Áureo romano cunhado no reinado de Trajano, por volta de 115 d.C. O reverso comemora tanto o pai biológico do imperador, Marco Úlpio Trajano, irmão de Úlpia, quanto o adotivo, o imperador deificadoNerva.
Trajano era membro da gens Úlpia e originário de uma família de origem italiana que vivia na Hispânia. Não se conhece o nome de sua mãe, mas sabe-se que os ancestrais de seu pai se assentaram na região de Itálica (perto da atual cidade de Sevilha, na Espanha) no final do século III a.C. Sua irmã se chamava Úlpia e era a mãe do pretorPúblio Élio Adriano Afer, o pai do imperador Adriano. Trajano se casou com uma romana chamada Márcia, com quem teve dois filhos: uma menina chamada Úlpia Marciana e um filho, o futuro imperador Trajano. Através de Marciana, ele era o avô de Salonina Matídia e bisavô de Víbia Sabina, a esposa de seu sobrinho-neto Adriano.
Por causa de suas vitórias, Vespasiano concedeu a Trajano o título de governador de uma província que não sabemos o nome e também um consulado em 70. Nos anos seguintes, ele serviu como governador da Hispânia Bética e da Síria, quando conseguiu impedir uma invasão do Império Parta. Em 79 ou 80, ele comandou uma província não especificada na África e finalmente na Anatólia ocidental.
Legado
Trajano viveu seus últimos anos com honra e distinção. Evidências indiretas sugerem que ele pode ter morrido antes da ascensão de seu filho em 98.[1] Por volta de 100, seu filho, Trajano, fundou uma cidade no norte da África chamada Colônia Marciana Úlpia Trajana Tamugadi (atual Timgad, na Argélia). Trajano, o filho, batizou a cidade em homenagem ao pai, à mãe e à irmã. Em 113, Trajano, o pai, foi deificado pelo filho e título oficial era divus Traianus pater.
Exceto se explicitado de outra forma, as notas abaixo indicam que o parentesco de um indivíduo em particular é exatamente o que foi indicado na árvore genealógica acima.
↑Amante de Adriano: Lambert (1984), p. 99 e passim; deificação: Lamber (1984), pp. 2-5, etc.
↑Júlia Bálbila seria uma possível amante de Sabina: A. R. Birley (1997), Adriano, the Restless imperador, p. 251, citado em Levick (2014), p. 30, que é cético em relação a esta hipótese.
↑Marido de Rupília Faustina: Levick (2014), p. 163.
Giacosa, Giorgio (1977). Women of the Césars: Their Lives and Portraits on Coins. Translated by R. Ross Holloway. Milan: Edizioni Arte e Moneta. ISBN0-8390-0193-2
Lambert, Royston (1984). Beloved and God: The Story of Adriano and Antinous. New York: Viking. ISBN0-670-15708-2
Levick, Barbara (2014). Faustina I and II: Imperial Women of the Golden Age. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN978-0-19-537941-9