É neta do produtor cultural Américo Leal e filha da atriz Ângela Leal.[2] Filha única, ela perdeu o pai quando tinha 12 anos – o advogado Julio Braz sofreu complicações ligadas ao coração. Desde então, cresceu ao lado da mãe e de seus amigos artistas. Conviveu com figuras como Dias Gomes e Grande Otelo.[3] Assume ter sido influenciada pela mãe na escolha da carreira, pois desde muito pequena conviveu no meio artístico e fascinou-se pela arte de interpretar.[4]
Casou-se em 2003 com o cantorpernambucanoJosé Paes de Lira, o Lirinha, com quem terminou em 2010.[5] Seu segundo matrimônio ocorreu com o ativista e gestor cultural Alê Youssef, com quem foi casada de 2010 a 2018. Juntos, após três anos e oito meses na fila de espera, conseguiram, em dezembro de 2016, adotar uma menina, a qual batizaram de Júlia Leal Youssef. A criança nasceu em 2014. Em entrevistas revelou ser consciente das dificuldades enfrentadas em criar uma filha negra na sociedade brasileira, que é racista.[6] É casada desde 21 de dezembro de 2023 com o cineasta Guilherme Burgos,[7] com quem tem um filho, Damião, nascido a 6 de agosto de 2024.[1]
Carreira
1990–99: Primeiros trabalhos
Começou no teatro aos sete anos de idade e na televisão com oito anos, quando participou do último capítulo da novela Pantanal, em que sua mãe também trabalhava. Entre 1994 e 1996 esteve na série juvenil Confissões de Adolescente, da TV Cultura, interpretando Mariana, inicialmente rival da personagem Carol e depois uma de suas melhores amigas. Paralelamente, em 1995, esteve em Explode Coração com a personagem Yanka, uma cigana que se apaixona pelo pretendente de sua irmã mais velha. Foi premiada nacional e internacionalmente, com apenas 13 anos de idade, pela sua interpretação em A Ostra e o Vento, seu primeiro filme, onde contracenou com grandes atores, como Lima Duarte e Fernando Torres. No longa, assumiu o papel de uma menina que se apaixonava pelo vento.
Em 2000 protagonizou a minissérie A Muralha e co-protagonizou a novela O Cravo e a Rosa, despontando, em ambas, bastante destaque.[8] Em 2002 participou da minissérie Pastores da Noite e, em 2003, esteve presente em uma temporada do infantil Sítio do Pica Pau Amarelo. Filmou três longas – o último foi O Homem que Copiava, de Jorge Furtado e se prepara a rodar Cazuza - O Tempo Não Pára, de Sandra Werneck, como Bebel, melhor amiga do cantor. Também fez parte da terceira temporada da série A Grande Família, como Viviane, namorada de Tuco.[9] Em 2004 ganhou destaque ao interpretar um dos papéis centrais de Senhora do Destino, Claudinha, enteada da antagonista Nazaré que a desmascara aos poucos ao investigar suas mentiras, descobrindo que ela não é mãe de Isabel. No teatro, escreveu, dirigiu e produziu a peça Impressões do meu Quarto, com Bianca Gismonti, em 2005.
Além de participar da montagem de Antonio Pedro do clássico nacional Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, Tartufo, de Tonio Carvalho, e Simpatia, de Renata Melo. Em 2006 integrou o elenco de Zuzu Angel e atuou na novela Páginas da Vida como Sabrina, uma intercambista que retorna na metade da novela para ajudar a revelar o que houve com os gêmeos de sua falecida melhor amiga. No ano seguinte foi Camila, protagonista do filme Nome Próprio, dirigido por Murilo Salles, baseado na obra Máquina de Pinball de Clara Averbuck. Como produtora, realizou vários shows no teatro de sua família — Teatro Rival — como Seu Jorge, Mundo Livre SA, Los Sebosos Postizos, Cordel do Fogo Encantado e Paula Lima. Em 2008 protagonizou remake de Ciranda de Pedra, como Elzinha.[10] No final do ano, estreou na direção do espetáculo teatral Mercadorias e Futuro, com José Paes de Lira.[11]
À frente da produtora Daza Cultural, que divide com as amigas Carolina Benjamin e Rita Toledo, rodou três longas na chamada Operação Sônia Silk (O Uivo da Gaita, O Rio nos Pertence e O Fim de uma Era), com mesma equipe e elenco – Leandra e Mariana Ximenes protagonistas – com jovens diretores: Bruno Safadi, Felipe Bragança e Ricardo Pretti.[3] Estreia na direção com o documentário sobre transformistasDivinas Divas, que tem seu nome tirado da peça homônima — que tem uma encenação incluída no filme — estrelada por Rogéria. Parcialmente financiada por crowdfunding, chegou aos cinemas em 2017.[26][27] Resultado de 400 horas de gravação e anos de preparação, o documentário é um dos pontos altos num ano particularmente especial, como participou, como atriz, de inúmeros filmes – a comédia La Vingança, o terror O Rastro, a cinebiografia Bingo: O Rei das Manhãs e outros. Ainda, prepara uma série sobre adolescentes nos anos 1990, dois outros documentários, um filme de ficção, produz espetáculos no Rival (recentemente encarnou Carmen Miranda na noite do Rebolado) e participa de shows de amigos como Thiago Petit.[28]
Em 2018, viaja para Amazônia para gravar Aruanas, série de investigação ambiental protagonizada por ela, Taís Araújo e Débora Falabella. A história acompanha três amigas que formam a ONG Aruana e vão investigar a ação de uma mineradora na Floresta Amazônica.[29]
Em 2020, é lançado o filme Fico Te Devendo Uma Carta Sobre o Brasil, com direção de Carol Benjamin e produção de Leandra Leal. [1]
Em novembro de 2012, foi lançado o DVD "Os Grandes Sucessos Musicais da Novela Cheias De Charme", contendo canções gravadas pelas protagonistas, além de participações do elenco da novela e cantores convidados.[55] Além de participar do DVD, Leandra gravou para o Roberto Carlos Especial de 2012, onde cantou junto a outras atrizes e ao próprio Roberto.[56]