Em 1 de Abril de 1949, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que já tinham chegado mais quatro unidades desta série, que tinham sido transportados a bordo do vapor Ribeira Grande, da Companhia de Navegação Carregadores Açorianos.[1] Já tinham entrado nas oficinas da companhia em Campolide, prevendo-se a sua entrada ao serviço dentro de cerca de dois meses.[1] Uma das locotractoras desta série fez parte de uma exposição nas oficinas do Barreiro, durante a Reunião Internacional dos Caminhos de Ferro, realizada em Lisboa entre 1 e 3 de Junho de 1949.[2] Em 30 de Junho desse ano, foi organizada uma viagem especial entre Campolide e Sintra, para testar uma das locotractoras desta série.[3] A bordo do comboio viajou o director geral, Roberto de Espregueira Mendes, e outros funcionários da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[3]
A unidade número 1104 foi repintada com o esquema de cores original, em tons verdes, para ser exposta no Museu Nacional Ferroviário.[4]
Descrição
Cada unidade possuía dois motores, totalizando uma potência de 380 C.V., podendo atingir uma velocidade máxima de 50 Km/h.[3] Cada locotractora pesava cerca de 50 T.[1] Utilizavam transmissão eléctrica, o que facilitava as operações de manobras e reduzia as despesas de manutenção.[1] Este tipo de locotractora foi desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido utilizadas para rebocar os primeiros vagões de mercadorias desembarcados após a Batalha da Normandia, e depois durante o avanço aliado na França, Bélgica e Alemanha, tendo recebido grandes elogios pela sua eficiência.[1]
Foram encomendadas principalmente para assegurar as manobras do material circulante no interior das estações, e para rebocar comboios mistos em linhas secundárias.[1]
↑ abc«Viagens e Transportes»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1478). 16 de Julho de 1949. p. 470. Consultado em 8 de Setembro de 2018
↑ abcdefERUSTE, Manuel Galán (1998). «Exposición ferroviaria: 50 Años de la Traccion Diesel en Portugal». Maquetren (em espanhol). 6 (71). Madrid: Revistas Profesionales. p. 19
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