Nota: Este artigo é sobre o Partido da Mulher Brasileira. Para o partido político com mesma sigla fundado décadas antes, veja Partido Municipalista Brasileiro.
A renomeação do partido para Brasil 35 chegou a ser anunciada em convenção a fim de atrair o presidente Jair Bolsonaro, que estava sem partido.[13][14] O pedido quase chegou a ser aceito, mas foi negado pelo TSE em março de 2022 e o partido manteve sua designação original.[15][16] Em novembro de 2024 possuía 55.968 filiados.[6]
Em 11 de dezembro o partido já contava com 22 deputados, dentre os quais havia apenas duas mulheres, Brunny e Dâmina Pereira.[19] A representação feminina da bancada do partido, mesmo quando ela ainda contava com apenas dezoito deputados e duas deputadas, já era inferior à média da Câmara dos Deputados.[20]
A significante migração de congressistas ao PMB, a maioria dos quais fora eleita por partidos de pouca expressão.[20] resultou em acusações de uso da verba do fundo partidário para a captação de deputados, o que o partido nega.[21][22] Em dezembro de 2015, o PMB filiou o seu primeiro senador, Hélio José (pelo Distrito Federal, egresso do Partido Social Democrático (PSD)).[23]
Em dois meses a legenda desmoronou: 20 deputados subitamente abandonaram o PMB, mantendo o partido com apenas um parlamentar na Casa — tornando o PMB a menor legenda na Câmara, que terminou por abandonar a sigla em abril de 2018. O único nome do partido no Senado Federal, Hélio José (pelo Distrito Federal) também saiu do partido e migrou para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).[24]
Nas eleições gerais de 2018, o partido elegeu apenas três deputados estaduais,[27] além de ter ajudado a eleger governadores e parlamentares de diversos partidos.[28] Como o PMB não superou a nova Cláusula de barreira ao não atingir 1,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, passou a não ter acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.[29] No segundo turno da eleição presidencial o partido declarou voto em Fernando Haddad (PT), justificando que o candidato Jair Bolsonaro afundaria o país.[30] Em janeiro de 2019, o partido anunciou que faria "oposição consciente" ao governo Bolsonaro por entendê-lo como adversário das pautas indígenas e LGBTs.[30]
Nas eleições municipais de 2020, a então deputada estadual Marina do Modelo elegeu-se prefeita de Guapimirim (município do Rio de Janeiro) e tornou-se a única prefeita do PMB.[31] O partido também elegeu 46 vereadores pelo país, tendo um resultado pior que em 2016.[26] Ao ter recebido apenas 0,06% dos votos válidos para prefeitos no primeiro turno, o PMB ficou entre os partidos que podem tender a não atingir os 2,0% de votos válidos para deputados federais em 2022, esbarrando na segunda etapa da cláusula de barreira.[32]
Em março de 2021, o PMB tornou-se publicamente cotado como uma possível legenda para Jair Bolsonaro em 2022.[33] Segundo bolsonaristas, a presidente do partido havia prometido dar o controle total da legenda a Bolsonaro.[33] No mês seguinte, a convenção partidária do dia 24 aprovou a renomeação do partido para Brasil 35 de modo a se aproximar do político Jair Bolsonaro, então sem partido e com dificuldades no registro do Aliança pelo Brasil no TSE.[13][14]
2022 - Atualidade
Em 2022, o partido não elegeu presidente, governador, senador ou deputado federal. Todavia, elegeu 3 deputados estaduais/distritais,[34] mas não superou a cláusula de barreira, mais uma vez.[35]
Ideologia
A despeito do nome, o partido não se identifica como feminista, mas como “feminino”.[36]
O partido se define como um partido de “mulheres progressistas”, “ativistas de movimentos sociais e populares” e que, com homens, “manifestaram sempre a sua solidariedade com as mulheres privadas de liberdades políticas, vítimas de opressão, da exclusão e das terríveis condições de vida”. Posiciona-se contra a legalização do aborto, salvo nas situações já previstos em lei, e no caso de inviabilidade do nascituro.[36] O PMB também se opõe à "ideologia de gênero" em escolas, bem como a legalização das drogas.[37][38]
Candidatos majoritários eleitos (8 governadores e 10 senadores).
Em negrito estão os candidatos filiados ao PMB durante a eleição. Os cargos obtidos na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas são referentes às coligações proporcionais que o PMB compôs. Tais coligações não são necessariamente iguais às coligações majoritárias e geralmente são menores. Não estão listados os futuros suplentes empossados.