O senador eleito com maior votação foi o advogado Amaury Silva. Nascido em Rio Negro, formou-se pela Universidade Federal do Paraná e nela foi professor. Sua carreira política teve início em Londrina onde foi vereador e em 1954 foi eleito deputado estadual pelo PR. Após migrar para o PTB foi reeleito em 1958. Quatro anos mais tarde foi eleito senador e em 18 de junho de 1963 assumiu o cargo de ministro do Trabalho no Governo João Goulart após a vitória do presidencialismo no plebiscito de 1963 e manteve o cargo até a instauração do Regime Militar de 1964 que lhe cassou o mandato e tirou os direitos políticos por dez anos com base no Ato Institucional Número Um. Exilado no Uruguai, retornou ao país em 1979 e ainda teve tempo de ingressar no MDB.[2]
Cassado o titular, houve a efetivação de Melo Braga. Natural de Curitiba, formou-se advogado em 1931 na Universidade Federal do Paraná. Tal como Amaury Silva, atuou pela organização sindical e a partir do Paraná fundou o Partido Nacional do Trabalho, primeira agremiação política de âmbito nacional dedicada ao universo laboral, além de atuar na organização de outras legendas menos viáveis. Jornalista e sindicalista, foi eleito deputado federal pelo PTB em 1945 e 1950. Partícipe da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1946[3], foi secretário de Agricultura e depois secretário de Justiça no governo Bento Munhoz da Rocha e após algumas derrotas eleitorais conquistou a suplência de senador em 1962.[4][5][nota 1]
↑Graças ao mecanismo das candidaturas múltiplas, em 1945 Getúlio Vargas foi eleito deputado federal pela Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo e senador pelo Rio Grande do Sul e por São Paulo, optando por representar os gaúchos no Senado Federal, daí a efetivação de Melo Braga como deputado federal paranaense.