O Campeonato da Liga Paulista Foot-Ball de 1906 foi a quinta edição dessa competição entre clubes de futebol paulistanos filiados à LPF. É reconhecido oficialmente pela Federação Paulista de Futebol como a quinta edição do Campeonato Paulista de Futebol.[nota 1]
Disputado entre 3 de maio e 7 de outubro daquele ano, contou com a participação de seis agremiações. Contudo, o campeonato ficou ofuscado pela primeira grande crise do futebol paulistano, resultado de uma suspeita de desvio da arrecadação com a venda de ingressos.[2][3]
Líder da competição, a Athletica das Palmeiras acabou punida com a desclassificação do torneio e a anulação de todos os seus pontos conquistados.[4][5]
O caso acabou encerrado somente nos fins de 1908 e início de 1909 quando a Athletica foi reintegrada à Liga, que considerou a competição de 1906 anulada - o próprio Germânia, que herdaria o título, não havia reivindicado a "Taça Conde Álvares Penteado" naquele momento.[6]
Contudo, se nos registros da Liga Paulista de Foot-Ball não houve vencedor naquele campeonato, a sucessora Federação Paulista de Futebol atribuiu ao Germânia o título de campeão paulista daquele ano, bem como a imprensa paulistana.[7]
História
Antes de começar o campeonato, duas decisões denotaram que o entrevero entre jogadores e diretoria do Paulistano no final do último torneio, que culminou com a debandada de vários jogadores para a Athletica das Palmeiras, não havia sido esquecido.[2]
Ofendido com a rebelião, o presidente Numa de Oliveira submeteu submeteu um pedido de expulsão definitiva para o jogador Jorge Mesquita, a quem atribuía a culpa pelo episódio que culminou no desmanche do time campeão. A LPF aprovou a punição num primeiro momento e, pouco depois, a reduziu para um ano de suspensão.[8][9] Como consequência, a liga revisou seus estatutos para incluir dispositivos mais rígidos no controle dos clubes associados e criou um conselho de representantes para julgar futuros casos considerados como transgressões.[2]
Também num claro sinal de má vontade, a liga melou a incorporação da Athletica das Palmeiras ao Club de Regatas São Paulo, fundado dois anos antes por membros da elite fazendeira paulista. Costurando a aliança por muitos meses, os planos ficaram mais próximos da realização quando a Athletica transferiu sua sede para a chácara da Floresta, às margens do rio Tietê, em janeiro daquele ano. Mas quando os representantes do Regatas São Paulo se apresentaram à LPF como agremiação sucessora, sua admissão não foi aceita pelos comissários da liga.[2]
A mudança para a chácara da Floresta deu uma melhor estrutura para a Athletica das Palmeiras, que havia sido a última colocada nas duas edições que participou do campeonato da liga. A equipe enfrentou o Internacional de Santos, pela disputa anual da vaga de acesso ao campeonato. O time santista havia vencido a primeira eliminatória contra o Sport Club Americano por 2–0. Reforçada pelos habilidosos jogadores dissidentes do Paulistano, a Athletica venceu com muita facilidade o Internacional santista, por 4–1.
Na disputa do campeonato da liga, que teve início em princípios de maio, os tradicionais favoritos Paulistano e São Paulo Athletic sucumbiram. Os primeiros sentiram a ausência de seus principais jogadores, que agora defendiam a Athletica. Já o tricampeão São Paulo Athletic fez uma péssima campanha, sem conquistar uma vitória sequer e ainda sofrendo duas goleadas desconcertantes por 0–6 ante o Germânia e 1–9 diante do Internacional. Esta última provocou uma crise no time dos ingleses que culminou no abandono do torneio, atitude pouco comum para a ética esportiva da época.[2] Como consequência, um grupo dissidente formado por Jeffery, Robottom, Viotti, Butler e Rowlands deixou a liga para fundar uma nova agremiação, o Concordia Football Club.
[10] O líder da equipe, Charles Miller, também deixou o cargo de vice-presidência da LPF antes do fim do campeonato.[11]
Sem as duas tradicionais forças, o futebol paulistano viu emergir dois novos protagonistas, a Athletica das Palmeiras e o Germânia, que disputaram intensamente o campeonato. Líder na maior parte do torneio, o Germânia perdeu o segundo confronto entre as equipe em agosto e viu a Athletica ficar bem próxima do título, até que um escândalo abalou a disputa.
Logo após a derrota diante da Athletica das Palmeiras por 0–2 no dia 30 de setembro, a diretoria do Internacional entrou com um recurso na LPF, denunciando o rival por desviar parte do dinheiro da arrecadação daquela partida. A acusação foi rebatida pela diretoria da Athletica, que alegou em sua defesa ser vítima calúnia, porque um funcionário do clube havia vendido ingressos com desconto de 50% para os sócios do Club de Regatas São Paulo, e que estaria disposta a ressarcir as perdas do Internacional.[3]
Segundo o jornal O Commercio de São Paulo, por trás da denúncia, existiria um suposto pacto entre Paulistano, Germânia e Mackenzie para eliminar a Athletica do campeonato.[12][13] A crise se aprofundou com a renúncia de Armando Prado à presidência da liga, substituído imediatamente por Antonio Prado. Já a direção do Mackenzie College havia determinado que a associação atlética dos seus alunos, que geria o time de futebol, fosse extinta, por “questões disciplinares”.[14]
Em protesto, a diretoria da Athletica se retirou da liga e pediu para o então secretário de segurança pública, Washington Luis, a abertura de inquérito policial para esclarecer o caso.[4][15][16][17] Apesar de nenhuma ilegalidade ter ficado comprovada, o conselho da LPF confirmou no dia 22 de outubro a decisão de desclassificar a Athletica das Palmeiras e anular todos os pontos das partidas que ela havia disputado.[4][5] A punição tinha como base a interpretação do artigo 19 do estatuto da liga, que estipulava que a arrecadação deveria ser dividida igualmente entre os dois participantes e que os jogos nunca poderiam “constituir objeto de exploração por parte de qualquer indivíduo, empresa ou associação”.[18]
A história do campeonato não acabou por aí. No ano seguinte, simpatizantes e futebolistas da Athletica das Palmeiras divulgaram um manifesto com dezenas de assinaturas, no qual exigiam uma reparação pública pela Liga, através da devolução do título cassado ou anulação do campeonato.[19][20][21] Mas a LPF ignorou o desagravo, e a Athletica se distanciou da entidade, tendo ambos se conciliado somente a partir de 1908.[22][23][24][25] Até que finalmente, a Liga Paulista de Foot-Ball anulou o campeonato de 1906 dos seus registros históricos e fez um convite para a Athletica das Palmeiras jogar o torneio de 1909 sem passar por seletiva.[26][27]
Participantes
Regulamento
Segundo o estatuto do campeonato:[18]
- Cada clube tem de jogar duas partidas com os outros participantes, sendo uma como mandante e outra como visitante. (Artigo 18)
- Quando um dos clubes não comparecer no lugar, dia e hora designados para a partida, esta será considerada ganha pelo clube que comparecer. Se nenhum clube comparecer, a partida será considerada perdida para os dois ausentes. (Artigo 19)
- As partidas só podem ser adiadas por motivo de grande relevância, a juízo dos representantes da Liga encarregados de fiscalizá-lo. O clube que, infringindo esse artigo, deixar de disputar três partidas consecutivas, será considerado desligado, ficando nulas as partidas já jogadas. (Artigo 20)
- O clube vencedor do campeonato anual recebe uma taça, pela qual fica responsável, e terá possa definitiva dessa taça aquele que for vencedor de três taças consecutivas. (Artigo 21)
- O campeão é a equipe que somar mais pontos (a vitória vale dois pontos, e o empate, um ponto). Havendo empate no resultado final, disputa-se um jogo extra. Essa partida desempate terminar em empate, é feita uma prorrogação não superior a 30 minutos. Se terminada essa prorrogação continuar o empate, é marcada uma nova partida, e assim por diante. (Artigo 22)
Tabela
- 3 de maio - Mackenzie 3–1 Internacional
- 6 de maio - Athletica das Palmeiras 2–1 São Paulo Athletic
- 13 de maio - Germania 3–1 Internacional
- 20 de maio - Germania 6–0 São Paulo Athletic
- 24 de maio - Mackenzie 2–2 São Paulo Athletic
- 27 de maio - Germania 1–0 Athletica das Palmeiras
- 3 de junho - Internacional 2–0 São Paulo Athletic
- 10 de junho - Athletica das Palmeiras 3–2 Paulistano
- 14 de junho - Paulistano 2–2 Mackenzie
- 24 de junho - Germânia 4–0 Paulistano
- 29 de junho - Paulistano 2–0 São Paulo Athletic
- 1 de julho - Athletica das Palmeiras 3–1 Internacional
- 8 de julho - São Paulo Athletic 1–3 Germânia
- 14 de julho - Germânia 5–3 Mackenzie
- 15 de julho - Internacional 2–1 Paulistano
- 2 de julho - Paulistano 2–5 Athletica das Palmeiras
- 29 de julho - Paulistano 0–2 Germânia
- 5 de agosto - São Paulo Athletic 1–9 Internacional
- 12 de agosto - Athletica das Palmeiras 3–1 Germânia
- 15 de agosto - Mackenzie – São Paulo Athletic**
- 19 de agosto - Internacional 1–0 Germânia
- 7 de setembro - Internacional 3–0 Mackenzie*
- 8 de setembro - São Paulo Athletic – Paulistano**
- 16 de setembro - Athletica das Palmeiras – São Paulo Athletic**
- 20 de setembro - Mackenzie – Paulistano***
- 30 de setembro - Internacional 0–2 Athletica das Palmeiras
- 7 de outubro - Paulistano 1–3 Internacional
- 12 de outubro - Mackenzie – Athletica das Palmeiras***
- 1 de novembro - Mackenzie – Germânia***
- 15 de novembro - Athletica das Palmeiras – Mackenzie***
** jogos cancelados devido à desistência do São Paulo Athletic
*** jogos cancelados devido à desistência do Mackenzie
Classificação final
Após a goleada sofrida diante do Internacional em 5 de agosto, o time do São Paulo Athletic abandonou a competição, faltando enfrentar mais uma vez a Athletica das Palmeiras, o Mackenzie e o Paulistano. Pouco depois, foi a vez do Mackenzie se retirar da disputa, assim as partidas restantes (duas contra a Athletica das Palmeiras e uma cada contra Paulistano e Germânia) foram canceladas. Para ambos os casos, foram dados os pontos para os times.
Classificação
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Time
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PG
|
J
|
V
|
E
|
D
|
GP
|
GC
|
SG
|
1
|
Athletica das Palmeiras
|
18
|
7
|
6
|
0
|
1
|
18
|
8
|
10
|
2
|
Germânia
|
16
|
9
|
7
|
0
|
2
|
25
|
6
|
19
|
3
|
Internacional
|
12
|
9
|
6
|
0
|
3
|
23
|
14
|
9
|
4
|
Paulistano
|
7
|
8
|
1
|
1
|
6
|
10
|
21
|
- 11
|
5
|
Mackenzie
|
6
|
5
|
1
|
2
|
2
|
10
|
13
|
- 3
|
6
|
São Paulo Athletic
|
1
|
7
|
0
|
1
|
6
|
5
|
26
|
- 21
|
PG - pontos ganhos; PH - pontos herdados (partidas canceladas); J - jogos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; GP - gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols
|
|
|
|
Campeão
|
|
Abandonaram a disputa
|
Com os resultados, a Athletica das Palmeiras era o campeã da liga naquele ano e seus jogadores chegaram a comemorar o título.[28] Mas o Internacional entrou com o recurso contra a partida do dia 30 de setembro, vencida pela Athletica das Palmeiras, acusando o adversário de descumprir o estatuto da Liga e cometer irregularidades na cobrança de ingressos para aquela partida. Em 22 de outubro, a LPF julgou que a acusação procedente e, com isso, a Athletica das Palmeiras teve seus pontos anulados e foi desclassificada, o Germânia ficou com o título.
Classificação final
|
Time
|
PG
|
J
|
V
|
E
|
D
|
GP
|
GC
|
SG
|
1
|
Germânia
|
16
|
9
|
7
|
0
|
2
|
25
|
6
|
19
|
2
|
Internacional
|
12
|
9
|
6
|
0
|
3
|
23
|
14
|
9
|
3
|
Paulistano
|
7
|
8
|
1
|
1
|
6
|
10
|
21
|
- 11
|
4
|
Mackenzie
|
6
|
5
|
1
|
2
|
2
|
10
|
13
|
- 3
|
5
|
São Paulo Athletic
|
1
|
7
|
0
|
1
|
6
|
5
|
26
|
- 21
|
6
|
Athletica das Palmeiras
|
0
|
7
|
6
|
0
|
1
|
18
|
8
|
10
|
PG - pontos ganhos; PH - pontos herdados (partidas canceladas); J - jogos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; GP - gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols
|
|
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Campeão da LPF de 1906
|
|
Abandonaram a disputa
|
|
Desclassificado
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Premiação
Campeão Paulista de 1906
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GERMÂNIA (1º título)
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* Posteriormente, a Liga Paulista de Foot-Ball considerou aquele torneio sem vencedor, mas o título é reconhecido pela Federação Paulista de Futebol[6][7]
Notas
- ↑ Fundada em 1941, a FPF se tornou a entidade máxima do futebol paulista em 1941 e reconheceu os campeonatos organizados pela Lfesp, LAF, Apea e LPF como edições oficiais do Campeonato Paulista, que contavam quase que exclusivamente com clubes da capital. Os principais jornais de São Paulo à época muitas vezes se referiam aos torneios disputados pelos maiores clubes paulistanos como campeonato de futebol da cidade.[1] No entanto, a FPF não concede o mesmo status para edições do Campeonato do Interior e o Campeonato entre os campeões da capital e do interior (Taça Competência), disputados pela primeira vez em 1919.
Referências
- ↑ «O melhor prelio da rodada inicial» (PDF). Correio de S.Paulo. 25 de abril de 1936. p. 6. Consultado em 24 de dezembro de 2014
- ↑ a b c d e Gambeta, Wilson R (2013). A bola rolou. o velódromo paulista e os espetáculos de futebol (1895/1916) (Tese de Doutorado em História Social). São Paulo: Universidade de São Paulo. p. 238-240. 408 páginas
- ↑ a b Figueiredo, Antonio (1918). Historia do football em São Paulo. São Paulo: Seção de Obras d'O Estado de São Paulo. p. 18;29-30. 182 páginas
- ↑ a b c O Estado de S. Paulo, 23 out. 1906, p. 4.
- ↑ a b Correio Paulistano, 23 out. 1906, p. 4.
- ↑ a b O Estado de S. Paulo, 18 dez. 1909, p. 7.
- ↑ a b Mazzoni, Thomaz (1950). História do futebol no Brasil, 1894-1950. São Paulo: Leia. p. 61
- ↑ O Estado de S. Paulo, 2 mar. 1906, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 14 mar. 1906, p. 3.
- ↑ Correio Paulistano, 14 ago. 1906, p. 2.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 27 set. 1906, p. 3.
- ↑ O Commercio de São Paulo, 6 out., 1906, p. 1.
- ↑ O Commercio de São Paulo, 20 out. 1906, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 22 out. 1906, p. 2.
- ↑ O Commercio de São Paulo, 7 out. 1906, p. 5.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 10 out. 1906, p. 3.
- ↑ O Commercio de São Paulo, 16 out. 1906, p. 4.
- ↑ a b LIGA Paulista de Football. Guia de football 4 ed. São Paulo: Cardoso. 1906. p. 10-13. 119 páginas
- ↑ Correio Paulistano, 5 abr. 1907, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 6 abr. 1907, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 7 abr. 1907, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 12 mar. 1908, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 22 mar. 1908, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 14 jul. 1908, p. 4.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 6 ago. 1908, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 5 dez. 1908, p. 3.
- ↑ O Estado de S. Paulo, 24 dez. 1908, p. 3.
- ↑ Murillo Pessoa (Outubro de 2010). «Mistérios de uma taça» (PDF). Revista O Paulistano (ano XXII - edição 260). p. 80-81. Consultado em 25 de dezembro de 2014
Ver também
Ligações externas
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Edições do primeiro nível masculino | | |
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Edições do segundo nível masculino | |
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Edições do terceiro nível masculino | |
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Edições do quarto nível masculino |
- Terceira Divisão: 1960
- 61
- 62
- 63
- 64
- 65
- 66
- 67
- 68
- 69
- Segunda Divisão: 1977
- 78
- 79
- Terceira Divisão: 1988
- 89
- 1990
- Seletivo: 91
- Série B1: 94 (B1-A)
- 94 (B1-B)
- 95 (B1-A)
- 95 (B1-B)
- 96
- 97
- 98
- 99
- 2000
- 01
- 02
- 03
- 04
- Segunda Divisão: 05
- 06
- 07
- 08
- 09
- 2010
- 11
- 12
- 13
- 14
- 15
- 16
- 17
- 18
- 19
- 2020
- 21
- 22
- 23
- Série A4: 24
|
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Edições do quinto nível masculino |
- Terceira Divisão: 1978
- 79
- Série B2: 1994
- 95
- Série B1-B: 96
- 97
- 98
- 99
- Série B2: 2000
- Segunda Divisão: 24
|
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Edições do sexto nível masculino | |
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Edições do campeonato do interior |
- 2007
- 2008
- 2009
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- 11
- 12
- 13
- 14
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- 18
- 19
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- 21
- 22
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Edições do campeonato feminino | |
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