Cneu Pompeu Colega (em latim: Gnaeus Pompeius Collega) foi um senador romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de novembro a dezembro de 71 com Quinto Júlio Córdio.[1]
Carreira
Sua carreira política é conhecida apenas parcialmente. Colega foi legado da Legio IV Scythica, estacionada na Síria em 70.[2] O recém-empossado governador, Lúcio Júnio Cesênio Peto, ainda não havia chegado e, como o mais sênior dos oficiais na região, Colega atuava como governador. Neste período, um incêndio irrompeu em Antioquia e, segundo Flávio Josefo, todo o mercado, as cortes legais e os edifícios civis vizinhos foram destruídos. A comunidade judaica local foi acusada de ser a causadora do incêndio e os cidadãos de Antioquia começaram a atacá-los. Depois de muita dificuldade, Colega conseguiu conter a população e iniciou uma investigação para descobrir a causa do incêndio. Ele descobriu que os judeus não apenas eram inocentes, mas que o fogo foi "obra de patifes que, pressionados por suas dívidas, imaginaram que se queimassem o mercado e os registros públicos, estariam livres de todas as dívidas".[3] É provável que esta atuação tenha lhe valido a nomeação para o consulado no ano seguinte.
O outro cargo conhecido de Colega foi o de governador da Galácia, onde duas inscrições diferentes atestam sua administração. Uma é um miliário[4] e a outra, uma dedicação em Antioquia na Pisídia celebrando seu patrocínio da cidade.[5] Werner Eck data seu mandato na região entre os anos de 73 e 77.[6]
Família
Colega tem sido identificado como sendo o pai de Sexto Pompeu Colega, cônsul em 93.
Ver também
Referências
- ↑ Giuseppe Camodeca, "Novità sui fasti consolari delle tavolette cerate della Campania", Publications de l'École française de Rome, 143 (1991), pp. 57–62
- ↑ Werner Eck, "Jahres- und Provinzialfasten der senatorischen Statthalter von 69/70 bis 138/139", Chiron, 12 (1982), pp. 287-289
- ↑ Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas VII.53-61
- ↑ ILS, 8904
- ↑ CIL III, 6817
- ↑ Werner Eck, "Jahres- und Provinzialfasten", pp. 293-298