Em 2008, na terceira corrida da temporada, o Grande Prêmio do Barém, Kubica conquistou sua primeira pole position na categoria.[3] Na sétima corrida, o Grande Prêmio do Canadá, disputado na mesma pista onde em 2007 sofreu um violento acidente, conquistou a sua primeira vitória na categoria, batendo o seu companheiro Nick Heidfeld, segundo colocado.[4]
Partindo da segunda posição, Kubica beneficiou-se de um erro de Hamilton que, na primeira parada nos boxes, bateu na traseira de Räikkönen. Assim, Kubica tinha uma parada e era o primeiro na pista, já com uma parada. Depois da parada de Heidfeld, dos restantes pilotos à sua frente, assume o primeiro lugar, mantendo-o após a sua segunda parada e, conquistando assim, a sua primeira vitória na Fórmula 1. Curiosamente a sua primeira vitória coincidiu também com a primeira vitória e a primeira dobradinha da BMW Sauber na Fórmula 1.
Disputando a temporada 2010, após terminar a primeira corrida apenas em décimo primeiro, Kubica surpreendeu a todos conquistando a segunda colocação no Grande Prêmio da Austrália, com um carro considerado problemático.[7] Nas demais etapas do mundial o piloto demonstrou-se consistente, chegando sempre a zona de classificação, inclusive conquistando mais um pódio no Grande Prêmio de Mônaco, dessa vez em terceiro lugar. No Grande Prêmio do Canadá o piloto polonês surpreendeu novamente, fazendo a melhor volta da prova. A primeira da carreira, e no Grande Prêmio da Bélgica subiu pela terceira e última vez ao pódio novamente em terceiro lugar.[8]
Acidente durante evento de Rali
Em 6 de fevereiro de 2011, durante a pré-temporada da Fórmula 1, Kubica participou do rali"Ronde di Andora", na Itália, pilotando o carro Skoda Fabia. Durante o evento, o polonês perdeu o controle de seu carro e colidiu contra a proteção lateral da pista, que atravessou o motor e o cockpit, atingindo o piloto.[9][10] Kubica sofreu traumatismos múltiplos em seu braço direito, perna e mão. Seu co-piloto, Jakub Gerber, escapou com poucos ferimentos.[11] Devido à gravidade dos ferimentos, chegou-se a considerar a amputação da mão do piloto, no entanto essa possibilidade acabou sendo descartada.[12] O piloto teve de passar por uma cirurgia que durou sete horas.[13] Três dias antes, Kubica chegou a participar dos treinos coletivos da pré-temporada da Fórmula 1, realizados em Valência, marcando o melhor tempo nos três dias do evento.[14]
Depois de dois meses internado e passar por quatro cirurgias, Kubica recebeu alta para continuar o tratamento em casa.[15]
Retorno às pistas
No dia 9 de setembro de 2012, o polonês voltou a competir, vencendo com folga o Ronde di Gomitolo Lana, rali disputado na Itália. Pilotando um Subaru Impreza S12 WRC, ao lado do navegador Giuliano Manfredi, foi campeão da prova com quase 1 minuto de vantagem para o segundo colocado.[16] O cirurgião pessoal do piloto, no entanto, chegou a colocar em dúvida a recuperação completa do braço direito. Segundo o cirurgião Igor Rosello, "nem mesmo uma boa e longa reabilitação poderia levar à recuperação plena da mobilidade da mão de Kubica", o que impossibilitaria seu retorno à Fórmula 1, por ser uma categoria que exige uma maior mobilidade.[17]
Expectativa para 2017 e tentativa de retorno para a Fórmula 1 em 2018
Em junho de 2017, Robert Kubica foi convidado pela Renault para realizar um teste em Valência, na Espanha, com uma Lotus E20 de 2012, sendo este seu primeiro evento de Fórmula 1 desde seu acidente em 2011. Após um bom desempenho, Robert fez novos treinos em agosto do mesmo ano, desta vez com o bólido R.S.17, o então modelo atual da escuderia. Kubica realizou um total de 142 voltas no teste coletivo de Hungaroring realizado após a conclusão do Grande Prêmio da Hungria, o equivalente a dois GPs completos, o que lhe daria plenas condições para disputar novamente uma prova de Fórmula 1.[18] Kubica terminou o evento como o quarto mais rápido, quase 1,5 segundos atrás de Sebastian Vettel.[19]
Em 11 de outubro de 2017, Kubica completou um teste de um dia com a Williams em Silverstone dirigindo o FW36 de 2014.[20][21] Em 17 de outubro de 2017, Kubica teve um segundo dia de testes com a Williams em Hungaroring.[22]
Depois que Felipe Massa anunciou sua aposentadoria do esporte pela segunda vez,[23] Kubica se tornou um dos principais candidatos a ocupar seu lugar na Williams Martini Racing.[24] Ele então testou para a equipe britânica no Circuito de Yas Marina após o Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2017,[25] completando 100 voltas em seu primeiro teste com o chassi de 2017 da equipe, o FW40.[26][27] Ele completou 28 voltas adicionais no dia seguinte e terminou como o sétimo mais rápido,[28] com o chefe técnico da Williams, Paddy Lowe, relatando que "não há problemas em torno de suas lesões",[29] embora dúvidas logo surgiram sobre se certos fatores fizeram os tempos parecer melhor.[30]
Mas no dia 16 de janeiro de 2018, a equipe anunciou a contratação do jovem piloto Sergey Sirotkin para ocupar a vaga deixada por Massa, já que o piloto russo teve resultados melhores nos treinos de Dubai, pós-Fórmula 1, sendo que Sirotkin também tinha um forte aporte financeiro de 15 milhões de euros.[31]
No mesmo dia, foi anunciado que Kubica se tornaria o piloto reserva da Williams para a temporada de 2018.[32] Ele participou de seu primeiro fim de semana de Grande Prêmio desde a rodada final do campeonato de 2010, na primeira sessão de treinos de sexta-feira no Grande Prêmio da Espanha de 2018, superando o companheiro de equipe Lance Stroll.[33]
Retorno à Fórmula 1 como piloto titular
Antes da rodada final da temporada de 2018, a Williams anunciou, em 22 de novembro de 2018, que Kubica iria competir em tempo integral para a equipe na temporada de 2019, onde faria parceria com o piloto britânico George Russell.[34]
Alfa Romeo
Kubica se juntou à Alfa Romeo Racing como piloto reserva para a temporada de 2020, retornando à equipe com a qual fez sua estreia na Fórmula 1 em 2006 (quando ainda era conhecida como BMW Sauber).[35] Ele participou do teste de pré-temporada no circuito de Barcelona-Catalunha e estabeleceu o tempo de volta mais rápido durante o quarto dia de testes. Durante a temporada, Kubica completou testes nos Grandes Prêmios da Estíria, Hungria, Barém e Abu Dabi. Ele também participou do teste para jovens pilotos em Abu Dabi, que encerrou a temporada.[36]
A partir do Grande Prêmio da Hungria, Kubica participou de três sessões de treinos livres em 2021, nos Grandes Prêmios da Espanha, Estíria e Hungria, bem como dois dias de testes de pneus da Pirelli para pneus de 18 polegadas.[37]
Em 2022, Kubica permaneceu como piloto reserva e de testes da equipe.[40] Ele participou dos treinos livres para os Grandes Prêmios da Espanha, França, Hungria e Abu Dhabi.[41][42][43] Porém, com a mudança do patrocinador principal da Alfa Romeo, a Orlen, para a Scuderia AlphaTauri para a temporada da Fórmula 1 de 2023, Kubica deixou a equipe.[44]
Competição em outras categorias
Robert Kubica corre atualmente pela categoria de protótipos Hypercar do Campeonato Mundial de Endurance da FIA pela equipe italiana AF Corse com modelo de competição 499P. O piloto polonês tem o registro de uma vitória na prova dos Estados Unidos (Lone Star Le Mans).[45] Competiu também em subcategorias pela classe LMP2 entre 2021 e 2023 pelas equipes Prema Racing e Team WRT.
↑Barretto, Lawerence (28 de novembro de 2017). «Kubica: "I'm not driving one-handed"». Motorsport.com. Motorsport Network. Consultado em 28 de novembro de 2017