As eleições gerais no Brasil em 2006 constituíram na escolha, por parte dos cidadãos brasileiros aptos a votar, dos representantes nas esferas estadual e federal do poder executivo e legislativo do governo brasileiro. As eleições se deram nos dias 1.º de outubro e 29 de outubro (este último relativo ao segundo turno para a escolha do presidente e governadores, nos casos em que nenhum candidato obteve maioria absoluta em primeiro turno). As eleições gerais de 2006 incluíram a definição dos titulares dos seguintes cargos:
Membros das assembleias legislativas (todos os 26 estados) e câmara legislativa (DF).
Desde 1994, como um resultado de uma emenda constitucional que reduziu o mandato presidencial para quatro anos, todas as eleições federais e estaduais no Brasil coincidiram. Por outro lado, as eleições municipais ocorrem de forma intercalada com as demais.
Questão da verticalização
A verticalização é uma regra pela qual os partidos não podem fazer alianças eleitorais na disputa pelos governos estaduais que sejam diferente daquelas feitas em nível nacional. Foi introduzida nas eleições de 2002 pela Justiça eleitoral. Alguns partidos alegam que esta regulamentação não tem sentido na realidade política brasileira, onde as relações políticas e sociais podem mudar muito de um estado para outro, entre os níveis estadual e nacional. Aqueles que apoiam a verticalização alegam que esta norma garante uma coerência ideológica maior dentro dos partidos brasileiros.
Em 3 de março de 2006, a Justiça Eleitoral votou pela manutenção da verticalização. No dia 8 do mesmo mês, o Congresso Nacional votou uma Emenda Constitucional pelo fim da regra. Mas, segundo a legislação eleitoral, as regras para as pleitos só podem ser mudadas com pelo menos um ano de antecedência às eleições. O caso foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal, e o fim da verticalização só ocorreu nas eleições de 2010.
Em 8 de junho de 2006, o TSE recuou em decisão que estabelecia a verticalização até para partidos que não apoiam nenhuma candidatura nacional e a regra de verticalização volta a ser igual a de 2002: partidos sem candidatos à presidência poderão formar coligações regionais livremente.
Abalada por vários escândalos de corrupção e acusada de omissão por não punir os acusados desde abril de 2005, o atual Congresso, que conta com uma pequena maioria para a base parlamentar do governo, provavelmente sofrerá grandes mudanças na sua composição com a votação de 1 de outubro.
O Senado praticamente não foi contaminado pelo escândalo de corrupção na Câmara e apenas um terço de sua composição será eleita em 2006 (um senador para cada um dos 26 estados e um para o Distrito Federal). Contudo, grandes mudanças na composição do Senado são também esperadas e podem alterar o balanço de poder na próxima legislatura.
O Brasil é uma Federação altamente centralizada. Com isso, as datas para as eleições estaduais são determinadas pela Constituição Federal e acontecem nas mesmas datas e anos das eleições federais.
As eleições estaduais brasileiras de 2006 incluírão disputas em todos os estados e no Distrito Federal. Assim como a disputa presidencial, acontece em dois turnos, se nenhum candidato alcança a maioria absoluta dos votos válidos no primeiro turno. As convenções partidárias aconteceram no primeiro semestre de 2006 e todos os candidatos com cargos executivos (exceto os candidatos à reeleição) tiveram de abrir mão dos mesmos até 2 de abril para ter condições legais de concorrer nas eleições de Outubro.
O candidato mais idoso do Brasil nas eleições de 2006 foi o aposentado José de Sousa Pinto, nascido em Livramento de Nossa Senhora (Bahia) em 12 de dezembro de 1904. O candidato tentou sem sucesso uma vaga na Câmara dos Deputados. A candidata mais idosa também foi da Bahia: Deodata Pereira Borges, nascida em 1º de agosto de 1905, também tentou sem sucesso uma vaga na Câmara dos Deputados.
↑Após a prisão do titular foi governador interino do Distrito Federal entre 11 e 23 de fevereiro de 2010 quando renunciou ao cargo. Assumiu o governo o presidente da Câmara Distrital, Wilson Lima.
↑Cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2009. Em virtude de ter sido eleito em primeiro turno a corte decidiu que seu sucessor deveria ser eleito pela Assembleia Legislativa. Assumiu Foi eleito em seu lugar o presidente da Assembleia Legislativa Carlos Gaguim.