Na disputa para o cargo de governador, Elmano de Freitas, do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 2 808 300 votos, ou 54,02% dos válidos, sendo eleito ainda no primeiro turno para suceder Izolda Cela, ocupante desde abril daquele ano após a renúncia do titular eleito em 2014 e reeleito em 2018 Camilo Santana,[3] também do PT, que candidatou-se a senador e recebeu a maior votação para a vaga na história, com 3 389 513 votos, ou 69,80% dos válidos, superando o recorde de Cid Gomes em 2018.[4] Posteriormente Camilo assumiu, a convite do presidente da República eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o ministério da Educação, e a cadeira de senador, até então ocupada por Tasso Jereissati, foi assumida pela 1.ª suplente Augusta Brito.[5]
Calendário eleitoral
A tabela a seguir apresenta um resumo do calendário eleitoral de 2022.[6]
Calendário eleitoral
15 de maio
Início do financiamento coletivo dos pré-candidatos
20 de julho a 5 de agosto
Convenções partidárias para a escolha dos candidatos e das coligações
16 de agosto
Início das campanhas eleitorais
26 de agosto a 29 de setembro
Propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão relativa ao primeiro turno
2 de outubro
Primeiro turno das eleições
até 19 de dezembro
Diplomação dos eleitos pela Justiça Eleitoral
Candidatos a governador
A tabela a seguir está organizada por ordem alfabética de candidatos de acordo com o nome registrado na Justiça Eleitoral.[7]
A candidatura de Carlos Silva foi indeferida por ele não ter prestado contas à Justiça Eleitoral sobre os gastos na campanha à prefeitura do município cearense de Iguatu em 2020, o que o impediu de obter quitação eleitoral.[20] Um recurso foi movido contra a decisão e a candidatura continuou registrada para votos nas urnas que, no entanto, foram contabilizados como nulos.[21]
Inicialmente o diretório no Ceará da Federação PSDB Cidadania, sob o comando de Chiquinho Feitosa, suplente do senador pelo estado Tasso Jereissati, realizou uma convenção que definiu a neutralidade nas eleições ao governo estadual e ao Senado. No entanto, o diretório nacional da federação, por influência de Jereissati, que obteve o controle do estadual, interveio na decisão e apresentou o empresário Amarílio Macêdo como candidato a senador na coligação Do Povo, Pelo Povo e Para o Povo, do postulante a governador Roberto Cláudio (PDT), tendo como suplentes Dr. Cabeto, do PSDB, e Regis, do Cidadania.[22][23] Após a federação no estado recorrer contra a anulação, o TSE suspendeu a resolução que aprovou o nome de Macêdo, restabelecendo a anterior, e devolveu o comando do diretório a Feitosa, implicando na exclusão da Federação PSDB Cidadania da coligação.[24] Posteriormente Macêdo e Cabeto integraram-se à equipe de elaboração do plano de governo de Cláudio.[25]
Enfermeira Ana Paula, vereadora de Fortaleza, chegou a ter a candidatura ao Senado registrada pelo PDT com as suplentes Mônica Aguiar e Diana Carvalho para substituir a de Amarílio Macêdo caso este não pudesse representar a coligação Do Povo, Pelo Povo e Para o Povo,[26] mas ela optou pela desistência para concorrer ao cargo de deputada federal, e Érika Amorim foi escolhida como postulante pela campanha de Roberto Cláudio.[17]
Paulo Anacé, líder indígena Anacé, chegou a ter a candidatura ao Senado oficializada, mas renunciou em razão da decisão da Federação PSOL REDE de apoiar a candidatura de Camilo Santana, passando a concorrer como deputado federal pelo Ceará.[27]
Plano de mídia
A audiência pública do plano de mídia da eleição estadual para a transmissão do horário eleitoral, de 26 de agosto a 29 de setembro de 2022, ocorreu em 18 de agosto na sede da Justiça Federal em Fortaleza. Após votação em que estiveram presentes representantes dos partidos e federações partidárias e de emissoras de rádio e televisão, decidiu-se pela divisão para a TV Cidade, a TV Verdes Mares e a TV Jangadeiro na geração das propagandas na televisão, respectivamente, e pela Rádio Beach Park gerá-las no rádio em todo o período eleitoral. Também na audiência, foram definidos os tempos e a ordem de exibição das propagandas dos candidatos.[28] A cláusula de barreira aprovada em 2017 excluiu os postulantes do PCB, do PSTU e da UP por seus partidos não possuírem a quantidade mínima de representantes na Câmara para terem direito a propaganda eleitoral.[29]
Debates com os candidatos a governador
Durante a campanha eleitoral, grupos de comunicação do Ceará realizaram debates com candidatos a governador, em que compareceram os postulantes convidados mediante filiação a partidos com representação no Congresso Nacional e a estarem liderando as pesquisas eleitorais, sendo estes Capitão Wagner, Elmano de Freitas e Roberto Cláudio.
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↑O candidato recebeu 2 919 votos, que foram contabilizados como nulos devido ao indeferimento de sua candidatura
↑Os candidatos Rita de Cássia, Cabo Jordânia e Dr Marigesio tiveram suas candidaturas indeferidas, de modo que os 1.134 votos recebidos (514, 466 e 154, respectivamente) foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O partido teve seu DRAP indeferido, de modo que os 444 votos em legenda recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O candidato Celso Santos teve sua candidatura indeferida, de modo que os 783 votos recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O candidato Samuel Lima teve sua candidatura indeferida, de modo que os 4.148 votos recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O partido teve seu DRAP indeferido, de modo que os 834 votos em legenda recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑Os candidatos Dr Carlos Macedo e Duda do Crato tiveram suas candidaturas indeferidas, de modo que os 5.958 votos recebidos (5.039 e 919, respectivamente) foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O candidato Luciano Melo teve sua candidatura indeferida, de modo que os 356 votos recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑Os candidatos Regina Tavares, Narlia Garbal e Gabriel Leandro tiveram suas candidaturas indeferidas, de modo que os 163 votos recebidos (89, 46 e 28, respectivamente) foram anulados, não sendo contabilizados.
↑A candidata Myrla Assunção teve sua candidatura indeferida, de modo que os 952 votos recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑Os candidatos Ivan Cavalcante Thurek, Graça Ximenes Carvalho, Rommel Frazão e Tamara Rodrigues tiveram suas candidaturas indeferidas, de modo que os 776 votos recebidos (316, 221, 183 e 56, respectivamente) foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O candidato Magela teve sua candidatura indeferida, de modo que os 278 votos recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O partido teve seu DRAP indeferido, de modo que os 590 votos em legenda recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O candidato Roberto Aquino teve sua candidatura indeferida, de modo que os 479 votos recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O candidato Dr. Isaque Rabelo teve sua candidatura indeferida, de modo que os 4.730 votos recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑O partido teve seu DRAP indeferido, de modo que os 920 votos em legenda recebidos foram anulados, não sendo contabilizados.
↑As candidatas Daniele Alcantara e Heloisa Florencio Fisioterapeu tiveram suas candidaturas indeferidas, de modo que os 601 votos recebidos (452 e 149, respectivamente) foram anulados, não sendo contabilizados.
↑As candidatas Magnolia Rocha e Iva Soares tiveram suas candidaturas indeferidas, de modo que os 32.906 votos recebidos (28.817 e 4.089, respectivamente) foram anulados, não sendo contabilizados.
↑Os candidatos Leia Simone, Ed Silva, Sargento Uchoa e João do Povo tiveram suas candidaturas indeferidas, de modo que os 445 votos recebidos (142, 127, 94 e 82, respectivamente) foram anulados, não sendo contabilizados.
↑Cenário eleitoral onde Izolda Cela (PDT) é apoiada pelos pré-candidatos a presidência Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), e também pelos ex-governadores do Ceará Camilo Santana (PT) e Cid Gomes (PDT)
↑Evandro Leitão (PDT) com 11% e Serley Leal (UP) com 0%
↑Eunício Oliveira (MDB) com 34% em um cenário onde ele é apoiado pelo pré-candidato à presidência Lula, do PT. Neste cenário, Jair Bolsonaro (PL) apoiaria a candidatura de Capitão Wagner (UNIÃO) para o governo do Ceará e Ciro Gomes (PDT) e seu irmão Cid Gomes (PDT) apoiariam a candidatura de Roberto Cláudio (PDT)
↑Eunício Oliveira (MDB) com 40% em um cenário onde ele é apoiado pelo pré-candidato à presidência Lula (PT). Neste cenário, Jair Bolsonaro (PL) apoiaria a candidatura de Capitão Wagner (UNIÃO) para o governo do Ceará e Ciro Gomes (PDT) e seu irmão Cid Gomes (PDT) apoiariam a candidatura de Izolda Cela (PDT)
↑Cenário eleitoral onde Chiquinho Feitosa (PSDB) é apoiado pelos pré-candidatos a presidência Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), e pelo ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT). Também neste cenário, Capitão Wagner (UNIÃO) seria apoiado pelo pré-candidato Jair Bolsonaro (PL) e o senador Eduardo Girão (PODE) apoiaria a candidatura de Sergio Moro
↑Cenário eleitoral onde Roberto Cláudio (PDT) é apoiado pelos pré-candidatos a presidência Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), e pelo ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT). Também neste cenário, Capitão Wagner (UNIÃO) é apoiado pelo pré-candidato Jair Bolsonaro (PL) e o senador Eduardo Girão (PODE) apoiaria a candidatura de Sergio Moro
↑Cenário eleitoral onde Izolda Cela (PDT) é apoiada pelos pré-candidatos a presidência Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), e pelo ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT). Também neste cenário, Capitão Wagner (UNIÃO) é apoiado pelo candidato Jair Bolsonaro (PL) e o senador Eduardo Girão (PODE) apoia a candidatura de Sergio Moro