Em 24 anos, a editora publicou quase três mil títulos, de 1.300 autores, incluindo os lançamentos dos outros selos da editora. Em 2009, foram mais de 230 títulos publicados, e no total a editora tem 3.239 títulos, sendo 2.800 em catálogo.[4] A tiragem média é de 10.500 exemplares, e o livro mais vendido foi As Barbas do Imperador, com 3,950 milhões exemplares.[1]
As duas principais linhas editoriais da Companhia das Letras são, desde o início, literatura e ciências humanas, que se ramificam em: ficção brasileira, ficção estrangeira, poesia, policiais, crítica literária, ensaios de história, ciência política, antropologia, filosofia, psicanálise, além de séries de fotografia, gastronomia, divulgação científica, biografias, memórias, relatos de viagem e projetos especiais.[1]
Possui ao todo sete selos: Companhia das Letras, Cia. das Letras, Companhia das Letrinhas, Companhia de Bolso, Quadrinhos na Cia., Penguin-Companhia, Editora Claro Enigma. Criado em 1992, o selo Companhia das Letrinhas tem como proposta editar livros voltados ao público infanto-juvenil.[5]
O selo Cia. das Letras, que surgiu em 1994, desenvolve duas linhas básicas: de um lado, publica livros de ficção e não ficção voltados para pré-adolescentes e adolescentes; de outro, obras de interesse para diferentes faixas etárias, como O mundo de Sofia, O menino do pijama listrado e a coleção Desventuras em Série.[1]
Em 2006 foi criado o selo Companhia de Bolso, que relança em edição econômica os grandes sucessos da Companhia das Letras. Em 2009, foram criados mais três selos: Quadrinhos na Cia., Editora Claro Enigma e Penguin Companhia. Quadrinhos na Cia. traz uma linha dedicada aos quadrinhos. A editora Claro Enigma é ligada à educação, com material paradidático.[1]
Em 2010, o selo Penguin Companhia passa a editar, em português, obras do catálogo da Penguin Classics, com o formato internacionalmente reconhecido da coleção, e uma série de clássicos em língua portuguesa, além de novos projetos idealizados especialmente para a coleção. Em 5 de dezembro de 2011 a editora britânica Penguin Books comprou 45% da Companhia das Letras, sendo criado uma holding das famílias Moreira Salles e Schwarcz para administrar os 55% de participação da editora.[6] Em outubro de 2018, a Penguin passou a ter 70% da editora, e a família Schwarcz ficou com 30%; a família Moreira Salles deixou o negócio.[7]
Em 18 de março de 2022, a Companhia das Letras anunciou a compra de 70% da Editora JBC, visando dar apoio na distribuição, comercialização e divulgação dos mangás da JBC.[10] A gestão continuou nas mãos das irmãs Shoji por conta da experiência com a área de mangás e licenciamento, e a compra foi divulgada na semana em que a Editora JBC comemorou 27 anos de sua fundação.[11]