O termo Mediterrâneo deriva da palavra latina Mediterraneus, que significa entre as terras. O mar Mediterrâneo através da história da humanidade tem sido conhecido por nomes diferentes. Os antigos romanos o chamavam, de Mare Nostrum, que significa Nosso Mar (e de fato os romanos conquistaram todas as regiões, com vista para o Mar Mediterrâneo). Pelos árabes era chamado de al-Bahr al-al-Abyad Mutawassiṭ (árabe البحر الأبيض المتوسط) ou seja, "Mar Branco do Meio", o que inspirou o termo turco Akdeniz que significa Mar Branco.
Um dos fatos marcantes da história da região aconteceu em 1453 quando os otomanostomaram a cidade de Constantinopla (atual cidade turca de Istambul) e fecharam o Mediterrâneo oriental à penetração europeia.[7] Esta teria sido uma das razões que teria impelido os portugueses a se aventurarem pelo Atlântico em busca do caminho das Índias.
Na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra e a França foram ampliando suas influências sobre a região, aproveitando a decadência gradual do Império Otomano e, ao tempo, tentando impedir a expansão da Rússia. A Inglaterra que foi afirmando-se cada vez mais como grande potência marítima, estabeleceu-se em alguns pontos estratégicos (Gibraltar e ilhas de Malta e Chipre), que se transformariam em importantes bases navais.
Em 1869, com a abertura do canal de Suez, obra construída por um consórcio franco-britânico, o Mediterrâneo Oriental passou a integrar as grandes rotas do comércio internacional, passando a ter um papel relevante nas relações políticas e comerciais das potências da Europa.[8]
Com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914–18), consolidou-se a supremacia britânica, num momento em que o Mediterrâneo se transformava numa artéria vital para a Europa em função de estabelecer uma ligação mais rápida e econômica entre as áreas consumidoras e produtoras de petróleo, estas últimas situadas no Oriente Médio.
Algumas décadas depois, ao findar-se a Segunda Guerra Mundial em 1945, o Mediterrâneo, assim como quase todas as áreas do mundo, encaixou-se imediatamente nos esquemas do jogo de influências e alianças engendrados pela Guerra Fria. Com a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), os Estados Unidos substituíram gradativamente os britânicos como potência dominante do Mediterrâneo.
Os processo conflituosos de independência de uma série de colônias europeias situadas especialmente no norte da África, a pressão exercida pela crescente expansão da Marinha Soviética, os vários conflitos entre países árabes e Israel e as tradicionais rivalidades entre países da região, transformaram o Mediterrâneo numa área de frequentes tensões geopolíticas.
O fim da Guerra Fria, se de um lado eliminou ou amenizou algumas velhas tensões, por outro ensejou o surgimento de inúmeros novos desafios para os países da região.
São dezoito os países que possuem terras banhadas pelo Mediterrâneo. Eles apresentam grandes diferenças no que se refere ao tamanho, à evolução histórico-cultural e ao nível de desenvolvimento.
Praticamente todos os países que circundam o Mediterrâneo Oriental apresentam, ou apresentaram num passado recente, tensões e conflitos internos ou problemas no relacionamento com nações vizinhas.
Embora não sejam banhados pelo Mar Mediterrâneo, a Sérvia e Portugal na Europa, e a Jordânia na Ásia, são, por vezes, considerados países mediterrânicos devido à proximidade geográfica e clima mediterrânico.
O clima da região Mediterrânica é caracterizado por verões quentes e secos e invernos amenos, com chuva. A temperatura do mar acompanha as mudanças climáticas da região.
O Mediterrâneo é a região turística mais visitada em todo o mundo, são atrativos o patrimônio histórico, cultural, natural e paisagístico; o mar e clima; proximidade cultural e física do Mercado Europeu; visita as regiões históricas. Em 1996 atividade gerou mais de 5 milhões de empregos na região.[30]
↑Cristina Teixeira, Renata Romão, Ricardo Vieira e Hugo Rosa (2006). «O Turismo no Mediterrâneo». Escola Superior de Tecnologia e GestãoInstituto Politécnico de Beja. Consultado em 21 de fevereiro de 2012 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Anderson Luiz da Silva (2 de dezembro de 2009). «Cozinha Mediterranea». Consultado em 16 de fevereiro de 2012