Imirim é um bairro da Zona Norte do município de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil.[1] Na sua maior parte, pertence aos distritos de Casa Verde e Santana, mas também possui territórios em Mandaqui e Cachoeirinha.[2] Surgiu em 1833.[3] Seu aniversário é comemorado em 13 de maio. Seu dia oficial foi sancionado inicialmente pela Lei 12 789, de 1999, tendo sido esta revogada pela Lei 14 485, de 19 de julho de 2007,[4] que consolidou a legislação municipal referente a datas comemorativas, eventos e feriados do Município de São Paulo e que manteve esta data comemorativa.
Etimologia
De acordo com o Arquivo Histórico Municipal Washington Luís, "Imirim" se originou de duas palavras tupis: 'y, que significa "rio", e mirim, que significa "pequeno".[5] Portanto, "Imirim" significa "rio pequeno",[6] sendo uma referência ao córrego homônimo que banha o bairro (hoje, subterraneamente).[7]
História
Uma das primeiras moradoras conhecidas da região, foi a proprietária de uma grande fazenda que abrangia parte das encostas da Serra da Cantareira e que se estendia até o rio Jundiaí. Registros dão conta que o bairro era uma parada pouco povoada atravessada pelo Córrego Imirim. Alguns de seus primeiros moradores conhecidos foram imigrantes portugueses e italianos.
No bairro, eles se estabeleceram e cultivaram frutas, cana-de-açúcar e café, e plantaram eucalipto, além de criarem gado leiteiro.
Do loteamento de terras, nasceu um grande número de bairros ligados ao distrito de Santana. No caso do Imirim, não foi diferente. Ainda assim, no começo do século, o local era coberto por matas e alguns índios persistiam em viver pelas imediações. Por esse motivo, o bairro ficou conhecido até a década de 1950 como "Terra dos Índios". Até o início do século XX, seus moradores tinham que ir até Santana para comprarem tudo o que necessitavam para sua sobrevivência: de medicamentos a roupas e calçados.[8][9]
Em 1905, padres fundaram a Capela Nossa Senhora da Glória e em 1948 foi celebrada a primeira missa. Daí iria mais tarde surgir a capela dedicada a Nossa Senhora do Aviso. Em 1953 foi colocada a pedra fundamental da paróquia Nossa Senhora de Fátima. Ao lado da Igreja, as Missionárias da Consolata chegaram no Imirim, em 12 de dezembro 1948.[10] Padre Costanzo, o primeiro pároco da igreja, foi um dos maiores entusiastas pelo crescimento do bairro. O italiano Valeriano Paitoni, paróco da igreja, fundou no Imirim a Sociedade Padre Costanzo Dalbésio, com casas de apoio para crianças e adolescentes soropositivos.[11]
A inauguração do Cemitério de Santana (Chora Menino) foi decisiva para o desenvolvimento da região.[8][9] O bairro tornou-se ainda mais conhecido e interligado através da famosa, hoje extinta, linha de ônibus Imirim-Itaim da CMTC,[12] ligando a Zona Norte à Zona Sul.
O Sr. Carlos Alberto Faria,(1908), morador do bairro do Imirim, foi conhecido por ser dono de varios terrenos onde hoje é a avenida Lasar Segall e dono de empório na época.[carece de fontes?].
O bairro é relativamente pequeno. Começa aproximadamente no trecho inicial da Avenida Imirim, após o Cemitério Chora Menino, e termina na mesma avenida no Largo do Japonês, já na região da Cachoeirinha, próximo à avenida Parada Pinto.[15]
Educação e cultura
O Bairro possui várias escolas particulares, estaduais e municipais. Notáveis escolas públicas são Professor Augusto Meirelles Reis Filho[16] e Professor Joaquim Leme do Prado.[17] Há muitos centros culturais[18] e o bairro promove a manutenção e promulgação das tradições culturais brasileiras. Por exemplo, a festa junina do Meirelles atrai pessoas de toda a Zona Norte desde dos anos 80.[19]
↑«Pesquise seu distrito». Prefeitura de São Paulo. 26 de setembro de 2006. Consultado em 7 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2009