaysiaPrancisVietnamRusiaTaiwanMakauKantor pusatBeijing, TiongkokSaluran seindukCCTV-4Situs webcctv.cntv.cn/cctv9 CCTV-9Ketersediaan TerestrialSatelitCombos TV(Tiongkok)12354/V/43000 (SD)D...
Pour les articles homonymes, voir Corps législatif. Cet article est une ébauche concernant la politique française et le Premier Empire. Vous pouvez partager vos connaissances en l’améliorant (comment ?) selon les recommandations des projets correspondants. Corps législatif 1er janvier 1800-4 juin 1814 14 ans, 5 mois et 3 joursDrapeau de la FranceInformations généralesType Chambre basse du parlement tricaméral.Texte Fondamental Constitution du 13 décembre 1799, ...
American politician Senator Drake redirects here. For other uses, see Senator Drake (disambiguation). Charles D. DrakeChief Justice of the Court of ClaimsIn officeDecember 12, 1870 – December 12, 1885Appointed byUlysses S. GrantPreceded byJoseph CaseySucceeded byWilliam Adams RichardsonUnited States Senatorfrom MissouriIn officeMarch 4, 1867 – December 19, 1870Preceded byBenjamin Gratz BrownSucceeded byDaniel T. Jewett Personal detailsBornCharles Daniel Drake(1811-04-11)...
Одесская железная дорогаукр. Одеська залізниця Полное название Региональный филиал «Одесская железная дорога» АО «Украинская железная дорога» (укр. Регіональна філія «Одеська залізниця» АТ «Українська залізниця») Годы работы с 1936[1] Страна Украина Город управл�...
Untuk fisikawan Prancis dan paman dari Marie François, lihat Nicolas Léonard Sadi Carnot. Marie François Sadi Carnot Presiden PrancisMasa jabatan3 Desember 1887 – 25 Juni 1894Perdana MenteriMaurice RouvierPierre TirardCharles FloquetPierre TirardCharles de FreycinetÉmile LoubetAlexandre RibotCharles DupuyJean Casimir-PerierCharles DupuyPendahuluJules GrévyPenggantiJean Casimir-Perier Informasi pribadiLahir11 Agustus 1837Limoges, PrancisMeninggal25 Juni 1894 (usia 56)Lyon, Pran...
American journalist Kelly McEversMcEvers in 2013Born1969 or 1970 (age 53–54)[1]NationalityAmericanOccupationJournalistKnown forAll Things ConsideredSpouseNathan DeuelChildren1 Kelly McEvers is an American journalist. McEvers is host of NPR's Embedded podcast. She was a co-host of NPR's flagship newsmagazine All Things Considered until February 2018 . Before this she was a foreign correspondent for NPR, in which she covered momentous international events includi...
Cultural grooming practice This article needs additional citations for verification. Please help improve this article by adding citations to reliable sources. Unsourced material may be challenged and removed.Find sources: Leg shaving – news · newspapers · books · scholar · JSTOR (July 2011) (Learn how and when to remove this message) Woman shaving her legs Leg shaving is the practice of removing leg hair by shaving the hair off using a razor or electri...
Filipino drag performer TuringTuring at RuPaul's DragCon LA, 2023BornCainta, Rizal, PhilippinesNationalityFilipinoOther namesTuring QuintoOccupationDrag queenTelevisionDrag Race Philippines (season 1) Turing (also known as Turing Quinto)[1] is a Filipino drag performer who competed on season 1 of Drag Race Philippines. Early life and education Turing was born in Cainta,[2] and has a degree in theater.[3] Career Turing is a drag performer.[4] She has perfor...
Benjamin Ferencz nel 2012 Benjamin Berell Ferencz (Csolt, 11 marzo 1920 – Boynton Beach, 7 aprile 2023) è stato un giurista ungherese naturalizzato statunitense. Salì alla ribalta rivestendo il ruolo di accusatore capo nel processo agli Einsatzgruppen, uno dei dodici processi secondari di Norimberga che si tennero alla fine della seconda guerra mondiale. Successivamente fu tra i promotori della Corte penale internazionale. Indice 1 Biografia 1.1 Ultimi anni 2 Vita privata 3 Opere (selezio...
هذه المقالة عن المجموعة العرقية الأتراك وليس عن من يحملون جنسية الجمهورية التركية أتراكTürkler (بالتركية) التعداد الكليالتعداد 70~83 مليون نسمةمناطق الوجود المميزةالبلد القائمة ... تركياألمانياسورياالعراقبلغارياالولايات المتحدةفرنساالمملكة المتحدةهولنداالنمساأسترالي�...
Town in Erongo Region, Namibia City in Erongo Region, NamibiaHenties Bay Afrikaans: HentiesbaaiGerman: HentiesbuchtCityHenties Bay (2018) SealHenties BayCoordinates: 22°07′06″S 14°16′57″E / 22.1184°S 14.2824°E / -22.1184; 14.2824Country NamibiaRegionErongo RegionConstituencyArandis ConstituencyEstablished1929Government • MayorLewies VermaakPopulation (2011)[1] • Total4,720Time zoneUTC+2 (South African Standard Time)Clima...
Comando de Aviación de Ejército Activa 3 de febrero de 1964País ArgentinaRama/s Ejército ArgentinoTipo Military aviation commandaviación de ejército de tierraParte de Comando de Adiestramiento y Alistamiento del EjércitoAcuartelamiento Aeródromo Militar Campo de Mayo[editar datos en Wikidata] La Comando de Aviación de Ejército (Cdo Av Ej o CAE) es un comando del Ejército Argentino que aglutina unidades de la Aviación de Ejército. Está basada en el Aeródromo Militar Ca...
Romanian physicist and inventor Theodor V. IonescuTheodor V. Ionescu in Bucharest, 1970BornFebruary 8, 1899Dorohoi, Botoșani County, Kingdom of RomaniaDiedNovember 6, 1988(1988-11-06) (aged 89)Bucharest, Socialist Republic of RomaniaNationalityRomanianCitizenshipRomaniaAlma materParis-Sorbonne UniversityUniversity of IașiUniversity of BucharestKnown forplasma physicsmagnetic resonancefirst maser studiesmagnetron invention3D cinematography/TV devicescoupled electron-ion oscill...
Isle of Man motorcycle road race Competitors for Sidecar TT Race 2 line up to start the race at TT Grandstand, 5 June 2013 The Sidecar TT is a motorcycle-with-sidecar road race competition held over two legs which takes place during the Isle of Man TT festival, an annual event at the end of May and beginning of June. Between 1954 and 1976 this race was part of the Grand Prix motorcycle racing world championship. Engine capacity The 1923 races was the first time the Sidecar TT race was run, ov...
American baseball player Baseball player Leniel HookerPitcherBorn: (1919-06-28)June 28, 1919Sanford, North CarolinaDied: December 18, 1977(1977-12-18) (aged 58)Newark, New JerseyBatted: RightThrew: Rightdebut1940, for the Newark EaglesLast appearance1951, for the Drummondville Cubs Teams Newark Eagles (1940–1948) Philadelphia Stars (1943) Farnham Pirates (1949) Drummondville Cubs (1949–1951) Career highlights and awards Negro League World Series champion (1946) Le...