Wright não possuía técnica comparável aos demais tecladistas britânicos que também despontaram entre os anos 60 e 70, porém compensava a desvantagem se valendo de grande criatividade na criação de texturas com os instrumentos que utilizava. Como compositor contribuía com duas ou três músicas por álbum, ou colaborava na estruturação de obras coletivas como "Echoes" ou "Time". Dark Side of the Moon (1973) representa seu ápice no Pink Floyd: os teclados se equiparam a guitarra de David Gilmour e participou na composição de cinco das dez músicas. Em Wish You Were Here (1975), onde seus teclados estão onipresentes, Wright trouxe grandes contribuições para o álbum, sobretudo na suíte "Shine On You Crazy Diamond".
A partir do discoAnimals (1977) iniciou-se o processo de domínio do Pink Floyd por Roger Waters, apesar de neste disco Rick Wright ter realizado um competente trabalho no comando dos teclados da banda.
Quando o Pink Floyd iniciou as gravações de The Wall, em 1979, Roger Waters tinha assumido o total controle da banda. Rick Wright foi afastado do processo de criação e concepção, o que culminou com sua expulsão da banda durante as gravações de The Wall, apesar de mais tarde participar dos shows. Não obstante o controle de Waters, os acontecimentos que culminaram na saída de Wright são envoltos em mistério. David Gilmour mais tarde chegou a declarar em entrevista que precisou tocar muitos dos teclados de The Wall devido a falta de empenho de Rick.
Depois da saída do Pink Floyd, Wright juntou-se com Dave Harris no grupo chamado "Zee" e gravaram "Identity" em 1984.
O retorno de Wright ao Pink Floyd se deu em 1987, nas gravações de A Momentary Lapse Of Reason. Ele chegou no meio das gravações, ocasião em que não trouxe contribuição relevante para o álbum, mas participou da turnê mundial de promoção do disco.
Apesar do papel coadjuvante, é quase consenso entre antigos fãs que os teclados e voz de Richard Wright apresentavam-se como elemento fundamental para a constituição do som do Pink Floyd.
Morreu em sua casa em Londres, em 15 de setembro de 2008, a informação foi revelada por um porta-voz do grupo, e em seguida, divulgada expressamente no web-site da banda. Wright estava com 65 anos e sofria de câncer.[1][2]
A morte de Richard acabou com as possíveis esperanças de o Pink Floyd retornar. No entanto, em 5 de julho de 2014, Polly Samson, esposa de David Gilmour, afirmou em sua conta no Twitter que o Pink Floyd estava lançando um novo álbum em outubro chamado The Endless River, menção ao penúltimo verso da música "High Hopes" (do álbum The Division Bell), e que esse novo álbum teria a "canção do cisne" de Rick, uma expressão usada para descrever o esforço final para um ato magnifico que precede a morte de alguém.[3]
Vida pessoal
Casou-se com sua primeira esposa, Juliette Gale, em 1968. Com ela tiveram dois filhos, Jamie e Gala, e se divorciaram em 1982. Com sua segunda esposa Franka, casou em 1984 e se divorciaram em 1990. Wright se casou pela terceira vez com Mildred "Millie" Hobbs (a quem dedicou seu segundo álbum solo Broken China) em 1995, e com quem teve um filho, Ben. Seu casamento terminou em 2007. De 1984 a 1994, ele viveu na ilha de Cefalônia. Em 1996, a filha de Wright, Gala casou com Guy Pratt, um músico de sessão com quem tocou baixo para o Pink Floyd (e colega de banda de David Gilmour) desde a saída de Roger Waters.[4] Em seus últimos anos, Wright viveu na França e passou um tempo em um iate que ele possuía nas Ilhas Virgens.[5]