Alfredo Ramos Castilho, mais conhecido como Alfredo Ramos (Jacareí, SP, 27 de outubro de 1924 — São Paulo, 31 de julho de 2012), foi um futebolista brasileiro que atuava como lateral e zagueiro, e posteriomente treinador.
Filho de um lavrador que mudava constantemente de cidade, em busca de oportunidades de trabalho, Alfredo seria reconhecido como um marcador eficiente, o que lhe valeria o apelido de "Polvo", devido à dificuldade de os atacantes escaparem de seus "tentáculos",[2] Ele começou no futebol defendendo o Santos, em 1945.[3] uma referência às pernas finas de seu corpo magérrimo.[4] No fim daquela década, teve seu passe vendido ao São Paulo, ganhando suas primeiras chances no time durante a Copa do Mundo, quando Rui, Bauer e Noronha foram convocados para a competição.[3] No ano seguinte, virou titular durante uma excursão à Europa.[3] Campeão paulista em 1953, foi convocado para a Copa do Mundo de 1954, na Suíça.[3]
Alfredo ficou no São Paulo até o início de 1957, quando teve seu passe comprado pelo Corinthians,[3] seu clube do coração.[4] O Alvinegro liderou quase todo o Campeonato Paulista daquele ano, mas acabou perdendo a liderança na última rodada, e o título ficou com o São Paulo.[3] Alfredo não participou da derrocada, pois tinha quebrado a perna na partida contra o São Paulo, no primeiro turno.[3] Essa contusão acabaria por tirá-lo da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, sendo substituído pelo mesmo Oreco que o substituíra no Corinthians.[3] "Sem falsa modéstia, se não fosse o acidente, o lugar seria meu", diria, anos depois. "Não ter ganho a Copa de 1958 é uma de minhas poucas frustrações."[3] Ele ficaria mais de um ano afastado dos gramados.[4]
Alfredo aposentou-se em 1960 e virou técnico do próprio Corinthians, substituindo Sylvio Pirillo em março, mas não chegou ao Campeonato Paulista.[5] No ano seguinte, nova oportunidade no banco corintiano, também sem sucesso: ele acabou sendo o técnico nas primeiras rodadas da campanha no Campeonato Paulista, que ficaria mais tarde conhecida como "Faz-me Rir".[5] Depois, treinou o Nacional, onde ficaria por até 1967,[3] quando foi para o Paulista de Jundiaí, ao receber uma boa proposta.[6] Em Jundiaí, conquistaria a Taça dos Invictos.[3] Chegou a encerrar momentaneamente a carreira de técnico, mas um pedido do amigo Djalma Santos fez com que ele reconsiderasse a ideia, assumindo o Atlético Paranaense,[3] onde conquistaria o Campeonato Paranaense de 1970.
O sucesso no Paraná fez com que o São Paulo o contratasse para a temporada de 1972. Apesar de ter sido derrotado apenas quatro vezes em 42 jogos, ele não resistiu à eliminação na Libertadores e à perda do Campeonato Paulista, mesmo com uma campanha invicta no torneio.[7]
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