Esta é uma lista de indivíduos que foram, em dado período de tempo, considerados os herdeiros do trono do Império do Brasil (1822-1889) e que vieram a ascender ao trono em caso de abdicação ou morte do monarca incumbente. Os herdeiros (presuntivos ou aparentes) que, de fato, sucederam ao monarca imperial brasileiro são representados em negrito.
João tornou-se herdeiro aparente ao trono após a morte de seu irmão mais velho, José, Príncipe do Brasil, em 1788. A partir de 1792, João passou a governar como Príncipe-Regente mediante declaração de incapacidade mental de sua mãe, a Rainha Maria I. Após a morte desta, em 1816, assumiu efetivamente o trono português, governando até sua própria morte em 1826.
Dom Pedro de Alcântara nasceu durante o reinado de sua avó, Maria I, e durante o período de regência de seu pai, João, Príncipe do Brasil. Em 1808, acompanhou a Família real na transferência da corte para o Brasil, nação com a qual criou fortes vínculos políticos e afetivos. Pedro tornou-se herdeiro aparente do trono português após a morte de sua avó e a subsequente ascensão de seu pai, em 1816. Em 1820, João VI o declarou Príncipe-Regente do Brasil e, em 1822, declarou formalmente a Independência do Brasil, tornando-se seu primeiro Imperador.
Dom Pedro de Alcântara foi o terceiro filho varão de Pedro I e o primeiro destes a alcançar a vida adulta. Pedro tornou-se herdeiro aparente do trono brasileiro imediatamente após seu nascimento, em 1825, suplantando o direito presuntivo de sua irmã, Maria da Glória.[6] Com a abdicação abrupta de seu pai em 1831, Pedro assumiu o trono como segundo Imperador do Brasil aos cinco anos de idade.[7]
Januária Maria, alcunhada "Princesa da Independência", foi a segunda filha mais velha de Dom Pedro de Alcântara, então Príncipe Real de Portugal.[8] Januária assumiu a condição de herdeira presuntiva do trono brasileiro na ocasião da ascensão de seu irmão mais novo, Pedro II, que dado ser ainda uma criança não possuía herdeiros.[9] Seu direito presuntivo foi suplantado pelo nascimento do primeiro herdeiro do Imperador Pedro II em 1845.[10]
Dom Afonso Pedro foi o primeiro filho de Pedro II e de sua consorte, a Imperatriz Teresa Cristina e, como tal, foi declarado Príncipe Imperial do Brasil e herdeiro aparente do trono brasileiro desde seu nascimento.[11] Sua morte prematura, em 1847, teve um impacto considerável nas relações políticas da corte à época e posicionou sua irmã mais nova, Isabel Cristina, como herdeira presuntiva.[12]
Segunda filha e primeira filha mulher do Imperador Pedro II, Dona Isabel Cristina tornou-se herdeira aparente do trono mediante ao falecimento precoce de seu irmão mais velho, Dom Afonso Pedro, em 1847. Este episódio marcou a primeira ocasião de sua condição como herdeira do trono e teve pouca duração, uma vez que Pedro II teria outro filho varão em 1848.
Dom Pedro Afonso tornou-se o herdeiro aparente do trono brasileiro quando de seu nascimento em 1848, suplantando o direito presuntivo de sua irmã mais velha, Dona Isabel Cristina. Pedro foi o segundo filho varão do Imperador Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina, mas veio a falecer com pouco mais de um ano de idade diante de uma crise agravada por uma febre.[13][14]
Dona Isabel Cristina tornou-se novamente herdeira aparente do trono brasileiro em consequência da morte prematura de seu irmão mais novo, Pedro Afonso, em 1850. Mediante à evidente ausência de novos herdeiros masculinos do casal imperial, Dona Isabel assumiu gradualmente maiores responsabilidades como Princesa Imperial e herdeira de seu pai ao longo de sua juventude. Como tal, Isabel foi empossada Senadora do Império em 1871 e ocupou a condição de Regente do Império em três distintas ocasiões até a destituição da monarquia em 1889.