Na Copa Libertadores da América, que é a principal competição do continente, o Fluminense é o segundo clube carioca com mais pontos ganhos, mais vitórias conquistadas e mais participações até 2024.[1] Na Copa Sul-Americana, o Flu é o segundo clube brasileiro com mais participações e o clube carioca que mais participou dessa competição continental.
Fluminense Football Club na Copa Libertadores da América
Em 2024, o Fluminense participou da Copa Libertadores da América sendo o campeão vigente desse torneio continental. Em 1971, 1985, 2011 e em 2013, o Flu participou da Copa Libertadores sendo o campeão vigente do Brasileirão. Já em 2008, o tricolor participou da Libertadores sendo o campeão vigente da Copa do Brasil. Além disso, o Fluzão participou da Libertadores sem possuir o status de campeão vigente de nenhuma dessas três competições (Copa Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão) em quatro ocasiões: em 2012, conquistando a vaga após ter terminado em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de 2011; em 2021, na condição de quinto colocado no Campeonato Brasileiro de 2020;[3] em 2022, sendo o sétimo colocado no Campeonato Brasileiro de 2021 (classificando-se, portanto, para a fase preliminar dessa edição); e em 2023, sendo o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro de 2022.
Torcida do Fluminense, no setor Norte do Maracanã, durante a partida entre Fluminense e Argentinos Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores de 2023.
A primeira participação do Fluminense na Copa Libertadores da América foi no ano de 1971, tendo se habilitado para essa edição do torneio na condição de campeão do Campeonato Brasileiro de 1970.
O Fluminense ficou no Grupo 3 ao lado de Palmeiras e dos venezuelanos Deportivo Italia e Deportivo Galicia. O tricolor das Laranjeiras ficou em segundo lugar (com 8 pontos), atrás do Palmeiras. Como o regulamento daquela época só permitia que o 1º colocado do grupo avançasse para a fase seguinte, o Fluminense acabou sendo eliminado. Na estreia do Flu na Libertadores da América, o clube terminou em 7º lugar.
O Fluminense retonou à Copa Libertadores em sua 26ª edição na condição de campeão do Campeonato Brasileiro de 1984. Mas, assim como em 1971, o tricolor não conseguiu se classificar para a segunda fase.
O tricolor ficou no Grupo 1 ao lado do seu rival Vasco da Gama (que havia perdido a decisão do Campeonato Brasileiro de 84 para o Fluminense), e das seguintes equipes de Buenos Aires: Argentinos Juniors (que foi o campeão dessa edição Libertadores) e Ferro Carril Oeste.
O Fluminense acabou ficando com 3º lugar do grupo com apenas 4 pontos. Dessa forma, não conseguiu a classificação para a fase seguinte. Vale ressaltar que o Fluminense ganhou os pontos do empate por 3 a 3 contra o Vasco, por conta da situação irregular do atleta vascaíno Gersinho. Essa decisão foi promulgada em 31 de agosto de 1985, com o placar não tendo sofrido alteração.[4][5]
Após longos 23 anos de espera, o Fluminense retornou à principal competição continental em sua 49ª edição. Dessa vez, o Flu se classificou para a Libertadores na condição de campeão da Copa do Brasil (sendo também o 4º colocado no Campeonato Brasileiro de 2007, o que igualmente lhe daria a vaga no torneio).
Em sua terceira participação na Libertadores da América, o Fluminense ficou no grupo 8 ao lado do Arsenal de Sarandí, do Libertad e da LDU. Durante a fase de grupos, cabe destacar a partida no Maracanã, contra o Arsenal de Saradí. A goleada do Fluminense por 6 a 0 sobre a equipe argentina foi a maior goleada de um clube brasileiro sobre um clube argentino na história da Copa Libertadores da América,[6] e também a maior derrota da equipe de Sarandí em uma competição internacional e mesmo em campeonatos argentinos da primeira divisão, até então.[7]
Com boas atuações ao longo da fase de grupos, o Flu terminou essa fase sendo não apenas o líder do seu grupo, com 13 pontos, mas também o 1º colocado no ranking geral dos grupos. Ou seja, o tricolor carioca foi a melhor equipe da fase de grupos dessa edição da Libertadores.
Pela primeira vez nas oitavas de final, o Fluminense enfrentou o tradicional Atlético Nacional, da Colômbia. O Fluminense eliminou o gigante colombiano após vencer tanto o jogo de ida quanto o jogo de volta e alcançou a classificação inédita para as quartas de final.[8][9]
Já nas quartas de final, o Fluminense precisou encarar o poderoso São Paulo, que havia conquistado pela terceira vez tanto a Libertadores da América como o Mundial de Clubes três anos antes, que estava rumo ao seu tricampeonato brasileiro (2006, 2007 e 2008) e que contava com um elenco fortíssimo. Na partida de ida, no Morumbi, o Fluminense foi derrotado por 1 a 0 pelo time comandado por Muricy Ramalho.[10]
No jogo de volta, no Maracanã, o Fluminense alcançou a tão sonhada classificação para as semifinais após vencer a equipe paulista por 3 a 1, com o gol que precisava sendo marcado por Washington, aos 46 minutos do segundo tempo.[11]
Vivendo um momento espetacular, o Fluminense se preparava para encarar o temido Boca Juniors, que defendia o título de melhor time do continente, uma vez que estava na condição de campeão vigente da Copa Libertadores da América. Para ilustrar o tamanho do desafio do Fluminense, de 2000 até 2008, o Boca havia disputado cinco finais da Copa Libertadores, tendo conquistado quatro (2000, 2001, 2003 e 2007). Além disso, nesse mesmo período a equipe Azul y Oro havia sido campeã mundial em duas ocasiões ao superar o Real Madrid, em 2000, e o Milan, em 2003. O time de Buenos Aires contava com Rodrigo Palacio, Martín Palermo e Riquelme, o lendário camisa 10 do Boca. Na partida de ida, no Estádio El Cilindro, as equipes empataram em 2 a 2.[12]
Na partida de volta, no Maracanã, o Fluminense superou o tradicional e forte Boca Juniors e venceu a partida por 3 a 1, de virada.[13] A equipe, embalada pelo bom futebol de Thiago Neves, Conca, Arouca, Thiago Silva e Washington, conseguiu a façanha de chegar à final da Libertadores, eliminando dois grandes favoritos ao título. Pela primeira vez na história, o Fluminense se estava na final da Copa Libertadores da América.
Na primeira partida da final, no Estádio Casa Blanca, em Quito, a LDU goleou o Fluminense por 4 a 2.[14] Enquanto aguardava-se a partida de 2 de julho no Maracanã, os 78.918 ingressos colocados à venda foram esgotados em poucas horas ainda no dia 23 de junho, batendo o recorde brasileiro de renda em partidas entre clubes, tendo sido arrecadados R$ 3.910.044,00 apenas com a venda de entradas, equivalentes a US$ 2.460.694,77 ou a 1.552.488,82 euros.
No jogo da volta, perante 86.027 torcedores no Maracanã, o Fluminense derrotou o time equatoriano por 3 a 1, com três gols de Thiago Neves. Com uma atuação muito polêmica do árbitro argentino Héctor Baldassi,[15] a decisão foi para a prorrogação e, posteriormente, para os pênaltis. Na disputa por pênaltis, entretanto, a estrela e a catimba do goleiro José Cevallos brilharam e o tricolor acabou derrotado por 3 a 1. As cobranças de Conca, Thiago Neves e Washington pararam em Cevallos; Cícero foi o único jogador tricolor que converteu a cobrança.[16] O Fluminense amargava, dessa forma, o fim de um sonho que estava muito perto de ser concretizado.
O Fluminense garantiu a vaga para a 52ª edição da Copa Libertadores da América após conquistar o Campeonato Brasileiro de 2010.
Com o Estádio do Maracanã fechado por conta das obras visando a Copa do Mundo de 2014, o Fluminense precisou buscar alternativas dentro da cidade do Rio de Janeiro. Nesse cenário, o Fluzão passou a mandar seus jogos no Engenhão.
O tricolor esteve presente no grupo 3 ao lado de América, do México, e dos tradicionais Argentinos Juniors e Nacional, do Uruguai. O tricolor carioca conseguiu a classificação de forma dramática: era necessário vencer o Argentinos Juniors por dois gols de diferença, no Estádio Diego Armando Maradona, para conquistar a última vaga do grupo para as oitavas de final. E o Fluminense conseguiu. O Flu venceu a equipe argentina por 4 a 2 com o gol que faltava sendo marcado por Fred, de pênalti, aos 42 minutos do segundo tempo. Ao final do jogo, uma pancadaria generalizada foi iniciada pelos atletas argentinos, que estavam inconformados com o resultado, o qual resultou na classificação do Fluminense como 2º do grupo e a eliminação do Argentinos Juniors.[17]
Todo esforço na fase de grupos, entretanto, não foi o suficiente. O Fluminense foi desclassificado nas oitavas de final pelo Libertad, do Paraguai.[18][19]
O Fluminense conquistou a vaga para a Copa Libertadores de 2012 após terminar o Campeonato Brasileiro de 2011 na 3ª colocação do torneio nacional.
O Fluminense foi sorteado para estar no grupo 4 ao lado do venezuelano Zamora e dos argentinos Boca Juniors e Arsenal de Sarandí. Pela fase de grupos, o Fluminense venceu o Boca por 2 a 1 no temido estádio La Bombonera.[21] Com esse triunfo histórico, o Flu se juntou ao seleto grupo de clubes brasileiros que até então haviam conseguido vencer os Xeneizes em La Bombonera pela Copa Libertadores da América. Esse seleto grupo era representado por Santos, Cruzeiro e Paysandu. Com um bom redimento na fase de grupos, o Fluminense não apenas foi o líder do grupo 4, ostentando 15 pontos, mas também liderou o ranking geral da fase de grupos, sendo o clube de maior destaque dessa fase durante a 53ª edição da Copa Libertadores.
Nas oitavas de final, o tricolor carioca enfrentou o Internacional. O jogo de ida,no Beira-Rio, terminou empatado em 0 a 0 com direito a pênalti a favor do Inter e cobrado por Jesús Dátolo sendo defendido por Diego Cavalieiri. No jogo da volta, no Engenhão, o Fluminense se impôs sobre o colorado e venceu a equipe gaúcha por 2 a 1, avançando para as quartas de final.[22][23]
Nas quartas de final, o Flu encarou mais uma vez o Boca Juniors. Contra a equipe Azul y Oro, o Fluminense perdeu o jogo de ida por 1 a 0, na La Bombonera, e no jogo de volta, no Engenhão, o tricolor terminou o primeiro tempo vencendo por 1 a 0, mas levou o empate nos últimos minutos de jogo e acabou sendo eliminado pelo Boca.[24][25]
Sorteado no grupo 8, o Fluminense esteve ao lado do chileno Huachipato, do venezuelano Caracas e de outro tricolor brasileiro: o Grêmio. O Flu conseguiu terminar a fase de grupos como líder do grupo 8, com 11 pontos conquistados. Dessa forma, o tricolor carioca avançou para as oitavas de final.
Nas oitavas de final, o Fluminense enfrentou o Emelec, do Equador. Contra os equatorianos, o Fluminense perdeu o jogo de ida por 2 a 1, no Estádio George Capwell.[26] No jogo de volta, em São Januário, o Fluminense venceu o time de Guayaquil por 2 a 0 e carimbou a classificação para as quartas de final.[27]
Nas quartas de final, o Flu enfrentou o Olímpia, do Paraguai. O jogo de ida, realizado em São Januário, terminou empatado em 0 a 0.[28] No jogo de volta, no Estádio Defensores del Chaco, o Flu foi eliminado pelos paraguaios após perder por 2 a 1, de virada.[29]
O atacante e ídolo Fred, ao ser questionado em uma coletiva de imprensa sobre o grupo que o Fluminense participaria, respondeu: “esses jogos dão corpo à equipe, dão confiança”. Considerado pela imprensa e por vários torcedores de diversos clubes como o "grupo da morte", o Fluminense se impôs e avançou como o primeiro colocado do grupo. Vale destacar o último jogo, entre Fluminense e River Plate, no qual o Flu venceu os argentinos em pleno Estádio Monumental, pelo placar de 3 a 1.[30][31]
Nas oitavas de final, o Fluzão não tomou conhecimento do Cerro Porteño e venceu o jogo de ida e de volta, avançando, dessa forma, para as quartas de final.[32][33]
Nas quartas de final, após dois empates no jogo de ida e na volta, o Fluminense foi eliminado pelo Barcelona, de Guayaquil, por conta da regra do gol fora de casa.[34][35]
Vale ressaltar que, devido à pandemia da Covid-19, todos os jogos do Fluminense foram realizados com portões fechados.
Pela primeira vez na história da competição, o Fluminense participou das fases da chamada "Pré-Libertadores". No sorteio, o Flu ficou na mesma chave que outros dois campeões de Libertadores: o Atlético Nacional e o Olimpia, que se enfrentaram na 2ª Fase.
Como o Fluminense foi o 7º colocado do Campeonato Brasileiro de 2021, o tricolor carioca precisou jogar a partir da 2ª fase da Pré-Libertadores. O adversário dessa fase foi o Millionarios, da Colômbia. O Flu avançou para a 3ª fase após vencer as duas partidas contra os colombianos.[36][37] Devido a problemas com a leitura dos ingressos e cartões de sócio-torcedores na entrada do Estádio de São Januário, o público da partida não foi divulgado, apesar da carga de ingressos disponibilizados ter sido esgotada dois dias antes da partida.
Na partida de ida da 3ª Fase, contra o Olimpia, o jogador argentino Germán Cano marcou o centésimo gol do Fluminense na história da Copa Libertadores da América na vitória tricolor por 3 a 1. Entretanto, o Fluminense foi eliminado no jogo de volta, no Estádio Defensores del Chaco, após perder a disputa de pênaltis por 4 a 1.[38][39]
Após 15 anos, o Fluminense voltou a jogar no Maracanã para a sua torcida, uma vez que as obras do estádio e a pandemia de COVID-19 impediram essa oportunidade em edições anteriores. Vale lembrar que, nesse contexto, os estádios do Engenhão e de São Januário alocaram o Fluminense em quatro oportunidades (2011, 2012, 2013 e 2022) e, durante a pandemia, o Maracanã recebeu o Fluminense, sem público, em 2021.[41]
O reencontro da torcida tricolor com o Fluminense no Maracanã, em partidas válidas pela Libertadores, resultou no maior público já registrado em uma final única da Copa Libertadores da América até então, que foi alcançado na partida do dia 4 de novembro, contra o Boca Juniors (69.233 presentes no Maracanã). Além disso, outras duas partidas do Fluminense no Maracanã registraram grandes públicos ao longo da competição: a partida de ida da semifinal, contra o Internacional de Porto Alegre, obteve 67.615 torcedores presentes[42], e a partida de ida das quartas de final, contra o Olimpia, obteve 64.047 torcedores presentes.
O retorno dos jogos do Fluminense com a presença de torcedores no Maracanã promoveu, portanto, três dos dez maiores públicos da Copa Libertadores de 2023. Vale ressaltar também o público registrado na partida contra o River Plate, válida pela terceira rodada do grupo D. O jogo contou com a presença de 62.505 torcedores e terminou com uma verdadeira goleada tricolor: 5 a 1 para o Fluminense.[43]
Comandado pelo técnico Fernando Diniz, o time do Fluminense terminou a fase de grupos como líder do grupo D, com 10 pontos, e avançou para a fase mata-mata. Nas oitavas de final o tricolor encarou o Argentinos Juniors (adversário definido através do sorteio da CONMEBOL) e classificou-se para a fase seguinte após empatar em 1 a 1 o primeiro jogo, no Estádio Diego Armando Maradona,[44] e vencer por 2 a 0 o jogo da volta, no Maracanã.[45]
Nas quartas de final, o Flu enfrentou o tradicional Olimpia, do Paraguai. Contra os paraguaios, o Fluminense venceu tanto o jogo de ida como o jogo de volta. Na ida, o Flu venceu por 2 a 0 no Maracanã.[46] Na volta, o tricolor venceu por 3 a 1 em pleno Defensores del Chaco e alcançou a classificação para as semifinais.[47] Após a classificação contra o Olimpia, o Fluminense se consolidou como um dos quatro melhores times do continente ao lado do Boca Juniors, do Palmeiras e do Internacional.
Nas semifinais, o tricolor carioca enfrentou o Internacional em dois jogos históricos. Na partida de ida, no Maracanã, o Flu abriu o placar com o atacante argentino Germán Cano, levou a virada no segundo tempo e chegou ao empate no final do jogo com mais um gol de Cano.[48] Na partida de volta, no Beira-Rio, o tricolor começou o confronto perdendo por 1 a 0 e encontrou muitas dificuldades para impor seu ritmo de jogo. Mas, aos 36 minutos do 2º tempo, o jovem John Kennedy igualou o placar e, seis minutos depois (aos 42 minutos do 2º tempo), o artilheiro Germán Cano marcou seu 12º gol nessa edição da Copa Libertadores e carimbou a classificação do Fluminense para a grande final, realizada em partida única no Maracanã, contra o Boca Juniors.[49][50] A grande decisão entre Fluminense e Boca Juniors foi a 16ª final de Copa Libertadores da América entre um time brasileiro e um time argentino.[51]
Com essa campanha histórica, o Fluminense retornou à final do torneio continental após 15 anos, alcançando, dessa forma, sua segunda final de Copa Libertadores da América, sendo decidida novamente no Maracanã.[52][53]
No dia 4 de novembro, Fluminense e Boca Juniors duelaram no Maracanã pelo título de campeão da Copa Libertadores da América. A final da Copa Libertadores da América de 2023 teve arbitragem colombiana, tendo o experiente árbitro Wilmar Roldán como responsável por conduzir a partida. Jogando com seus uniformes tradicionais, Boca Juniors e Fluminense contaram com a presença de 69.233 pessoas no Maracanã, sendo esse o maior público já registrado em uma final única da Copa Libertadores da América até então.
O início da decisão foi marcado pelas tentativas do Fluminense em controlar a posse de bola, enquanto que o time do Boca Juniors esperava pelo erro tricolor para chegar ao gol de Fábio. Aos 36 minutos de jogo, após uma tabela entre Keno e Jhon Arias próxima à linha lateral, o camisa 11 tricolor rolou a bola para Germán Cano que, dentro da grande área, chutou de primeira e abriu o placar para o tricolor carioca. O primeiro tempo terminou aos 47 minutos com o placar de 1 a 0 para o Fluminense.
Já no segundo tempo, a partida mudou de configuração. O Boca Juniors foi mais incisivo e buscou impor seu ritmo de jogo para empatar a decisão e o Fluminense adotou uma postura mais cautelosa e reativa, obtendo uma menor posse de bola em relação à primeira etapa. Após várias tentativas da equipe argentina, Luis Advíncula finalizou na entrada da grande área e empatou a partida aos 27 minutos. Com o gol da equipe Azul y Oro, o Fluminense buscou se reorganizar na partida e voltou a impor seu ritmo. Aos 48 minutos do segundo tempo, o lateral Diogo Barbosa ainda teve a chance de desempatar a decisão, mas acabou finalizando para fora. Terminava assim o tempo regulamentar da grande final.
No primeiro tempo da prorrogação, o Fluminense passou a arriscar mais a fim de evitar a disputa de pênaltis, que para o Boca Juniors seria o cenário ideal. Aos 8 minutos da prorrogação, Keno recebeu de Diogo Barbosa um passe pelo alto e ajeitou para John Kennedy, que finalizou forte para estufar as redes do gol de Sérgio Romero. O Fluminense estava mais uma vez vencendo a partida. Após comemorar com a torcida, Kennedy, o herói do título, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo. Antes do término dos primeiros 15 minutos da prorrogação, Frank Fabra também foi expulso (por ter desferido um tapa no rosto do zagueiro Nino) e a partida passou a ter 10 jogadores de cada equipe.
No segundo tempo da prorrogação, o Boca partiu para o tudo ou nada e, com o passar do tempo, adotou uma postura mais agressiva no campo de ataque. A equipe argentina contou com finalizações de Darío Benedetto e com inúmeras bolas alçadas na área para buscar o gol que levaria a partida para a decisão por pênaltis. Por um erro no campo de ataque, o Boca quase levou o terceiro gol, mas Guga carimbou a trave direita do gol argentino, aos 9 minutos da segunda etapa. Já nos acréscimos, Vicente Taborda, no desespero, lançou a bola para dentro da área tricolor, mas Fábio tirou de soco e Lima chutou a bola para longe. Foi o último lance da partida. A última tentativa Xeneize. Após Lima afastar o perigo, Roldán foi buscar a bola na linha lateral e decretou o fim da decisão. O Fluminense, pela primeira vez na história, conquistava a Copa Libertadores da América ao vencer o Boca Juniors por 2 a 1.[54]
O Fluminense, campeão vigente da Copa Libertadores da América, foi o cabeça de chave do grupo A pela primeira vez na história. Além disso, com a participação na 65ª edição da Libertadores o tricolor carioca alcançou a marca de 10 participações no torneio continental. No sorteio da fase de grupos, realizado no dia 18 de março na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai, definiu-se que o paraguaio Cerro Porteño, o peruano Alianza Lima e o chileno Colo-Colo seriam os três clubes adversários do Fluminense nessa etapa da Libertadores.[55]
Sob o comando do técnico Fernando Diniz, o Fluminense mais uma vez se consolidou como o líder de seu grupo, tendo alcançado um total de 14 pontos. Dessa forma, o Tricolor das Laranjeiras avançou para as oitavas de final pela sétima vez na história da Copa Libertadores.[56]
Através do sorteio dos confrontos das oitavas de final, foi definido que o adversário do Fluminense seria o Grêmio. O jogo de ida, que ocorreu no dia 13 de agosto, foi realizado no estádio Couto Pereira, uma vez que os estragos causados pela tragédia socioclimática deflagrada no Rio Grande do Sul inviabilizaram o funcionamento da Arena do Grêmio.[57] Após o primeiro tempo terminar sem gols, o Fluminense abriu o placar com Lima, aos 13 minutos da segunda etapa. Entretanto, o Grêmio virou o jogo em apenas 3 minutos com dois gols de Reinaldo, levando a vantagem mínima para o Rio de Janeiro.[58]
No jogo da volta, que ocorreu no dia 20 de agosto, no Maracanã, o Fluminense abriu o placar com o capitão Thiago Silva aos 14 minutos do primeiro tempo. Aos 28 minutos, Jhon Arias, de pênalti, marcou o 2º gol do Flu após deslocar o goleiro Marchesín. Aos 31 minutos segundo tempo, Gustavo Nunes diminuiu para o tricolor gaúcho, forçando a decisão por pênaltis. Nos pênaltis, o Fluminense superou o Grêmio pelo placar de 4 a 2, com o goleiro Fábio defendendo duas cobranças gremistas. Pela sexta vez na história, o Fluminense se classificava para as Quartas de Final da Copa Libertadores da América.[59]
Nas quartas de Final, o Fluminense enfrentou o Atlético Mineiro. No jogo de ida, que ocorreu no Maracanã, o Fluminense venceu o galo pelo placar de 1 a 0. Lima foi o autor do gol tricolor.[60] No jogo de volta, na Arena MRV, o Fluminense jogou muito abaixo do esperado e foi superado pelo galo pelo placar de 2 a 0, sendo eliminado da Copa Libertadores pelo placar agregado.[61]
J - jogos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; GP - gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols;
Nota: Contabilizado como vitória o empate por 3 a 3 contra o Vasco da Gama, por conta da situação irregular do atleta vascaíno Gersinho, decisão promulgada pela Conmebol em 31 de agosto de 1985, com o placar não tendo sofrido alteração.[63][64][65]
O estádio no qual o Fluminense mais jogou como visitante é o Defensores del Chaco, com 5 partidas no total.
Germán Cano é o jogador que mais fez gols em uma única edição de Copa Libertadores da América pelo Fluminense, tendo marcado 13 gols. Além disso, Cano é o segundo atleta da história do Fluminense coroado como Rei da América, compartilhando o feito com o paraguaio Romerito. (2023)
Ao atuar pelo Fluminense na 64ª Copa Libertadores da América, o goleiro Fábio se tornou o brasileiro com mais jogos na história da competição e o primeiro a atuar em 100 partidas. (2023)
Tendo integrado o elenco que conquistou o primeiro título continental do Fluminense, o jogador Marcelo entrou para o seleto grupo de atletas que foram campeões tanto da Copa Libertadores da América quanto da UEFA Champions League. (2023)
Com a conquista tricolor da Copa Libertadores da América, Felipe Melo se tornou um dos poucos jogadores brasileiros tricampeões do torneio continental. (2023)
Com o título inédito da Copa Libertadores da América, o Fluminense se tornou o único campeão da competição que venceu o River Plate e o Boca Juniors numa mesma edição do torneio. (2023)
A final entre Fluminense e Boca Juniors registrou o maior público de uma final única da Copa Libertadores da América até então. (2023)
Pela fase de grupos da 65ª edição da Copa Libertadores da América, Germán Cano marcou seu 17º gol na competição, ultrapassando Pelé, Zico e Jardel (cada um com 16 gols) na artilharia histórica do torneio. Além disso, o atacante argentino se tornou o maior artilheiro estrangeiro de um clube brasileiro na Libertadores da América, dividindo o posto com o peruano Paolo Guerrero. (2024)
Durante a fase de grupos da 65ª Copa Libertadores, o Fluminense alcançou a marca de 14 jogos de invencibilidade, sendo essa a maior sequência invicta da história do clube na competição. (2024)
Pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América de 2024, o Fluminense eliminou o Grêmio nos pênaltis e conquistou o seu primeiro triunfo por penalidades máximas na competição continental. (2024)
O Fluminense Football Club participou da Copa Sul-Americana, a segunda competição mais importante da América do Sul,[73] em dez ocasiões: 2003, 2005, 2006, 2009, 2014, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2022 tendo como melhor resultado o vice-campeonato na edição de 2009.[74] Em 2025, o Fluminense participará dessa competição internacional pela 11ª vez na história. No total, o Fluzão participou de sete oitavas de final, cinco quartas de final, duas semifinais e uma final.
Disputada desde 2002 (e por clubes brasileiros somente a partir do ano seguinte), a Copa Sul-Americana é a segunda competição mais importante da América do Sul. Até 2004, os clubes classificados para esse torneio continental eram definidos pelo Ranking da Conmebol. Posteriormente, a definição de clubes participantes passou a ser através de mérito esportivo obtido nas respectivas competições nacionais dos clubes. Qualificado pelo Ranking da Conmebol em 2003, o Fluminense habilitou-se a disputar as posteriores edições da Copa Sul-Americana por meio de suas colocações no Campeonato Brasileiro.
Desde sua primeira participação até o presente momento, o Fluminense está invicto no Rio de Janeiro contra equipes estrangeiras. Ou seja, o tricolor carioca nunca perdeu para um clube estrangeiro em toda a história dessa competição continental na condição de mandante.[75]
O Fluminense habilitou-se para a Copa Sul-Americana de 2003 por ter sido o 7º colocado no Campeonato Brasileiro de 2002. Na Segunda Fase, o Fluminense levou a melhor no triangular que envolviao Atlético-MG e o Corinthians, avançando para as oitavas de final.
Nas oitavas, o Fluminense encarou o São Paulo e acabou eliminado após perder o primeiro jogo, no Morumbi, por 1 a 0 e empatar o segundo jogo, no Maracanã.[76][77]
O Fluminense habilitou-se para a Copa Sul-Americana de 2005 por ter sido o 9º colocado no Campeonato Brasileiro de 2004. Na Primeira Fase, o Fluminense eliminou o Santos, após vencer por 4 a 2 a disputa por pênaltis, na Vila Belmiro.[78][79]
Nas oitavas de final, o Fluminense eliminou o Banfield, da Argentina, avançando para as quartas de final.[80][81] Nas quartas de final, o Fluminense enfrentou a Universidad Católica, do Chile. Na partida de ida, em São Januário, o Tricolor venceu os chilenos por 2 a 1, com direito a um golaço de falta de Petković.[82] Entretanto, no jogo de volta, no Estádio San Carlos de Apoquindo, o Fluminense foi derrotado pelos chilenos por 2 a 0.[83] Nessas duas partidas entre Fluminense e Los Cruzados, as atuações do argentino Darío Conca despertaram atenção de clubes brasileiros. Três anos mais tarde, Conca passou a defender as cores do Fluzão, clube no qual o argentino se tornou ídolo.
O Fluminense habilitou-se para a Copa Sul-Americana de 2006 por ter sido o 5º colocado no Campeonato Brasileiro de 2005. Pela primeira vez realizou-se um Clássico Vovô válido por uma competição da Conmebol. Na ocasião, o Fluminense eliminou o Botafogo após vencer a disputa por pênaltis pelo placar de 4 a 2.[84][85]
Nas oitavas de final, o Fluminense enfrentou o Gimnasia y Esgrima, da cidade de La Plata, na Argentina. Na partida de ida, no Maracanã, as equipes empataram em 1 a 1, resultado favorável ao clube argentino.[86] No jogo de volta, no Estádio Ciudad de La Plata, o Flu foi superado pelos argentinos pelo placar de 2 a 0 e foi eliminado da competição continental.[87] O autor do segundo gol da equipe de La Plata foi o uruguaio Santiago ''El Tanque'' Silva, que em 2012 foi o autor do gol da classificação do Boca Juniors contra o Fluminense, no Engenhão, no jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores da América. Para maiores detalhes referentes aos confrontos entre Fluminense e Boca Juniors, confira o artigo principal aqui.
O Fluminense habilitou-se para a Copa Sul-Americana de 2009 por ter sido o 14º colocado no Campeonato Brasileiro de 2008.
Nessa edição da Copa Sul-Americana, o clássico Fla-Flu ocorreu pela primeira vez em uma competição da Conmebol. Na ocasião, o Fluminense eliminou o Flamengo na Primeira Fase do torneio continental.[88][89]
Nas oitavas de final, o Fluminense enfrentou o Alianza Atlético, do Peru. Contra os peruanos, o Flu arrancou um empate no Estádio Miguel Grau. A partida teminou em 2 a 2.[90] No jogo de volta, no Maracanã, o Fluzão goleou o time da cidade de Sullana por 4 a 1 e avançou para as quartas de final.[91]
Nas quartas de final, o Flu encarou a Universidad de Chile. Na partida de ida, o Fluminense conseguiu abrir 2 a 0, mas cedeu o empate chileno na segunda etapa do jogo, que terminou em 2 a 2, um resultado muito favorável para a La U.[92] No jogo de volta, no Estádio Santa Laura, o Fluminense surprendeu os chilenos e venceu a partida por 1 a 0, com gol marcado pelo ídolo Fred, no segundo tempo da partida.[93] Com o gol de cabeça do eterno camisa 9, o Fluminense avançou para as semifinais da Copa Sul-Americana pela primeira vez na história.
Nas semifinais, o Flu enfrentou o paraguaio Cerro Porteño. A partida de ida, no Estádio General Pablo Rojas, foi marcada por violência e, principalmente, pela maiúscula vitória tricolor por 1 a 0. Fred estufou as redes paraguaias no segundo tempo e fez a torcida tricolor sonhar com uma classificação inédita para a final da competição.[94]
A partida de volta, no Maracanã, teve contornos tensos e dramáticos do início ao fim, contando com atos violentos ao longo do jogo decisivo. O Ciclón de Barrio Obrero abriu o placar ainda no primeiro tempo, dificultando a classificação tricolor até os instantes finais da partida. Eis que, aos 47 minutos da segunda etapa, surge o personagem histórico do duelo: o zagueiro Gum. O defensor tricolor empatou a partida no apagar das luzes no Maracanã, fazendo os paraguaios partirem para o ''tudo ou nada''. Aproveitando os espaços criados pelos paraguaios, Alan marcou o 2º gol tricolor, decretando a classificação inédita do Fluminense para a final do torneio continental.[95]
A decisão da Copa Sul-Americana de 2009 foi entre Fluminense e a LDU, que haviam se enfrentado no ano anterior pela final da Copa Libertadores da América. Assim como em 2008, a equipe de Quito sagrou-se campeã em pleno Maracanã. A partida de ida, no Estádio Casa Blanca, terminou com a goleada equatoriana de 5 a 1 sobre o elenco tricolor.[96] Na partida de volta, no Maracanã, o Fluminense venceu a LDU por 3 a 0. Apesar disso, o placar agregado de 5 a 4 favorável ao time equatoriano rendeu mais um título internacional para os Albos.[97]
De forma geral, na Copa Sul-Americana de 2009 o Fluminense obteve 5 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota em um total de 10 jogos, contabilizando 17 gols a favor e 12 contra.
O Fluminense habilitou-se para a Copa Sul-Americana de 2014 por ter sido o 15º colocado no Campeonato Brasileiro de 2013. O tricolor das Laranjeiras foi eliminado pelo Goiás, ainda na Segunda Fase da competição continental.[98][99]
O Fluminense habilitou-se para a Copa Sul-Americana de 2017 por ter sido o 13º colocado no Campeonato Brasileiro de 2016. Na primeira fase, o Flu enfrentou o Liverpool, do Uruguai. Contra os uruguaios, o Fluminense venceu o jogo de ida por 2 a 0, no Maracanã.[100] No jogo de volta, no Estádio Centenário, o tricolor carioca perdeu por 1 a 0. Com o placar agregado de 2 a 1 para o Fluminense, o clube carioca avançou para a Segunda Fase.
Na Segunda Fase, o Fluzão goleou por 4 a 0 a Universidad Católica, do Equador, no Maracanã na partida de ida.[101] Na partida de volta, no Estádio Olímpico Atahualpa, o Flu voltou a vencer os equatorianos e avançou para as oitavas de final.[102]
Nas oitavas de final, o Flu voltou a enfrentar o algoz LDU. No jogo de ida, no Maracanã, o Fluminense venceu a LDU por 1 a 0.[103] No jogo de volta, no Estádio Casa Blanca, a LDU venceu o Fluminense por 2 a 1. Com o placar agregado de 2 a 2, o Fluminense avançou para as quartas de final pela regra do gol fora de casa[104]
Nas quartas de final, o clássico Fla-Flu voltou a ocorrer pela Copa Sul-Americana. O rubro-negro venceu a partida de ida por 1 a 0 e arrancou um empate na partida de volta, que terminou 3 a 3, eliminando o Fluminense da competição.[105][106] Vale ressaltar que, apesar do rubro-negro ter sido finalista, o Independiente de Avellaneda foi o grande campeão da Copa Sul-Americana de 2017, erguendo o troféu no Maracanã.[107][108]
O Fluminense habilitou-se para a Copa Sul-Americana de 2018 por ter sido o 14º colocado no Campeonato Brasileiro de 2017. Nessa edição, o Tricolor jogou pela primeira vez contra um clube boliviano em uma competição da Conmebol. Pela Primeira Fase do torneio, o Flu obteve uma vitória sobre o Nacional Potosí por 3 a 0, no Maracanã.[110] No jogo de volta, disputado no Estádio Víctor Agustín Ugarte, o Flu sofreu com a altitude boliviana e perdeu por 2 a 0. Entretanto, o Flu alcançou a classificação para a Segunda Fase pelo fato do placar agregado ter sido 3 a 2 em seu favor. Até hoje, essa partida registra a maior altitude na qual o time do Fluminense foi submetido (4.067 metros acima do nível do mar).[111]
Na Segunda Fase, o Fluminense encarou o Defensor, do Uruguai. Contra os uruguaios, o Fluminense venceu tanto o jogo de ida quanto o jogo de volta e avançou para as oitavas de final.[112][113]
Nas oitavas de final, o Fluminense encarou o Deportivo Cuenca, do Equador. Contra os equatorianos, o Fluminense triunfou por 2 a 0 no Estádio Casa Blanca (estádio que o Deportivo Cuenca solicitou à LDU para ser mandante contra o Flu) e também no Maracanã, alcançando as quartas de final da competição.[114][115]
Já nas quartas de final, o tricolor carioca encarou outro time do Uruguai: o tradicional Nacional.O jogo de ida, no Engenhão, terminou empatado em 1 a 1.[116] Atuando fora de casa no jogo de volta, no Estádio Gran Parque Central, o Fluminense venceu o tricolor uruguaio por 1 a 0, quebrando uma invencibilidade do clube de Montevidéu, a qual envolvia: sete jogos em competições oficiais da Conmebol em seu estádio, seis vitórias e um empate (não tendo tomado nenhum gol nessas partidas).[117] Dessa forma, o Fluzão se classificou para as semifinais da competição pela segunda vez na história.
Sendo uma das 4 melhores equipes naquela edição da Copa Sul-Americana, o Flu acabou eliminado pelo Athlético-PR após perder as duas partidas pelo placar de 2 a 0.[118][119] Com a eliminação, o tricolor carioca se despediu da competição ficando em terceiro lugar.
Na Segunda Fase, o Flu enfrentou o tradicional Atlético Nacional, da Colômbia. A partida de ida, no Maracanã, foi marcada por uma goleada tricolor de 4 a 1 sobre os colombianos.[132] Até então, essa havia sido a maior goleada do Fluminense sobre um clube campeão da Copa Libertadores da América por competições oficiais da Conmebol. Na partida de volta, no Estádio Atanasio Girardot, o Fluminense perdeu por 1 a 0, mas se classificou para a fase seguinte.[133]
Nas oitavas de final, o Fluzão encarou outro clube tradicional no continente: o Peñarol. Contra os Carboneros, o tricolor venceu a partida de ida, no Estádio Campeón del Siglo, por 2 a1.[134] O Fluminense voltou a vencer o clube uruguaio na partida de volta, disputada no Maracanã, pelo placar de 3 a 1.[135] Com esses dois triunfos, o Fluzão se classificou para a fase seguinte.
Nas quartas de final, o Flu foi eliminado pelo Corinthians após haver dois empates entre as equipes. A partida de ida, na Neo Química Arena, terminou empatada em 0 a 0.[136] A partida de volta, no Maracanã, terminou empatada em 1 a 1.[137] Com o gol marcado fora de casa, o clube paulista eliminou o Fluminense, que se despediu da competição como o quinto melhor time do torneio.
O Fluminense habilitou-se para a Copa Sul-Americana de 2020 por ter sido o 14º colocado no Campeonato Brasileiro de 2019. O Flu foi eliminado logo na primeira fase pelo clube chileno Unión La Calera, que classificou-se pela regra do gol fora de casa. As duas partidas entre as equipes foram marcadas por dois empates: 1 a 1 no jogo de ida, no Rio de Janeiro,[138] e 0 a 0 e no jogo de volta, em La Calera.[139]
O Fluminense habilitou-se para a disputa da Copa Sul-Americana de 2022 após ter sido uma das quatro equipes eliminadas na terceira fase da Copa Libertadores da América de 2022. Com o novo regulamento da competição, somente o 1º colocado de cada grupo se classificava, e o Fluminense foi eliminado por ter sido o 2º colocado do grupo H. Apesar da eliminação, o Fluminense registrou a maior goleada de toda a história da Copa Sul-Americana após vencer, fora de casa, o Oriente Petrolero por 10 a 1.[140]
O Fluminense retornou à Copa Sul-Americana ao terminar na 13ª posição no Campeonato Brasileiro de 2024. A confirmação da vaga ocorreu após o tricolor vencer o Palmeiras, no Allianz Parque, pela 38ª rodada da competição nacional.[141] O sorteio da Conmebol, previsto para ocorrer no mês de março, irá definir os clubes que estarão no grupo do Fluminense.
Estatísticas na Copa Sul-Americana
Adversários por países
Fonte das estatísticas (até 20 de abril de 2023).[62]
Os clubes contra os quais o Fluminense disputou mais partidas pela Copa Sul-Americana são a LDU e o Flamengo, totalizando quatro partidas contra cada um.
A Recopa Sul-Americana corresponde à terceira competição mais importante da América do Sul, ocorrendo, incialmente, de 1989 até 1998. Com o seu retorno em 2003, a Recopa passou a ser decidida entre o campeão da Copa Libertadores da América e o campeão da Copa Sul-Americana.
Na Recopa, o tricolor carioca reencontrou a Liga de Quito (que venceu a Copa Sul-Americana de 2023). O confronto, que já se tornou um clássico do futebol da América do Sul, decidiu pela terceira vez uma competição da Conmebol.
No jogo de ida, a Liga Deportiva Universitária do Equador foi capaz de impor um ritmo rápido e agressivo desde o começo da partida. O Fluminense, sofrendo com os efeitos dos 2.850 metros de altitude, por muitas vezes não conseguia impedir a aproximação dos jogadores da LDU, os quais chegavam no campo adversário com bastante facilidade. Em um lance de ataque do Flu, Germán Cano recebeu um belo lançamento de Marcelo e ficou de frente para o goleiro Domínguez. Ao tentar driblar o goleiro equatoriano, Cano recebeu não apenas uma carga por trás, mas também um pisão do defensor Leonel Quiñónez. Apesar do VAR ter detectado a entrada imprudente de Quiñónez dentro da área da LDU, o árbitro colombiano Andrés Rojas manteve sua decisão de não marcar o pênalti para o Fluminense, gerando muita indignação por parte dos atletas tricolores. No momento da ação tomada pelo juiz (e também após a partida), comentaristas esportivos do Brasil, tais como o ex-árbitro Paulo César de Oliveira, se julgaram contrários à decisão de Rojas, ressaltando que o Fluminense havia sido prejudicado nesse lance.[146] Com finalizações bem direcionadas e fortes, a Liga de Quito chegou perto de abrir o marcador por diversas vezes ao longo da primeira etapa.
Já no segundo tempo da partida, a LDU buscou manter seu ritmo de jogo a fim de ''sufocar'' o tricolor carioca na altitude. O Fluminense, apesar das dificuldades físicas e da ação do ar rarefeito, conseguia se fechar, mas não conseguia envolver o adversário com o toque de bola característico do estilo de Fernando Diniz. O Fluminense suportou a pressão da LDU até os 47 minutos, quando Lucas Piovi encontrou Alex Arce na pequena área após uma cobrança de falta. Com um toque simples (e estando em posição legal, uma vez que o zagueiro Marlon dava condições para o jogador da LDU), Arce abriu o placar para os albos, que começaram o jogo da volta com a vantagem mínima sobre o Fluminense.[147]
Na partida de volta, o Fluminense encontrou muitas dificuldades para alcançar seu objetivo, apesar de manter uma elevada porcentagem de posse de bola. No primeiro tempo, o Fluminense não conseguiu criar muitas situações de perigo para o time equatoriano, que buscava não apenas manter uma marcação mais intensa, mas também puxar o contra-ataque a partir dos erros do Flu. A primeira etapa da partida terminou empatada em 0 a 0, trazendo nervosismo e apreensão para a torcida tricolor.
O segundo tempo continuava parecido com a etapa inicial, com muitos erros por parte da equipe do Tricolor das Laranjeiras. Parecia que o roteiro de 2008 e 2009 iria se repetir. Até que, aos 30 minutos da etapa final, Samuel Xavier acertou um cruzamento para Jhon Arias, e o colombiano cabeceou com precisão para estufar a rede. O placar no Maracanã finalmente estava aberto e o Flu voltou de vez para o jogo com o objetivo de desempatar o placar agregado (que nesse momento registrava o empate em 1 a 1). A partir daí, o tricolor se lançou ainda mais para o ataque, sendo mais incisivo nas construções de jogadas. Aos 44 minutos, Renato Augusto recebeu a bola dentro da área da LDU, foi tocado por baixo pelo volante equatoriano Jefferson Valverde e o árbitro argentino Facundo Tello apitou e apontou para a marca da cal. Pênalti para o Fluminense no fim do jogo. Imediatamente, o experiente Marcelo pegou a bola e blefou para os equatorianos, que ao imaginarem que o lateral seria o responsável por bater o pênalti, passaram a pressioná-lo. Depois que Facundo Tello pediu para que os jogadores da LDU saíssem de dentro da grande área e para que o goleiro Alexander Domínguez se posicionasse no gol, Marcelo entregou a bola para Jhon Arias cobrar o pênalti sem ter sofrido pressão do time adversário. E deu certo. Arias, o herói da partida e do título, chutou forte no alto do canto direito do gol para que o Fluminense pudesse dar o troco na Liga Deportiva Universitária. Com os gols do colombiano, o Fluminense sagrou-se campeão da Recopa Sul-Americana pela primeira vez na história, exorcizando um fantasma de um passado recente.[148][149]
A Copa Conmebol é uma extinta competição continental que ocorreu de 1992 a 1999.[150] Na época, era considerada por muitos como a terceira competição mais importante da América do Sul.
O Fluminense Football Club participou desse antigo torneio em três ocasiões: 1992, 1993 e 1996, tendo como melhor resultado a 9ª colocação na edição de 1992.
A primeira fase dessa competição continental correspondia, na verdade, às oitavas de final. Isso é explicado pelo fato do torneio ter permitido apenas 16 clubes participantes em cada edição.
A Conmebol divulgou em 21 de dezembro de 2016 a atualização de seu ranking de clubes sul americanos, e o Fluminense ostentava até então, a vigésima sexta colocação no ranking geral, a nona entre os clubes brasileiros e a primeira entre os clubes cariocas.[155] Nas 19 competições disputadas até 2021, o Fluminense figurou 10 vezes entre os 7 primeiros colocados, tendo como melhores resultados dois vice-campeonatos. Em 9 de dezembro de 2022 a Conmebol divulgou o ranking de 2023 e o Fluminense apareceu como o trigésimo segundo lugar, o décimo primeiro brasileiro e o segundo carioca, no ranking que cobre os últimos dez anos de atuações em competições sul-americanas.[156][157]
J - jogos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; GP - gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols;
Nota: Contabilizado como vitória o empate por 3 a 3 contra o Vasco da Gama, por conta da situação irregular do atleta vascaíno Gersinho, decisão promulgada pela Conmebol em 31 de agosto de 1985, com o placar não tendo sofrido alteração.[63][64][160]
Dados históricos
O país sul americano, contra o qual, o Flu disputou partidas por competições oficiais da Conmebol mais tardiamente foi a Bolívia,[65] o que ocorreu na disputa da Copa Sul-Americana de 2018, quando o Tricolor venceu o Nacional Potosí por 3 a 0 em 11 de abril de 2018 no Maracanã,[161] sendo a partida de volta disputada em Potosí, cidade com a maior altitude na qual o Fluminense jogou em sua História (4.070 metros),[carece de fontes?] perdendo por 2 a 0 e alcançando a classificação para a fase posterior.
Contra times bolivianos o Fluminense disputou anteriormente ainda três partidas amistosas, todas na Bolívia, com 1 vitória e 2 empates.[162]
Contra times peruanos o Fluminense disputou dezessete partidas antes de enfrentar um time boliviano por competições da Conmebol, a grande maioria delas amistosas e no Peru, com 9 vitórias, 3 empates e 5 derrotas.[162]
O Cruzeiro é o único clube citado entre os 12 maiores clubes do Brasil contra o qual o Fluminense jamais disputou uma partida oficial válida por competição da CONMEBOL.[163][164]
O confronto entre Fluminense e LDU decidiu as três competições da Conmebol vigentes nos dias atuais.
Nota:Aonde não consta informações sobre públicos pagantes e presentes, a referência é aos pagantes, acima de 35.000 presentes, jogos no Rio de Janeiro.[165]
Nota 1: Jogos no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora (MG), com o mando de campo; em quatro partidas o Fluminense jogou no Rio de Janeiro com o mando de campo de outros clubes cariocas.[170]
↑NETVASCO, Equipe do site, página editada em 10 de junho de 2007. Em 1985, Vasco e Fluminense empatavam pela Libertadores. NetVasco.com. Visitado em 27 de maio de 2014
↑TARGINO, Maurício (18 de maio de 2012). «O G-12 brasileiro.». Site deprimeira. Consultado em 6 de novembro de 2016. Arquivado do original em 27 de outubro de 2016