John Baldwin nasceu em Sidcup, Kent, em 3 de janeiro de 1946.[2] John aprendeu a tocar teclados com o seu pai, Joe Baldwin,[3] que foi pianista em grandes orquestras nas décadas de 40 e 50, principalmente com a Ambrose Orchestra. Sua mãe também pertencia ao mundo da música, o que permitia que a família muitas vezes fizesse digressões pela Inglaterra como um ato de comédia vaudeville.[4] A suas influências abrangiam um grande leque de estilos, desde os blues de Big Bill Broonzy, ao jazz de Charles Mingus e ao piano clássico de Rachmaninov. Aos 14 anos era organista e condutor do coro da igreja local e foi nessa altura que comprou as suas primeiras guitarras baixo.
O nome artístico John Paul Jones foi sugerido pelo seu amigo, Andrew Loog Oldham, depois de ter visto um cartaz de cinema com esse nome na França.[5]
Início de carreira
A primeira banda em que Jones tocou, aos quinze anos, chamava-se “The Deltas”. Tocou baixo para um grupo de jazz-rock de Londres chamado “Jet Blacks”. A sua grande oportunidade surgiu em 1962, quando conheceu Jet Harris e Tony Meehan (recém-saídos dos Shadows) tendo tocado baixo para a sua banda durante dois anos.[1] Entre 1964 e 1968, John foi muito procurado para tocar baixo, teclados e violino, para artistas como os Rolling Stones, Herman's Hermits, Donovan, Jeff Beck, Cat Stevens, Rod Stewart, Shirley Bassey, Lulu, e muitos outros.
Durante as sessões de gravação de "Hurdy gurdy man" de Donovan, John conheceu Jimmy Page, tendo voltado a se encontrar no álbum "Little games" dos The Yardbirds onde John fez os arranjos orquestrais e tocou violoncelo na faixa de abertura. Quando Chris Dreja decidiu sair da equipe Yardbirds para seguir a profissão de fotógrafo, John foi a primeira opção de Page para formar os The New Yardbirds que pouco depois mudaram o nome para Led Zeppelin.
Eu estava trabalhando nas sessões para a canção de Donovan, Hurdy Gurdy Man e John Paul Jones estava cuidando dos arranjos musicais. Durante um intervalo, ele me perguntou se eu poderia usar um baixista no novo grupo que estava se formando. Ele tinha uma formação musical adequada, e tinha ideias bastante brilhantes. Eu agarrei a chance de tê-lo.[6]
Para além da sua importância como baixista, as suas aptidões como tecladista acrescentaram uma dimensão eclética à música dos Zeppelin, retirando–lhe o rótulo de ser apenas mais uma banda de hard rock.[1] No palco, a música preferida de John era “No quarter”, que muitas vezes chegava a demorar mais de meia-hora e incluía trechos de “Amazing Grace” e variações de peças clássicas de compositores como Rachmaninov.
O seu envolvimento com os Led Zeppelin não o afastou das sessões de estúdio, tendo participado em gravações de “Family Dogg”, Peter Green, “Madeline Bell”, Roy Harper e “Wings”.
Desde 1980, as suas colaborações incluem os “REM”, “Heart”, “Ben E, King”, “Mission”, “La Fura Dels Baus”, Brian Eno e “The Butthole Surfers”. Apareceu em vídeos e gravações de Paul McCartney.
O seu primeiro álbum a solo “Zooma” foi editado em 1999, seguindo de “Thunderthieh” em 2001, onde pela primeira vez Jones mostra os seus dotes vocais
No ano de 2005, Jones gravou uma linha de baixo no CD duplo dos Foo Fighters "In your Honor".
Hoskyns, Barney (2012). Led Zeppelin: The Oral History of the World's Greatest Rock Band (em inglês). Hoboken, Nova Jérsei: John Wiley & Sons. ISBN1118221117
Fyfe, Andy (2003). When the Levee Breaks: The Making of Led Zeppelin IV (em inglês). Chicago: Chicago Review Press. ISBN1-55652-508-7
Ligações externas
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