Paulo Souto

Paulo Ganem Souto
Paulo Souto
Paulo Souto
Paulo Ganem Souto
Secretário Municipal da Fazenda de Salvador
Período 1º de janeiro de 2015
a 1º de janeiro de 2021
Prefeito ACM Neto
Antecessor(a) Mauro Ricardo Costa
Sucessor(a) Giovana Victer[1]
46.º e 49.º Governador da Bahia
Período 1°- 1º de janeiro de 1995 até 4 de abril de 1998
2°- 1° de janeiro de 2003 até 1° de janeiro de 2007
Vice-governadores 1°- César Borges
2°- Eraldo Tinoco
Antecessor(a) 1°- Antônio Imbassahy
2°- Otto Alencar
Sucessor(a) 1°- César Borges
2°- Jaques Wagner
Senador pela Bahia
Período 1º de fevereiro de 1999 até 1º de janeiro de 2003
Antecessor(a) Josaphat Marinho
Sucessor(a) Rodolpho Tourinho Neto
8.º Vice-Governador da Bahia
Período 15 de março de 1991
a 2 de abril de 1994
Governador Antônio Carlos Magalhães
Antecessor(a) Nilo Moraes Coelho
Sucessor(a) Rosalvo Barbosa Romeo
Dados pessoais
Nome completo Paulo Ganem Souto
Nascimento 19 de novembro de 1943 (81 anos)
Caetité, BA, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Adélia Ganem Souto
Pai: Antônio Carlos Souto
Alma mater Universidade de São Paulo (USP)
Prêmio(s)
Cônjuge Isabel Loureiro Souto
Filhos(as) Fábio Souto
Partido PFL (1986-2007)
DEM (2007-2022)
UNIÃO (2022-atualidade)
Religião catolicismo romano
Profissão professor, acadêmico, geólogo, político

Paulo Ganem Souto GCIH • GOMM (Caetité, 19 de novembro de 1943) é um professor, acadêmico, geólogo e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO). Pela Bahia, foi governador por dois mandatos e senador, além de secretário da Fazenda da capital Salvador durante o mandato de Antônio Carlos Magalhães Neto.

Biografia

Filho de Antônio Carlos Souto, que foi juiz e intendente do município de Caetité, e de Adélia Ganem Souto, de ascendência libanesa.[4] Muito jovem mudou-se para Caravelas e passou por outras cidades, acompanhando o pai nas comarcas em que este atuou.

Em Ilhéus passa parte da juventude, tendo estudado no colégio Eusínio Lavigne e iniciado como locutor e comentarista esportivo na Rádio Cultura da cidade.

Foi locutor esportivo em Salvador, formando-se ali em Geologia, pela Universidade Federal da Bahia. Assim que se formou, volta a Ilhéus, coordenando o setor de Geologia da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) por três anos, período em que faz doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Conclui o curso em 1971, ano em que se casa com Isabel Carolina Loureiro, com quem tem três filhos.

Leciona na Universidade Federal da Bahia até vir a ocupar o cargo de superintendente da SUDENE, em 1987.

Ocupou, ainda, diversos cargos na administração do Estado, no primeiro governo de Antônio Carlos Magalhães, e mesmo após este, de 1979 a 1986.

Em 1991 foi eleito vice-governador, no novo mandato de ACM, a quem sucedeu, no período de 1995 a 1998, quando se licencia para concorrer ao mandato de senador, para o qual foi eleito. Em março de 1995, Souto foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[2] Em 1997, foi admitido pelo presidente Jorge Sampaio de Portugal à Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[3]

Eleito senador em 1998, Paulo Souto teve atuação de destaque no Congresso Nacional. Relator da CPI do Judiciário, foi ele o responsável pela obtenção de provas que levaram, pela primeira vez na história do Brasil, à prisão de um Juiz de Direito por crime de corrupção (Nicolau dos Santos Neto) e à cassação de um senador da República pelo mesmo tipo de crime (Luís Estevão-DF).

Disputa, em 2002, novamente o cargo de governador da Bahia e vence, exercendo o mandato 2003-2006. A vitória foi em primeiro turno, derrotando o candidato do PT, Jaques Wagner por 52% a 38%. Tal vitória política lhe permitiu formar bases do "soutismo", grupo surgido ao redor de sua figura que chegou a fazer frente ao tradicional carlismo (liderado por Antônio Carlos Magalhães).[5]

Em 2006, tentou a reeleição. Embora as pesquisas indicassem sua vitória, foi derrotado por Jaques Wagner já no primeiro turno, nesta que foi considerada como a maior vitória petista em governos estaduais até então.[6]

Em 2007 foi eleito presidente do Democratas da Bahia, marcando a reconciliação soutismo com o carlismo, com o primeiro absorvido pelo segundo.[5] Em 2010 voltou a se candidatar contra o mesmo Jaques Wagner, sendo derrotado já no primeiro turno novamente - apesar de as pesquisas eleitorais indicarem sua vitória.[6]

Foi candidato ao governo baiano nas eleições de 5 de outubro de 2014, obtendo 37,39 % dos votos válidos contra 54,53 % do seu principal adversário, Rui Costa, eleito no 1º turno.[7] Souto era líder em todas as pesquisas, à exceção da realizada pelo IBOPE no dia 4 de outubro, segundo a qual Rui Costa e Paulo Souto estavam empatados com 46% das intenções de votos.[8]

Governos da Bahia

Realizações

Em 1994, foi eleito governador pela primeira vez, com 58,64% dos votos válidos. Sua primeira gestão à frente do Estado foi marcada por grandes programas, como o Bahia Azul, que aumentou de 25% para 80% a cobertura da rede de esgoto residencial de Salvador e foi renomeado pelo atual governo. Além do Bahia Azul, Souto implantou programas sociais como Viver Melhor, Cabra Forte e Pró Gavião.

Em 1998, se elegeu senador da República para o período de 1999 a 2007, com 2 583 185 votos (73,24%). No Senado, foi relator da CPI do Judiciário e membro titular das comissões de Assuntos econômicos, de Infraestrutura e da Comissão de Ética, além de ter sido relator da Comissão Especial Mista da Crise Energética.

Em 2002, foi eleito novamente governador, com 53,69% dos votos válidos. Neste segundo mandato, iniciado em 1º de janeiro de 2003, Souto destacou seu trabalho neste mandato para o turismo e consolidou a Bahia como uma das principais economias do país com seu governo voltado ao desenvolvimento.

A partir de 2015, foi Secretário Municipal da Fazenda de Salvador, sob a prefeitura de seu correligionário, ACM Neto, descendente do falecido ex-governador Antônio Carlos Magalhães. Saiu do secretariado com o encerramento do mandato de Neto, no fim de 2020, a fim de colaborar numa eventual disputa estadual da qual o ex-prefeito possa fazer parte em 2022.[9]

Citações

Trechos da Mensagem proferida por Paulo Souto à Assembleia Legislativa, em 15 de fevereiro de 2006:

"Nesses três anos, nos lançamos, sem arrefecer um só instante, num esforço obstinado para inserir a Bahia num novo patamar histórico de desenvolvimento. Essa jornada foi balizada, sempre, pelo propósito de promover o desenvolvimento humano, mediante a conjugação do crescimento econômico com a justiça social. Para nós, não se trata, tão somente, de buscar o crescimento, mas também a qualificação desse crescimento. Crescer com qualidade é a "regra de ouro" desse Governo.
"No nosso Governo, atribuímos prioridade absoluta à educação. A nossa visão de futuro parte da constatação de que a educação está no âmago das transformações desse novo milênio: é imperativo econômico da sociedade do conhecimento e alicerce para as políticas de redução das desigualdades, constituindo-se, ainda, num importante referencial do grau de democracia e justiça de uma sociedade."

Referências

  1. ↑ http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/2151635-bruno-reis-divulga-secretariado-com-nomes-fortes-de-mulheres-na-gestao Aguilar, Raul - A Tarde - "Bruno Reis divulga secretariado 'com nomes fortes de mulheres na gestão'". Acesso 05 de janeiro de 2021
  2. ↑ a b BRASIL, Decreto de 29 de março de 1995.
  3. ↑ a b «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Paulo Ganem Souto" (sic). Presidência da República Portuguesa. Consultado em 1 de março de 2022 
  4. ↑ da Cunha Lima, Diógenes (29 de maio de 2016). «O Líbano é aqui». Tribuna do Norte. Consultado em 10 de abril de 2023 
  5. ↑ a b Carlismo: passado, presente, futuro. Acessa Comunicação. Julho de 2007
  6. ↑ a b Larissa Morais (10 de novembro de 2010). «Campanha Presidencial». Eleições UOL. Consultado em 28 de outubro de 2014 
  7. ↑ «Apuração de votos para governador na Bahia». G1. 5 de outubro de 2014. Consultado em 5 de outubro de 2014 
  8. ↑ «Apuração de votos para governador na Bahia». Exame. 4 de outubro de 2014. Consultado em 5 de outubro de 2014 
  9. ↑ https://www.bahianoticias.com.br/noticia/255342-acm-neto-anuncia-quais-membros-da-prefeitura-vao-acompanha-lo-em-projeto-politico.html Teixeira, Ailma - bahianoticias.com.br - "ACM Neto anuncia quais membros da prefeitura vão ajudá-lo em projeto político" - Acesso em 05 de janeiro de 2021

Precedido por
Antônio Carlos Magalhães
Governador da Bahia
1994
Sucedido por
Ruy Trindade
Precedido por
Antônio Imbassahy
Governador da Bahia
1995 - 1998
Sucedido por
César Borges
Precedido por
César Borges
Governador da Bahia
2003 - 2007
Sucedido por
Jaques Wagner
Precedido por
Josaphat Marinho
Senador da Bahia
1999 - 2003
Sucedido por
Rodolpho Tourinho