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Noologia (do grego antigo νοῦς 'mente' + λόγος 'estudo') é uma das disciplinas fundamentais da filosofia. Seu objeto material é o fato psíquico e o objeto formal é esse fato psíquico examinado especificativamente no campo antropológico e no campo da noesis humana. O caráter antinômico entre a intuição (conhecimento do individual) e a razão (conhecimento do geral) é fundamento da disciplina da noologia.[1]
A Noologia é, em suas linhas gerais, a ciência do espírito (a Geistelehre dos alemães), e corresponde à Filosofia Metafísica dos escolásticos, pois não é apenas uma descrição do funcionar do psiquismo humano, mas sim uma especulação em torno dos temas noológicos transcendentais e metafísicos tal como a origem e o fim da alma humana e a prova ou não de sua existência.
Origem do nome
O termo noologia tem sua origem na palavra Nous ou Nóos, que em grego significa espírito somado à razão + logos (estudo, tratado).
Contemporaneidade
O termo noológico tem sido empregado contemporaneamente na filosofia para tudo o que concerne ao espírito e a especulação ou negação de sua existência.
O filósofo Rudolf Eucken, agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura, chamou sua filosofia de noologia e a definiu como a relação entre a "expansão da realidade” e a "unidade interna e total independência”.[3]
Xavier Zubiri
Para Xavier Zubiri a noologia não se confunde com a metafísica, sendo anterior a esta. Sendo assim, a noologia seria uma espécie de filosofia primeira.[4]
Na noologia, a apreensão da realidade e a intelecção do sensitivo são fatos iguais. Mas ela os distingue em três etapas:
1. Capacidade de reflexão. Não é apenas capaz de experimentar sensações, mas delas tomar consciência, bem como de si mesmo. Pode-se, portanto, salientar:
1.1. Consciência das sensações.
1.2. Consciência de si mesmo como receptor de sensações (pessoalidade).
2. Racionalidade. Capacidade de perceber relações entre os dados da percepção, captar nexos, que também surgem no nexo do funcionamento da razão. Funcionamento da intelectualidade.
3. Afetividade. Capacidade afetiva, que alcança uma consciência da frônese e da captação simbólica do acontecer. Penetração mística, através dos símbolos até a comunhão com o simbolizado.
4. Construção de conjunturas esquemáticas. Capacidade de coordenar esquemas para empreender conhecimentos mais amplos.
5. A Liberdade. Capacidade de afastar-se dos laços que os prendam à mera materialidade, à mera animalidade, podendo optar por valores superiores, que é, em suma a vontade, faculdade de afirmar ou de tender aos valores intelectualmente apreendidos. Não se deve confundir com o querer inconsciente, mero impulso animal.
O problema da conexão entre o cérebro e o espírito é tão enigmático para o fisiólogo quanto o é para o filósofo. Talvez uma profunda revisão de nossos sistemas de conhecimento possa explicar como um esquema de impulsos nervosos pode causar um pensamento, ou demonstrar que ambos fenômenos são, na realidade, a mesma coisa contemplada de diferente ponto de vista. Se tal revisão se levar a cabo, só espero ser capaz de entende-la."[6]
Noologia e Psicologia
A noologia não só examina o funcionar psicológico racional, como também as suas raízes intuitivas e afetivas, e penetra no âmbito da problemática gnosiológico-crítica, que pertence especificamente ao campo da Teoria do Conhecimento ou Gnosiologia. Diferencia-se da Psicologia pois ultrapassa o limite do que é controlável por meio de experimentos porque procura realidades para as quais não podemos aplicar o método experimental das ciências, sendo analisável apenas por uma óptica filosófica.
Noologia (ciência da inteligência) - a ciência da teoria e experiências de inteligências, noogênese, ecologia de sistemas inteligentes, higiene da informação[7]
↑Adrian, Edgar Douglas (2009). The Basis of Sensation: The Action of the Sense Organs (em inglês) reimpressão ed. [S.l.]: Christopher. p. 14. 122 páginas. OCLC609899968.