No dia 13 de novembro de 2024, em novos atos terroristas, um homem com explosivos se aproximou do STF e lançou fogos de artifício na estátua da Justiça e na entrada do Palácio. Na mesma ocasião, um carro carregado com fogos de artificio foi incendiado no estacionamento da Câmara dos Deputados.[7]
Simbologia
A escultura representa o poder judiciário como uma mulher com os olhos vendados e espada; os olhos vendados representam a imparcialidade da justiça e a espada representa a força, a coragem, a ordem e a regra necessárias para impor o direito. Porém a escultura não mostra a balança, que representaria sua intenção de nivelar o tratamento jurídico de todos por igual; a ponderação dos interesses das partes em litígio.[4]
A simbologia dessa escultura tem origem na deusa romana Justiça, que corresponde à grega Dice, filha de Zeus com Têmis, a guardiã dos juramentos dos homens. A espada também estava presente na simbologia da deusa egípcia da Justiça, Maat. Diferentemente das representações usuais da Justiça em pé, a escultura brasiliense está sentada num banco, com somente a espada no colo, em vez do conjunto espada e balança ou somente balança. Essa representação é a de uma justiça que acabou de cumprir seu papel, estável, imutável e sólida, e também entronizada, remetendo ao fato de que aquela é a corte superior. Porém, o fato de estar sentada abre a possibilidade de ser interpretada por muitos como símbolo de uma justiça morosa e lenta, o que condiz com a velocidade da justiça brasileira na visão popular.[carece de fontes?]
Quanto ao estilo, Niemeyer gostava da estética abstrata estalinista, e a escultura tem um pouco da monumentalidade e do abstrato que permeavam a arte soviética. Pode também remeter ao art déco. Os pés e seios – único sinal físico de que o monumento é uma mulher – são provavelmente uma referência a representações de deusas greco-romanas (apesar destas geralmente serem nuas por completo) e do classicismo, ou a referências alegóricas da liberdade como a de A Liberdade Guiando o Povo.[8][9][10]