A região onde hoje localizam-se os bairros de Água Fria e Jardim França era de propriedade do francês Jacques Funke. Era constituida por pequenas propriedades e seus campos usados para pastagem. O empresário era dono da Companhia Territorial Franco-Paulista de Água Fria, construtora que loteou primeiramente o bairro de Água Fria na década de 1910.
O bairro passou a ser loteado na década de 1950, porém com perfil mais aristocrático. Seu nome faz alusão ao país europeu devido ao francês proprietário das terras, citado anteriormente. Na época o mesmo doou um dos lotes para a construção da Igreja de Santa Joana d'Arc. Neste tempo era possivel se fazer agradaveis passeios no final de tarde caminhando pelos pequenos caminhos que ligavam a Água Fria ao Tucuruvi.
Anos mais tarde foi criada a Sociedade Amigos do Jardim França, instituição que trouxe melhorias ao bairro, como água canalizada e postes de luz. A venda de lotes foi intensificada depois da inauguração do Acre Clube em 1959, da iluminação pública e do asfaltamento de suas vias, que eram lamaçais em tempos de chuva.[2] Outros bairros nobres paulistanos se desenvolveram a partir de espaços destinados à pratica esportiva, como os bairros do distrito do Morumbi e o bairro do Pacaembu.[3]
Nos anos 1990 as ruas do bairro eram conhecidas no Natal paulistano, devido ao concurso de melhor casa com decorações de Natal feito entre vizinhos,[4][5] bem como a Rua Pedro Doll no Alto de Santana que também possuía um concurso de edifício/casa mais enfeitado, além da Festa Beneficente de Natal.[6] O jornal O Estado de S. Paulo em uma matéria de 1997 salientava que o concurso iniciou na Rua Cariaçu, sendo uma atração turística.[7] Houve a descontinuação da tradição natalina devido ao aumento de furtos e roubos no bairro e nos anos 2000 poucas residências reverberavam no Natal.[8] As comemorações eram patrocinada por lojas (empresários), pela associação de moradores e escolas particulares.[9]
Atualidade
Avenida Nova Cantareira com Rua Vaz Muniz, ao fundo a Água Fria (edifícios).
O bairro possui vias de traçado tortuoso seguindo os padrões garden-city, sendo considerado um bairro-jardim pela intensa arborização e a presença de 10 praças. Apesar do nome que faz alusão ao país europeu suas vias possuem nomes indígenas ligados à natureza (Jaboticatubas, Careaçú e Japira).
Sua população é bairrista, representada pela Sociedade dos Moradores e Amigos do Jardim França (SOMA-JF). A organização da sociedade civil visa a qualidade de vida do bairro, com a manutenção das regras de Zoneamento, através de uma página da rede social do Facebook e atividade ativa junto à Prefeitura de São Paulo.[10][11]
Apresenta em seus limites o Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelionato de Notas do 22º Subdistrito - Tucuruvi, a 20ª Delegacia de Polícia, a 3ª Cia do 43º BPM/M (Posto de Bombeiros Tucuruvi), a E. E. Prof. ª. Amenaide Braga de Queiroz, o Clube Acre e a Paróquia Santa Joana d'Arc.
Predominam no bairro condomínios horizontais e mansões, abriga aproximadamente 660 residências e 2500 moradores. O centro de serviços (padarias, bancos, consultórios, escolas, clínicas médicas, hospitais e comércio) da área situam-se nos limites do bairro (onde as regras de Zoneamento não são aplicadas), nas avenidas Nova Cantareira, Água Fria e Tucuruvi, no bairro da Água Fria e na região do Alto de Santana. É abastecido pela Sabesp através do reservatório de água do Sistema Cantareira.[15]
↑«Pesquise seu distrito». Prefeitura de São Paulo. 26 de setembro de 2005. Consultado em 2 de agosto de 2009. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2009