As eleições estaduais no Paraná em 2022 foram realizadas em 2 de outubro, tendo sido decididas em primeiro turno. Os eleitores aptos a votar elegeram um governador, vice-governador, um senador, 30 deputados para a Câmara dos Deputados e 54 deputados à Assembleia Legislativa. O atual governador em exercício é Ratinho Júnior, do Partido Social Democrático (PSD), governador eleito em 2018. Pela legislação eleitoral, Massa esteve apto para disputar a reeleição e venceu com 69% dos votos.[1][2] Para a eleição ao Senado Federal, foi disputada a vaga ocupada por Alvaro Dias, do PODE, eleito em 2014, que também esteve apto a disputar a reeleição, mas foi derrotado e sua vaga agora será ocupada pelo ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.[3][4]
O governador e o vice-governador eleitos nesta eleição exercerão um mandato alguns dias mais longo. Isso ocorre devido a Emenda Constitucional n° 111, que alterou a Constituição e estipulou que o mandato dos governadores dos Estados e do Distrito Federal deverá ser iniciado em 06 de janeiro após a eleição. Entretanto, os candidatos eleitos nesta eleição assumem dia 1º de janeiro de 2023 e entregam o cargo no dia 06 de janeiro de 2027.[5]
Calendário eleitoral
Nota: Esta seção apresenta apenas as principais datas do calendário eleitoral de 2022, confira o site oficial do TSE e outras fontes oficiais para informações detalhadas.
Calendário eleitoral
15 de maio
Início do financiamento coletivo dos pré-candidatos
20 de julho a 5 de agosto
Convenções partidárias para a escolha dos candidatos e das coligações
2 de outubro
Primeiro turno das eleições
7 a 28 de outubro
Propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão relativa a um eventual segundo turno
30 de outubro
Eventual segundo turno das eleições
até 19 de dezembro
Diplomação dos eleitos pela Justiça Eleitoral
Candidatos ao governo do Paraná
As convenções partidárias iniciaram-se no dia 20 de julho, se estendendo até 5 de agosto. Os partidos políticos tinham até 15 de agosto de 2022 para registrar formalmente os seus candidatos. Os seguintes partidos políticos confirmaram as suas candidaturas:[6]
Candidaturas confirmadas
Ratinho Júnior (PSD): Natural de Jandaia do Sul, nasceu em 1981 e é empresário, comunicador, administrador de empresas e governador do Paraná desde 2019.[7] Foi eleito pela primeira vez no pleito de 2002 como deputado estadual, permanecendo no cargo até 2007, quando assumiu seu primeiro mandato representando o Paraná na Câmara dos Deputados. Foi eleito novamente deputado estadual nas eleições de 2014, mas preferiu assumir a Secretaria do Desenvolvimento Urbano do Paraná na gestão do ex-governador Beto Richa, cargo no qual permaneceu entre janeiro de 2015 até setembro de 2017, quando retornou à Assembleia Legislativa.[8] Ratinho esteve apto a disputar um segundo mandato. Sua candidatura foi oficializada em convenção do Partido Social Democrático em 30 de julho de 2022. Novamente, o vice que foi indicado em sua chapa foi o economista, empresário e vice-governador do Paraná desde 2019, Darci Piana.[9] Natural de Carazinho e nascido em 1941, Piana também é filiado ao Partido Social Democrático.[10]
Roberto Requião (PT): Natural de Curitiba e nascido em 1941[11], Requião é advogado e jornalista. Ele foi eleito deputado estadual pelo estado do Paraná pela primeira vez nas eleições de 1982 pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, e permaneceu no cargo até 1986, quando foi eleito prefeito de Curitiba.[12] Foi Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano do Paraná na gestão do ex-governador Alvaro Dias entre 1989 e 1990, quando renunciou à secretaria para disputar o cargo de governador nas eleições de 1990, sendo eleito em seguida. Permaneceu no cargo de governador até 1994, quando renunciou em abril para disputar o cargo de senador na eleição seguinte. Na disputa, Requião acabou saindo vitorioso e cumpriu seu mandato até 2003, sendo reeleito governador do Estado para um segundo e terceiro mandato (2003-2011). No pleito de 2010, foi eleito senador pela segunda vez, terminando seu mandato em 2019.[13] Esta é a sexta vez que Requião tenta disputar o Palácio Iguaçu[14], disputando com uma chapa 'puro sangue' pelo Partido dos Trabalhadores e pela Federação Brasil da Esperança (FE Brasil) e tendo sua candidatura anunciada em convenção partidária em 23 de julho.[15] O vice em sua chapa é Jorge Samek, também filiado ao Partido dos Trabalhadores, natural de Foz do Iguaçu e nascido em 1955.[16] Samek é empresário, engenheiro agrônomo e foi Diretor-Geral Brasileiro da Itaipu Binacional entre 2003 e 2016. Também foi vereador de Curitiba por quatro mandatos consecutivos, e na eleição de 1994, foi candidato ao governo paranaense, não atingindo êxito. Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2002, cargo que acabou renunciando para assumir a diretoria-geral de Itaipu.[17]
Ricardo Gomyde (PDT): Natural de Ibaiti, nasceu em 1970 e é advogado.[18] Oriundo dos movimentos sindicais, presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1993. Em seguida, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) nas eleições de 1994, permanecendo no cargo até 1999.[12] Também já foi vereador de Curitiba e atuou na Secretaria Nacional de Futebol no Ministério do Esporte em 2009, durante o segundo Governo Lula.[19] O Partido Democrático Trabalhista oficializou sua candidatura ao governo do Estado em 30 de julho.[20] A vice em sua chapa é a advogada Eliza Ferreira, também filiada ao PDT, natural de Curitiba e nascida em 1986.[21]
Adriano Vieira (PCO): Nasceu em 1987 e é natural de Nova Olímpia.[24] Adriano é funileiro e já foi candidato a vereador de Paranavaí nas eleições de 2020, não obtendo êxito. Sua candidatura foi oficializada em convenção realizada pelo Partido da Causa Operária no dia 31 de julho.[25] O vice em sua chapa é Cristiano Kusbick Poll, natural de São Borja e nascido em 1980.[26] Kusbick é jornalista e servidor público e também é filiado ao PCO.[27]
Joni Correia (DC): Nasceu em 1977 em Cornélio Procópio.[28] É professor, empresário e foi diretor das Secretarias de Trabalho e Emprego de Curitiba e da Secretaria de Governo de Foz do Iguaçu. Seu nome foi oficializado em convenção partidária do Democracia Cristã em 23 de julho. É a primeira vez que Joni disputa o governo do Paraná.[29] O vice em sua chapa é Gledson Regnier Zawadzki, natural de Curitiba e nascido em 1972. É empresário e também filiado ao Democracia Cristã.[30]
Professor Ivan (PSTU): Natural de Paranavaí, nasceu em 1969.[31] É professor da rede estadual e já disputou ao cargo de governador nas eleições de 2018. Seu nome foi oficializado pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado em 30 de julho.[8] O jornalista, redator e biólogo Phill Natal, natural de Pirajuí e nascido em 1986 é o candidato à vice em sua chapa ao governo estadual e também é filiado ao PSTU.[32]
Solange Ferreira (PMN): Natural de Maringá e nascida em 1967[33], Solange é professora de música. É a primeira vez que disputa um cargo eletivo. Sua candidatura foi oficializada pelo Partido da Mobilização Nacional em 30 de julho.[34] O vice em sua chapa era originalmente Osni Minotto, mas seu nome foi indeferido pela Justiça Eleitoral por filiação partidária fora do prazo estipulado. Com isso, o empresário Marcos Antonio Santos, natural de Curitiba, nascido em 1977 e também filiado ao PMN, foi escolhido em seu lugar.[35][36]
Viviane Motta (PCB): Natural de Cuiabá e nascida em 1991[37], Viviane é professora da rede estadual de ensino do Paraná e militante do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro (CFCAM). É a primeira vez que disputa um cargo eletivo.[8] Sua candidatura foi oficializada em 29 de julho.[38] O vice em sua chapa é Diego Valdez, natural de Foz do Iguaçu e nascido em 1987. Valdez trabalha como agente educacional na rede estadual do Paraná e é também filiado ao Partido Comunista Brasileiro.[39]
Candidatos
Nota: a tabela a seguir está organizada por ordem alfabética de candidatos, de acordo com o nome registrado na Justiça Eleitoral.
César Silvestri Filho (PSDB) - Prefeito de Guarapuava (2013–2021). Por não ter seu nome aprovado na convenção da Federação PSDB Cidadania que definiria sua candidatura ao Governo do Paraná, o ex-prefeito acabou tendo sua candidatura retirada. A federação o indicou para disputar a vaga ao Senado Federal.[58]
Candidatos ao Senado
As convenções partidárias iniciaram-se no dia 20 de julho, se estendendo até 5 de agosto. Os partidos políticos tinham até 15 de agosto de 2022 para registrar formalmente os seus candidatos. Os seguintes partidos políticos que confirmaram suas candidaturas:[6]
Candidaturas confirmadas
Alvaro Dias(PODE) - Natural de Quatá, embora tenha feito sua carreira política pelo estado do Paraná, Alvaro é historiador, professor e foi vereador de Londrina (1969–1971), deputado estadual (1971–1975), deputado federal (1975–1983), senador pelo Paraná (1983–1987), até que renunciou ao cargo para assumir o governo estadual (1987–1991). Depois disso, retornou ao cargo de senador em 1999, e permaneceu nele até então. O Podemos lançou a candidatura de Alvaro Dias à reeleição em convenção partidária, no dia 5 de agosto de 2022. Ele tentou disputar um quarto mandato.[59] Seu 1º suplente é o empresário Wilson Matos Filho[60] e o 2º suplente é o advogado Rolf Koerner, ambos filiados ao Podemos.[61]
Sergio Moro (UNIÃO) - Natural de Maringá, Moro foi juíz federal do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (1996–2018), professor universitário e Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil entre 2019 e 2020 no governo Jair Bolsonaro. Ficou conhecido nacionalmente por ter sido o juíz responsável em julgar os processos da Operação Lava Jato em primeira instância. Inicialmente, Moro concorreria à presidência da República pelo Podemos, mas logo em seguida tentou transferir seu título de eleitor para São Paulo, sem objetivar qual cargo disputaria. Todavia, o TRE-SP negou a transferência, o que acabou obrigando Moro a disputar a vaga de senador pelo Paraná. Sua candidatura foi oficializada em 2 de agosto pelo União Brasil.[62] Seu 1º suplente é o advogado Luís Felipe Cunha[63] e o 2º suplente é o empresário Ricardo Guerra[64], ambos filiados ao União Brasil.
Paulo Martins (PL) - Natural de Presidente Venceslau, Paulo Martins é jornalista e foi deputado federal pelo Paraná entre 2019 e 2023. Ficou conhecido por ter sido comentarista político do extinto Jornal da Massa entre 2009 e 2014. Sua candidatura foi oficializada em 3 de agosto pelo Partido Liberal.[65] Sua 1º suplente é a vereadora de Assis Chauteaubriand, Franciane Micheletto[66] e seu 2º suplente é o advogado Juarez Berté, ambos filiados ao PL.[67]
Desiree Salgado (PDT) - Natural de Curitiba, Desiree é mestre e doutora em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Sua candidatura foi oficializada pelo Partido Democrático Trabalhista em 30 de julho.[71] Sua 1ª suplente é a corretora de imóveis Samantha Sitnik[72] e seu 2º suplente é o advogado Cristiano Dionísio[73], ambos filiados ao PDT.
Orlando Pessuti (MDB) - Natural de Califórnia, Pessuti é veterinário e foi deputado estadual por cinco mandatos consecutivos (1983–2002) e vice-governador entre 2003 e 2010 na gestão de Roberto Requião. Com a renúncia de Requião para disputar uma vaga ao Senado Federal, acabou assumindo o governo do Paraná entre abril de 2010 e janeiro de 2011. Pessuti também foi diretor-presidente do Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) entre 2017 e 2019. Sua candidatura foi oficializada pelo Movimento Democrático Brasileiro em 25 de julho[74]. Seu 1º suplente é o empresário Claudio Quadri[75] e a sua 2ª suplente é a vereadora de Pontal do Paraná, Rosiane Rosa Borges (conhecida como Nega), ambos filiados ao MDB[76].
Aline Sleutjes (PROS) - Natural de Castro, Aline é profissional de educação física e foi deputada federal pelo Paraná (2019–2023). Sua candidatura foi oficializada pelo Partido Republicano da Ordem Social em 30 de julho.[77] O 1º suplente em sua chapa é o empresário Ademar Pereira, conhecido também por se candidatar a prefeito na eleição de Curitiba em 2016.[78] Seu 2º suplente é o policial militar Fabio Alves de Amaral (conhecido como Policial Fabio Amaral), ambos filiados ao PROS.[79]
Dr. Sabóia (PMN) - Natural de Rio Negro, Carlos Eduardo Saboia Gomes é médico[80] e foi vereador de Maringá por dois mandatos consecutivos (2009–2017)[81]. Sua candidatura foi oficializada pelo Partido da Mobilização Nacional em 5 de agosto.[82] Seu 1º suplente é o empresário Clovis Santos[83] e a sua 2ª suplente é a servidora pública aposentada Gisele Durigan, ambos filiados ao PMN.[84]
Laerson Matias (PSOL) - Natural de Cascavel, Laerson é bancário[85], tendo sido candidato a deputado estadual, em 2006, e a vereador de Cascavel, em 2016, mas não foi eleito. A Federação PSOL REDE oficializou sua candidatura ao Senado em convenção partidária em 30 de julho.[86] Seu 1º suplente é o professor Sebastião Santarosa[87] e seu 2º suplente é o também bancário Leonardo Martins[88], ambos filiados ao PSOL.
Roberto França (PCO) - Natural de São Paulo, Roberto é professor e teve sua candidatura oficializada pelo Partido da Causa Operária em convenção realizada no dia 31 de julho.[89] Seu 1º suplente é o professor Gilson Mezarobba[90] e seu 2º suplente é o servidor público aposentado Antonio Cesar Gariza, ambos filiados ao PCO.[91]
Nota: a tabela a seguir está organizada por ordem alfabética de candidatos.
Esses são os 30 deputados federais que irão representar o Estado do Paraná.[113] O ícone e os nomes destacados em verde indicam os que foram reeleitos.
Esses são os 54 deputados estaduais que irão representar o Estado do Paraná.[113] O ícone e os nomes destacados em verde indicam os que foram reeleitos.
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Primeiro turno
O primeiro turno está marcado para acontecer em 2 de outubro de 2022.[117]
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Último dia para a realização de convenções pelos partidos políticos e pelas federações destinadas a deliberar sobre coligações e a escolher candidatas e candidatos.[120] Guto Silva (PP) desiste de candidatura ao Senado.[109]
↑«ROBERTO REQUIAO DE MELO E SILVA». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 17 de fevereiro de 2023