De forma semelhante ao reflexo do joelho (patelar), o sinal da Lázaro é um de reflexo mediado pelo arco reflexo — um caminho neural que passa através da coluna vertebral mas não através do cérebro. Como consequência, o movimento é possível em pacientes com morte cerebral cujos órgãos foram mantidos em funcionamento através de máquinas de suporte vital, excluindo a indicação de movimentos complexos involuntários como teste para atividade cerebral.[3] Tem sido sugerido por neurologistas que estudam o fenômeno que isto aumentou a conscientização de que este e outros reflexos "podem impedir atrasos e interpretações erradas no diagnóstico de morte cerebral."[2]
Este reflexo é frequentemente precedido por pequenos tremores nos braços do paciente ou pela aparição de arrepios na pele dos braços e do dorso. Os braços então começam a se flexionar nos cotovelos antes de se levantarem para ficarem acima do esterno. Também costumam ser levados à altura do pescoço ou do queixo e se tocam ou se cruzam. Breves exalações têm sido observadas coincidindo com a ação.[3]
Ocorrências
A ocorrência do fenômeno foi observada vários minutos após a remoção dos respiradores usados para manter a oxigenação no sangue dos pacientes com morte cerebral.[4] Também pode ocorrer durante os testes de apneia— isto é, a suspensão da respiração externa e do movimento dos músculos dos pulmões— que é um dos critérios para determinar a morte cerebral usados pela Academia Americana de Neurologia.[5]
Os sinais de Lázaro observados em unidades de terapia intensiva foram tomados impropriamente como evidências de ressuscitação de paciente, além de poderem assustar as testemunhas desses movimentos, e serem vistos por alguns como movimentos miraculosos.[3][4]