Mineiro de Santo Antônio do Amparo, o advogado Hélio Garcia formou-se em 1957 pela Universidade Federal de Minas Gerais e dedicou-se à agropecuária. Membro da UDN, foi secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais. Eleito deputado estadual em 1962, foi líder do governo Magalhães Pinto, a quem serviu como secretário de Justiça. Eleito deputado federal pela ARENA em 1966, retirou-se da vida pública ao fim do mandato. Presidente da Caixa Econômica em Minas Gerais durante o governo Aureliano Chaves, conseguiu outro mandato de deputado federal em 1978 e integrou os quadros do Partido Popular chegando a presidir o diretório estadual.[11] Com a incorporação de seu partido ao PMDB elegeu-se vice-governador de Minas Gerais em 1982.[7] Empossado, licenciou-se do cargo e foi nomeado prefeito de Belo Horizonte por Tancredo Neves em 1983, mas renunciou no ano seguinte a fim de assumir o governo mineiro em substituição ao titular.
Resultado da eleição para governador
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral houve 5.216.902 votos nominais (89,58%), 459.479 votos em branco (7,89%) e 147.160 votos nulos (2,53%), resultando no comparecimento de 5.823.541 eleitores.[1]
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral houve 4.989.082 votos nominais (85,67%), 658.409 votos em branco (11,31%) e 176.050 votos nulos (3,02%), resultando no comparecimento de 5.823.541 eleitores.[1][nota 5]
↑Por força de um casuísmo político a eleição direta em Rondônia excluiu o cargo de governador enquanto Amapá e Roraima elegeram apenas quatro deputados federais cada e em Fernando de Noronha não houve eleições.
↑Em 1978 o mecanismo das sublegendas permitia a existência de até três candidatos a senador em cada partido político e com a eleição de Tancredo Neves ao governo mineiro quatro anos depois sua cadeira no Senado Federal foi entregue a Alfredo Campos.
↑Ressalte-se que os pepistas fieis a Magalhães Pinto ingressaram no PDS.
↑Quanto à soma soma das sublegendas o PMDB conseguiu 2.562.461 votos (51,36%) ante 2.309.122 (46,28%) do PDS.
↑ abcSe a convenção partidária escolher dois candidatos a senador, cada sublegenda indicará um suplente por candidato. Depois da eleição, o primeiro suplente será o candidato não eleito e o segundo suplente será aquele originalmente inscrito com o vencedor.
↑Faleceu em Belo Horizonte em 12 de julho de 1983.
↑ abcdefTancredo Neves escolheu seis deputados federais para compor sua equipe: José Aparecido (Cultura), Sílvio Abreu Júnior (Justiça), Carlos Cotta (Esportes e Turismo), Renato Azeredo (Governo), Ronan Tito (Trabalho e Ação Social) e Jorge Ferraz (Indústria e Comércio). Por conta de tais articulações foram convocados Marcos Lima, Osvaldo Murta, José Maria Magalhães, Luís Guedes, Rosemburgo Romano e Fued Dib, sem mencionar que o suplente Dario Tavares foi secretário de Saúde.
↑Durante o mandato exerceu diferentes cargos públicos: secretário de Cultura nos governos Tancredo Neves e Hélio Garcia, retornou ao parlamento para votar em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Escolhido ministro da Cultura por Tancredo Neves, exerceu o cargo em duas oportunidades ao longo do Governo Sarney afastando-se do ministério para ocupar o cargo de governador do Distrito Federal.
↑Eleito prefeito de Belo Horizonte em 1985, renunciou ao mandato parlamentar em prol de José Maria Magalhães.
↑Faleceu em Ubá em 30 de março de 1984 e assim foi efetivado Emílio Haddad.
↑Faleceu em São Paulo no exercício do cargo executivo que exercia em 16 de julho de 1983 vítima de câncer e assim foi efetivado Marcos Lima.
↑Renunciou ao mandato a fim de assumir a Secretaria Especial de Assuntos Comunitários da Presidência da República no Governo Sarney e assim foi efetivado Osvaldo Murta.
↑Foi secretário de Esportes e Turismo nos governos Tancredo Neves e Hélio Garcia sendo substituído na Câmara dos Deputados por Rosemburgo Romano.
↑Foi secretário de Saúde do Distrito Federal no governo José Aparecido de Oliveira e assim permitiu a convocação do suplente Dario Tavares, que curiosamente fora secretário de Saúde de Tancredo Neves.
↑Faleceu em Belo Horizonte em 10 de novembro de 1985 vítima de câncer e assim foi efetivado Delson Scarano.
↑ abRedação (21 de dezembro de 1981). «PP e PMDB decidem unir-se. Capa». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de novembro de 2020
↑Tancredo deixa governo e diz que a corrupção virou rotina (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 15/08/1984. Capa. Página visitada em 30 de novembro de 2017.
↑Acabou o ciclo autoritário: Tancredo é o 1º. presidente civil e de oposição desde 64 (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 16/01/1985. Capa. Página visitada em 30 de novembro de 2017.
↑A morte do homem do Brasil: Tancredo Neves (online). O Estado de S. Paulo, São Paulo (SP), 22/04/1985. Capa. Página visitada em 30 de novembro de 2017.
↑ abcdBRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Dados estatísticos: eleições federais, estaduais e municipais realizadas em 1982. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, 1988. v.14 t.1.
↑Tancredo tem secretariado da conciliação (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 06/03/1983. Política, p. 04. Página visitada em 2 de dezembro de 2017.
↑Itamar prevê ressurgimento do PP em Minas (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 06/03/1983. Política, p. 04. Página visitada em 2 de dezembro de 2017.