Canadian Caper é o nome popular dado aos acontecimentos ocorridos no início da Crise dos reféns americanos no Irã, dentro da embaixada canadense em Teerã; o plano secreto articulado pelo governo canadense e a CIA, e por fim, o resgate dos funcionários da embaixada norte-americana que trabalhavam no Irã. Os fatos ocorreram entre 4 de novembro de 1979 a 27 de janeiro de 1980.[1][2]
Após a invasão da embaixada norte-americana pela população iraniana, em novembro de 1979, seis funcionários conseguiram fugir e esconderam-se na embaixada do Canadá. Para a extração destes funcionários do Irã, a Agência Central de Inteligência e o governo canadense elaboraram um ousado plano de fuga, que constituiu na produção inicial de um filme canadense de ficção intitulado "Argo", com roteiro, storyboard e cartaz. O encarregado para realizar a operação, foi o agente Tony Mendez, da CIA.
Já em solo iraniano, Mendez articulou com Kenneth Douglas Taylor e John Vernon Sheardown os planos finais para enganar o novo governo islâmico teocrático que se instalava no país. Na posse de passaportes falsos e documentos de entrada e saída do país, o plano tinha como objetivo, mostrar que uma equipe de produção cinematográfica, constituída de seis canadenses, um sul-americano e um irlandês, tinham entrado no Irã para procurar locações para um filme de ficção. Após este trabalho, todos voltariam para o Canadá.
A operação foi considerada satisfatória, quando toda a equipe apanhou o voo da Swissair, de Teerã para Zurique, no aeroporto de Mehrabad no dia 27 de janeiro de 1980.