Chefe do Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP) durante a crise aberta com o Atentado da Rua Tonelero e encerrada em menos de vinte dias com o suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954, foi nomeado governador do então território federal do Acre pelo presidente Café Filho no ano seguinte,[nota 1] mantendo o posto até ser exonerado por Juscelino Kubitschek em 1956. Tornou-se general de brigada, assumindo o comando do Núcleo da Divisão Aeroterrestre de paraquedistas militares em 1960, ano onde assumiu também a presidência do Clube Militar, cursando a Escola Superior de Guerra em 1962.[5] Transferido para Manaus em outubro do mesmo ano, assumiu o comando do Grupamento de Elementos de Fronteira e depois o Comando Militar da Amazônia, o qual deixou em setembro de 1963. Nomeado chefe do estado-maior do I Exército após a instauração do Regime Militar de 1964, no entanto foi exonerado após eleger-se governador do Rio de Janeiro por via indireta em 3 de maio de 1964, assumindo o cargo três dias depois.
Para vice-governador foi eleito Simão Mansur, o qual antes fora vitorioso para deputado estadual via UDN em 1950, 1954, 1958 e 1962, acumulando este último mandato com o seu cargo no Poder Executivo. Em 15 de junho de 1964, no entanto, ele teve o mandato cassado e o cargo de vice-governador ficou vago até a eleição de Teotônio Araújo no ano seguinte.[6][nota 2]
Resultado da eleição para governador
Convocando sessões extraordinárias de forma sucessiva, os deputados alteraram o regimento interno da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e assim elegeram indiretamente os titulares dos cargos vacantes. Houve 52 votos a favor da chapa vitoriosa, além de um voto contrário e uma abstenção.
↑O Acre foi elevado à categoria de estado apenas em 15 de junho de 1962, por força da Lei n.º 4.070 sancionada pelo presidente João Goulart e pelo primeiro-ministro Tancredo Neves.
↑José Romero Gamboa foi efetivado como deputado estadual após a cassação do mandato parlamentar de Simão Mansur.
↑Não há registro de que Paulo Torres estivesse filiado a algum partido político ao ser eleito governador do Rio de Janeiro, embora tenha ingressado na ARENA em 1966, meses após a outorga do Ato Institucional Número Dois.