Segundo o relatório mundial de 2021 (SIR World Report) da SCImago Institutions Rankings, a USP está classificada na 22.ª posição mundial entre as instituições de ensino e pesquisa internacionais classificadas.[21] No ano de 2018, de acordo com o University Ranking by Academic Performance (URAP),[22] a USP continua sendo a melhor universidade iberoamericana e está colocada na trigésima sexta posição no mundo. Em 2015 e 2024, a USP foi apontada como a primeira universidade da América Latina.[23] A THE classificou a instituição como a 10.ª melhor universidade dos BRICS e de outros países em desenvolvimento, em 2015.[24] Segundo o QS World University Rankings 2021, a USP foi classificada como a melhor universidade do mundo lusófono, ficando à frente de suas correspondentes portuguesas e africanas.[25] Em 2023, entrou no top 100 de melhores universidades do mundo no QS World University Rankings.[26]
Entre as universidades públicas brasileiras tem o maior número de vagas de graduação e de pós-graduação, sendo responsável também pelo maior número de mestres e doutores do mundo,[27] bem como responsável por metade de toda a produção científica do estado de São Paulo e mais de 25% da brasileira.[28] Como o Brasil é responsável por cerca de 2% da produção científica mundial, pode-se dizer que a USP é responsável por 0,5% das pesquisas científicas do mundo.[27] Além disso, entre as pós-graduações no Brasil com conceitos 6 e 7 (os mais altos conceitos) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Capes, 25% estão na USP, chegando à porcentagem de 55% se considerado apenas o território paulista.[29]
De São Paulo não sairão mais guerras civis anárquicas, e sim 'uma revolução intelectual e científica' suscetível de mudar as concepções econômicas e sociais dos brasileiros.
”
A ELSP assumiu o objetivo de formar elites administrativas para um novo modelo que vinha se configurando em que se notava uma atuação crescente do Estado, enquanto a USP voltou-se a formar professores para as escolas secundárias e especialistas nas ciências básicas. O modelo sociológico norte-americano constituiu o exemplo para ELSP, enquanto que o mundo acadêmico francês foi a principal fonte de inspiração para a USP.[33][34]
Além do político Armando de Salles Oliveira, um outro homem de grande importância na fundação da USP foi o jornalista Júlio de Mesquita Filho.[34] A instituição recebeu inúmeros professores estrangeiros nesse período.
Tal situação levou a uma menor produção de conhecimento, ainda que certos avanços, especialmente do ponto de vista tecnológico (que chegou a ser financiado pelo governo) tenham sido obtidos. Promoveu-se também um aumento sistemático do número total de vagas de graduação, incentivado pelo governo do Estado. Este fato é apontado por alguns críticos como uma resposta ao movimento estudantil anterior à sua politização, quando ele mobilizava-se apenas pelas questões educacionais.[33]
O vazio causado pelo afastamento dos professores e alunos perseguidos pelo Regime Militar interrompeu-se com a campanha de anistia política, já no início dos anos 1980. Em diversas unidades da USP, a volta de professores cassados foi celebrada, embora muitos deles tenham sido recontratados em condições precárias (antigos professores catedráticos assumiram cargos de auxiliares de ensino).[33]
Redemocratização e expansão de unidades
Paralelamente ao esvaziamento intelectual decorrente da repressão política, ocorreu na USP nas décadas de 1960, 70 e 80 um processo de fragmentação de suas unidades: foram criadas novas faculdades e novos institutos, o que resultou em novos cursos de graduação, novas linhas de pesquisa e programas de pós-graduação. A dissolução da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) costuma ser apontada como um símbolo paradigmático deste processo.[33]
Originalmente pensada como o núcleo acadêmico da universidade, reunindo em si os vários campos do conhecimento puro, a FFCL, com o tempo, viu seus departamentos ganharem autonomia e se transformarem em unidades plenas (autônomas e administrativamente separadas de sua unidade original). O Instituto de Física foi o primeiro departamento a desvincular-se da FFCL, seguido igualmente de outros departamentos ligados às ciências exatas e biológicas. Desta forma, com a permanência apenas dos cursos ligados às humanidades, ocorreu uma reforma interna na unidade e ela passou a se chamar Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
Em 2005, foi construído na Zona Leste de São Paulo o campus USP Leste, que atualmente abriga a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), tendo alguns cursos que fogem à tradição universitária brasileira e visam à diversificação das áreas consolidadas da instituição.[37] Em 2013 o Conselho Universitário aprovou a instalação do curso Engenharia da Computação: ênfase em sistemas corporativos da Escola Politécnica campus Leste. Em 21 de março de 2006, a USP aprovou a incorporação da Faculdade de Engenharia Química de Lorena (FAENQUIL) e passou com isso a ter uma unidade no Vale do Paraíba, com cerca de 1 600 alunos no total, sendo 1 200 na graduação.[38] No aniversário de 15 anos da Unidade (2020), o Jornal da USP publicou edição especial[39] com trajetória do campus e seu potencial na produção científica, tendo o Observatório Interdisciplinar de Políticas Públicas "Professor Doutor José Renato de Campos Araújo" (OIPP)[40] como um dos vetores da produção de pesquisa na EACH.
No dia 8 de novembro de 2011, o edifício sede da reitoria da universidade foi ocupado por centenas de estudantes descontentes com o alegado autoritarismo da gestão do reitor João Grandino Rodas (segundo colocado em uma lista tríplice e escolhido pelo então governador José Serra, do PSDB) e a outorga de um convênio ampliando a atuação da PM no campusButantã da Universidade de São Paulo.[41][42]
No dia 8 de novembro, mais de 400 policiais da tropa de choque, cavalaria, GOE, GATE e até helicópteros cercaram a reitoria da USP e detiveram mais de 70 pessoas no prédio.[43][44] À noite, a Assembleia Geral dos Estudantes foi convocada e, com cerca de 4 mil alunos, votou por uma greve geral, revertida apenas no começo de 2012.[41] Os estudantes reivindicavam o fim do convênio com a PM no campus, a criação de um grupo para discutir um outro programa de segurança, a renúncia do reitor João Grandino Rodas e a não punição administrativa dos estudantes.[41]
Fraude no sistema de cotas
Após diversas reivindicações do movimento estudantil da Universidade, em 2018 a USP passou a adotar um Sistema de cotas para o ingresso de estudantes via Fuvest,[45] sendo a última Universidade do país a adotar tal sistema.[46] Após a implementação do sistema de cotas, diversas denúncias de fraudes começaram a surgir,[47] o que gerou uma crescente pressão dos estudantes e do Poder Público para que estes casos fossem averiguados.[48]
Em 13 de Julho de 2020, o Instituto de Relações Internacionais foi o primeiro a votar, na história da USP, pela expulsão de um aluno acusado de fraude de cotas raciais e sociais.[49] O processo de averiguação foi realizado através da criação de uma comissão no próprio Instituto, em parceria com a Reitoria, após denuncias feitas pelo Coletivo de Negras e Negros "Lélia Gonzalez", organizado pelo movimento estudantil do curso de Relações Internacionais. Após a decisão historicamente simbólica na história da Universidade e do Instituto, a notícia tornou-se manchete nos principais jornais do país.[50]
A FUVEST é um órgão autônomo ligado à universidade, que destina 9 568 das 11 507 vagas disponíveis na graduação através de seu certame. No concurso para o ano letivo de 2016, foram mais de 142 mil candidatos a umas das 9 658 vagas oferecidas pela USP.[52]
Tais números colocam o exame aplicado pela Fuvest como um dos maiores e mais concorridos do país. As 1 489 vagas restantes são destinadas aos candidatos inscritos no processo de seleção do Ministério da Educação (SISU), que utiliza notas do Exame Nacional do Ensino Médio.[53]
Dos cursos de graduação disponíveis, 85 cursos aderiram parcialmente ao SISU e 58 cursos mantiveram integralmente a Fuvest como forma única de ingresso.[54] Os cursos que mantiveram a Fuvest, por exemplo, são alguns cursos mais concorridos, como medicina além dos cursos audiovisual e as engenharias de São Paulo ficaram de fora da adesão ao Enem via SISU. Outros, como direito no Largo São Francisco e relações internacionais, passam a oferecem vagas parciais pelo SISU.[55]
Para concorrer as vagas através do SISU, será exigido do candidato notas mínimas para a aplicação no processo seletivo. As notas mínimas para o candidato aplicar no processo de vagas na USP pelo SISU varia para cada um dos 85 cursos que aplicam parcialmente o processo seletivo do MEC.[56]
Essas notas mínimas variam entre 450 e 700 pontos.[57]
Abaixo são listados os cursos que vão exigir a nota mínima de 700 pontos para a aplicação via SISU:
Campus de Piracicaba: Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Gestão Ambiental;
Campus de Ribeirão Preto: Química (Integral- Matutino/Vespertino e noturno), Administração (noturno e matutino), Odontologia (Integral-Matutino e Vespertino);
Nesses cursos, o candidato deverá ter conseguido os 700 pontos na Redação e em todas as provas do ENEM (Matemática; Linguagens, Códigos; Ciências Humanas e Ciências da Natureza) para estar apto à aplicar no processo seletivo e assim concorrer as vagas na USP via SISU. Dentre das 1 489 vagas disponíveis via SISU, são reservadas 1 159 vagas para estudantes concluintes do ensino médio oriundos da rede pública de ensino e com renda per capita de até um salário mínimo e meio, considerados candidatos com vulnerabilidade social, porém obedecendo os critérios de pontuação mínima para aplicação.[carece de fontes?]
Ainda em São Paulo, a USP expandiu-se em 2005 para um novo local na Zona Leste assim dando origem à EACH. E em 2011, o governador Geraldo Alckmin inaugurou um campus da USP em Santos — a 1ª unidade da USP dentre 4 que deverão funcionar no litoral do estado —, cujas atividades iniciaram-se em 2012 e baseiam-se sobretudo em engenharia dopetróleo com especialização em Ética, Valores e Cidadania na Escola e mestrado em Sistemaslogísticos.
Segundo dados do último anuário, conjunto de informações relevantes sobre o funcionamento e situação da instituição, a USP possui: 86 187 alunos matriculados; 54 361 matriculados na Graduação (1º semestre); 25 433 matriculados na Pós-Graduação; 13 165 dos pós-graduandos estão no Mestrado; 12 278 dos pós-graduandos estão no Doutorado; 53,48% (46 090) de estudantes homens e 46,52% (40 097) de mulheres; 5 434 docentes (dos quais 4 469 dedicam-se em tempo integral); e 15 221 funcionários, em todas as funções.[58]
Recursos
Como as duas outras universidades estaduais paulistas (Unesp e Unicamp), a USP é mantida sobretudo através da arrecadação do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por parte do governo estadual. Tal dotação orçamentária é fixa: desta forma, a USP (assim como as duas outras universidades citadas) é uma das poucas instituições públicas do país a possuir autonomia financeira.[59] Recebe também verbas de instituições de fomento à pesquisa e ao ensino superior (como a FAPESP e o CNPq).
Como terceira fonte de arrecadação, conta com uma série de fundações privadas que atuam em forma de parceria com a universidade, utilizando-se de seus pesquisadores e instalações e fornecendo em troca verbas e know-how específico. Tais fundações são questionadas no tocante ao seu interesse público: críticos afirmam que elas representam o início de um processo de privatização do ensino superior público.
Bibliotecas
A Universidade de São Paulo possui 42 bibliotecas instaladas nas unidades de ensino dos diversos campi. Juntas, elas formam um dos principais acervos bibliotecários do Brasil, com cerca de 7 052 084 unidades entre livros, teses e periódicos.[60] Essas bibliotecas são geridas pelo Sistema Integrado de Bibliotecas, que também é responsável pelo catálogo online das bibliotecas da USP (Dedalus).[61]
O Dedalus é um catálogo global, que possibilita a consulta simultânea em todas as bibliotecas da Universidade ou pelo catálogo específico de cada biblioteca. Assim, o usuário é capaz de localizar a referência bibliográfica de qualquer item do acervo da USP. Alguns artigos já possibilitam o acesso à informações online, provindas de Revistas Eletrônicas, dinamizando as pesquisas.
Esse sistema representa um passo importante para a melhoria do acesso à informação e modernização do ensino superior público. Outro passo importante da USP, em conjunto com Unicamp e Unesp, é o de integrar os acervos das três universidades estaduais paulistas via a rede mundial de computadores. Tarefa tida como de extrema importância para o processo de internacionalização dessas.
Parte das teses e dissertações defendidas na Universidade de São Paulo está disponível para consulta na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. Nessa, estão disponíveis mais de 15 921 documentos de autoria dos estudantes e docentes de instituição. O usuário pode pesquisar o conteúdo desejado a partir de palavras-chave, além de consultar a relação dos materiais disponíveis por tipo (tese de doutorado, dissertação de mestrado ou tese de livre-docência), área do conhecimento (humanidades, ciências exatas e ciências biológicas) ou pela unidade responsável pelo trabalho.[62]
Jornal da USP
A universidade possui um jornal, que é controlado pela Superintendência de Comunicação Social.[63] Em abril de 2020, o jornal alcançou um recorde de visualizações com informações sobre a COVID-19.[64] Em 2018, ganhou o prêmio IMPA-SBM de Jornalismo pela série de reportagens "A matemática está em tudo!".[65]
Museus e galerias de arte
A Universidade de São Paulo possui um rico conjunto de museus e galerias de arte importantes, a maioria localizados no campus central, em São Paulo, tais como:
Vista panorâmica do Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga
Pesquisa
A Universidade de São Paulo (USP) é uma das maiores universidades do Brasil, tem professores de mestrado e doutorado com dedicação a pesquisas científicas e pesquisas acadêmicas e os pesquisadores contam com mais de 1 600 grupos de pesquisa certificados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A USP tem programa de pré-iniciação científica, há 40 anos tem pesquisas de laboratório de investigação médica ao tratamento do paciente e tem aberto um projeto de pesquisa em parceria com a Universidade Humboldt em Berlim.[66][67][68][69][70][71] Em março de 2020 a USP criou uma rede colaborativa de laboratórios para diagnosticar o novo coronavirusCOVID-19.[72]
Prêmio IgNobel
Pesquisadores da USP venceram o 32.ª Prêmio IgNobel de 2022 na categoria Biologia. Os cientistas pesquisaram o efeito da constipação intestinal em escorpiões que atrapalha o acasalamento, devido à perda da cauda.[73]
A USP, assim como a maioria das universidades brasileiras, confere autonomia a suas unidades de ensino, pesquisa e extensão no que concerne à organização didática e definição curricular de cada um dos cursos, o que resulta muitas vezes em uma considerada excessiva fragmentação do ensino e da pesquisa e da desconexão entre o conhecimento produzido em cada uma das unidades.
Cada unidade está dividida em departamentos. Um departamento normalmente é responsável por um dos cursos oferecidos pela unidade ou por uma linha de pesquisa específica. No caso de unidades com apenas um ou dois cursos, os departamentos não ficam responsáveis pela totalidade do curso, mas por uma parte dele. Devido à já citada fragmentação e descentralização da universidade, é comum ver departamentos com perfis semelhantes em unidades diferentes, o que gera críticas quanto à eficácia dos investimentos públicos e duplicação de esforços.
A estrutura administrativa da USP tem na Reitoria o seu órgão central, assim como no Reitor a figura principal da Universidade. Subordinadas à Reitoria estão as quatro Pró-Reitorias, órgãos especializados em cada um dos campos de atuação da universidade: Pró-Reitoria de Graduação (PRG), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (PRC).
Nos últimos anos tem se discutido a criação de uma Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, assunto que segundo os críticos sempre foi considerado secundário para os dirigentes da Universidade.
Na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira localiza-se a estrutura administrativa de toda a Universidade de São Paulo, no bairro do Butantã, no município de São Paulo.[74] Nesse campus localiza-se a maioria das unidades de ensino, pesquisa e extensão da universidade, além dos órgãos centrais como o gabinete do reitor e as pró-reitorias. A maior parte dos edifícios existentes hoje na Cidade Universitária foram construídos a partir de meados da década de 1960. Desta forma, apresentou-se de forma bastante evidente uma intenção urbanismo funcionalista na constituição de seus espaços e na organização de suas unidades.
No Campus Área 1 atualmente, existem cinco unidades de ensino: EESC, ICMC, IFSC, IQSC e IAU, somadas à Prefeitura do Campus Administrativo de São Carlos (PUSPSC), ao Centro de Informática de São Carlos (CISC), ao Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) e a outros órgãos/serviços, formam a USP-São Carlos. O campus de São Carlos contam com uma população de 9 212[58] pessoas entre alunos de graduação e pós-graduação, professores e funcionários. São Carlos é conhecida como o berço dos doutores, possuindo a maior relação de doutores por km² do país e a terceira maior do mundo. A cidade São Carlos é considerada uma ilha de excelência tecnológica no estado de São Paulo, envolta por dezenas de pequenas empresas que desenvolvem tecnologia de ponta, muitas delas fundadas por ex-alunos da EESC-USP através do ParqTec.[81]
No Campus Área 2 localiza-se na região noroeste da cidade, com fácil acesso pela Rodovia Washington LuísSP-310 no km 235,8 e no km 240, e teve suas atividades acadêmicas iniciadas em 2005. Ao contrário do central, o novo campus criado em 2002 é bastante extenso (97 hectares) e possui grandes áreas de reserva legal, tornando-o um laboratório a céu aberto para o curso de engenharia ambiental que, junto com os cursos de engenharia da computação e engenharia aeronáutica, já iniciaram a ocupação deste novo espaço.[82]
Esta área já se encontram 15 novos laboratórios de pesquisa e ensino da EESC, bem como da Engenharia Aeronáutica e seus hangares, Engenharia da Computação e laboratórios, Engenharia Ambiental, salas de aula, restaurante universitário e Centro de Convenções. Há também uma estação meteorológica fixa controlada pela Engenharia Ambiental. Também há na área o IFSC e do IQSC.[83]
Segundo maior campus da USP, o Campus de Ribeirão Preto conta com uma população de 16 839 (2015)[84] pessoas entre alunos de graduação e pós-graduação, professores e funcionários. Oferece 24 Cursos de Graduação, oferecendo 1 405 novas vagas anualmente e totalizando 6 969 alunos de Graduação. Somado a isso, oferece 48 Programas de Pós-Graduação, totalizando 13 759 alunos no Campus. O número de docentes é de 1 005, e de funcionários, 2 075. O campus também conta com estrutura desejada para seu pleno funcionamento, como, por exemplo, Prefeitura do Campus, agências bancárias e outros comércios, coordenadoria, centrais de tratamento odontológico, bibliotecas, Museu do Café, moradias estudantis, Restaurante Universitário, Hemocentro e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - esse último vinculado à Faculdade de Medicina.[85]
O campus da USP em Bauru foi implantado em 24 de setembro de 1948 com a criação da Faculdade de Odontologia de Bauru. A estrutura física do campus de Bauru inclui alojamento estudantil, berçário e maternal, centro cultural, centro de convivência, complexo desportivo e restaurante, localizados em uma área de 156 850 m², integrado por uma comunidade de 1 500 pessoas, entre alunos, professores e funcionários.[89] A Faculdade de Odontologia de Bauru integra o campus juntamente com o Centrinho/HRAC e a Prefeitura do Campus Administrativo de Bauru. Ela oferece os cursos de odontologia e fonoaudiologia e é constituída por 6 departamentos de ensino, a FOB conta com 118 docentes, a maioria em tempo integral, e 233 servidores administrativos, operacionais e técnicos.[90]
O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, conhecido por "Centrinho", oferece tratamentos especializados em anomalias craniofaciais e deficiências auditivas. O hospital é dividido em setores interdisciplinares e unidades de serviço que ocupam, ao todo, uma área construída de 19,7 mil metros quadrados em instalações que compreendem uma área verde de 36,3 mil metros quadrados. A instituição também é um hospital universitário.[91]
Em 4 de julho de 2017, o Conselho Universitário (Co) da USP aprovou a criação de um novo curso de medicina que será vinculado à Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP e oferecerá 60 vagas no vestibular. O número de vagas será aumentado gradativamente, com 80 vagas em 2020 e 100 vagas a partir de 2021.[92]
Pirassununga
O Campus de Pirassununga é o maior campus da USP em extensão territorial, com área total de 22 690 337,77 m² de área e com 67 595,76 m² de área edificada, dividida pela Via AnhangueraSP-330, entre os quilômetros 211 e 218. A fazenda, que, em 1945, iniciou suas atividades como Escola Prática de Agricultura Fernando Costa, integrou-se à Faculdade de Zootécnica de Engenharia de Alimentos em 1992. Há no Campus três unidades:[93]
Coordenadoria do Campus Administrativo de Pirassununga;
Além disso, o campus possui uma estrutura semelhante às cidades universitárias da USP e da UNICAMP, com moradia estudantil, agências bancárias, restaurantes universitários, centros esportivos, de eventos e serviços de atendimento médico e odontológico.
Lorena
Campus I
Campus II
A Escola de Engenharia de Lorena (EEL-USP) nasceu da transferência das atividades acadêmicas, de ensino e de pesquisa da extinta FAENQUIL - Faculdade de Engenharia Química de Lorena, criada em 1970 - para USP em 29 de maio de 2006. Lorena fica a 180 km de São Paulo, no Vale do Paraíba.[94]
A EEL concentra áreas de pesquisas estratégicas para o desenvolvimento nacional desenvolvendo novos produtos e processos que impulsionem o progresso científico e tecnológico do país nos campos de: Biotecnologia Industrial, Metais Refratários, Engenharia Química e Química Fina. Sua estrutura está dividida em dois campi: no campus I se concentra a Administração da EEL, e os Departamentos de Engenharia Química, de Ciências Básicas e de Biotecnologia. No campus II encontra-se o Departamento de Engenharia de Materiais.[94]
A EEL atende anualmente uma média de 1 600 alunos, de várias partes do país e do mundo. Oferece cursos de graduação em Engenharia Química, Engenharia Industrial Química, Engenharia Bioquímica, Engenharia Ambiental, Engenharia Física, Engenharia de Produção e Engenharia de Materiais; mestrado em Engenharia Química, mestrado e doutorado em Engenharia de Materiais e em Biotecnologia Industrial. Possui também cursos de especialização em Engenharia Ambiental, Engenharia da Qualidade e Matemática. Conta ainda com o Ensino Médio e com o curso Técnico de Química (COTEL), oferecendo ensino de qualidade que foi reconhecido, em 2011, com o selo CRQ – IV.[94]
Santos e São Sebastião
A USP Mar, como é também conhecido o campus da USP inaugurado em 2011 em Santos – a primeira unidade da USP no litoral do estado –, era responsável pelos cursos de graduação em engenharia do petróleo, de especialização em Ética, Valores e Cidadania na Escola e de mestrado em Sistemaslogísticos. Tais cursos começaram a funcionar na unidade no início de 2012; o curso de engenharia do petróleo retornou à Escola Politécnica e foi encerrado em 2020.[95]
A outorga do título de professor emérito é aprovada pelo Conselho Universitário. A honraria é concedida a professores aposentados que se distinguiram por atividades didáticas e de pesquisa ou que tenham contribuído, de modo notável, para o progresso da universidade.[97][98][99]
Desde 1934, ano da sua fundação, a Universidade já concedeu 20 títulos de professores eméritos:
↑ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS REITORES DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS E MUNICIPAIS. Abruem - Associação Brasileira de Universidade Estaduais e Municipais. Disponível em: <http://www.abruem.org.br/filiadas>. Acesso em: 18 set. 2014.
↑GHANEM, E., MARCHIONI, A. L. A USP Leste e a contribuição de comunidades locais para a inovação das comunidades universitárias. In: GOMES, Celso de Barros. (Org.). USP Leste: a expansão da universidade do oeste para o leste. São Paulo: Edusp, 2005. p. 197-211.
↑ abUniversidade de São Paulo - Campus de São Carlos. «USP São Carlos». Consultado em 20 de março de 2011