O projeto de arquitetura da Biblioteca Nacional foi originalmente concebido no plano original de Brasília, assinado por Lúcio Costa no final dos anos 1950 do século passado, quando o urbanista projetou a capital federal com Oscar Niemeyer e outros arquitetos. As primeiras tentativas de sua efetiva criação remontam ao Decreto Nº 927-A, de 27 de abril de 1962[1], assinado pelo Primeiro-ministroTancredo Neves, junto ao Ministério da Educação e Cultura, que constituía comissão para estudar medidas necessárias à criação, organização e instalação da Biblioteca Nacional, localizada no Rio de Janeiro. O referido decreto afirma, em suas primeiras linhas, a impossibilidade da Capital da República prescindir dos serviços de uma biblioteca de caráter nacional.
Em fevereiro de 1988, o Decreto Nº 95.713 institui a Comissão do Conjunto Cultural Federal da Capital da República para estudar as medidas necessárias à implementação e funcionamento do Conjunto Cultural que abrangeria a Biblioteca.[2]
Proposta e construção
Após longo intervalo, de mais de 40 anos após o primeiro decreto, por iniciativa do Governo do Distrito Federal, inicia-se o processo de efetiva construção do conjunto cultural e é criada a comissão técnica para elaboração da estrutura organizacional de uma nova biblioteca, a Biblioteca Nacional de Brasília, como consequência da decisão de permanecer com a Biblioteca Nacional do Brasil no estado do Rio de Janeiro. Dos trabalhos dessa comissão surge uma primeira proposta concreta para a biblioteca situada no Conjunto Cultural da República, apontando quais seriam os seus princípios, os seus objetivos, as características de seu acervo e, entre outras coisas, a sua missão. O texto dessa primeira proposta aponta para a vocação de ser uma biblioteca integradora e centro irradiador de concepções e soluções exemplares para toda a nação. Como diz o documento, também deve constituir-se como centro referencial da cultura do país, atender às exigências dos cidadãos contemporâneos, sem deixar de oferecer à comunidade local atividades para o melhor aproveitamento de suas horas de lazer.
Abertura
O prédio da Biblioteca Nacional de Brasília foi entregue à população no final de 2006, contudo, sem as condições adequadas para o seu funcionamento. O projeto exigiu um processo de planejamento e instalação que culminou com a abertura ao público, em 12 de dezembro de 2008.
No período entre a entrega do prédio da Biblioteca Nacional de Brasília à população (2006) e a sua abertura à frequentação pública (2008), foi criada, por meio do Decreto Nº 27.796[3], de 20 de março de 2007, a Comissão Intergovernamental do Conjunto Cultural da República, que ficou responsável por discutir e apresentar propostas em relação à programação de uso público do Museu Nacional e da Biblioteca Nacional de Brasília.
Yuri Guimarães Barquette Batista, (4/2012 a 1/2015)[5]
Carlos Alberto Ribeiro De Xavier (5/2016 a 12/2018). O Conselho Federal de Biblioteconomia moveu uma Ação Civil Pública, e obteve êxito, contra a nomeação do mesmo com base na Lei federal nº 4.084, de 30 de junho de 1962, que diz que “só pode dirigir uma biblioteca aqueles que tiverem formação em Biblioteconomia”.[6]
Marmenha Maria Ribeiro do Rosário (07/2019[7] a 11/2019).[8]
Elisa Raquel Sousa Oliveira 13 de julho de 2020[13]
Moderna Biblioteca Nacional
A Biblioteca Nacional de Brasília desempenha e enfatiza as funções de acesso e atendimento ao público usuário, atendendo à comunidade local por meio de ações que se vinculam ao Sistema de Bibliotecas Públicas do Distrito Federal; atua fundamentalmente como biblioteca pública integradora e centro referencial de cultura, informação e convivência, irradiando concepções e soluções exemplares para toda a nação, inserindo-se, assim, na moderna perspectiva de Biblioteca Nacional[14]
Dessa forma, além de manter a herança cultural da nação, com uma Coleção dirigida a pesquisadores e estudiosos, a biblioteca está voltada para o atendimento a todos os cidadãos.
Acervo
Até o término do ano de 2012, seu acervo era composto e desenvolvido exclusivamente a partir de doações, com destaque para as obras dos acervos particulares do poeta, ensaísta e tradutor Aricy Curvello e da poetisa Marly de Oliveira. Em janeiro de 2013, foi autorizado a liberação de R$ 413 mil para a compra de livros para a BNB, com base em estudos e levantamentos feitos por seus servidores. Obras que compõem a Coleção Popular Geral (COPOG) estão disponíveis para empréstimos. São cerca de 25 mil exemplares que contemplam várias áreas do conhecimento. O catálogo da biblioteca está disponível para consulta on-line[15] A BNB também disponibiliza uma Biblioteca Digital[16], que busca conteúdo em universidades, instituições de tecnologia e repositórios de pesquisa.
Denominação
Pela lei do Nº 3.699, de 10 de novembro de 2005, sancionada pelo então governador Joaquim Roriz concedeu-se a denominação personativa de Biblioteca Nacional Leonel Brizola.
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Art. 2º Fica a Biblioteca do Complexo Cultural da República denominada de Biblioteca Leonel de Moura Brizola.