Liga Progressista ou Partido Liberal Progressista foi um partido político do Império do Brasil. Surgiu a partir de liberais descontentes com o domínio do Partido Conservador, e contou com o apoio alguns conservadores dissidentes, como Pedro de Araújo Lima e Nabuco de Araújo.
O programa da liga foi lançado oficialmente no dia 6 de junho de 1864 por Silveira Mota no Senado, sendo a liga dissolvida em 16 de julho de 1868 pelo imperador D. Pedro II, detentor do Poder Moderador. Dentre os seus integrantes, destacou-se a figura do Conselheiro Zacarias de Góis e Vasconcelos.
Para José Murilo de Carvalho, o Partido Progressista, como grupo político organizado e conciliador, dominou a cena política entre 1862–1868. A liga surgiu em 1862 e o consequente Partido Progressista, dois anos depois, em 1864, permanecendo atuante até 1868, quando então, com a queda de seu maior representante, Zacarias de Góis e Vasconcelos (“Inversão partidária” de 1868) acabou por dissolver-se. Parte de seus integrantes, formou o Partido Liberal e outra parte ingressaria no recém-fundado (em 1873) Partido Republicano.[1]
No Segundo Reinado (1840–1889), outros foram os partidos de peso na vida pública e decisões políticas de então: o Partido Liberal (1831), o Partido Conservador (1837), o Partido Progressista (1862), o Partido Liberal-radical (1868), o Partido Liberal (1869), o Partido Republicano (1873), etc. e movimentos como a Reunião Popular no Recife para deliberar-se sobre o juramento do Projeto de Constituição e o Manifesto do Centro Liberal.
Presidentes do Conselho de Ministros
Notas
- ↑ Art. 5º: A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo.[2]
Art. 95: Todos os que podem ser eleitores são hábeis para serem nomeados deputados.
Excetuam-se:
3°) Os que não professarem a religião do Estado.[2]
Referências
Bibliografia
- BLAKE, Sacramento. Diccionario bibliographico brazileiro. Rio de Janeiro : Typ. Nacional, 1883-1902. v.1, p. 71-72.
- LANGRAF PICCOLO, Helga Iracema. A política rio-grandense no Segundo Império (1868-1882). Gabinete de Pesquisa de História do Rio Grande do Sul, 1974, 155 páginas
- LOMBARDI FERNANDES, Maria Fernanda. A esperança e o desencanto: Silva Jardim e a república. Humanitas, 2008 - 268 páginas (ISBN 978-85-7732-079-0)
- SCHULZ, John. O Exército na política: origens da intervenção militar, 1850-1894- São Paulo: EdUSP, 01/01/199 - 224 páginas (ISBN 8531401887) (ISBN 9788531401886)
- CORDEIRO, Celeste. Antigos e modernos: no Ceará provincial. Annablume Editora, 01/01/1997 - 299 páginas - (ISBN 85-85596-95-3)
- COSTA, Milton Carlos. Joaquim Nabuco entre a política e a história - Annablume Editora, 2003 - 235 páginas - (ISBN 8574193887) (ISBN 9788574193885)